domingo, 25 de junho de 2023

Noutros Lugares

 

Vika Lowa







Não é que ser possível ser feliz acabe,
quando se aprende a sê-lo com bem pouco.
Ou que não mais saibamos repetir o gesto
que mais prazer nos dá, ou que daria
a outrem um prazer irresistível. Não:
o tempo nos afina e nos apura:
faríamos o gesto com infinda ciência.
Não é que passem as pessoas, quando
o nosso pouco é feito da passagem delas.
Nem é também que ao jovem seja dado
o que aos mais velhos se recusa. Não.

É que os lugares acabam. Ou ainda antes
de serem destruídos, as pessoas somem,
e não mais voltam onde parecia
que elas ou outras voltariam para sempre
por toda a eternidade. Mas não voltam,
desviadas por razões ou por razão nenhuma.

É que as maneiras, modos, circunstâncias
mudam. Desertas ficam praias que brilhavam
não de água ou sol mas solta juventude.
As ruas rasgam casas onde leitos
já frios e lavados não rangiam mais.
E portas encostadas só se abrem sobre
a treva que nenhuma sombra aquece.

O modo como tínhamos ou víamos,
e que com tempo o gesto sempre o mesmo
faríamos com ciência refinada e sábia
(o mesmo gesto que seria útil,
se o modo e a circunstância persistissem),
tornou-se sem sentido e sem lugar.

Os outros passam, tocam-se, separam-se,
exactamente como dantes. Mas
aonde e como? Aonde e como? Quando?
Em que praias, que ruas, casas, e quais leitos,
a que horas do dia ou da noite, não sei.
Apenas sei que as circunstâncias mudam
e que os lugares acabam. E que a gente
não volta ou não repete, e sem razão, o que
só por acaso era a razão dos outros.

Se do que vi ou tive uma saudade sinto,
feita de raiva e do vazio gélido,
não é saudade, não. Mas muito apenas
o horror de não saber como se sabe agora
o mesmo que aprendi. E a solidão
de tudo ser igual doutra maneira.
E o medo de que a vida seja isto:
um hábito quebrado que se não reata,
senão noutros lugares que não conheço.


Jorge de Sena



5 Ordens da Ajuda

 





Saiba como ajudar os outros 
de maneira efetiva 
com respeito, ordem e equilíbrio.





5 ORDENS DA AJUDA:
  1. Equilíbrio
  2. Limites e humildade
  3. Maturidade
  4. Olhar sistêmico
  5. Honra e respeito



Equilíbrio

A primeira das ordens de ajuda trabalha diretamente o equilíbrio na hora de dar. É preciso que se entregue apenas aquilo que carregamos por hora. Dessa forma, devemos pegar o suficiente e sempre entregar o que podemos.

Precisamos conhecer nossos limites e, ainda que tenhamos boas intenções, é preciso nos afastar. 
Caso contrário, as seguintes atitudes podem ocorrer:
  • Querer doar mais do que é possível dar
Como dito acima, a sua intenção pode ser muito nobre, mas há limite para tudo. Existem circunstâncias onde deixamos de fazer algo por nós para fazermos pelo outro. Mesmo que pareça egoísmo, devemos focar primeiramente em nós, reunirmos recursos e só então ajudarmos os outros.
  • Criar expectativas não correspondidas
Ninguém é obrigado a atender as exigências que fazemos ou guardamos dentro de nós. Expectativas servem apenas para construir uma imagem idealizada que aproxima alguém da perfeição. Infelizmente, quando isso não é respeitado, a frustração se torna real.


Respeitando a primeira ordem da ajuda, só dou aquilo que eu tenho e tomo apenas o que necessito.

Se exijo de outro algo o que ele não tem para oferecer, isto causa uma desordem na relação, da mesma forma se quero dar algo que eu não tenho.

Em uma relação de ajuda equilibrada eu respeito os limites do dar e tomar, percebendo as responsabilidades e as possibilidades de cada um.

Tomar para si apenas o necessário e dar apenas aquilo que se tem. O equilíbrio é a chave tanto para quem doa quanto para quem recebe. Por isso, o caminho do meio nesta relação de assistência, não é ter nem demais e nem de menos. 
Quando isso é ignorado surgem os seguintes desarranjos:
  • Desejar doar aquilo que não possui.
  • Desejar mais do que aquilo que necessita.
  • Ter expectativas e fazer exigências que o outro não pode atender.
  • Desatribuir a pessoa de responsabilidades que são apenas dela.
Estamos a falar de humildade para compreender os próprios limites e, inclusive, para recuar em determinados momentos quando o auxílio pode se configurar em algo danoso a si e ao outro. Esta ajuda humilde traz uma consciência maior sobre até onde podemos ir e nos empele a tomarmos decisões que mais adiante podem evitar conflitos entre ajudador e ajudado.


Limites e humildade

A segunda ordem da ajuda nos ensina que ao ajudar me submeto às circunstâncias externas e internas e somente interfiro e apoio à medida que elas me permitem. Simplificando, só ajudo a quem me permite.

Cada pessoa tem a sua própria história, valores, sonhos, enfim, a sua bagagem. Ao me dispor a ajudar outra pessoa, preciso respeitar toda a conjuntura da situação, entendendo que o destino e as escolhas do outro são distintos dos meus.

Preciso considerar isso, evitando assim impor as minhas vontades e necessidades à vida de outrem.

Saber compreender o contexto da situação é a chave para reconhecer seus próprios limites e também para ter a humildade de não avançá-los ainda que seu ego deseje isso. Ao reconhecer as circunstâncias e analisar com clareza suas possibilidades de ação, o ajudador, mesmo que discretamente, pode fazer o seu melhor apenas com os recursos que dispõe e nada mais. 
Quando isso é ignorado surgem os seguintes desarranjos:
  • Ignorar ou mesmo ocultar a natureza real das circunstâncias.
  • Insistir em ajudar e acabar prejudicado tanto o auxiliado como a si.
Portanto, é preciso compreender quando é hora de agir ou de se retirar e, aceitar com humildade e sabedoria que a vida possui seus próprios desígnios. 
Ir contra isso é uma grande perda de tempo.

A segunda das ordens da ajuda fala a respeito do poder de compreender o contexto de uma situação. 
De acordo com ela, seu uso correto nos faz conhecer nossos limites e alimentar a humildade de não ultrapassá-los. Fazer uma análise do momento e entregar apenas aquilo que carrega, sem recorrer a recursos que não tem.
Fugindo disso, corremos o risco de esconder ou ignorar a realidade. Sem contar que a insistência prejudica não só o outro, mas a você também. Portanto, entenda o momento de agir e não fazer nada, sendo humilde nas suas próprias escolhas. Essa sabedoria não vai desperdiçar o seu tempo e energia.


Maturidade

A terceira Ordem da Ajuda, trata de colocar cada um em seu lugar, uma vez que em nosso lugar somos mais fortes. De acordo com essa ordem, eu ajudo de igual para igual. Ajudo do meu lugar e reconheço o outro no lugar dele.

Isso evita, por exemplo, nos colocarmos no lugar dos pais de outra pessoa, gerando assim uma desordem na relação.

Posicione-se diante de seu ajudado sempre de pessoa adulta para pessoa adulta. Empodere-o de modo que perceba que é o autor de sua história e responsável por suas escolhas, erros, acertos e conquistas. Para isso, jamais tente ocupar papéis que não são seus para que ele se sinta melhor. 
Ainda que queira muito ajudar, posicione-se sempre de maneira adulta e madura. 
Quando isso é ignorado surgem os seguintes desarranjos:
  • Consentir pedidos infantis e fazer concessões neste sentido.
  • Acabar tratando a pessoa como uma criança e não como o adulto que é.
  • Evitar que a pessoa assuma deveres e responsabilidades por seus atos.
Para evitar estes problemas é essencial que aquele que está no papel de ajudador trate o outro sempre como o adulto que é, de modo que este reconheça seu potencial, perceba a necessidade de mudança e trabalhe, de forma madura e consciente, no sentido de alcançá-la.

A maturidade faz parte das ordens de ajuda, tanto ao outro, como a nós mesmos. 
Precisamos assumir uma postura mais adulta e fazer o outro agir de acordo com ela no relacionamento. Por exemplo, você não deve acatar desejos infantis ou mesmo concessões em favor do outro. O mesmo deve entender que a vida é feita por responsabilidades e que não devem ser ignoradas.

Por isso que, quando formos ajudar alguém, devemos tratá-lo como o adulto que é. 
O mesmo deve reconhecer seu próprio potencial sem interferências e trabalhar para conquistar qualquer mudança. Isso vai amadurecê-lo e deixá-lo mais consciente, fazendo com que entenda o quão longe pode ir.


Olhar sistêmico

A quarta das ordens da ajuda nos move a olhar para as pessoas de maneira completa, sistêmica, e não de forma isolada. Além do próprio indivíduo, devemos assistir sua relação com quem está próximo, especialmente a família. Em relação a eles, devem ser acolhidos com a mesma atenção dada ao cliente. Caso o contrário, isso acaba por:
  • Resultar em desprezo
Se apenas um indivíduo for assistido, a chance de reabilitação dele fica comprometida. O desprezo em relação às pessoas importantes de sua família vai impedir que se olhe de forma mais profunda para qualquer pessoa. Isso é como cortar o passado de alguém e deixá-lo sem impressão digital.
  • Ignorar soluções
Às vezes, a solução para o problema de relação em uma pessoa se encontra em um familiar distante. Se isso é ignorado, a possibilidade de ajudar uma pessoa cai drasticamente.
  • Ignorar sua infantilidade
Ignorar comportamentos infantis implica de forma direta na limitação do desenvolvimento dessa pessoa. Com isso, impedimos que o empoderamento chegue até ela, fazendo com que não cresça e amadureça.


A quarta ordem da ajuda nos lembra que ao ajudar reconheço o outro como parte de algo maior.

Não vejo o outro apenas como um indivíduo isolado, mas como uma parte de um sistema maior.

É preciso olhar para o outro de forma sistêmica e não isolada, ou seja, considerando suas relações e todos aqueles que estão ao seu redor, em especial, a figura dos seus pais. Estes, por sua vez, também devem ser acolhidos e amparados com o mesmo respeito, não julgamento e compaixão que a pessoa que estamos a tentar ajudar. 
Quando isso é ignorado surgem os seguintes desarranjos:
  • Desprezar e desconsiderar membros importantes do clã familiar.
  • Ignorar um parente afastado da família que pode ser a solução para, enfim, resolver a queixa da pessoa.
  • Ignorar os comportamentos infantis da pessoa e, assim, limitar o desenvolvimento e empoderamento necessário ao seu crescimento.
  • Limitar sua visão, não perceber algo maior por traz da história da pessoa e simplesmente aceitar isso sem questionar.
Portanto, é essencial envolver todos os familiares que estão diretamente relacionados a quem tentamos ajudar, de modo que o ajudador consiga ter uma visão sistêmica e mais apurada sobre a questão e assim possa ter mais ferramentas para ajudá-lo a resolver definitivamente seu problema.


Honra e respeito

A última das ordens da ajuda nos convida a respeitarmos a história de cada pessoa. 
Devemos amá-las sem impedimentos e da forma verdadeira como elas são, entendendo os caminhos que tomaram em suas vidas. Se assim for feito, fica mais claro entender as necessidades desse indivíduo pela ótica dele e dos parentes.

Ademais, isso vai fazer com que tenha outras perspectivas sobre qualquer problema e ficará mais fácil enfrentar dificuldades e resolvê-las rapidamente. Portanto, precisamos evitar as reprovações, julgamentos contínuos, desprezo moral e críticas.

A quinta ordem da ajuda nos ensina a ajudar com amor, sem julgamento. 
Respeito o outro como ele é, ainda que seja diferente de mim.

O julgamento, por vezes falado aqui, é fruto de uma imagem que alguém faz baseado em recortes do outro. Lembremos que uma pessoa que não tem conhecimento do todo de uma outra pessoa não tem o direito de julgá-la.

Honrar e respeitar a história de cada pessoa; amar esta sem reservas e como ela é na essência e, buscar compreender e aceitar os desígnios da sua vida, o seu destino. Assumir esta postura ajuda o terapeuta a enxergar melhor a natureza da queixa do cliente sob o viés daqueles que convivem diretamente com ele. Também auxilia a que tenha novas perspectivas do problema que ajudem o cliente a enfrentar suas dificuldades e solucioná-las de vez. 
Quando isso é ignorado surgem os seguintes desarranjos:
  • Julgamentos constantes.
  • Crítica e reprovação.
  • Desprezo moral.
Ter este tipo de postura diante do outro faz com que o ajudador acabe por minar o seu processo de desenvolvimento e, consequentemente, a eliminação do seu problema. Isso porque os julgamentos e críticas acabam sendo um impeditivo a que o ajudador realmente possa ajudar o outro a sanar sua queixa e, enfim, encontrar a confiança e o empoderamento que precisa. 
Quando isso acontece, o outro acaba por remoer sua questão pendente e se vê sem forças para seguir em frente.

Quando temos uma missão que tem como foco apoiar o outro em seu processo evolutivo, muitas vezes, podemos acabar ignorando que em determinados momentos, nosso recuo é importante para que haja uma ação da pessoa, para que outras forças que não compreendemos, possam agir e a vida possa finalmente seguir o seu curso.

No que diz respeito a cada um de nós, é importante sempre buscar servir com respeito, amor, não julgamento, paciência e compaixão e agir da melhor maneira possível para que possamos construir uma relação positiva e equilibrada entre nós, que ajudamos, e aqueles que por nós são ajudados.


“Ajudar é uma arte. Como em qualquer outra arte, faz parte dela uma faculdade que pode ser aprendida e praticada. Também faz parte dela uma sensibilidade para compreender a pessoa que procura ajuda, isto é, a compreensão daquilo que lhe é adequado e, simultaneamente, daquilo que o expande para além de si mesmo, para algo mais abrangente.”

Bert Hellinger


Ajudar quando o outro pedir ajuda e se o outro pede ajuda. Muitas vezes quando o outro pede ajuda, a sua primeira necessidade é estabelecer uma aliança com o terapeuta que confirme a sua posição de vítima ou de ter razão.

Neste caso, só se consegue realmente ajudar quando o outro está disposto a desistir. Desistir que as outras pessoas ou situações sejam do modo como idealizou, desistir das fantasias e de tentar estabelecer alianças que confirmem a sua posição.

É preciso escolher entre ser feliz ou ter razão.

Quando estamos prontos para ajudar precisamos observar se o nosso intuito é de realmente ajudar ou se é um movimento nosso de nos livrarmos da angústia que nos traz o sofrimento do outro. Precisamos observar até onde o sofrimento do outro reverbera na nossa alma para que tenhamos tanta necessidade de salvá-lo, salvando a nós mesmos.

A verdadeira ajuda se dá quando compreendemos e confiamos que o “outro conseguirá lidar com os próprios conflitos” na medida de sua vivência e de seus valores.

Neste sentido devemos nos contentar em dar o que se tem, e receber o que precisa.


Já parou para pensar, 
de maneira mais profunda, 
qual o benefício e o intuito dessa sua necessidade de ajudar os outros?


“Ajudar tem a ver com a promoção do crescimento, do crescimento interno. Como algo cresce?

Primeiro, quando é nutrido. Segundo, quando precisa se impor contra forças que se opõem ao crescimento. Muitos ajudantes, frequentemente, preferem focar na nutrição e recuar perante o conflito. Entretanto, trata-se de confiar em que o outro saberá lidar com o seu conflito, administrando as adversidades.”

Bert Hellinger 
in, O Amor do Espírito


Quando nos propomos a ajudar alguém, precisamos nos ater a ajudarmos da maneira que vai contribuir para a outra pessoa. Observando se, por debaixo dos panos, inconscientemente, a ajuda que estamos oferecendo ao outro não está, na verdade, ajudando apenas a nós mesmos.

E o que eu quero dizer com isso?

Quero dizer que, algumas vezes, de modo inconsciente, fazemos interpretações da vida alheia, criando uma visão sobre um terceiro e acreditando que sabemos o que essa outra pessoa precisa para solucionar alguma situação pela qual está passando e que sabemos o que ela tem que fazer para “melhorar” a sua condição em diversos aspectos.

Acontece que, essa interpretação é influenciada pelos nossos medos, nossas impressões sobre a realidade, nossos julgamentos, preocupações, crenças, entre tantos outros fatores que distorcem a visão que temos da realidade de outra pessoa, pois trata-se de particularidades individuais de cada um.

Aqui estamos supondo que não temos consciência da realidade total desse terceiro, de modo que, a ideia de que ele precisa “melhorar” foi construída na nossa mente, baseada nos nossos ideais de vida, que por muitas vezes, são distintos dos ideais dessa outra pessoa a quem pretendemos ajudar.

Mesmo quando alguém nos expressa que necessita de ajuda ou de melhorar algo em sua vida, devemos lembrar que, ainda assim não conhecemos 100% da situação.

A intenção de ajudar também pode estar relacionada ao desconforto que sentimos ao ver outra pessoa em uma situação que, para nós, seria muito desagradável. Muitas vezes, esta ajuda pode impedir a outra pessoa de trilhar o seu próprio caminho e de se impor contra as forças que se opõem ao seu crescimento.

Emoções também podem interferir neste aspecto, causando essa necessidade de ajudar.

Exemplificando, o medo de algum ente querido estar sofrendo ou a preocupação com alguma situação específica de um familiar pode nos dar a sensação de que precisamos salvá-los.

No entanto, um ato corajoso e maduro da nossa parte é confiar em que o outro saberá lidar com o seu conflito, administrando as adversidades, como destacou Bert Hellinger no trecho de seu livro descrito acima.

Precisamos ser conscientes de que cada pessoa tem os seus obstáculos para vencer e assim adquirir algum proveito, seja um aprendizado, amadurecimento, fortalecimento. Enfim, o que cada um está precisando, que é singular.

Aprendemos com as Ordens da Ajuda que ao ajudar outra pessoa, precisamos entender que não temos conhecimento do todo. E que as nossas impressões representam apenas uma parte, e muito influenciada pelos nossos julgamentos e medos. O todo é muito maior.

Para contribuir com outra pessoa, não devemos empurrar as nossas escolhas e o nosso modo de vida nela, pois isso advém da experiência de vida de cada um. Sem ter a consciência do todo, não temos como saber das necessidades reais de outra pessoa, que tem suas próprias experiências, que tem uma vida e visão diferente da nossa. 

Com respeito, precisamos enxergar a pessoa em um nível mais profundo, escutá-la de fato, procurando entender as suas verdadeiras necessidades.

Para isso, precisamos estar abertos a compreender a outra pessoa, aceitando que ela tem o direito de ter escolhas e pensamentos diferentes dos meus. Com isso, eu uno o que ela precisa com o que eu tenho a oferecer, e ajudo sem tirar a sua dignidade e as suas oportunidades de crescer.

Assim, acredito ser interessante nesse movimento de ajuda, ajudar o outro a ser capaz de se ajudar. De trilhar o seu próprio caminho. Neste sentido, ajudo naquilo que posso e apenas naquilo que me cabe.



“Como ajudantes, temos a ideia de que devemos, a qualquer preço, manter uma pessoa viva e ajudá-la a ter uma vida feliz. Entretanto, ela está entregue a outras forças, diante das quais nossos esforços fracassam. Ao invés de nos vermos apenas diante da pessoa que busca ou necessita da nossa ajuda, olhamos para além dela. De repente, sentimos que há outras forças em ação, que são maiores que nós. Aí nos acalmamos. Muitas vezes, também conseguimos olhar de outra maneira para a criança, sem preocupações.”
Bert Hellinger 
in, O Amor do Espírito





 

terça-feira, 20 de junho de 2023

Rosa


 




Podia esquecer tudo o que me disseste, ouvir
o canto do pássaro que passou nesta sala,
respirar o perfume do jardim que entra pela
janela, olhar para fora de mim, para aquilo
a que chamam o mundo. No entanto, o que
tenho pela frente são as lembranças que
procurei esquecer, a imagem de que não me
libertarei, a voz que ecoa na minha
memória, dizendo o nome tantas vezes
murmurado. E encosto-me a este instante,
contando o tempo que falta para que a
luz desapareça, e a noite me traga
o silêncio de onde nascem os sonhos.


Nuno Júdice 
in, "A pura inscrição do amor"



......................to be self-aware, you have to have feedback




In order to be self-aware, you have to have feedback.
Consciousness is a feedback between the external world and the internal world.
That’s fundamental to ALL things.
So then ALL things are conscious.
All things are feeding information to the vacuum and the vacuum is feeding it back.
The amount that you are able to feed into the system, is related directly to your amount of resistance, in how much information can come in.

– Nassim Haramein


domingo, 18 de junho de 2023

Kahlil Gibran's The Prophet - Official US Trailer

                                                 




                             


Set in a Mediterranean sea-side village, Kamila (Salma Hayek) cleans house for exiled artist and poet Mustafa (Liam Neeson), but the more difficult job is keeping her free-spirited young daughter, Almitra, (Quvenzhané Wallis) out of trouble. 
The three embark on a journey meant to end with Mustafa’s return home – but first they must evade the authorities who fear that the truth in his words will incite rebellion. 

Featuring music from Damien Rice, Glen Hansard and Yo-Yo Ma.




On Freedom




Imagem do filme 
"Khalil Gibran's The Prophet"







And an orator said, Speak to us of Free-
dom.
    And he answered:
    At the city gate and by your fireside I
have seen you prostrate yourself and worship
your own freedom,
    Even as slaves humble themselves before
a tyrant and praise him though he slays
them.
    Ay, in the grove of the temple and in
the shadow of the citadel I have seen the
freest among you wear their freedom as a
yoke and a handcuff.
    And my heart bled within me; for you
can only be free when even the desire of
seeking freedom becomes a harness to you,
and when you cease to speak of freedom
as a goal and a fulfilment.
 
    You shall be free indeed when your days
are not without a care nor your nights with-
out a want and a grief,
    But rather when these things girdle your
life and yet you rise above them naked and
unbound.
 
    And how shall you rise beyond your
days and nights unless you break the chains
which you at the dawn of your under-
standing have fastened around your noon
hour?
    In truth that which you call freedom is
the strongest of these chains, though its
links glitter in the sun and dazzle your eyes.
 
    And what is it but fragments of your own
self you would discard that you may become
free?
    If it is an unjust law you would abolish,
that law was written with your own hand
upon your own forehead.
    You cannot erase it by burning your law
 books nor by washing the foreheads of your
judges, though you pour the sea upon them.
    And if it is a despot you would dethrone,
see first that his throne erected within you is
destroyed.
    For how can a tyrant rule the free and
the proud, but for a tyranny in their own
freedom and a shame in their own pride?
    And if it is a care you would cast off, that
care has been chosen by you rather than
imposed upon you.
    And if it is a fear you would dispel, the
seat of that fear is in your heart and not in
the hand of the feared.
 
    Verily all things move within your being
in constant half embrace, the desired and
the dreaded, the repugnant and the cherished,
the pursued and that which you would
escape.
    These things move within you as lights
and shadows in pairs that cling.
    And when the shadow fades and is no
more, the light that lingers becomes a
shadow to another light.
    And thus your freedom when it loses its
fetters becomes itself the fetter of a greater
freedom.


Khalil Gibran
in, The Prophet






 

The King-Hermit


Anchor Church Caves, located by the River Trent, UK
The 1,200-year-old structure was built during the tumultuous life of the Northumbrian king Eardwulf, 
who was hounded from his throne to live as a hermit, and later became a saint.
Image credit: Mark Horton /Edmund Simons





They told me that in a forest among the mountains lives a young man in solitude who once was a king of a vast country beyond the Two Rivers. And they also said that he, of his own will, had left his throne and the land of his glory and come to dwell in the wilderness.

And I said, 
"I would seek that man, and learn the secret of his heart; for he who renounces a kingdom must needs be greater than a kingdom."

On that very day I went to the forest where he dwells. And I found him sitting under a white cypress, and in his hand a reed as if it were a scepter. And I greeted him even as I would greet a king. 
And he turned to me and said gently:
"What would you do in this forest of serenity? Seek you a lost self in the green shadows, or is it a homecoming in your twilight?"

And I answered, 
"I sought but you - for I fain would know that which made you leave a kingdom for a forest."

And he said, 
"Brief is my story, for sudden was the bursting of the bubble. It happened thus: one day as I sat at a window in my palace, my chamberlain and an envoy from a foreign land were walking in my garden. And as they approached my window, the lord chamberlain was speaking of himself and saying, 'I am like the king; I have a thirst for strong wine and a hunger for all games of chance. And like my lord the king I have storms of temper.' And the lord chamberlain and the envoy disappeared among the trees. But in a few minutes they returned, and this time the lord chamberlain was speaking of me, and he was saying, 'My lord the king is like myself—a good marksman; and like me he loves music and bathes thrice a day.'"

After a moment he added, 
"On the eve of that day I left my palace with but my garment, for I would no longer be ruler over those who assume my vices and attribute to me their virtues."

And I said, 
"This is indeed a wonder, and passing strange."

And he said, 
"Nay, my friend, you knocked at the gate of my silences and received but a trifle. For who would not leave a kingdom for a forest where the seasons sing and dance ceaselessly? Many are those who have given their kingdom for less than solitude and the sweet fellowship of aloneness. Countless are the eagles who descend from the upper air to live with moles that they may know the secrets of the earth. There are those who renounce the kingdom of dreams that they may not seem distant from the dreamless. And those who renounce the kingdom of nakedness and cover their souls that others may not be ashamed in beholding truth uncovered and beauty unveiled. And greater yet than all of these is he who renounces the kingdom of sorrow that he may not seem proud and vainglorious."

Then rising he leaned upon his reed and said, 
"Go now to the great city and sit at its gate and watch all those who enter into it and those who go out. And see that you find him who, though born a king, is without kingdom; and him who though ruled in flesh rules in spirit - though neither he nor his subjects know this; and him also who but seems to rule yet is in truth slave of his own slaves."

After he had said these things he smiled on me, and there were a thousand dawns upon his lips. Then he turned and walked away into the heart of the forest.

And I returned to the city, and I sat at its gate to watch the passers-by even as he had told me. And from that day to this numberless are the kings whose shadows have passed over me and few are the subjects over whom my shadow passed.



Khalil Gibran
in, The Forerunner




quarta-feira, 14 de junho de 2023

Anna Netrebko - Catalani: La Wally: “Ebben? Ne andro lontana”, Act 1

Elementais

 


O nosso Universo é formado por pequenas partículas chamadas átomos
O que explica a capacidade do Ser Humano de criar elementais com seu pensamento e sentimento.
Tudo é formado por átomos, absolutamente tudo, toda a matéria, e o que não é matéria, é formada por átomos,
átomos iguais, uma mesma base é utilizada para tudo, isso já demonstra a natureza unificada da vida, a forma como os átomos se posicionam, as características específicas internas dos mesmos, a forma como eles são comandados a se posicionarem, entre com certeza outros fatores, são o que dá a multivariedade de formas e energias à vida.
Sabemos também, cientificamente, que os átomos são constituídos por outras partículas, portanto, partículas sub-atômicas, inicialmente eram conhecidas os prótons, os nêutrons e os elétrons, hoje no entanto com o avanço da ciência já se conhecem outras micro-partículas internas do átomo como por exemplo o quark.

São 12 ao todo essas micropartículas sub-atômicas, e que nos mundos das formas (abaixo da 12.º dimensão, portanto, incluindo a nossa 3.º dimensão) 5 dessas micropartículas estão em evidência nos átomos
em comparação com as restantes 7 micropartículas, isso se faz necessário para estabilizar as dimensões mais baixas e as formas, essas outras 7 atuam também formando essas dimensões, mas se encontram dentro das primeiras 5, ao contrário dos planos superiores, onde todas atuam de forma igual, mas não nos cabe entrar no mérito da questão, estudando o motivo e o porquê disso, isso fica para os cientistas.
O que é curioso é que os místicos desde o passado remoto falam de 5 elementos da natureza que tudo formam, e o que forma nossa natureza, e as restantes formas, são realmente essas 5 micropartículas do átomo.
Esses 5 elementos são chamados de terra, água, fogo, ar e éter.

É importante esclarecer que o elemento água não existe apenas no oceano, nos rios, na água,
pois nosso sangue também pertence ao elemento água, a água de nossas células também, a água que está em todos os seres vivos, nas mais diversas formas, como seiva, sangue, saliva, etc., constitui parte desse elemento, assim como a humidade do ar por exemplo.
O elemento fogo não está presente apenas no fogo propriamente dito, mas também no combustível, que é fogo liquidefeito, ele está presente na eletricidade também, nos estímulos elétricos de nosso organismo, quando nosso corpo esquenta devido à febre e à pressão alta é o elemento fogo em ação também, entre outros casos. 
O mesmo se aplica aos outros elementos.

Em todas as formas estão presentes os 5 elementos, as 5 micropartículas do átomo, 
e nosso corpo é um exemplo claro disso, 
o elemento água está presente em nosso corpo, por exemplo, em todos seus fluídos, 
o elemento fogo está presente, por exemplo, em todos seus estímulos elétricos, 
o elemento terra está presente em todos os minerais do organismo, ele é uma importante base dos ossos, 
o elemento ar está presente na forma de oxigênio, circulando constantemente por todo o corpo, 
e o elemento éter está presente na forma de éter, energia reiki, a energia vital que sustenta todo o organismo e o trabalho dos restantes elementos.

Os diversos planos e dimensões também possuem um elemento especialmente dominante em cada um deles.
O plano material (3 D) tem como elemento principal o elemento terra, no próprio corpo físico predomina esse elemento, a característica desse elemento é a materialidade por si só, a forma, o corpo, a matéria, sem sentimentos e pensamentos.
Talvez por isso nosso plano seja como ele é (é importante esclarecer que a 0 D, 1 D e 2 D são dimensões base para a expressão das formas tridimensionais e o ponto máximo de densificação das energias cósmicas, nesse ponto elas se reconectam ao nível mais elevado, trazendo dele as matrizes que formam a própria vida, então nelas não existe vida), 

O plano astral (4 D) por sua vez tem como elemento predominante a água, não que nele tudo seja
líquido ou com predominância de água como a conhecemos, assim como em nosso plano a predominância do elemento terra não significa também que quase tudo seja terra, o que significa essa predominância é que o plano astral é um plano de sentimentos, onde o que predomina é o sentimento, tal como o corpo astral, isso em níveis inferiores se reduz ao desejo, por isso esse plano é chamado de "plano dos desejos", e o elemento água é o elemento mais influenciável aos sentimentos (e pensamentos), na verdade no plano astral não predomina o elemento água porque ele é o plano dos sentimentos, o correto é falar que o plano astral é o plano dos sentimentos porque nele predomina o elemento água, nele o conceito de matéria, corpo, forma, fica bem atrás do conceito de sentimento e desejo, que passam a ser o que mais importa nesse plano e o que determina inclusive as formas nele existentes, nele também o sentimento, o desejo, (o pensamento movido pelos sentimentos e pelos desejos) passa a ser nossa força e forma principal de locomoção, e inclusive eles passam a afetar nossa percepção de tempo e de espaço, enquanto que no nosso plano material nos locomovemos através do corpo e estamos submetidos a um tempo e a um espaço concretos.

O plano pentadimensional/ mental inferior (5 D) tem como elemento predominante o elemento fogo, que é o elemento do pensamento, logo o corpo pentadimensional/ mental inferior é um corpo da mente, isso faz esse plano ser mais puro que o astral, pois nele não existem mais os desejos, apenas os sentimentos puros, que como são sentimentos projetados conscientemente, com consciência divina, são também pensamentos, tal como no astral, neste plano a matéria, a forma, perde importância, embora
seja igualmente existente, e os desejos perdem também qualquer tipo de prioridade ou importância, neste plano de Luz o pensamento é a força motora, tudo é feito recorrendo à mente, e o único interesse nele está na evolução, porque é a mente pura que o comanda.

O plano hexadimensional/ mental superior (6 D) tem o elemento ar como predominante, sua característica neste caso é a consciência, assim como o é para o corpo hexadimensional/ mental superior, então já podemos deduzir que este plano é um plano sem forma, é o plano das ideias, das causas, das matrizes, das bases, dos conceitos, dos moldes, a partir dos quais os planos mais baixos são formados,
aqui só existe energia, Luz, consciência, não existe forma, apenas algumas formações geométricas e uma ou outra formação muito diferente daquilo que conhecemos e de nosso conceito de forma e matéria (embora também existam espaços com formas em 6 D, como jardins do éden materiais), aqui claro continua existindo o pensamento, mas um pensamento muito mais sublimado e liberto do condicionamento das formas, aqui existe a pura consciência, que atua nesse plano co-criando junto à Fonte Cósmica os planos das formas.

Os planos e corpos entre 7 e 12 D têm como base o elemento éter, que é a própria energia vitalizadora de todo o Universo, a energia vital, portanto são planos onde seus habitantes participam realmente junto da Fonte Cósmica na Criação. Eles estão além da matéria, da forma, dos sentimentos e desejos, dos pensamentos ainda condicionados à forma, eles são pura energia e consciência co-criadora, puro Amor Cósmico. 

Existem formas em todos esses 12 planos mais baixos, mas 
nestes últimos 5 a forma perde ainda mais o sentido que no de 6 D, 
aqui ela apenas existe na forma de equações geométricas e na forma de alguns Merkabahs de Luz, onde dentro existem os mais diversos tipos de formas, desde a 3 D até à 6 D, como jardins do éden materiais dentro de um universo imaterial.

Já sabemos então que espiritualidade e ciência aceitam a existência dos elementos, apenas lhe dão nomes diferentes, mas isso são coisas estudadas e comprovadas.
Sabemos também agora que o Universo é todo constituído por átomos, e que dentro deles estão as
micropartículas sub-atômicas, e nós os espiritualistas diríamos que dentro deles estão os 12 elementos, é igual, que cada um fale do jeito que preferir, bom, resumindo, 
sabemos que todo o Universo é formado por elementos.

E sabemos ainda que a Fonte Cósmica, que é Mente Superior, gerou a Criação e a mantem através de seu pensamento, de seu Amor, então, se gerou, organizou, moldou e mantem a Criação, o Universo, totalmente constituído por elementos, com a Mente, com o poder mental, com o Amor, e se ela lhe obedeceu, formando assim o que a Fonte Cósmica criou em sua mente, é porque os elementos, as partículas sub-atômicas, possuem uma características muito especial, elas obedecem ao pensamento, à mente, da Fonte Cósmica, elas são sensíveis ao pensamento, à atividade mental, o que inclui o sentimento, que também é uma forma de pensamento, de atividade mental.

Então resumindo, os elementos são micropartículas formadas por puro Amor do Universo, que tomam forma e se agrupam de acordo com a vontade deste, ele dá os comandos através de sua mente, de seu pensamento, o que denota que elas devem estar ligadas diretamente à mente deste, e sabendo nós que o Universo tudo forma, que tudo é Mente Superior, podemos ir além, os elementos são parte da mente do Universo.

Nós somos partes individualizadas da Mente do Universo, nossa mente quando se individualizou não se
separou do Universo, ela continua coexistindo com a mente maior cósmica e com as mentes de nossos semelhantes, em um contexto de separação são várias mentes criadas e uma mente incriada, interligadas, em um contexto de união todas elas formam uma só mente, a que sempre existiu e existirá, independentemente das duas visões, ambas corretas, o ponto a que quero chegar é que nossa mente está ligada também a todos os elementos do Universo, não apenas aos que estão ao nosso redor, mas a todos, mesmo os que estão mais distantes, do outro lado do Universo, isto porque se somos parte da mente universal, que está em tudo, nossa mente também está em tudo, porque a mente superior também somos nós (isso explica como podemos nos mover instantaneamente com o poder do pensamento por distâncias enormes em uma fração de segundo, simplesmente transportamos nossa mente de uma formação elemental em um ponto do Universo para outra em outro ponto, isso só é possível porque nossa mente  está naquele local também), 

resumindo, 
os elementos também nos obedecem e se moldam de acordo com a nossa atividade mental, nossos pensamentos e sentimentos, em escala menor é claro, tal como nossa mente também é menor que a do Universo.







Para nós aqui na terra, é uma faca de dois gumes: 
Por um lado temos a capacidade de criarmos uma realidade de Amor e Luz quase instantaneamente, 
Pelo outro, que é o que está ocorrendo, temos a capacidade de criar cada vez mais obscuridade, afinal, somos co-criadores, responsáveis, herdeiros d o Universo e seus aprendizes na função de criar, por isso o "Você cria sua realidade".

Então, tudo que pensamos e sentimos está moldando os elementos em nossa volta, isso é especialmente forte no plano astral, que tem como base a água, principal elemento de nossas criações. Nesse plano, a matéria é muito sensível aos desejos, aos sentimentos irracionais, que é o que nós mais possuímos neste momento.
Sendo assim, nesse plano é muito fácil exercermos nosso poder co-criador de forma direta, o que faz
com que ele seja o plano com maior índice de elementos moldados pelos seres humanos.

Os elementos não sabem se devem ou não criar, transformar-se e moldar-se, naquilo que estamos pensando ou sentido, o comando deles é formarem tudo aquilo que a Mente do Universo pensa, para eles nossa mente é a mente do Universo, então eles vão formar invariavelmente tudo aquilo que pensarmos e sentirmos, pois eles são como um programa de computador, pré-programado, não são estruturas inteligentes capazes de raciocinar. 

A perfeição cósmica, no entanto, de alguma forma limitou nosso poder criador, então não podemos criar na mesma escala que o Universo, pois se fosse possível, no nosso caso como humanidade, faz tempo que já teríamos nos exterminado.

Vamos agora exemplificar:
Suponhamos que eu pense em comer determinada comida, imagine o prato, por exemplo uma lasanha, os elementos imediatamente irão formar essa lasanha, tal como eu a imaginei, ela passará a existir, normalmente, no plano astral, mas um místico avançado poderia fazer ela ser formada no plano físico, daí a poderíamos comer, saborear, ela teria a textura e o sabor, a forma, que serviu de molde para nosso pensamento sobre ela, provavelmente alguma lasanha que eu tivesse comido dias antes. 

Só para esclarecer, eu posso, estando encarnado, moldar elementos no plano astral e no pentadimensional porque nossa personalidade humana é formada por uma tríade:
  1. o corpo físico (matéria),
  2. o corpo astral (sentimentos) e 
  3. o corpo pentadimensional (pensamentos), 
Então, nossa ação mental como encarnados ocorre nesses 3 planos em simultâneo.

No caso de um sentimento, onde muitas vezes não são criadas formas em nossa mente associadas a esse
sentimento, os elementos buscarão em nosso subconsciente imagens, formas, associadas em nossa mente a esse sentimento emitido, se não encontrarem irão buscar uma forma, uma imagem, no subconsciente do planeta, no subconsciente da humanidade, pois todos nossos subconscientes estão interligados,

Então, tudo sempre irá gerar uma imagem, uma forma, os elementos sempre serão moldados em algo.
A partir de agora chamarei os elementos moldados de elementais (também os poderia chamar de formas pensamento e formas sentimento, como também são conhecidos pelos espiritualistas), para os distinguir dos elementos em estado puro.

Mas elementais não são apenas os elementos moldados diretamente pelo pensamento ou pelo
sentimento, muitas vezes nós moldamos os elementos por intermédio de outros elementos.
Isso pode parecer estranho, mas observem, 
Primeiro e antes de qualquer outra coisa, o Universo formou a Criação usando os elementos, logo, a Criação é um grande elemental cósmico, tudo o que existe na Criação é elemental,
Isso inclui inclusive nossos corpos espirituais, sendo que a única coisa nossa que não é elemental é a nossa mente, que é formada pela mesma matéria que a mente cósmica, e que portanto está além da Criação, dos elementos, e, consequentemente, dos elementais, embora necessite de uma forma constituída por elementos, um elemental, para se expressar na Criação, mesmo que essa forma seja uma simples esfera de Luz, isto porque se em parte somos parte da mente cósmica, além da Criação, em parte somos parte da Criação também, dos elementos, dos elementais, vivemos e temos nosso ser entre eles.

Bom, entendido isso, é óbvio que nosso corpo é um elemental também, criado e moldado, e continuamente gerido e comandado, por nossa mente.
Então, quando por exemplo eu desejo cortar lenha, eu uso meu corpo, segurando um machado, que por sua vez corta a lenha, em outras palavras, com meu pensamento eu comando o elemental do corpo a segurar o elemental do machado para cortar, por intermédio deste último, o elemental da lenha, isto é, eu moldei o elemental da lenha cortando-o ao meio
por intermédio de outros elementais, o que é um método primitivo claro, um místico avançado poderia dividir a lenha ao meio apenas com o poder do pensamento, comandando os elementos que formam a lenha a dividirem-se de acordo com sua vontade. 

Resumindo, se olharmos pela janela, que vemos? 
O resultado de nossos pensamentos e sentimentos materializado na forma de elementais, independentemente da forma como foram moldados. 
Com isso o sentido e conceito sólido e concreto de matéria em nossa mente, de físico, fisicalidade, não começa a se desvanecer? 
Tudo não começa a se tornar incrivelmente energético e sutil para nós? Etéreo? 

Pois é, é isso mesmo, tudo é energia, e não existe algo "sólido", não existe "matéria", o que existe são elementais vibrando em uma mesma sintonia, o que os faz serem concretos uns para os outros, mas inconcretos para elementais vibrando em outras vibrações mentais.

Por isso, e só por isso, o nosso plano nos parece físico, e o plano astral nos parece sutil e até invisível, pois o elemental de nosso corpo físico vibra apenas na sintonia do elemental do plano físico, assim como nossa retina, que condiciona nossa visão espiritual ampla ao plano em que vibra. 
Para um habitante do astral ocorreria exatamente o contrário, para ele nós seríamos os seres etéreos, as almas penadas.

Não perde agora sentido, tanto pânico em relação ao futuro da Terra? 
Ela é um elemental perfeito e cósmico, criado pelas mais elevadas consciências.

Nós criamos com nossos pensamentos e sentimentos, de forma direta e indireta, e algumas alterações nesse pensamento, nesse elemental, podem ser rapidamente, instantaneamente, despolarizadas e o elemental voltará a ser o que era.
Mas, para isso, temos de evoluir primeiro, só então valerá a pena fazer a despolarização porque não iremos contaminar-nos de novo.
Nós e o Cosmos daremos as mãos em um pensamento de purificação coletivo e o Planeta Terra estará totalmente purificado. 
Tudo nos parece tão difícil na matéria, tão lento e demorado, tão trabalhoso, porque nós continuamos dando solidez à matéria, mas, ela é só mais uma frequência de energia, mais um padrão energético de pensamento, mais uma frequência da mente cósmica.

É interessante referir que os elementais só têm vida enquanto estão sendo alimentados pela energia (pensamentos, sentimentos, desejos) de seu, ou de seus, criadores, pois são como vampiros, aliás, eles são vampiros, vampiros energéticos, eles sugam a energia de seus criadores, hospedeiros, depois disso eles se despolarizam e regressam ao seu estado original como elementos, exceto quando a contaminação, no caso de elementais negativos, foi muito intensa, e nesse caso é necessária uma
ação sobre eles, e não ficarão mais com a pessoa após ser cortado o fluxo de alimentação energética.

Nesses casos, nos quais os elementais por si mesmos não conseguem voltar aos seus estados puros como elementos, e não estão mais ligados a seus criadores, eles ficarão vagando por aí, buscando se grudar em outra pessoa que vibre de forma similar à de seu criador tal como um carrapato.
Isso claro, é o que eu chamo de poluição energética, 
É jogar o lixo no chão, ao invés de reciclá-lo.

A Criação existe porque está constantemente sendo alimentada pelo Cosmos (pelo seu pensamento, seu Amor, está constantemente sendo pensada), 
A nossa vida desafiante existe porque está constantemente sendo alimentada (pensada, criada) por nós.
 
A situação desafiante da humanidade está assim, e continuará estando, enquanto a alimentarmos (pensarmos, co-criarmos) Quando cessa esse envio de energia para o elemental, ele enfraquece e se despolariza.

Os elementais, naturalmente, carregam consigo a energia mental/ sentimental que originou sua formação; um elemental que criei em um momento de ódio transporta essa energia, um elemental que criei com Amor é um elemental de Amor, quem se sintonizar com ele sentirá esse Amor.
No caso de nossas coisas físicas, perde um pouco o significado... eu corto a tal lenha com a intenção de acender minha lareira, é isso que ela transporta com ela, é um elemental sem uma energia muito forte, nada de intenso, ao contrário dos criados diretamente pelo pensamento ou pelo sentimento.

Se eu criar então um elemental de ódio em relação a alguém, ele irá até essa pessoa tentar realizar aquilo que eu desejo para ela, fazer a ela, e porquê? 
Porque o elemental é sempre uma extensão de seu criador, eu vou nele, consciente ou inconscientemente, fazer aquilo que minhas limitações físicas de encarnado me impedem de fazer com meu corpo físico.
Então já estão vendo como é sério.
Chegando lá, na pessoa, o elemental tentará prejudicar ela
Se ela estiver receptiva energeticamente será afetada, se não estiver estará protegida, e o elemental não a poderá atingir.

Uma coisa que muito falamos é sobre aquela lei: 
"Toda a criação retorna para seu criador", 
"Colhemos aquilo que plantamos", 
e sempre associamos isso aos elementais, nós lhe chamamos várias vezes de 
Lei dos Elementais.
Vamos agora ver o porquê disso. 

Esse elemental de ódio que enviei vai regressar para mim. Porquê? 
É simples,
Lei da Atração, quer dizer, se eu atraio energias de outros que sejam semelhantes à minha, não vou
atrair de volta uma energia que é parte da minha? 
O elemental que criei nunca se separou de mim, apenas se esticou até à pessoa que quis atingir e voltou para mim como o efeito de um elástico, nada mais, foi como um braço que eu estendi. Esse elemental é parte de mim porque fui eu que o moldei e o estou sustentando. 

O Cosmos, não habita tudo na Criação, tudo que ele criou e moldou? 
Então, eu habito tudo que eu crio e moldo, é muito simples entender isso.
E o que é que esse elemental vai trazer para mim no seu regresso? 
A energia que eu enviei para a outra pessoa. 
Então ele vem e vai me dar uma boa pancada na cabeça no momento da chegada, vai me atingir cheio de ódio, o ódio que eu queria que atingisse a outra pessoa. 

Vocês acham que magia negra e amarração é muito diferente disto? 
Que nada, puro elemental.
Eu poderia dar vários exemplos, as várias situações sendo enviadas para os outros, 
Inveja, mágoa, revolta, ressentimento, raiva, ódio, etc., 
E também as coisas boas, felicidade, Amor, companheirismo, etc., e esses vão, e mesmo que a pessoa não esteja receptiva, ficam lá trabalhando nela, para que ela desperte gradualmente para a energia que eles transportam, isto porque o Amor neutraliza qualquer barreira negativa, que é formada, nada mais nada menos, que por Amor desarmônico.






Creio que agora a Lei do Karma foi desmistificada, os elementais explicam todo esse processo de retorno, a Lei do Retorno, o que inclui também a Lei do Dharma, isto é, a consequência de nossas ações positivas, que eu na verdade colocaria como a consequência de nossos pensamentos e sentimentos positivos, a consequência da nossa conexão às Leis Divinas, e mais à frente verão o porquê, verão porque eu não considero que as ações tenham assim tanta influência no Karma e no Dharma, assim como o Karma é a consequência de nossas ações negativas, que novamente eu prefiro colocar como consequência da desconexão às Leis Divinas e dos maus pensamentos e sentimentos.

O karma, como já sabemos, segue a lei do "olho por olho, dente por dente", "quem vive pela espada morre pela espada", o que eu fiz me será feito portanto, sem uma noção clara de elementais não podemos compreender como isso ocorre, teríamos até que considerar que forças divinas entrariam em ação para realizar as cobranças horríveis do karma, o que seria incabível pois a Criação é perfeita, tal como o Universo.
Então a única força que entra em ação para cobrar e executar o karma é o nosso poder co-criador, gerando elementais que mais tarde retornarão para nós. Coletivamente, criamos o karma da humanidade e, individualmente o nosso, e os gerenciamos inconscientemente a cada instante.  O elemental sempre retorna para sua fonte, o ser humano que o criou. 


Como o fato de eu ter assassinado uma pessoa em encarnação anterior, poderá fazer com que eu seja assassinado mais à frente?
Vejamos, se eu assassino uma pessoa, na verdade estou apenas moldando seu elemental de corpo,
neste caso impossibilitando esse elemental de continuar contendo uma consciência, um espírito, nele.
Eu recorri para isso a meu elemental de corpo para efetuar o crime, foi então uma moldagem de elementais usando como intermédio outros elementais (meu corpo, armas, etc.)
Isso é importante para entender como muitas vezes um ser humano nasce com os problemas físicos em seu corpo, que causou nos corpos de outras pessoas em vidas passadas. 
Antes de eu efetuar o crime na matéria, com meu elemental material, o corpo, 
eu criei um elemental no plano astral do crime com meu desejo de cometer esse crime, 
um elemental que tem como objetivo cometer esse crime, 
Eu o fiz inconscientemente claro, mas ele existe e está lá, e como sempre irá se estender até à pessoa
visada e tentará atacá-la, embora claro nesse caso dificilmente a conseguiria assassinar.
Mas vamos supor que junto a isso, eu realmente cometa o crime com meu elemental de corpo físico, que por estar na mesma vibração que o corpo da vítima pode infligir-lhe um dano maior, 
pronto, estará realizado meu desejo, a pessoa desencarnou, 

Mas será isso que criará o karma? 
Não, de modo algum!
O que vai criar o karma será o retorno de ambos os elementais de assassinato, o elemental do
corpo físico e o elemental astral. 
O do corpo na verdade não irá retornar, ele já estará comigo, mesmo assim ele irá trazer para mim aquilo que eu enviei para o outro.
Vamos supor que o crime tivesse sido cometido atacando o coração da vítima,
meu elemental de corpo poderia desenvolver então um problema em meu coração, que poderia provavelmente me levar à morte.

Por exemplo os suicidas, 
que reencarnam com problemas graves nos locais do corpo que usaram para se suicidarem, 
o que aconteceu foi que o elemental do corpo "retornou" para essa pessoa trazendo aquilo que ela desejou para o outro ou para si mesma. 

Podemos concluir que o elemental do corpo não necessita ser necessariamente o mesmo corpo que a pessoa utilizou para cometer seus crimes, basta ser um corpo físico e ela o estar ocupando, por isso o karma acompanha as pessoas ao longo das reencarnações.  
Uma doença no corpo sempre tem como causa uma doença similar na mente/espírito, e isso não contradiz a informação (usando como exemplo o coração) que dei agora, e nem sequer a que dei agora constitui uma exceção à regra. O que ocorre é que os elementais físico e/ ou astral que criei no passado antes de se manifestarem em meu corpo, o meu karma, eles o manifestam primeiro em minha mente (aliás, apenas o manifestam na mente), gerando uma doença mental/ espiritual, que por sua vez se expressa no corpo físico, pois os elementais partem da mente e a ela regressam, e é nela também que fazem seus estragos como consequência da lei do retorno, do karma, causando uma doença mental/ espiritual similar à que então como consequência irá se expressar no físico, porque, usando o tal exemplo do coração, o problema foi meu pensamento de atingir o coração do outro, isso gerou
o karma e o elemental, atingir o coração concretamente aumentou o poder dele claro, porque concretizei a intenção do elemental, por isso ele voltou com força total para me fazer passar pelo mesmo.

De qualquer forma, o que ele vem me causar é um problema mental/ espiritual igual ao pensamento com que eu o configurei, o pensamento de atacar o coração de meu semelhante, é na mente que ele vem me dar o retorno, pois foi da mente e não do corpo que ele partiu, e por sua vez minha mente/ espírito irá manifestar isso no corpo na forma de um problema de saúde, mas é minha mente que serve como intermediário entre os elementais.
Como sempre, a mente é a base de tudo.

Quanto ao retorno do elemental astral, é igualmente simples e igual, ele carrega consigo, no caso do exemplo dado, a energia do assassinato, ele por si só não pode me assassinar, embora possa me causar dano, então ele vai se sintonizar com alguém com o desejo de matar ou com algum fraco e desavisado, e vai influenciar de tal forma sua mente que o levará a assassinar seu criador .
Eventualmente, ele pode até utilizar a vítima que ele mesmo vitimou no passado, mas só se ela desejar, pelo menos inconscientemente, a vingança de seu algoz.

Normalmente acreditamos que o karma liga as pessoas.
Na verdade as pessoas estão ligadas é aos elementais que criaram, embora claro isso muitas vezes acabe interligando as pessoas, quase sempre, porque raramente perdoamos e sempre desejamos vingança, mesmo que inconscientemente.

Se eu não tivesse cometido o crime, eu teria sido vitima de assassinato mesmo assim no futuro? 
Não, porque sem realizar o homicídio os elementais físico e astral de assassinato não teriam poder
suficiente para causarem dano no meu futuro desencarne.
Mas, se durante uma vida, ou várias, eu gerar muitos desses elementais fortes, mesmo que jamais chegue a cometer os crimes, eles podem se combinar em um só elemental de assassinato que teria o poder que teriam meus elementais caso eu tivesse cometido
o crime, e então eles poderiam causar meu assassinato sim.

Como sempre, o pensamento, a mente, é a base de tudo.
O karma não poderia ser diferente,
O karma não está ligado às ações, mas sim aos pensamentos e desejos, 
pois as ações, palavras, etc.,
são sempre os elementos sendo moldados pela mente.

Isso explica aqueles dois ensinamentos, 
um de que, 
quem trai sua mulher no pensamento já está cometendo adultério, 
e o outro que,  
o objectivo, não se trata de não matar, mas sim de remover o desejo de matar, 

Então, tudo isso já explica que o controle deve ocorrer na mente, nos pensamentos e emoções,
e não apenas naquilo que é visível para os outros, pois são os pensamentos e sentimentos desarmônicos que desobedecem às Leis Divinas e criam o karma, do mesmo modo, os pensamentos e sentimentos que obedecem às Leis Divinas criam o Dharma, o retorno positivo para nossas vidas, 
É uma colheita... apenas colheremos, receberemos, o que plantamos, enviamos.

Então, está nas mãos de quem, melhorar a nossa vida? 
Apenas nas nossas próprias mãos, 
E nas mãos de todos os seres humanos está a mudança da Terra, 
Se só sentirmos e pensarmos Amor, e consequentemente, 
só falarmos e agirmos com Amor, 
é impossível atrairmos coisas más para nós, nossa vida será um paraíso, ainda que o ajudante
invisível, o Guia de Luz, tenha como objetivo posicionar-se no meio do sofrimento para trazer a
paz para os que sofrem, embora dentro dele ele deva sim possuir um paraíso, o paraíso interno.





A Cura Espiritual 
utilizando os elementais e 
na despolarização de elementais negativos.

Comecemos pela despolarização
Sabemos que polarizamos os elementos do Universo com nossos pensamentos e sentimentos, de forma negativa ou de forma positiva.
O nosso objetivo é purificarmos todos os elementos que deturpamos ao longo de nossa vida eterna e ao longo da história da humanidade.

Purificar, ou despolarizar, ou transmutar, 
é fazer, através do Amor, 
um elemental negativo retornar ao seu estado original de elemento, 
coisa que é difícil para o mesmo fazer sozinho, 
pois sua egrêgora muitas vezes foi muito deturpada, 
então é necessário muitas vezes recorrer ao elemento fogo 
que dos 12 elementos 
é o que possui mais poder de limpeza e transmutação
para que esse elemental regresse a seu estado original como elemento. 

Os elementais positivos, pelo contrário, não deturpam os elementos, e rapidamente voltam a seu estado original quando paramos de os alimentar, isso porque vibram na mesma sintonia de Amor que os elementos em estado puro.

Essa capacidade co-criadora que possuímos pode então, e deve, ser empregada também para criar elementais benéficos, com fins protetores, curadores, estabilizadores de energia, etc., e podemos criar esses elementais para os outros ou para nós mesmos, serão nesse caso elementais criados com consciência do que estamos fazendo, e não inconscientemente, quando eles são apenas frutos dos desejos.

Toda essa capacidade de despolarizar elementais negativos, e de criar elementais positivos, 
explica a possibilidade de resgatar o karma
pois podemos neutralizar e fazer retornar a seu estado original os elementais negativos que nos cobram em nome do karma.
Como fazer isso? 
Com Amor, gerando elementais que neutralizem os negativos e, neutralizando inclusive diretamente esses elementais.
Isso se consegue através de exercícios espirituais, e principalmente, 
do desenvolvimento do Amor em nós mesmos e na ajuda no desenvolvimento do Amor em nosso próximo, e daí conseguiremos, resgatar nosso karma e ficaremos livres.

O entendimento dos elementais nos deixa bem claro também como se processa a cura, pois sabemos que o corpo é um elemental, logo, gerar a cura passa muitas vezes pela substituição do elemental de um tecido doente por outro elemental de um tecido saudável criado por nós, o que exige geralmente a capacidade de expandirmos nossa mente até ao elemental do corpo da pessoa e observarmos como é tudo lá por dentro para criarmos corretamente, no entanto, esse elemental só será aceite e substituirá o elemental deteriorado mediante a aceitação, consciente ou inconsciente, da pessoa em relação à cura, isto porque sempre criamos elementais como resposta a qualquer estímulo, e eles podem ser positivos, de aceitação, o que no caso da cura a facilita, ou de rejeição, o que a pode atrasar ou impedir,
então por isso muitas vezes é melhor curar em silêncio, discretamente, onde só nos depararemos com elementais inconscientes e mais generalistas, e com certeza em número menor, do que aqueles que poderiam ser criados conscientemente.
Isto é especialmente importante no caso de céticos.

Já no caso de quem crê na cura espiritual, essas pessoas saberem o que está ocorrendo, facilita a cura.
"tua fé te curou". 
Se estivermos tentando falar com uma pessoa sobre a espiritualidade, e ela não quiser escutar, existirá algo mais em ação do que apenas sua rejeição consciente, pois ela inconscientemente já terá criado elementais negativos que bloquearão os elementais positivos de esclarecimento e Amor que estaremos enviando em sua direção. 

Como nossos elementais são de Amor deixarão a sua marca, ficarão lá fazendo efeito, mas gradualmente, e por vezes nem sequer conseguimos nada a longo prazo, por isso muitas vezes é melhor ficar quieto e esperar o tempo de cada um, irmos sim inserindo a espiritualidade nas conversas, mas
dentro do que a pessoa pode aceitar e compreender no momento.

Falamos aqui de substituição de elementais que constituem o corpo, mas podemos falar também de elementais que irão ajudar na recuperação dos elementais deteriorados do corpo, 
tudo depende da situação e das necessidades.
Bom, daí já vemos que podemos curar a mente também com os elementais benéficos que podemos projetar, o ajudante invisível irá naturalmente, com o passar do tempo, se aprofundando e entendendo melhor esse assunto.

Para terminar, 
quero apenas acrescentar algo que todos já concluíram, 
como a auto-sugestão é importante
pois estaremos criando fortes elementais de auto- ajuda que nos ajudarão a melhorar em todos os sentidos, ela também é muito eficaz como proteção contra energias negativas,
como por exemplo decretando: 
"Nenhuma energia negativa poderá me atingir durante o dia, ou noite.", 
bom, cada um agora irá descobrindo suas utilidades.

Ainda quero acrescentar algo que todos também já entenderam, 
os elementais são o que nos liga aos obsessores, que os atrai para perto de nós, fazendo aquilo que já sabemos, buscando um algoz para executar em nós aquilo que mandamos esse elemental executar em outro. 
Então, se temos ódio por outras pessoas, como vamos querer não atrair obsessores que virão especialmente para nos odiar?

E ainda acrescento sobre a grande necessidade de despolarizar os elementais antes de dormir, 
"Despolarizo em Amor todos os elementais negativos que criei e atraí desde a última vez que despolarizei meus elementais"
(o que também pode, e deve, ser feito durante o dia, principalmente em situações negativas, pesadas), pois durante o sono os elementais estão no seu terreno, na sua arena, os sonhos, onde nos fazem vivenciar tudo aquilo que inserimos neles como energia, é um local onde medos hipotéticos se tornam medos reais, é um local onde somos vítimas de nossas próprias falhas e ilusões, é o plano astral interno.

E mais uma última reflexão, 
quando rezamos para Jesus, Maria, Buda, qualquer um, 
estamos rezando para eles, ou para os elementais que coletivamente criamos deles? 
E no caso de Deus? 
Será que não fomos nós que criamos nosso Deus e nossos mestres? 

Aqueles em que acreditamos, em nossa maioria, foram os criados por nós.
Os verdadeiros
estão atrás das nuvens espessas formadas por nossos elementais deles, 
e essas nuvens nos impedem de os contatarmos e os conhecermos na realidade. 

Cada ideia que fazemos de Deus, 
cada nome e imagem que lhe damos, cada atributo besta, 
está criando um novo elemental de Deus, para se juntar ao panteão de deuses do horror que nós possuímos, e que muitas vezes até "contatam"(são captados por) alguns "profetas" de araque, e eis uma nova religião surgindo, vamos pensar nisso.

Nossa missão como Pesquisadores da Verdade é buscarmos ir além dessas nuvens e contatar diretamente com os nossos Eu's Superiores, e abrir canais, buracos, nessa espessa barreira para que todos possam ver a Luz, função essa que realizamos como ajudantes invisíveis,
despolarizando os elementais negativos criados por nós seres humanos.

Resumindo, 
posso afirmar que 
sem a noção bem clara de elementais 
não podemos compreender direito a Espiritualidade, 
pois quase tudo é explicado por eles, 
o karma, a lei do retorno,
a cura, 
o poder da auto-sugestão, 
a atração de obsessores, 
a própria Criação, 
a co-criação, 


Então, espero que tenha sido útil a explicação dada a acima sobre eles, que embora extensa foi essencial
que assim fosse, pois é um tema complexo e difícil, a cada dia eu aprendo algo novo sobre isso.

Termino lembrando que a quem muito é dado muito é exigido, quem entende e conhece a Lei dos
Elementais é alguém com muitas responsabilidades, pois desperta de mais um dos sonos da ignorância, e passa a ser um co-criador consciente na Criação
muito mais culpado quando cria algo de negativo 
do que aquele que não conhece nada disto, 
então a obrigação de todos que leram este estudo é passarem a aplicar o que aprenderam se tornando verdadeiros co-criadores do Amor, 
e não serem pessoas que ajudam a cada dia a humanidade a se afundar mais e mais.




Mitch Ham Ell