quinta-feira, 19 de janeiro de 2017

Gatos





Ora aqui está uma grande verdade!
Eu por mim falo!

Até aos meus 35 anos, não achava piada aos gatos.
Mas achava que não me ligava a eles pelas razões erradas.
Eu não lhes fazia mal, nem os maltratava...longe disso!
Apenas eram-me indiferentes.

Primeiro, caí no grave erro de comparar cães com gatos.
Sempre adorei cães, desde pequena.
E não se pode comparar o que não tem comparação.
São diferentes, com comportamentos muito distintos.

Achava os gatos muito independentes, muito donos do seu nariz, interesseiros porque só apareciam para comer ou quando lhes convinha, não havia interacção e partilha, proximidade, etc...
Mas o que eu não sabia, é que o que eu gostava era de ter um animal de estimação que me desse aquilo que eu não recebia em casa: amor, dedicação, presença, e o sentir que precisavam de mim.
Por isso sempre gostei de cães.

Depois dos 35 anos, grandes mudanças ocorreram na minha vida, eu mudei muito como mulher, e sem me aperceber, comecei a olhar para os gatos de outra forma, e comecei a sentir os gatos...coisa que nunca me tinha acontecido.

Por isso escolhi esta foto.
Porque hoje eu sei que quando me tornei mais solta, mais desprendida, mais tolerante e mais livre, comecei a fascinar-me com os gatos. E o que eu não gostava nos gatos, passou a ser alvo de admiração.

Os animais de estimação não são nossos escravos, nem têm de encaixar nas nossas vontades, carências ou necessidades.
Eles apenas devem ser aquilo que são por natureza.
E cada um tem o seu encanto.




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