terça-feira, 31 de maio de 2011

PARA UMA NOVA GERAÇÃO NO PLANETA TERRA



Citação extraída do Manifesto da Juventude de Gaza pela Mudança, Dezembro de 2010



Este é o apelo da juventude de Gaza. É o apelo de uma geração sem esperança. Um apelo de muitos países da Terra. Representantes do Centro de Pesquisa para a Paz em Tamera, Portugal, realizaram diversas peregrinações em Israel-Palestina e na Colômbia. Esperamos que o seguinte texto possa ser um contributo para ultrapassar a miséria e encontrar um meio novo para canalizar as energias suprimidas.
Saudamos a juventude do mundo. Saudamos todos os activistas da paz bem como todos aqueles que nas regiões de crise da Terra dão o seu apoio. Saudamos aqueles que, frequentemente, correndo perigo de vida lutam pelos direitos humanos, pela protecção das crianças e dos povos indígenas, pela protecção dos animais, pela protecção dos oceanos, das árvores e de todas as co-criaturas da grande família da vida. Saudamos também todos os governos que ainda têm a coragem de se erguer contra a globalização mundial e os seus métodos.
Este manifesto é para uma geração jovem que já não encontra nenhum futuro na actual sociedade, para aqueles que agora estão activos numa luta de libertação, para os familiares das vítimas, para as muitas pessoas que face à miséria diária já não encontram nenhuma saída e nenhumas perspectivas.
O mundo encontra-se em transição para uma nova forma de vida na Terra. As antigas ditaduras e hierarquias já não são viáveis por muito mais tempo. Assistimos ao colapso dos grandes sistemas. A revolução nos países árabes, as revoltas juvenis nas metrópoles ocidentais, a crise financeira mundial e o desemprego maciço, o aumento das guerras e catástrofes naturais provocadas pelo homem, a displicência moral da maioria dos governos, os planos internacionais para estados de emergência, e os bunkers subterrâneos dos ricos são sinais seguros para o fim próximo de uma época de violência. Por detrás da violência global revelam-se as energias de uma mudança profunda dos tempos. Aqueles que hoje se erguem contra o despotismo poderão amanhã ser testemunhas de um mundo completamente mudado. Saudamos as pessoas que hoje preparam a nova era em todos os continentes, muitas vezes, correndo risco de vida. Saudamos a comunidade planetária surgida recentemente.

MUDANÇA DE SISTEMA A NÍVEL GLOBAL
Por detrás do massacre global que decorre hoje em dia estão falsos sistemas de economia, falsas concepções de amor e religião, falsos sistemas de pensamento e um abuso infinito dos recursos naturais. Através desta orientação desvirtuada da evolução surgiu uma matriz global de medo e violência que se introduziu profunda e colectivamente na alma humana. A nova comunidade planetária desenvolve uma mudança fundamental de sistema, da matriz do medo para a matriz da confiança. Desde os temas das relações pessoais até aos temas políticos e ecológicos da cura total do planeta esta mudança actual em todos os domínios. A maior parte das catástrofes naturais são também consequência de intervenções humanas erradas nos ciclos da natureza.
A mudança de sistema é uma mudança de poder. O novo poder não consiste no domínio sobre os outros, mas na reunificação com as leis sagradas da vida. Em toda a parte e, mesmo onde agora alastra a destruição, começam a surgir as primeiras células de um novo mundo. Por mais terrível que seja o apocalipse mundial não significa apenas declínio, mas também revelação. O esquecido carácter sagrado de toda a vida ergue-se agora a partir dos escombros do tempo ancestral e dá à luz uma nova época. As novas comunidades estão ao serviço da vida, trabalham no «vinha de Deus» e estão em cooperação com as potências mais elevadas que, desde sempre, formaram o nosso universo.
A mudança de sistema decorrerá de um modo surpreendentemente rápido. Dentro de poucas décadas os nossos filhos e netos já só conhecerão através dos livros de História os milénios de épocas de guerra.
A Terra é curável. Existe um mundo que cura as nossas feridas. Esse é o mundo da vida não distorcida. E existe um mundo que causa as feridas: é o mundo dos seres humanos. Estes mundos têm de convergir para evitar o sofrimento futuro. O mundo dos seres humanos tem de ser novamente submetido às ordens fundamentais da vida universal. A recuperar estão em primeiro lugar os quatro fundamentos da vida: a energia, a água, a alimentação e o amor. Estas quatro fontes de vida têm de ser libertadas das potências obscuras que as destruíram (empresas de produção de energia, ditaduras, igrejas, etc.). Esta luta não é privada nem local, mas sim uma luta global. É uma luta entre as forças globais da vida e as forças globais da destruição. Se a força da vida vencer, não existirão vencidos.

UMA NOVA COMUNIDADE PLANETÁRIA
Para além dos tumultos em todo o mundo, existe hoje um movimento global para a salvar a vida na Terra. Este movimento é formado por grupos provenientes de tradições pacifistas indígenas, budistas ou cristãs, sobretudo, na América Latina e no Tibete. E também por comovidos activistas pela paz, ambientalistas e lutadores pela vida que, desde há muito, sabem que dentro dos actuais sistemas já não existe um futuro digno de ser vivido.
Vemos uma nova geração de peregrinos provenientes de todos os países a percorrer o mundo. Já não estão amarrados nem a uma nação, idioma, raça, cultura ou religião, nem também à riqueza ou posse. Ajudam em zonas de crise, visitam locais sagrados, encontram-se junto a fogueiras e pousadas, partilham o seu pão e desenvolvem uma nova qualidade de comunidade. Para além de todas as instituições surge assim uma nova cidadania global, uma nova forma de «globalização» positiva. Este processo é apoiado através da criação de um novo tipo de centros que, lentamente, se vão espalhando sobre a Terra. Chamamos-lhe «Biótopos de Cura» ou «Aldeias de Paz». São para os peregrinos locais de acolhimento, centros de estudo e locais de trabalho. É realizado aí um trabalho prático de investigação para os fundamentos tecnológicos, ecológicos, sociais, espirituais e intelectuais de uma sociedade mundial sem violência. Estes centros seguem e partilham uma espécie de ‘regras’ planetárias, ou seja, uma ética de vida com princípios comums e uma Carta dos Direitos Humanos e dos Direitos dos Animais. 

São válidos os seguintes oito pensamentos de paz em todos estes centros localizados em vários pontos da Terra:

1. DIREITOS HUMANOS E DIREITOS DOS ANIMAIS
Os Direitos Humanos fundamentais são respeitados independentemente da origem religiosa ou étnica. Nas suas imediações não toleram nem ódio, nem violência, nem humilhação.
Os direitos fundamentais dos animais são seguidos: o direito de todos os animais a um habitat, alimentação, liberdade de movimento, curiosidade e contacto. No novo mundo não existirão mais animais mutilados, cães com caudas cortadas, experiências com animais para a indústria farmacêutica. Não haverá mais exploração da pele animal, nem matadouros. Na grande família da vida, os animais são naturalmente parceiros de cooperação e amigos do homem. Os animais precisam da nossa ajuda e não da nossa perseguição.

2. TRÊS PRINCÍPIOS ÉTICOS
São seguidos os princípios éticos fundamentais da comunidade, principalmente, os três princípios: verdade, apoio mútuo e participação responsável no Todo. Em comunidades que se baseiam na verdade e no apoio mútuo desenvolve-se uma força que é mais poderosa que qualquer violência. É a força da confiança: confiança entre homem e mulher, confiança entre adultos e crianças, confiança entre os seres humanos e os animais. Assim, é restabelecida a confiança primordial num mundo no qual já não existe mais medo. A confiança é o fundamento a partir do qual se cura a vida. Não existe uma visão mais profunda do que a visão de um mundo em que a confiança reina entre todos os seres.

3. SEXUALIDADE, AMOR, PARCERIA
Seguem também o princípio da verdade e apoio mútuo nos domínios da sexualidade, do amor e da parceria. Não pode haver paz no mundo enquanto houver guerra no amor. O novo mundo ultrapassou todas as formas da luta entre os sexos. Não existe nem chauvinismo, nem feminismo. Homem e mulher estão em pé de igualdade e trabalham com o mesmo objectivo: a reunificação da vida. As questões da monogamia ou poligamia, do amor a dois ou do amor livre não são questões ideológicas ou religiosas, mas questões do desenvolvimento pessoal e decisão de todos os envolvidos. O amor é um processo natural e não um tema jurídico. Não existe nem uma exigência jurídica de amor, nem um direito de propriedade sobre um parceiro amoroso, mas existe uma grande confiança e a profunda solidariedade entre a parte feminina e a parte masculina da humanidade. A sexualidade está liberta de todas as formas da opressão religiosa, da mentira, da humilhação e da violência. Para além da reprodução, a sexualidade serve exclusivamente para o amor mútuo, a saúde e a alegria de viver. Num mundo humano, a sexualidade nunca pode ocorrer contra a vontade de um dos parceiros.

4. NENHUMAS BARREIRAS RELIGIOSAS
Na comunidade planetária não existem barreiras religiosas. Acima de todas religiões reina o mesmo Deus, o mesmo céu e a mesma ordem cósmica da matriz sagrada. A instância sagrada que servimos não é uma instituição eclesiástica, mas sim a própria vida porque a amamos. O divino já não se revela nas antigas bíblias, mas sim nas formas de movimento do fluxo de um ribeiro ou na estrutura da construção de uma folha de relva e, sobretudo, no amor e no conjunto do jogo misterioso das energias a partir do qual provém toda a vida. O criador não é nenhum Deus-pai castigador, mas sim o Ponto-Eu do mundo no qual se encontram todas as vibrações. Este Ponto-Eu existe em todos os seres. Quando nos reencontramos neste sentido, já não pode haver mais violência religiosa.

5. GRACE: VINGANÇA NÃO. RECONCILIAÇÃO
À crescente comunidade planetária deu-se um nome. Os seus cartazes dizem: “Grace – Movimento por uma Terra Livre.“ Desse modo, declaram que as feridas e a dor sofridas já não devem ser respondidas com ódio nem violência. A dor produziu uma nova determinação, o ódio transformou-se numa decisão absoluta pela vida, pela paz e pela cura. Já não existe neutralidade porque tomámos o partido da vida. Esta não é uma tomada de partido ideológica ou política. As lágrimas que uma mãe israelita derrama sobre o seu filho assassinado são as mesmas lágrimas de uma mãe palestina. Para muitos, a dor é grande demais para chorar. Acusações e condenações já não fazem sentido, pois, apenas prolongam a espiral da violência. Os jovens manifestantes no Cairo ou Tripoli são da mesma idade que os polícias e soldados que disparam sobre eles. Podiam ter sido amigos. Também os trabalhadores pela paz em San José de Apartadó na Colômbia, e os assassinos paramilitares podiam ser amigos, se conseguissem libertar-se das garras de um sistema abominável. Não à vingança! Foi este o apelo de uma jovem israelita (Michal), após ter ficado com o rosto desfigurado num atentado suicida de um jovem palestino e disse que talvez tivesse feito o mesmo, se estivesse na situação dele. A força interior para esta atitude baseia-se na compreensão mais profunda de que todos nós humanos vimos da mesma fonte, passámos por um sofrimento semelhante e aspiramos a um mesmo objectivo de paz e de cura.

6. VIVER SEM MEDO
Já não existe medo de um qualquer inimigo, uma vez que já não existem nenhuns inimigos reais. O pensador indiano Sri Aurobindo lutou como revolucionário pela independência da Índia da colonização Inglesa. Na prisão, enquanto aguardava a sentença de morte, surgiu-lhe Vasudeva (Deus). Vasudeva surgiu-lhe sob a forma dos guardas, dos advogados de acusação e dos juízes. Ele já não tinha medo e foi libertado.
Este é um nível muito elevado no desenvolvimento da consciência. Quando o homem alcançou o ponto interior em que já não reage com medo ou ódio, o seu organismo modifica-se, torna-se cada vez mais imune a qualquer ataque e invulnerável. Existem exemplos espantosos deste milagre. Os Jansenistas em Paris (séc. XVIII) não puderam ser mortos porque já não tinham nenhum medo. Nos tempos da peste os ajudantes que não tinham medo de contágio eram imunes à doença. Existem relatos de pessoas nos campos de concentração que foram poupadas pelos carrascos, porque não tinham medo do seu poder e crueldade.
Estamos perante uma chave profunda do trabalho de paz de hoje em dia: quem não projecta sobre o mal, não pode ser atingido pelo mal. O mal recebe o seu poder não de si próprio, mas das projecções do medo que lhe são trazidas. Um regime cruel sobre o qual já ninguém projecta, não consegue manter-se no poder. No sentido mais profundo, depende de nós mesmos se ganhamos ou perdemos esta luta. Vamos ganhá-la se já não reagirmos com os antigos padrões. Para isso é preciso um nível elevado de formação e uma elevada visão do objectivo comum. A vitória não é uma questão de emoção colectiva, mas sim de uma sabedoria colectiva. Quando um novo movimento planetário toma partido pela vida com todo o seu coração, incondicionalmente, então está do lado mais elevado da justiça e é assim protegido pelas forças mais elevadas.

7. CURA DA ÁGUA
A água não é apenas uma substância química H

8. A ALIANÇA SAGRADA DE TODOS OS SERES
A nova comunidade de paz planetária é acompanhada por um exército de co-criaturas visíveis e invisíveis que, no seu conjunto, formam a biosfera. Todos os seres vivos da biosfera estão em ressonância entre si. Em conjunto formam um sistema de informação unificado (a Noosfera). Este sistema de informação foi fortemente desequilibrado através das violentas intervenções dos homens. As baleias perdem a orientação, as abelhas extinguem-se e, recentemente, caem muitos pássaros mortos do céu.
Para voltar a curar a biosfera têm de ser introduzidas as respectivas informações de cura. As informações que se baseiam na confiança são bem aceites por toda as co-criaturas e respondidas com entusiasmo. Conhecemos as imagens comoventes do bebé que brinca com a serpente gigante, dos leões que abraçam os seus tratadores com amor e, muito mais. Em Tamera surgiu uma coexistência semelhante com cobras, ratazanas e javalis. Assim que o homem abandona os seus medos ocultos relativamente ao mundo animal, os animais mudam totalmente o seu comportamento para com os seres humanos. Entre homem e animal começa uma cooperação que só conhecemos dos contos de fadas.
A partir do momento em que as primeiras comunidades desenvolvam uma informação central de paz global, todo o mundo animal estará do seu lado. Baleias e golfinhos, aves, ratazanas, rãs, formigas, etc. são parte de um sistema de informação invisível que espalham as suas frequências sobre toda a Terra. Por isso, as comunidades de paz da nova era irão fazer tudo para reatar a amizade perdida com todas as criaturas. Isso passa pela renúncia total da violência, engano e abuso. A produção de animais será extinta. Géneros alimentícios, artigos de cosmética, medicamentos, roupas ou malas para a produção em que os animais tenham de morrer ou de sofrer desaparecerão das nossas casas. Quanto mais conscientemente isto suceder, mais poderosa será a energia curativa que dirige o processo global a partir destes centros.
Como é que o novo sistema de uma paz global consegue espalhar-se e estabelecer-se mundialmente? O que é que nos dá o optimismo para acreditar tão firmemente num fim próximo do massacre global? É a compreensão da eficácia poderosa de novos pensamentos que estejam em ressonância com as forças de cura do mundo. Podemos comparar o sistema de informação da Terra a uma Internet biológica na qual todas as informações são transmitidas a todos os participantes.
O sistema está permeado por espessas informações de medo e de violência. Mas por detrás desta teia traumática está um padrão completamente diferente, o padrão da cura a que chamamos ‘Matriz Sagrada’. Se alguns, mesmo que poucos grupos na Terra, conseguirem fazer o “download” deste padrão sagrado, a informação de confiança e de cura poderá assim ser re-introduzida na rede global, rompendo a cadeia global da violência. A informação de cura liga-se com as energias vitais da matriz sagrada e penetra poderosamente no corpo da Terra, causando imediatamente modificações genéticas e produzindo um campo global a partir do qual em muitos outros lugares da Terra se desenvolverão grupos semelhantes. Assim, será iniciado um processo planetário que já não pode ser detido porque está de acordo com as energias da entelequia da vida.
Se considerarmos a Terra como um organismo unificado, então, a informação de cura introduzida funciona tal como o medicamento introduzido no organismo humano. Uma única dose de medicamento provoca um processo de cura em todos os órgãos e em todas as células! Traduzido para o nosso tema: uma única dose de informação de cura (complexa) provoca um processo de cura em todo o organismo da Terra. Os seres humanos já não serão capazes psíquica e fisicamente de torturar ou matar as suas co-criaturas.
Uma contribuição central para a transição de épocas vem do poder da visão. Com efeito, vivemos hoje o nascimento de uma visão poderosa: a visão de uma nova Terra! A visão de um planeta livre de violência! A visão da nova comunidade planetária! A visão da solidariedade com todas as co-criaturas! A visão da aliança sagrada! Não há nada mais poderoso do que uma idéia cujo tempo chegou.
Se os revolucionários do nosso tempo conseguirem desenvolver uma sólida visão de paz que prevalece sob todas as resistências, então, terão uma ilimitada energia para a sua concretização. O poder dos pensamentos e das visões provêm da existência da ‘substância invisível’. Através de pensamentos e visões são construídos campos de energia e de informação invisíveis que não possuem nenhumas fronteiras espaciais. São campos de energias e de informação invisíveis a partir dos quais o mundo visível surge! Tal como uma árvore surge da substância invisível das suas informações genéticas.
Toda a humanidade está atualmente num novo processo do devir. Neste contexto, talvez seja ainda interessante referir a famosa data Maia de 21 de dezembro de 2012. Não consideramos o significado mitológico desta data, mas sim o significado científico. Nesta data, coincidem diversos acontecimentos astronómicos tal como um máximo da atividade solar que modificará o campo magnético da Terra. Esta modificação provoca modificações moleculares na estrutura genética e neural do ser humano, isto é, na sua consciência e no seu caráter. Este processo precisa apenas de impulsos relativamente pequenos e coerentes com a matriz sagrada para gerar um movimento de paz genético de dimensões planetárias. Nos transes de futuro que foram efetuados no Instituto de Investigação de Paz em Tamera, Portugal, surgiu uma imagem radiante: a data Maia não é o fim da humanidade, mas um ponto culminante datransformação mundial e o início de uma nova era.

TAMERA E O GLOBAL CAMPUS
Ao longo dos últimos anos, o Centro de Pesquisa para a Paz em Tamera, Portugal, tem vindo a desenvolver uma comunidade de investigação (presentemente com 170 habitantes) para um futuro sem guerra. Surgiram aqui os pensamentos deste manifesto e aqui estão a ser concretizados. Para a disseminação global destes pensamentos foi fundada uma universidade internacional, o Campus Global, com filiais em diversos continentes. Os pensamentos fundamentais do projecto acima mencionados estão ligados a desenvolvimentos concretos nos domínios da energia, água e alimentação. Surge um novo modelo para o abastecimento básico material do homem sem danos para a natureza e co-criaturas. Energia, água e alimentação estão à disposição de toda a humanidade quando gerimos de um modo sensato os recursos naturais da nossa Terra. Ninguém na Terra terá de sofrer privações, fome ou frio, quando a tirania estiver terminada. Que a morte de tantos trabalhadores pela paz não tenha sido em vão! O apelo de Gaza e o apelo de emergência da Terra já não se irão desvanecer sem serem ouvidos. A catástrofe do Japão despertou milhões de pessoas. Vamos unir-nos em todo o mundo para a edificação de um futuro digno de ser vivido.
Em nome da vida.

Em nome de todas as crianças.
Em nome de todas as criaturas.

Instituto pela Paz Global
Dieter Duhm
www.tamera.org

O CORAÇÃO SECRETO



Ó Mestre, que farei eu para atingir a sabedoria?
Ó sábio, que farei para conseguir a perfeição?
- Procura os caminhos. Mas, ó Lanu, sê puro de coração antes que comeces a jornada. Antes que dês o primeiro passo, aprende a separar o real do falso, o transitório do eterno. Aprende sobretudo a separar a ciência da cabeça da sabedoria da Alma, a doutrina dos "olhos" da doutrina do "coração".
Sim, a ignorância é como uma vasilha fechada e sem ar; a Alma uma ave dentro dela. Não canta, nem pode mexer uma pena; mas jaz num torpor e morte de não poder respirar.
Mas mesmo a ignorância é melhor do que a ciência da cabeça sem a sabedoria da Alma para nos iluminar e guiar.
(...)

in, "A VOZ DO SILÊNCIO" 
Helena Blavatsky
(tradução de Fernando Pessoa )

Deolinda - Parva Que Sou [HQ]



Sou da geração sem remuneração
E nem me incomoda esta condição.
Que parva que eu sou!
Porque isto está mal e vai continuar,
Já é uma sorte eu poder estagiar.
Que parva que eu sou!
E fico a pensar,
Que mundo tão parvo
Que para ser escravo é preciso estudar.
Sou da geração 'casinha dos pais',
Se já tenho tudo, para quê querer mais?
Que parva que eu sou!
Filhos, marido, estou sempre a adiar
E ainda me falta o carro pagar,
Que parva que eu sou!
E fico a pensar
Que mundo tão parvo
Onde para ser escravo é preciso estudar.
Sou da geração 'vou queixar-me para quê?'
Há alguém bem pior do que eu na tv.
Que parva que eu sou!
Sou da geração 'eu já não posso mais!'
Que esta situação dura há tempo demais
E parva não sou!
E fico a pensar,
Que mundo tão parvo
Onde para ser escravo é preciso estudar.

Apesar de não fazer muito os meus dias os Deolinda, gosto deste tipo de música de intervenção...uma forma inteligente de intervir, com qualidade, num estado fascista neo-liberal, em que a censura cada vez é maior...descreve um sentimento de uma geração!

Blake


‎"Satã é uma mutação da grande mãe"
Não há sexo sem submissão à mãe natureza. 
E a natureza é um domínio feminino."

Blake ressuscita a deusa sedenta de sangue dos antigos cultos mistéricos, com o seu sensaconal barbarismo asiático. Deseja vencê-la. Mas ao atacá-la limita-se a criá-la e a confirmar o seu poder. Ironicamente Blake torna-se seu escravo e seu porta-voz, uma voz a clamar no deserto.
Não há obra literária onde a Voz da Grande Mãe seja tão violentamente expressiva como em Blake.

A mulher diabolizada e a mulher fatal...são a sombra da mulher que a religião opõe à Mulher religiosa, casta e fiel...à mulher submissa, a eva sem desejo mas... com pecado. Hoje vive-se a mesma a sua condenação nas ideias difundidas pela nova era sobre uma mulher pura, virginal, ascendida, em contacto com as energias masi puras do cosmos...tal e qual a nossa senhora imaculada. Igual...a mesma negação da mulher sombra, terra natureza instintiva...uma mulher sem pecado...em nome não de deus pai mas da ascenção...

Não há nada que mais me choque do que esta negação persistente da natureza humana e da Terra, da maravilhosa manifestação de todos os seres e a obsessiva apologia de um pureza imaculada (bem cristóide) e dos céus e anjos como fonte única de realização humana...Como se partíssemos do princípio de que a Natureza a Mulher e a Lua são negativas e malignas e só os céus...a ascenção, a pureza do além, uma realidade a almejar!
A mim choca-me ainda amais as mulheres negarem-se na sua essência mulher-mãe-terra para se elevarem aos céus como beatas com os seus padres...agora mentores nova era.

‎" (...) A grande tarefa civilizacional, talvez a mais urgente nos dias atuais, consiste no resgate do princípio feminino. Chamo atenção para o fato de que não falo de categoria feminino/masculino, mas de princípio feminino/masculino (...)"
O resgate do princípio feminino

Leonardo Boff





Faz-me lembrar esta música, "Super-Homem" de Gilberto Gil:

‎" Um dia vivi a ilusão de que ser homem bastaria
Que o mundo masculino tudo me daria
Do que eu quisesse ter

Que nada, minha porção mulher que até então se resguardara
É a porção melhor que trago em mim agora
É o que me faz viver

Quem dera pudesse todo homem compreender, ó mãe, quem dera
Ser o verão no apogeu da primavera
E só por ela ser.(...)"

Márcia - Cabra Cega (ao vivo)




Aqui fica também a letra de uma musica simplesmente brilhante (e sempre muito actual)


Zero a zero, não me espanta o impasse
Se você quer, escondo o medo sem mostrar como o faço
No entanto amargo a cada som que não me sai, que adormeço
Tenho cara de quem morde mas apenas sou o que mereço
Uma oração pra perder o meu embaraço
Em hora sã hei-de por termo ao que só me traz cansaço
A cada cara à minha volta que me fita só que eu não posso ver
Que tem a fé num perfeito que eu não sei fazer
E eu sei de mais ou menos cem
Quiçá eu não apareço hoje....
Quero ficar bem a sós
Amuada no meu canto e a aquecer a voz.


Eu sei que é fácil de montar o aparato da menina que é culta
Mas também, sorrir sai mais barato que cuspir pensamentos à solta
E olha quem, tem a fome da sinceridade ao menos não te dei a volta
E eu não volto a jogar à cabra-cega com usted


Nunca sei porquê o maltrato é um unguento
Que sem ninguém ver vai guardando cimento
A cada cara à minha volta vou lhe dizer só que eu não posso mais...
Quero sedar o meu som confinar-me a afinar em silêncio


Eu sei que é fácil de montar o aparato da menina que é esperta
Mas também, fugir pra ti faz parte de investir na pessoa certa
E olha quem vem agora pra ficar é que eu ao menos não deixei aberta
A minha porta a ver quanto tempo sobra pra quem vem
A minha porta a ver quanto tempo sobra


Eu sei que é fácil de montar o aparato da menina que é culta
Mas também sorrir sai mais barato que cuspir pensamentos à solta...
E olha quem tem a fome da sinceridade ao menos não te dei a volta
E eu não volto a jogar à cabra-cega com usted
E eu não volto a jogar à cabra-cega (x4)


Lindíssimas "a pele que há em mim", "melody" e "um passo" dela, conhecem?
Se não perceberem o que ela diz, é normal...


As letras nem sempre são fáceis de entender — ela cifra-as, troca as voltas da sintaxe, da semântica e da dicção. Aprendeu a tirar proveito da má dicção da língua corrente (o "comer" das palavras, por exemplo) ou dos seus próprios defeitos. Por vezes consegue tornar quase abstracta a língua materna.

segunda-feira, 30 de maio de 2011

Cleópatra


Nortthrop Frye diz:

“Terra, ar, água e fogo são ainda os quatro elementos da experiência imaginativa, e que nunca deixarão de ser.” No Horóscopo natalício da pessoa falta por vezes um elemento, um desequilíbrio perturbador que só pode ser compensado através de auto-análise e de uma esforçada vigilância sobre si mesmo. A minha tese é que Shakespeare fez para Cleópatra um horóscopo onde faltava o elemento terra, e que esse desequilíbrio psíquico, agravado pela sua recusa em corrigi-lo, acabou por levar à sua ruína e à de António.”

In, Personas Sexuais
Camille Paglia


O acto sexual


“No fim da vida Goethe afirmou que “o acto sexual destrói a beleza, mas nada é mais belo do que aquilo que precede esse momento. Só a arte antiga soube captar e descrever a juventude eterna. E o que define a juventude eterna é a ausência de contacto carnal.”

O sexo destrói a beleza: Dionísios subverte o olhar apolíneo. O Goethe romântico seduzia continuamente o Goethe clássico. (…) Goethe considerava o corpo masculino mais belo que o feminino. Talvez isto seja menos um indício de homossexualidade do que de uma idealização apolínea, uma elevação da articulação do olhar, muitas vezes acompanhada de castidade. Tal como Beethoven estava casado consigo próprio.

Os andróginos de Goethe simbolizam adequadamente uma obra titanicamente inclusiva como é a sua. Para Goethe, o sexo é uma acumulação, não uma disseminação. Afirmou ele que não havia vício ou crime do qual não encontrasse vestígios em si mesmo. A Arte romântica é auto-exploratória, auto-estimulante e auto-mutiladora. Goethe disse uma vez que “os génios vivem uma segunda adolescência, enquanto as pessoas normais são jovens apenas uma vez. Goethe conservou o seu acesso a ambos os sexos renovando e prolongando a puberdade, período em que o género se mantém indeterminado. Em tempos, o Romantismo pareceu resumir-se a grandes gestos de rebelião. Mas ainda mal começámos a compreender as suas densas complexidades sexuais e o seu arcaico ritualismo pagão.”

in Personas Sexuais
Camille Paglia


Goethe, ícon do romantismo alemão,foi dos primeiros a ter uma visão moderna da relação amorosa. As suas célebres "Afinidades Electivas" contrapõem-se aos ideais até então em vigor de um amor abafado e abafante vivido pelos normóticos. A questão do sexo tem, contudo, muito que se lhe diga e, compreendendo muito bem o que ele quer dizer,penso que o grande teste à consistência e qualidade do amor acontece exactamente na passagem do momento (maravilhoso) que antecede o contacto físico à sua concretização.
Afinidades Electivas é um livro que bem lido nas sobrelinhas e nas entrelinhas, se aprende imenso.

as afinidades electivas...são raras...porque são da alma e não do corpo ou da mente...

....................um amor que fala



"Sempre quis um amor que falasse, que soubesse o que sentisse. 
Sempre quis um amor que elaborasse e que quando dormisse,
Ressonasse confiança no sopro do sono e trouxesse beijo no clarão da amanhecice."



Amizades


(…)
“Apesar de todas as amizades, sempre na vida estamos sozinhos; o que é mais grave, mais doloroso, exactamente como o que é mais belo, passa-se apenas connosco.
Entre um homem e outro homem há barreiras que nunca se transpõem.
Só sabemos, seguramente, de uma amizade ou de um amor: o que temos pelos outros.
De que os outros nos amem nunca poderemos estar certos”.

Agostinho da Silva

Sem amor


A inteligência sem amor, faz-te perverso.
A justiça sem amor, faz-te implacável.
A diplomacia sem amor, faz-te hipócrita.
O êxito sem amor, faz-te arrogante.
A riqueza sem amor, faz-te avarento.
A docilidade sem amor, faz-te servil.
A pobreza sem amor, faz-te orgulhoso.
A beleza sem amor, faz-te ridículo.
A autoridade sem amor, faz-te tirano.
O trabalho sem amor, faz-te escravo.
A simplicidade sem amor, deprecia-te.
A lei sem amor, escraviza-te.
A política sem amor, deixa-te egoísta.
A vida sem AMOR... não tem sentido!

Desconhecido

quinta-feira, 26 de maio de 2011

Thirty Seconds To Mars - Hurricane (Censored Version)



Grande vídeo...Grande música

Eu penso que a força do vídeo nos mostra que temos sempre opções!
A escolha de fazer o que é mau...ou não o fazer.
A escolha de concretizar fantasmas perversos...ou lutar contra esses desejos.
Mostra que há sempre uma saída...uma outra via...

Em busca de um prazer maior!
Bondage!!!!!

quarta-feira, 25 de maio de 2011

O medo de ser Bruxa


“Quando se fala de verdade para alguém, tal verdade abala os fundamentos de uma premissa, este momento se torna uma encruzilhada na estrada. Do mesmo modo, quando se perde a verdade, Hecate é a sabedoria interior que prepara a pessoa para ouvi-la. Às vezes, a pessoa pode encontrar-se inesperadamente no entroncamento de Hecate quando algo acontece que a coloca na berlinda. Pode ser uma exposição pública que exija uma declaração oficial. Ou sabendo que “calar é consentir”, a pessoa pode dar-se conta de que esse é o momento de se contar a verdade doa a quem doer. À parte o facto da influência que se possa ter sobre a situação, tais momentos de decisão são verdadeiros aparadores de arestas da alma.


Às vezes, quando se sabe o que se tem a fazer pode parecer meio herética, surge um medo irracional, uma reacção emocional que parece antecipar o grito de “Queimem a Bruxa”. Esse medo é transpessoal e parece estar alojada na psique feminina, bem próximo da superfície, onde ainda se esconde o pavor de ser rotulada e perseguida como feiticeira. Sentir o medo e fazer o que precisa ser feito, não obstante exige muita coragem. Com o efeito do campo mórfico, quanto mais mulheres confrontarem esse medo colectivo, mais fácil se tornará para outras fazerem o mesmo.
Quando Perséfone voltou do mundo subterrâneo, Hecate tornou-se a sua companheira constante. E assim funciona connosco. A sabedoria de Hecate se adquire com a experiência da vida – de se ter vivido uma longa vida. Com Hecate, a idade se torna sabedoria.


In, As Deusas e a Mulher Madura 
Jean Shinoda Bolen

Lei Cósmica



"Vida não é um corpo, cujo coração bate e o sangue circula. Isso não é considerado Vida, do ponto de vista Cósmico! Vida não é percepção, nem é experiência, nem é a experiência vital. Vida é tu saberes, tu experimentares o que está além de qualquer explicação. De qualquer forma. De qualquer suporte. Vida é este Leite Divino, que é ve...rtido sobre o nosso ser, constantemente. Ou melhor: que poderia ser vertido sobre o nosso ser, constantemente.

E, estar Vivo, aos olhos da Lei Cósmica Superior, implica, simplesmente, o Ser pulsar a sua consciência, além de qualquer suporte que ele utilize. Significa o Ser pulsar a sua consciência, além do imediato. Estar Vivo significa saber, por osmose, por união, a quem nós pertencemos. Isso significa beber disto, desta realidade, pela taça do coração. Estar Vivo é beber da taça do coração. Abaixo desta taça, nós podemos falar de semi-vida, de para-vida, de quase-vida, de pro-vida... Mas, ESTAR VIVO, do ponto de vista Cósmico Superior, é beber desta Taça, é beber deste Leite, é comungar deste Pacto com o Divino. Todo irradiante!"

Excerto dos "Encontros de Belém "
André Louro de Almeida

Sozinho com o EU


"Vocês têm medo da intimidade consigo mesmos - de estar sozinhos com o Eu. Uma vez desenvolvida essa intimi­dade, o silêncio, o amor por si, a contenção da própria energia, irão estabelecer esse mesmo aspecto de intimidade como pa­drão de intimidade com outra pessoa.
A sexualidade pode ser muito confusa nos dias de hoje, porque vocês ...estão elevando e estudando as suas freqüências. Quando corpos se juntam, mesmo que seja através de um abraço, há uma troca de freqüência. Quando têm uma experiência sexual, há uma liberação e hormônios dentro do corpo. Os hormônios despertam determinadas energias dentro das célu­las, que provocam uma transferência da essência de urna pes­soa para a outra."

"Com a maior honestidade, vocês têm medo de si mes­mos. Isso é muito comum. Têm medo de não estar completos, e vocês querem muito ser completos. Então dizem: "Estou completo. Sou soberano. Preciso de alguém. Estou atraído por alguém. Não! Não quero ver! Tenho muito medo disso! Não preciso de ninguém. Não, eu preciso sim!" Vocês vão p...ara a frente e para trás. Aprendam a aquietar vossa mente. Apren­dam a ter o controle total da vossa energia. O que isso signifi­ca? Significa que, onde quer que vocês estejam, estão observando a si mesmos - a postura do vosso corpo, o movi­mento das mãos, estão se repetindo muitas e muitas vezes, se estão falando ou em silêncio. Aprendam a observar-se sem julgamento. Aprendam a observar-se (constatando como são) e a corrigir-se (determinando como gostariam de ser). Apren­dam a silenciar a mente."

Barbara Marciniack

Chama gêmea


Como já mencionamos, não é fora que devem procurar a chama gêmea companheira. Devem procurar a integração da essência masculina e feminina dentro de si. Elas formam um todo. Pessoas inteiras procuram unir-se a outras pessoas intei­ras em relacionamentos baseados na confiança, desejo e esco­lha. Esses relacionamentos não se baseiam em "Eu preciso de você na minha vida para me completar e me autorizar." Vocês se tornam completos em si mesmos e operam com outras pes­soas também completas em si mesmas, criando um território totalmente novo a ser explorado.

Quando casam a chama gêmea interior, estão reconhe­cendo o intuitivo, a Deusa, portadora-de-vida, a parte sensível de si mesmos, bem corno a parte de si que é potente, racional e intelectual. Uma parte muito ligada ao plano físico e outra muito ligada ao plano espiritual. Quando fundem essas ener­gias dentro de si, torna-se imprescindível encontrar alguém com as mesmas qualidades. Isso irá acontecer sem o menor esforço, pois terão a capacidade de atrair pessoas inteiras. Vão atingir o que nunca consideraram possível nos relacionamen­tos anteriores, ligar-se a uma outra pessoa por desejo ou afini­dade, jamais por necessidade, e darão aos relacionamentos uma nova personalidade, um novo limite, uma nova defini­ção.

Vocês se tornarão seu próprio modelo neste novo tipo de relacionamento. Muita gente vai achar que a instituição do ca­samento perdeu o significado. Não comportará o que vocês conhecem, nem será adequada à maneira como querem viver. Como todos estão no caminho de integração das polari­dades dentro de cada um, temas difíceis surgirão muitas e muitas vezes. Acolham esses momentos difíceis, pois eles se­rão o vosso melhor professor. Permaneçam focados no vosso próprio crescimento, no próprio caminho, no próprio Eu e não se preocupem com o que os outros estão fazendo.

Chamem suas partes feminina e masculina, estabeleçam um diálogo entre elas para que comecem a trabalhar em cooperação e har­monia. Dêem a si mesmos muito amor e incentivo. Marquem um encontro consigo mesmos e digam: "Meu Eu, eu amo você. Você é um Eu maravilhoso. Você é o número um, o campeão, o melhor Eu do mundo!" Quando concedem a si mesmos a dignidade do vosso próprio amor, como se fossem a realeza recebendo saudações de seus súditos, tudo muda. A integridade e a força tornam-se vossa propriedade porque acreditam e amam quem são. Quan­do acreditam e amam a si mesmos, tudo começa a correr como vocês querem.

O mais difícil para quase todos é acreditar que merecem amor. Ninguém é obrigado a amá-los. Vocês não es­tão aqui para mendigar o amor de outras pessoas e, assim, se convencer de que têm valor. Estão aqui para desempenhar uma tarefa muito difícil num sistema sombrio, com pouca energia, estímulo ou infor­mação sobre a verdadeira história. Estão aqui para fazer o im­possível. Através do compromisso de amar a si mesmos, e fazendo deste compromisso o primeiro passo a partir do qual vocês operam todos os dias, tudo entra no lugar. Vocês se tor­nam inteiros, completos. Estão prontos para um relacionamen­to com outro ser completo e este relacionamento pode levá-los a planos deliciosamente inexplorados.

Bárbara Marciniak
in, Mensageiros do Amanhecer

Acontece assim...


Acontece assim…
Quando não espera, quando é impossível, quando se sente no limite da estagnação, do caos, quando já deixou de pensar que era alguém ou ia para algum lado…

As quedas sucedem-se até que se ajoelhe perante o Universo e assuma o quanto se sente nada…

No fundo de si, no escuro da vontade perdida, na desistência assumida e real, sem mentiras, um fio de Luz toca a sua nuca caída e o Sentido renasce.

O Propósito volta.


Aí começa o Caminho Real – já sem disfarce ou vergonha, sem nada para esconder pode respirar ar puro, livre do peso da máscara e da mentira, pronto para ser o que planeou…

…antes de se esquecer de si.

Sem o peso do estatuto, sem o custo da estrutura, sem nome a manter ou princípios a responder, sem objectivos para prosseguir, livre, leve, solto,

Faça um voo rasante pela superfície do Planeta e sinta o vento na face – essa é a Liberdade.

O que decidirá fazer com ela?


anónimo

.......................dança


"A verdadeira pureza, ao contrario da castidade, reúne em si o sagrado e o erótico por excelência...
A sensualidade da alma expressa em gestos, como na dança egípcia e no amor, são a transcendência da dualidade que se dá na fusão dos opostos em perfeita harmonia quando partem dessa mestria...esse cume atingido é a divina sensualidade de que os humanos, nomeadamente as mulheres foram privadas pelo catolicismo."

Desconhecido

O mundo é aquilo que acreditamos




“Desde há décadas que "os media" corrompidos e sob controlo influenciam a atenção das massas narrando em sincronia, a ideia de um caos ordenado, cenarizado, em que montam as cenas com o fim de vos provocar a maior confusão mental e o esgotamento da vontade.

As sempre eternas reportagens sobre os acontecimentos traumatizantes ou sobre catástrofes, repetidas até à náusea, e cujas imagens de desespero e esvaziamento se incrustam no cérebro dos espectadores, engendrando uma ansiedade extrema; eles constituem, na verdade, uma forma de guerra psicológica. Os que manipulam "os media" alteram os factos, jogam com meias verdades, usam artifícios e mentiras para instilar nas pessoas o desespero e fazê-las sentir que toda a acção é fútil. Eis o que passa por “informação”: ela pode dirigir toda a vossa vida.
A atenção de milhares de pessoas focalizada nas mesmas palavras, nas mesmas imagens e nas mesmas descrições geram uma energia enorme, engendrando uma forma-pensamento gigantesca. As formas-pensamento são esquemas que contêm informação susceptível de se concretizar, de tomar uma forma real. "A média" capta a vossa atenção, para depois programam a vossa imaginação. De um só golpe eles anulam definitivamente o vosso poder criativo único, capaz de manifestar a vossa própria realidade.
Aliás eles conseguem abolir a vossa vontade de se conhecerem.

Condicionando-vos a acreditar que tudo o que tem necessidade de saber se encontra no universo mágico das caixas electrónicas, com as suas informações e os seus divertimentos. Assim, o jornal de notícias aparece sempre no sentido de vos informar acerca de uma guerra incessante, seguindo-se um sentimento de desespero e de impotência. O vosso poder é assim paralisado porque vocês são persuadidos de que a única realidade é aquela que eles descrevem e prescrevem por detrás da caixinha da televisão. "

Isso impede-os de ver que "De facto, a realidade é produzida por cada um de vós sem excepção, e aqueles que querem dominar o mundo esconderam muito bem esse segredo de vós."
Impede-os de ver que: "A vossa imaginação é uma ferramenta muito válida, capaz de desenvolver a vossa atenção e de a aplicar àquilo que querem criar. Através da imaginação todos os pensamentos são reais.”


Energias e frequências
A Sabedoria das Plêiades
Barbara Marciniak

Philosophy of love



Philosophy of love . A journey through history. In all times people expressed a need, a want to experience more than everyday life. In fact they all point out: The thing you are missing is inside. The thing that will make the picture complete is within. It resides in th heart...

sexta-feira, 20 de maio de 2011

Solo cuando tu estás completo



‎"Solo cuando tu estás completo/a podrás vibrar en Armonía y llegarán a ti personas que vibren igual que tu, entonces las relaciones serán bellas, el Amor será incondicional, y el temor, la desconfianza, la inseguridad y los celos desaparecerán...El Amor no es coacción, no es engaño, no es control, no es desconfianza y no es conflicto.

El Amor no es esclavizarse a una persona para lograr su Amor, su aprobación y para responder a sus expectativas.
El Amor es otra cosa, es un sentimiento puro y cristalino que nos hace ver la belleza del ser humano.
El Amor es Respeto, es Libertad, es Bienestar, es Armonía, es Dar sin esperar nada a cambio.
El Amor nunca condena, nunca pide y nunca exige. Amar es aceptar al otro cómo es con sus defectos y sus virtudes y no intentar cambiarlo a nuestro antojo.
Es una energía tan Bella!!!
Pero ésto lo debes sentir primero en ti mismo/a para después compartirlo con aquella persona que sienta igual que tu...
Enamórate te di primero, pero de verdad, abrazando la totalidad de tu Ser...tus partes de Luz y tus partes oscuras, fusiónalas y sentirás la Paz en tu Corazón...
Cuando ésto sea, dejarás de ver defectos y errores en los demás y ensalzarás sus Virtudes, sabrás Amar la totalidad del otro Ser que esté junto a ti."


Walter Riso

Uma paleta de cores


A vida é como uma paleta de cores…
Contem nas emoções todas as cores do arco-Íris.
Podemos nós dizer que há cores boas e más? Não.
Podemos dizer que há cores alegres ou tristes, de acordo com os nossos estados de espírito, mas da mesma forma que as cores, os nossos estados interiores correspondem a uma paleta de emoções em que há prazeres e sofrimento, alegrias e dores, e todas fazem parte de numa mesma escala de valores…Todas elas fazem parte da vida!
A vida não se vive só a preto e branco…



"A vida é uma peça de teatro que não permite ensaios ... 
Por isso canta, dança, pula, ri, chora, vive intensamente cada minuto da tua vida ... 
Antes que a cortina se feche e a peça termine sem aplausos."
Charlie Chaplin

Dinheiro não se come



ODE À NOITE - EM FORMA DE ORAÇÃO


(...)
Vem sobre os mares,
Sobre os mares maiores,
Sobre os mares sem horizontes precisos,
Vem e passa a mão pelo dorso da fera,
E acalma-o misteriosamente,
O domadora hipnótica das coisas que se agitam muito!

Vem cuidadosa,
Vem maternal,
Pé ante pé enfermeira antiquíssima, que te sentaste
À cabeceira dos deuses das fés já perdidas,
E que viste nascer Jeová e júpiter,
E sorriste porque tudo te é falso e inútil.

Vem, Noite silenciosa e extática,
Vem envolver na noite manto branco
O meu coração...
Serenamente como uma brisa na tarde leve,
Tranquilamente como um gesto materno afagando,
Com as estrelas luzindo nas tuas mãos
E a lua máscara misteriosa sobre a tua face.
Todos os sons soam de outra maneira
Quando tu vens.
Quando tu entras baixam todas as vozes,
Ninguém sabe quando entraste,
Senão de repente, vendo que tudo se recolhe,
Que tudo perde as arestas e as cores,
E que no alto céu ainda claramente azul
Já crescente nítido, ou círculo branco, ou mera luz nova que vem,
A lua começa a ser real.

EXCERTO DE POEMA DE FERNANDO PESSOA

Eu sou pagã hoje no Mundo


Eu sou pagã hoje no Brasil e vivo a religião da Deusa em amor e sinceridade, caminhando e aprendendo a fluir com os ritmos da natureza. Eu procuro viver em beleza, para que a beleza me envolva. Conheço a Deusa e a cada dia mais a compreendo um pouco, sabendo que jamais acabarei essa tarefa, o que enche minha vida de propósito e riqueza. Encontro a Deusa na face de cada pessoa que cruza meu caminho, mesmo as que me são desagradáveis.

Eu sou pagã hoje no Brasil e meu corpo dói com cada notícia de água envenenada, natureza esgotada, animais maltratados, extermínios e queimadas insanas... Conheço a Lua no meu próprio sangue, mesmo quando as nuvens a encobrem no céu. Vivo os ciclos da natureza e celebro as datas ancestrais, danço, canto e comemoro os grandes e pequenos Sabbats. A cada fase da Lua saúdo-a em grupo ou sozinha, mas nunca deixo de sorrir para cada um de seus mistérios.

Eu sou pagã hoje no Brasil e uso a magia para melhorar minha vida e das pessoas que me procuram, aprendendo com meus erros e renovando minha capacidade de reconhecer o universo como um milagre de magia e perfeito equilíbrio. Conheço os diversos mundos e busco trazer deles o que melhor condiz com minha realidade e as necessidades que surgem nos giros da Roda da Vida, aprendendo a lição dos ciclos.

Eu sou pagã hoje no Brasil e luto para me conhecer cada vez mais, vendo minha sombra e acolhendo o que posso integrar, conhecendo a Deusa Negra em minha vida e aprendendo a amá-la. Como pagã também vejo a sombra coletiva de nossa nação e não fecho os olhos quanto ao crime, a violência, a corrupção, a posse da terra, a miséria e a fome. Como pagã sou revolucionária, não conformista, universalista e ardorosa defensora das liberdades, mantendo a unidade da consciência ecológica a sabendo a importância de defender o direito de quem pensa diferente de nós.


Eu sou pagã hoje no Brasil e vejo com inquietação nossa religião se tornar mais conhecida e visada. Combato a ignorância esclarecendo todos os que se interessam pela bruxaria, mostrando que somos pessoas normais, com vidas normais e não espetáculos de salão. Sofro com a incompreensão, muito mais pelos outros do que por mim. Admiro quem se mantém fiel ao Caminho mesmo diante de dificuldades familiares e sociais e faço valer nossas leis de não discriminação religiosa.

Eu sou pagã hoje no Brasil e percebo a importância de conscientizar as pessoas de sua própria auto-imposta escravidão. Vejo a importância de agir e viver de acordo com meu poder pessoal e abençôo cada chance de transformação que a vida me traz. Como bruxa, tenho orgulho de ser mulher, de falar a outras mulheres sobre nossa irmandade básica e de ver os homens tocados pela Deusa como os companheiros ideais e a única esperança de uma sociedade feita de parceria e soma de capacidades.

Eu sou pagã hoje no Brasil e celebro a Roda do Ano criando junto com os deuses e com as pessoas que me cercam a dança ancestral, refazendo os caminhos já trilhados por nossos antepassados de uma maneira nova e em consonância com nosso tempo. Levo minhas crianças às celebrações lunares e solares, desejando que elas cresçam cada vez mais em consciência, auto-determinação, independência e liberdade. Que elas possam fazer a magia do amor modificar os mundos.

Eu sou pagã hoje no Brasil, vivendo em cidades grandes sou uma bruxa urbana que descobre a natureza nos locais mais inusitados. Danço minhas danças de poder nas danceterias, ou vou para parques. Sempre que posso busco a mata, o cerrado e a praia. Compro meus instrumentos em shoppings ou os faço com minhas mãos. Reabasteço-me na natureza e dou poder a tudo que me cerca, vivificando com minha magia tudo o que faço, de escrever um texto a preparar um almoço, da roupa que uso ao modo como me movimento. Descubro a riqueza da minha terra, da herança indígena às contribuições européias e africanas, e as honro em meus rituais sem esquecer que a Deusa não tem nacionalidade, e fala todas as línguas.

Eu sou pagã hoje no Brasil e conheço muitos pagãos, cada vez mais gente que acorda do pesadelo das visões retilíneas do universo e passa a sonhar o doce sonho da Terra. Nessas pessoas descubro meus irmãos de alma, meus companheiros de caminho, meus parceiros na dança espiral. Me orgulho de viver em um tempo em que a Deusa sorri e podemos retribuir seu sorriso em alegria e liberdade. Nunca mais os tempos da fogueira!


Eu sou pagã hoje no Brasil e vejo mais e mais gente ouvindo o Chamado da Senhora. Eu sou pagã hoje no Brasil e a cada dia vejo aumentar a responsabilidade de orientação e auxílio que devemos dar aos mais novos na Arte, como expressão de nosso compromisso com os Antigos.

Eu sou pagã hoje no Brasil e sei que temos um dos maiores movimentos wiccanianos do mundo na atualidade, e busco me integrar às iniciativas e eventos que façam uma ponte entre nós e nossos irmãos de outros países, sabendo que isso fortalece nossos elos e o paganismo como um todo.

Eu sou pagã hoje no Brasil e sei como é difícil explicar a alguém que não o seja o que significa essa sensação única de ser integrado à Mãe e ser único e múltiplo, unido, completo e sagrado.

Eu sou pagã hoje no Brasil e a respiração de cada ser vivo deste planeta, e a pulsação de cada estrela além, bate no compasso do meu coração, pois eu sei que Dela é toda vida e todo amor.

Mavesper Cy Ceridwen

O Mistério do Sangue


“Sintam no âmago das suas identidades, a nutrição, a dádiva e o mistério da Mãe. Haverá um retorno e um despertar da Deusa Mãe."(…)
"A Deusa é a Consciência que permite todas as coisas. É a fonte que mantém a união dos elementos, e liga toda a criação.
"A Deusa Mãe representa o princípio do amor. Mencionei a frequência da Luz – Luz sendo informação – e a frequência do amor, atraindo a criação. A face inferior mais profunda da informação pleiadiana é a sua sensualidade e a sua sexualidade – sua criação através da vibração de amor com a Deusa. Trabalhar com a energia da Deusa requer uma exploração mais profunda do princípio feminino.

(…)

Conforme avançar a década, haverá um aumento pronunciado de líderes e mestres do sexo feminino, pois a Deusa encarna através do seu género.
Isto não quer dizer que Ela não trabalhe com a energia do masculino, pois os homens também aprenderão como encarnar a Deusa.
Ela não faz discriminações nem contem raiva.
É uma entidade bastante compassiva.
Permitiu que durante anos muitas coisas pudessem acontecer de maneira a que todos, homens e mulheres, pudessem aprender o mais possível.
Agora a Deusa espera e exige que ambos honrem aquilo que Ela permitiu ser criado através do mistério do sangue – através da dádiva de Seu próprio Útero.

O sangue e os seus mistérios constituem a chave para compreensão de vocês mesmos, da vossa linhagem genética e da própria Biblioteca Viva que vocês são."


A GALVANIZAÇÃO DA DEUSA TERRA
CHAVES PEIADIANAS PARA A BIBLIOTECA VIVA
BÁRBARA MARCINIAK

Hora da Mãe...da Mãe Terra


"Chegámos à Hora da Mãe. Isto significa que os nossos pés estão a receber Energia Divina. Do âmago da matéria estão a chegar ondas Divinas. E não estamos a falar de Energia Telúrica. Nós estamos a falar da Brancura Suprema que existe no Coração da Terra. Indizível! Essa Brancura da Luz guarda os códigos Luminosos que negam a entropia... em que a Terra entrou. A Mãe é o oposto da entropia. A Mãe não vem só para abençoar. Ela vem para Imortalizar!
A Mãe está a despertar na matéria, está a despertar do Seu Sono pelo Beijo do Logos Planetário, está a começar a galgar os abismos intraterrenos... Donde que, nós vamos ter, muito em breve, uma nova Fisiologia, uma nova Pediatria, uma nova Bioquímica, uma nova Química... A alteração do ritmo do batimento da Terra é um dos avisos da Mãe de que Ela está a acordar... O nosso aparelho precisa de se refinar e começar a dançar a Ascensão Terrestre. De ancorar a Luz que vem de baixo, com a Luz que vem de cima...
Eu preciso de Espiritualizar os meus sentidos. Se um ser se mantém num nível denso, ele não consegue funcionar como um fusível de ligação entre os dois Fogos. Na proporção que o ser vai ficando leve, ele vai sendo permeado pela Energia Intraterrena. É no Alto da tua cabeça e no Profundo do teu coração que a Anunciação será feita ! "

André Louro de Almeida

Compaixão


"Hoje, nós só vemos o caminho, quando conhecemos o poder de destravar a energia que só a Compaixão contém. Se eu não vivo Compaixão, eu não consigo ver o caminho.
O nosso coração está dentro de uma cápsula hermética, o nosso coração, ele é guardado por uma cápsula hermética, que só é despressurizada através da Compaixão. Eu tenho que ...olhar para o perfeito e para o imperfeito com um coração impassível. Porque, psicologicamente, nós olhamos para o perfeito e amamo-lo. E olhamos para o imperfeito e julgamos - para poder rejeitar o imperfeito. Mas isso não é a Energia da Mãe. Nós precisamos de olhar para o perfeito e para o imperfeito com a mesma Compaixão, com a mesma amplitude, com a mesma disponibilidade implacável para dar. O nosso coração permanece como uma tampa fechada, enquanto não praticamos a capacidade de incluir o outro, no nosso próprio afecto.
E o que a Mãe pede, é um coração idêntico, um coração em chamas, em relação a todos os pontos à sua volta. Isto faz parte do trabalho de reconhecimento da Energia da Mãe. O abraço da Mãe é todo abrangente. Ela não está interessada em fragmentar a criação. "

André Louro de Almeida

Owning your own shadow


"O sofrimento pessoal começa quando somos crucificados entre dois opostos. Se tentarmos abraçar um sem pagar tributo ao outro, degradamos o paradoxo ao nível da contradição. Todavia ambos os lados dos pares de opostos devem merecer e ter igual mérito. O sofrer a nossa confusão é o primeiro passo para a cura. "
"Passar da oposição (sempre uma discórdia) para o paradoxo (sempre sagrado) é dar um salto de consciência. Esse salto transporta-nos através do caos da meia idade e dá-nos uma visão que ilumina os dias que nos restam."

In "OWNING YOUR OWN SHADOW" 
Robert A. Johnson

quinta-feira, 19 de maio de 2011

Fez-se vingança, não justiça



Alguém precisa ser inimigo de si mesmo e contrário aos valores humanitários mínimos se aprovasse o nefasto crime do terrorismo da Al Qaeda do 11 de setembro de 2001 em Nova Iorque. Mas é por todos os títulos inaceitável que um Estado, militarmente o mais poderoso do mundo, para responder ao terrorismo se tenha transformado ele mesmo num Estado terrorista. Foi o que fez Bush, limitando a democracia e suspendendo a vigência incondicional de alguns direitos, que eram apanágio do pais. Fez mais, conduziu duas guerras, contra o Afeganistão e contra o Iraque, onde devastou uma das culturas mais antigas da humanidade nas qual foram mortos mais de cem mil pessoas e mais de um milhão de deslocados.

Cabe renovar a pergunta que quase a ninguém interessa colocar: por que se produziram tais actos terroristas? O bispo Robert Bowman de Melbourne Beach da Flórida que fora anteriormente piloto de caças militares durante a guerra do Vietname respondeu, claramente, no National Catholic Reporter, numa carta aberta ao Presidente:”Somos alvo de terroristas porque, em boa parte no mundo, nosso Governo defende a ditadura, a escravidão e a exploração humana. Somos alvos de terroristas porque nos odeiam. E nos odeiam porque nosso Governo faz coisas odiosas”.

Não disse outra coisa Richard Clarke, responsável contra o terrorismo da Casa Branca numa entrevista a Jorge Pontual emitida pela Globonews de 28/02/2010 e repetida no dia 03/05/2011. Havia advertido à CIA e ao Presidente Bush que um ataque da Al Qaeda era iminente em Nova York. Não lhe deram ouvidos. Logo em seguida ocorreu, o que o encheu de raiva. Essa raiva aumentou contra o Governo quando viu que com mentiras e falsidades Bush, por pura vontade imperial de manter a hegemonia mundial, decretou uma guerra contra o Iraque que não tinha conexão nenhuma com o 11 de Setembro. A raiva chegou a um ponto que por saúde e decência se demitiu do cargo.

Mais contundente foi Chalmers Johnson, um dos principais analistas da CIA também numa entrevista ao mesmo jornalista no dia 2 de maio do corrente ano na Globonews. Conheceu por dentro os malefícios que as mais de 800 bases militares norte-americanas produzem, espalhadas pelo mundo todo, pois evocam raiva e revolta nas populações, caldo para o terrorismo. Cita o livro de Eduardo Galeano “As veias abertas da A.Latina” para ilustrar as barbaridades que os órgãos de Inteligência norte-americanos por aqui fizeram. Denuncia o carácter imperial dos Governos, fundado no uso da inteligiência que recomenda golpes de Estado, organiza assassinato de líderes e ensina a torturar. Em protesto, se demitiu e foi ser professor de história na Universidade da Califórnia. Escreveu três tomos “Blowback”(retaliação) onde previa, por poucos meses de antecedência, as retaliações contra a prepotência norte-americana no mundo. Foi tido como o profeta de 11 de Setembro. Este é o pano de fundo para entendermos a actual situação que culminou com a execução criminosa de Osama Bin Laden.

Os órgãos de inteligência norte-americanos são uns fracassados. Por dez anos vasculharam o mundo para caçar Bin Laden. Nada conseguiram. Só usando um método imoral, a tortura de um mensageiro de Bin Laden, conseguiram chegar ao seu esconderijo. Portanto, não tiveram mérito próprio nenhum.

Tudo nessa caçada está sob o signo da imoralidade, da vergonha e do crime. Primeiramente, o Presidente Barak Obama, como se fosse um “deus” determinou a execução/matança de Bin Laden. Isso vai contra o princípio ético universal de “não matar” e dos acordos internacionais que prescrevem a prisão, o julgamento e a punição do acusado. Assim se fez com Hussein do Iraque,com os criminosos nazistas em Nürenberg, com Eichmann em Israel e com outros acusados. Com Bin Laden se preferiu a execução intencionada, crime pelo qual Barak Obama deverá um dia responder. Depois se invadiu território do Paquistão, sem qualquer aviso prévio da operação. Em seguida, se sequestrou o cadáver e o lançaram ao mar, crime contra a piedade familiar, direito que cada família tem de enterrar seus mortos, criminosos ou não, pois por piores que sejam, nunca deixam de ser humanos.

Não se fez justiça. Praticou-se a vingança, sempre condenável.”Minha é a vingança” diz o Deus das escrituras das três religiões abraâmicas. Agora estaremos sob o poder de um Imperador sobre quem pesa a acusação de assassinato. E a necrofilia das multidões nos diminui e nos envergonha a todos.

Leonardo Boff
autor de Fundamentalismo,terrorismo , religião e paz.

Eva e Lilith



“No princípio era Lilith.
Digam o que disserem, na origem era o Andrógino.
E depois do seu exílio, senão mesmo do seu desterro, o Éden nunca mais voltou a ser o que era antes." (...)
"Eva é a mulher muda, a sombra da mulher, quase um fantasma.
Eva está incompleta, falta-lhe alguma coisa: trata-se do aspecto Lilith que ela por vezes toma quando se revolta".
Joelle de Gravelaine


Nós não queremos ser iguais aos homens!!!!


"A reivindicação de uma igualdade com o homem não é senão a manifestação de uma mentalidade de escravidão. E qualquer mulher que tenha contacto profundo com a sua feminilidade detesta esta posição. Ela não quer parecer-se com o homem. Ela está intimamente persuadida da perfeição do seu estatuto, da sua riqueza biológica e psíquica, da sua nobreza interior.
(…)
A verdadeira realização começa com a afirmação de uma diferença não só biológica, mas espiritual."*

Femme Solaire - Paul Salomon

Qual igualdade ... Cada "macaco" no seu galho e o Homem nunca será igual à Mulher! Não tem essa capacidade! Assim como nós Mulheres nunca seremos iguais aos Homens. Se nem fisicamente somos iguais...um complementa o outro. São duas viagens completamente distintas neste Teatro da Vida, nenhum é mais do que o outro, apenas sonhos diferentes para uma mesma realidade.
Ainda bem que Homens e Mulheres são seres distintos... e é maravilhoso descobrir o sentido dessa diferença. É uma aprendizagem! Para ambos.
Precedemos da mesma fonte mas aquela coisa do adão e eva e a costela é que criou muita confusão até hoje...
As histórias foram também adulteradas dos seus conteudos iniciais para modelar as mentalidades num só sentido e não são tão inocentes cmo as julgamos...

O Rei Salomão passeava com a sua corte,parou e indagou o sucedido...ficando a par,disse: Existe o dia,a noite também um não pode viver sem o outro são complementares..estão interligados...temos de respeitar as diferenças...O bom homem saiu a correr novamente dizendo : Justiça feita...Uma coruja que ouvira a conversa toda pensou...Até uma criança sabe isso...lá se evitou uma nova guerra...não falam a mesma língua,com isto caíra entretanto a noite...Nisto a Lua gritou,clemencia,clemencia...Não os crucifiquem na fogueira da ignorância elevada ao infinito das disputas sem nexo...ouviu-se um riso em coro...eram as flores...


Rosa Leonor Pedro

Falsas liberdades



Na verdade, estamos presos numa rede de falsas liberdades.
Nunca se falou tanto em liberdade, e poucas vezes fomos tão
pressionados por exigências absurdas, que constituem o que
chamo a síndrome do “ter de”. Fala-se em liberdade de escolha,
mas somos conduzidos pela propaganda como gado para o
matadouro, e as opções são tantas que não conseguimos
escolher com calma. Medicados como somos (a pressão, a
gordura, a fadiga, a insônia, o sono, a depressão e a euforia, a
solidão e o medo tratados a remédio), cedo recorremos a
expedientes, porque nossa libido, quimicamente cerceada,
falha, e a alegria, de tanta tensão, nos escapa.

Lya Luft

Milagre em Fátima


Fiéis espantaram-se com auréola em torno do Sol, quando viam vídeo de João Paulo II.

Uma sexta-feira 13 que milhares de pessoas vão guardar para sempre. "Milagre", diziam uns. "Que esquisito", entreolhavam-se outros. A razão do espanto? Uma auréola em volta do Sol - luz reflectida nos cristais de gelo na atmosfera, a grande altitude, explica um meteorologista contactado pelo DN. "Um daqueles fenómenos que vemos muitas vezes e não reparamos, mas, quando reparamos durante um momento emotivo, tem um impacto diferente", avança Costa Alves.
Muita gente na Cova da Iria chorava, em comoção e lembrava-se da terceira aparição de Fátima aos pastorinhos, o milagre do Sol.

E assim, durante a Guerra Mundial nasceu o que vemos hoje em Fátima...
Uma das maiores conspirações do mundo!

A minha experiência vem de dentro e pouco importa o nome que lhe damos
Portanto é urgente amar a Deusa Terra, a nossa Pachamama, e quando chegarmos ao outro lado logo se vê...

Tan joven y tan viejo - Joaquín Sabina



Lo primero que quise fue marcharme bien lejos
en el álbum de cromo de la resignación.
Pegábamos los niños que odiaban los espejos,
o antes de Rita Hayworth, calles de Nueva York.
A penas vi que un ojo me guiñaba la vida,
le pedí que a su antojo dispusiera de mí.
Ella me dio las llaves de la ciudad prohibida.
Yo todo lo que tengo, que es nada se lo dí.
Y así crecí volando y volé tan deprisa
que hasta mi propia sombra de vista me perdió.
Para borrar mis huellas destrocé mi camisa,
confundí con estrellas las luces de neón.
Hice trampas al pocker.
Defraudé a mis amigos.
sobre el banco de un parque dormi como un lirón;
Por decir lo que pienso, sin pensar lo que digo,
más de un beso me dieron y más de un bofetón.
Lo que sé del olvido lo aprendí de la luna.
Lo que sé del pecado lo tuve que buscar
como un ladrón debajo de las faldas de algunas
de cuyo nombre ahora no me quiero acordar.
Así que de momento, nada de adiós muchachos.
Me duermo en los entierros de mi generación.
Cada noche me invento.
Todavía me emborracho.
Tan joven y tan viejo, like a Rolling Stone.

Póstroika



Para quem pensa ir votar...

terça-feira, 17 de maio de 2011

Aviso da Lua que Menstrua



Aviso da Lua que Menstrua é um belíssimo poema de Elisa Lucinda sobre a mulher e sobre a relação homem/mulher, interpretado por ela no espetáculo "Parem de falar mal da rotina", apresentado no Teatro dos Bancários, em Brasília, dia 07 de março de 2010

A vida é VIVER!


A vida é viver. Não é uma coisa, é um processo. Não há outra forma de conhecer o que é a vida senão vivendo-a, estando vivo, fluindo, andando com ela. Se procuras o significado da vida em algum dogma, numa determinada filosofia, numa teologia, fica certo de que perderás o que é a vida e o seu significado.
A vida não te está a esperar em parte alguma: está a suceder-te.
Não se encontra no futuro como uma meta que hás-de alcançar: está aqui e agora, neste mesmo momento, no teu respirar, na circulação do teu sangue, nas batidas do teu coração.
Qualquer coisa que sejas, és a tua vida, e se te puseres a procurar significados numa parte, vais perdê-la. O homem esteve a fazer isto durante séculos.
Os conceitos tornaram-se muito importantes, as explicações tornaram-se muito importantes, e o real foi totalmente esquecido. Não vemos o que de facto já está aqui; queremos racionalizações.
Ouvi uma história…
Há alguns anos, um norte-americano famoso teve uma crise de identidade. Procurou ajuda na psiquiatria mas, ninguém lhe conseguiu revelar qual o significado da vida, que era o que ele mais queria saber. Soube da existência de um venerável guru nos Himalaias. Passou oito anos, de povoado em povoado, à procura do sábio guru, até que o encontrou.
- O que posso fazer por si, meu filho? – perguntou o guru.
- Preciso conhecer o significado da vida – respondeu o homem.
- A vida - disse ele – é um rio sem fim.
O homem ficou assombrado com a resposta. Depois de oito anos à procura do guru, e tudo o que me tem a dizer é que a vida é um rio sem fim?
O guru ficou incomodado e disse-lhe:
- Quer dizer que não é?

Sombra


A Sombra é um dos conceitos mais importantes da teoria junguiana, ou seja, do psicólogo suíço Carl Gustav Jung, que desenvolveu a linha psicológica que conhecemos como Psicologia Junguiana ou Psicologia Analítica ou Psicologia Complexa.

A Sombra é a parte mais obscura da nossa psique. Ela recebe tudo aquilo que não aceitamos como parte da nossa personalidade ou “identidade” ou “Ego”. O complicado é percebermos a Sombra. E geralmente só percebemos a Sombra porque ela está projectada em algo. E o que isso quer dizer? Basicamente que quando eu olho para algo e eu reconheço que isso é diferente de mim, eu estou a projectar nela a minha sombra; principalmente se além de reconhecer a diferença eu coloco repulsa ou algo que me separe ainda mais disso.

Como a Sombra reúne tudo o que reconheço (inconscientemente, a princípio) como sendo não-Eu, basicamente tudo o que eu vejo como não-eu no mundo se torna projecção da minha sombra. Por outras palavras, quando eu vejo isso, eu estou a ver no outro o que reconheço como sendo não-eu em mim mesmo.

Como não reconheço determinada característica em mim, então eu reprimo isso, que fica inconsciente. Mas isso não fica esquecido, mas sim projectado no mundo, no outro, que é visto como sendo isso que não reconheço em mim, que é a minha sombra. Eu posso consciencializar isso, mas não interiorizo como sendo eu.

Na nossa Sombra, geralmente colocamos os nossos defeitos, nossas culpas, vergonhas, coisas más que são socialmente ou pessoalmente reprovados ou qualquer coisa que nos é reprimida. Colocamos também tudo aquilo que nos foi proibido por culpa ou vergonha, e então disseram para nos calarmos. Só que isso não é mau!É importante perceber que a nossa psique é como a natureza: ela não é moral. Qualidades e defeitos são valores conscientes que damos a características nossas. Raiva, por exemplo, pode ser visto como um defeito, mas pode ser uma qualidade para quem sabe canalizar esse sentimento de forma proveitosa. Se não sabemos e nos ensinam (ou aprendemos) que devemos reprimir isso e/ou negar determinado sentimento/desejo/pensamento, ele acaba por se tornar a nossa sombra.

A nossa Sombra pode ser nossa amiga. Na verdade ela é uma realidade que não pode ser negada. Se deixamos a nossa sombra inconsciente, ela torna-se nossa inimiga e acaba por mostrar que no mundo existem vários inimigos, que no mundo existe um Mau que não pertence a mim (mas que na realidade, esse mau somos nós mesmos). Infelizmente é isso o que acontece com os vários tipos de fanatismo: sempre existe um inimigo, sejam os partidos de direita, os ateus ou simplesmente aqueles que pensam de uma forma diferente de nós. Esse inimigo nada mais é do que a projecção da nossa sombra inconsciente.

Mas se essa Sombra é tratada como amiga, sempre quando reconhecemos que algo fora nos incomoda, trazemos isso para nós e perguntamos: o que tenho eu dessa característica que vejo como sendo má nos outros? 
Quando reconhecemos que o mau do outro é na verdade um mau nosso, crescemos como pessoa. Nesse passo fazemos uma maior integração da sombra e ela se torna nossa amiga.Uma Sombra amiga descansa nossos olhos, ela nos serve de fonte de diversão e entretenimento quando brincamos com suas diferentes projecções. Para isso, temos que aprender a mexer com a sombra, ela precisa ser integrada e nossas características más precisam ser vistas como sendo nossas e a sombra, nossa amiga.


Pablo de Assis
Psicólogo

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Noches de Boda, Y Nos Dieron Las Diez



Que el maquillaje no apague tu risa,
Que el equipaje no lastre tus alas,
Que el calendario no venga con prisas,
Que el diccionario detenga las balas,
Que las persianas corrijan la aurora,
Que gane el quiero la guerra del puedo,
Que los que esperan no cuenten las horas,
Que los que matan se mueran de miedo.
Que el fin del mundo te pille bailando,
Que el escenario me tiña las canas,
Que nunca sepas ni cómo, ni cuándo,
Ni ciento volando, ni ayer ni mañana
Que el corazón no se pase de moda,
Que los otoños te doren la piel,
Que cada noche sea noche de bodas,
Que no se ponga la luna de miel.
Que todas las noches sean noches de boda,
Que todas las lunas sean lunas de miel.
Que las verdades no tengan complejos,
Que las mentiras parezcan mentira,
Que no te den la razón los espejos,
Que te aproveche mirar lo que miras.
Que no se ocupe de ti el desamparo,
Que cada cena sea tu última cena,
Que ser valiente no salga tan caro,
Que ser cobarde no valga la pena.
Que no te compren por menos de nada,
Que no te vendan amor sin espinas,
Que no te duerman con cuentos de hadas,
Que no te cierren el bar de la esquina.
Que el corazón no se pase de moda,
Que los otoños te doren la piel,
Que cada noche sea noche de bodas,
Que no se ponga la luna de miel.
Que todas las noches sean noches de boda,
Que todas las lunas sean lunas de miel

Fue en un pueblo con mar
una noche despues de un concierto;
tú reinabas detrás
de la barra del único bar que vimos abierto
-”Cántame una canción
al oido y te pongo un cubata”-
-”Con una condición:
que me dejes abierto el balcón de tus ojos de gata”-
loco por conocer
los secretos de su dormitorio
esa noche canté
al piano del amanecer todo mi repertorio.
Los clientes del bar
uno a uno se fueron marchando,
tú saliste a cerrar,
yo me dije:
“Cuidado, chaval, te estas enamorando”,
luego todo pasó
de repente, su dedo en mi espalda
dibujo un corazón
y mi mano le correspondió debajo de tu falda;
caminito al hostal
nos besamos en cada farola,
era un pueblo con mar,
yo quería dormir contigo y tú no querías dormir sola…
Y nos dieron las diez y las once, las doce y la una
y las dos y las tres
y desnudos al amanecer nos encontró la luna.
Nos dijimos adios,
ojalá que volvamos a vernos
el verano acabó
el otoño duró lo que tarda en llegar el invierno,
y a tu pueblo el azar
otra vez el verano siguiente
me llevó, y al final
del concierto me puse a buscar tu cara entre la gente,
y no halle quien de ti
me dijera ni media palabra,
parecia como si
me quisiera gastar el destino una broma macabra.
No había nadie detrás
de la barra del otro verano.
Y en lugar de tu bar
me encontré una sucursal del Banco Hispano Americano,
tu memoria vengué
a pedradas contra los cristales,
-”Se que no lo soñé”-
protestaba mientras me esposaban los municipales
en mi declaración
alegué que llevaba tres copas
y empecé esta canción
en el cuarto donde aquella vez te quitaba la ropa
Y nos dieron las diez y las once, las doce y la una
y las dos y las tres
y desnudos al amanecer nos encontró la luna.