terça-feira, 31 de maio de 2016

O PODER DA ENERGIA SEXUAL (KUNDALINI) - O Portão Secreto para o Éden (do...






A energia sexual, é a energia criadora e a força mais poderosa dentro do Ser Humano.
Esta força, se sabiamente utilizada, pode libertar o Ser Humano, conectando-o ao Universo / Deus, a sua fonte divina.
Ao inverso, se incorrectamente utilizada, esta força escravizará o Ser Humano, afastando-o do Divino.


Quem em você quer dominar o outro através do sexo?




Parece que ao entrar na esfera 
de relacionamento e sexualidade 
é como abrir a caixa da Pandora.


O tema da sexualidade é comum no universo dos buscadores espirituais. Tenho visto muitos buscadores comprometidos em aprender técnicas de retenção do orgasmo, retenção da ejaculação, técnicas para fazer a energia subir pela coluna para abrir os chakras, ganhar poderes.

Mas aqui cabe uma reflexão: 
Quem em você é que está querendo controlar a energia? 
E para quê?

É facto que ao trabalhar com a energia dessa maneira, você vai adquirir poderes, mas esses poderes estarão a serviço de quem? Especialmente quando você ainda está na fase da cura da sua repressão e precisa se valer do remédio da variedade.
Compreenda que ao praticar essas técnicas com várias pessoas diferentes, você acaba criando situações muito perigosas para você e para o outro. Para você, primeiramente, porque amplia tremendamente seu magnetismo e acorda aí o poder de dominar o outro. O ego vai se tornando robusto e astuto. Talvez o principal poder que você desenvolve é o da manipulação; você manipula para ter poder sobre o outro para fugir de si mesmo.

Para que é que você quer ter poder? 
Para fugir da angústia? 
Você quer acreditar que tem domínio sobre o outro 
para não se sentir carente? 

Ter domínio sobre uma pessoa não é diferente de você ter um carro novo, de você ter uma casa nova, de você ter dinheiro na sua conta bancária. Tudo que você tem agrega valor à ideia que você tem de ‘eu’. No mais profundo você está em busca de uma identidade, está tentando preencher uma carência. Enquanto tenta preencher uma carência ganhando dinheiro, comendo ou comprando coisas, você prejudica prioritariamente a você mesmo. Machuca o outro também, mas indiretamente. Não é possível fazer mal a si mesmo sem fazer mal para o outro, assim como é impossível fazer mal para o outro sem fazer para si mesmo. Mas enquanto você está tentando fugir da carência através de conquistas materiais, é você quem acaba se machucando mais.

Mas quando você tenta suprir sua carência dominando o outro, aí as coisas se complicam. Porque para isso acontecer, para você ter domínio sobre o outro, você tem que fazer o outro se sentir inferior, tem que fazer o outro se sentir impotente para você se sentir potente, tem que responsabilizar o outro pela sua responsabilidade. E aí machuca de verdade. Ao mesmo tempo, é uma verdade cósmica que, em algum momento, a energia deve ser direcionada para dentro e para cima. Esse estágio poderíamos até chamar de um supra sexo, mas esse supra sexo é um florescimento. Você precisa primeiro passar pelo sexo normal – onde você tem a chance de purificar a sua personalidade, tem a chance de purificar seu coração -, para que, então, haja espaço para o Eu Maior conduzir essa prática.

Esse aspecto do tantrismo precisa nascer da pureza do coração. 
À medida que o casal vai amadurecendo enquanto ser humano, como indivíduos que estão vivendo essa experiência de se relacionar – e amadurecer significa transformar o medo, o ódio, significa acordar o respeito pelo outro, significa acordar a gentileza, significa acordar a honestidade -, vagarosamente, começa a vir mesmo uma intimidade mais profunda e mais autêntica. E essa pureza no coração funciona como um íman que puxa a energia sexual para cima e naturalmente a energia sexual começa a se mover em direcção ao coração.

Naturalmente, esse movimento mecânico em que a energia se move para baixo e para fora é interrompido, porque tem uma força magnética puxando a energia para cima. Essa força magnética é a pureza do seu coração. Nesse estágio a energia sexual começa a se juntar com o amor, e aí começa a nascer o tantra superior, esse supra sexo. E aí podem surgir rituais, mas sempre espontâneos, que se renovam a cada dia, porque você não se prende a mente condicionada que deve fazer assim e assado.
Todos esses condicionamentos nascem do controle, são formas de se proteger e de dominar.

Ao mesmo tempo, eu não posso também eliminar a possibilidade de, vez ou outra, alguém usar uma coisa assim como um remédio. Fique atento para não engessar minhas palavras. Como, por exemplo, ontem eu falava a respeito que a cura da repressão sexual implica na variedade. Mas aí uma pessoa que é bem reprimida, que agora está começando a se envolver com alguém: “Ah o Prem Baba falou que eu tenho que ser livre, que não tenho que me prender a alguém, que eu tenho que variar”. Eu não disse isso, o que eu estou dizendo o tempo todo, repetindo e repetindo é que você precisa ter bom senso, você precisa saber o que é melhor para você.

Então, às vezes, você até contraria uma lei, porque aquilo é o mais importante para você naquele momento. Nesse caso, contrariar a lei significa você se aprofundar nessa relação mesmo sabendo que ainda tem muita lenha para queimar. Porque se você cai no truque da mente de largar essa relação para viver a variedade, você vai viver nada, porque eu te conheço, sei que você vai ter medo de se envolver. Da mesma maneira, às vezes tudo bem você usar um ritual, usar uma técnica de respiração para ajudar a prolongar sua experiência sexual com o parceiro, mas para facilitar a sua aproximação do outro. Mas não se esqueça que o foco está em criar intimidade, o foco está em purificar o coração, e então deixar que naturalmente o tantra possa florescer desse encontro de centro com centro.

Aí, nesse estágio você pode usar uma técnica de respiração, usar os bandhas, usar mantra, usar conhecimento do tantra mágico para sua energia subir; se você quiser você pode. Mas isso deve estar a serviço do amor, você não pode cair na tentação de querer usar isso para fortalecer o seu ego. Um dos maiores obstáculos do buscador espirituais são os siddhis, são os poderes espirituais. Isso só alimenta sua vaidade espiritual, isso só alimenta o falso ‘eu’.

Maior milagre é você estar em harmonia com a natureza. 
Trabalhe para você desenvolver o siddhi de dormir quando você tem sono, acordar quando você tem que acordar, de comer quando você tem fome e não para saciar um buraco emocional. E aí, se você se harmoniza com a natureza nesse grau, se você pode ser espontâneo nesse grau, aí você vai conhecer o verdadeiro poder.

O interesse no acto sexual diminui conforme, com os anos, vamos nos conectando mais com o divino?
Sim. E mesmo se você não se conectar muito com o divino. Com a idade, as hormonas vão se modificando, tem uma tendência natural a diminuir o interesse pelo acto sexual. Mas claro que, quanto mais você direciona a sua energia sexual para Deus, o interesse pela matéria vai caindo, e se você pode curar suas repressões, então quanto mais você direciona a sua energia para Deus, mais rápido você sobe. Porque não tem uma âncora te segurando na Terra; a âncora que te segura na Terra são os desejos reprimidos. Tudo aquilo que é reprimido é desejado, mas se você pode amadurecer nisso, já brincou o suficiente com a bicicleta, se desinteressa dela. Você até vê as outras crianças brincando, mas você nem pensa a respeito, é natural, é da vida humana. É assim, criança gosta de brincar de bicicleta, mas você já brincou o suficiente, não tem mais necessidade, sua mente não está nisso, sua mente está em Deus.


E sobre aqueles que escolheram o celibato?
Existem muitos caminhos, a questão que se repete: quem é que está escolhendo trilhar esse caminho. É verdade que algumas almas vêm com o propósito de fazer um voto vitalício de celibato. A alma precisa passar por aquela experiência, ele tem que lidar com as tentações de uma forma diferente daquele que não tem esse voto.
A tentação é o convite natural para unir o masculino com o feminino.
Mas aquela alma que veio com o propósito, com o contrato assinado de nessa encarnação ter o voto de celibato, ele precisa lidar com os recursos que ele tem disponibilizado pela tradição que inspirou ele a fazer o celibato. Alguns se propõem a fazer um período de celibato a titulo de experiência e aí você precisa estar consciente de quem é que te levou a viver essa experiência.
Me faz lembrar uma história que li certa vez, de um meditador que entendeu que era hora dele se recolher num voto de celibato. Assim como era tempo também dele se recolher do mundo, ele queria se isolar numa caverna num alto de uma montanha. Ele sentia que estava na hora de se distanciar do mundo, que o mundo estava só estimulando os desejos dele; estava na hora de sair do mundo. E aí ele fez um plano, encontrou um lugar num vilarejo bem distante, na montanha bem alta, numa caverna. Não tinha acesso para o ser humano, quase impossível chegar lá, bem difícil, bem íngreme, bem inacessível. Então ele chegou ao vilarejo, fez as compras, teve que alugar um burrinho para levar as coisas. Ia passar uma temporada lá na montanha. Chegando lá ele se entregou para meditação e para suas austeridades. Foi passando o tempo, ele começou a se sentir um pouco incomodado e aí começou a olhar para o burrinho; descobriu que não era burrinho, que era burrinha (risos), começou a olhar para as pernas da burrinha, aí ele pensou: “Está na hora de descer para a cidade”.

Essa é uma questão delicada, quem é em você que está se propondo a fazer voto de celibato?
É importante que o celibato nasça da sua consciência, que nasça da sua compreensão, o autêntico brahmacharya – que significa o direcionamento da energia sexual para Deus -, também é um florescimento. E isso acontece na medida em que você purifica seu coração.
Por isso eu estou insistindo que você se dedique para o seu japa, para sua meditação, para a sua oração, para o seu processo de auto investigação, para o seu estudo das sagradas escrituras, cuja principal escritura é o próprio livro da vida, o seu coração. E naturalmente, aquilo que você precisa vai chegando para você. É possível que em um determinado momento o seu guru, o seu mestre espiritual, te dê um comando, porque ele percebe que você está preso em um ciclo vicioso, percebe que a sua mente se apropria da ideia da variedade: “ah, tem que ser um florescimento então vamos continuar”. E aí ele pode dizer: “Agora chega! Agora trate de se entregar completamente para a vida espiritual”. E às vezes a alma está esperando, está clamando para esse comando, às vezes ela não consegue chegar nessa decisão por ela mesma.

Existe um ditado popular na Índia que diz que quando o discípulo está pronto, o mestre aparece. Quando você está suficientemente maduro, o comando espiritual chega para você. O que eu sei que você pode fazer nesse momento é romper, definitivamente, renunciar com a acusação, com o julgamento, com a comparação; é romper com esse ciclo vicioso que te leva para fora com a intenção de dominar o outro, voltar a atenção para si. Dirija a sua atenção para Deus, converse com Deus, dialogue com Deus, se aproxime de Deus; Deus é seu coração, converse com ele. Tratando de pouco a pouco abrir mão de todos esses jogos destrutivos, vagarosamente, você vai ser visitado pela sagrada compreensão. Clareza vai chegar, discernimento vai chegar.

Você ainda vai tentando controlar a vida, morrendo de medo de se entregar para o fluxo. Essas coisas você não domina; quando tenta dominar, só arranja problema para você. O que você pode fazer é tratar de abrir seu coração; esse deve ser o seu foco. Controle é o ‘eu’ do medo. Se tem medo, tem obstinação, tem orgulho, ou seja, tem ódio; eles não andam separados, sempre estão juntos. Então, é uma forma de sustentar o seu falso ‘eu’.

Quando eu canto Prabhu aap jago /Parmatma jago /Mere sarve jago /Sarvatra jago, é para que possa acordar em você a inspiração de também cantar esse mantra. Para que possa, cada vez mais, se comprometer em acordar a divindade em você. Mas você não acordar a divindade através do controle, através desses jogos de domínio. A palavra chave é aceitação e entrega, e assim você vai subindo. Mas para isso você tem que achar a tal da confiança. E é incrível como Deus desenhou o jogo nesse plano. Porque você aprende a se entregar para Deus e confiar em Deus confiando em um ser humano assim como você. Você tem que aprender a ver Deus no outro. Tem que aprender a olhar para o outro e ver que, independentemente de todas as mazelas e misérias, tem um princípio divino ali em que você pode confiar. É para esse Ser que você reza, é para esse ser que você fala namaste.

Eu ensino o caminho do coração, o caminho da espontaneidade, o caminho da aceitação.
Eu compreendo que esse é o caminho natural.
Todo meu esforço é para que você se harmonize com a vida, se harmonize com a natureza, com a natureza que pulsa no seu coração. Aí você ouve a vida falar dentro de você. A vida te guia através da intuição, através das sincronicidades, através dos sonhos, através dos sinais. Mas é verdade que você precisa passar pelas alegrias e misérias do amor humano, para viver a plenitude do amor divino.
Não queira pular etapas. Quem quer pular etapas é o ego que está arrumando um jeitinho de escapar de alguma coisa. A pergunta que nunca deve te abandonar é: “O que Deus quer de mim?” Não importa em que estágio você esteja na sua jornada evolutiva nessa terra, se você está encarnado aqui, de tempos em tempos você deve se perguntar: “O que Deus quer de mim?” E se renda para esse comando. Peça força para poder cumprir aquilo que o comando divino determina, porque às vezes ele pede coisas difíceis, que você rompa com seus apegos, com seu controle, e apego e controle são mecanismos de defesa, você se sente seguro e protegido. Você aprendeu a apreciar um cinzento, porque se sente seguro ali dentro; aprendeu a viver dentro de uma gaiola. Às vezes é difícil abrir mão do controle, do apego; significa abrir mão de tudo que você acredita ser importante para você.

Mas às vezes chega esse comando: 
“Larga esse apego, larga esse controle, 
vamos nos entregar para o fluxo!”.


Em síntese, você precisa se entregar para o amor. 
Se o amor é a seiva da vida, é o amor que está te conduzindo, é ele que está te dando o comando. É ele que está quebrando seus apegos, seus controles, para que você possa voltar para ele. Ele está acordando o amor que pulsa em você para que esse amor retorne para ele. Mas há que se ter certa coragem para amar, há que se ter certa coragem para essa entrega. Reze por ela, peça por ela, peça ao princípio universal do amor que te dê essa força, essa firmeza para você seguir esses comandos que vêm dele.
Chega um determinado estágio da jornada em que você não consegue sozinho, você não consegue continuar subindo sem coração, sem, realmente, a intervenção do plano da hierarquia superior. Mas essa intervenção acontece quando você usa seu livre arbítrio para isso, quando você pede através da oração.

Então, o que você quer de verdade? 
Você quer ser livre mesmo? 
Você quer mesmo viver de amor? 
Ou você quer continuar controlando? Apegado?
E usando conhecimento espiritual para se defender, para fingir que você está caminhando?

Chega esse momento em que a gente tem que se questionar: 
“quem em mim quer realmente essas práticas espirituais? 
Para quê?” 

Tudo é possível, tudo! Esse universo é tão permissivo! É impressionante como é permissivo esse universo. A verdade é que tudo pode, mas você tem que dar conta dos seus pensamentos, palavras e acções; esse é o seu principal instrumento de aprendizado, é assim que você aprende: errando, acertando, caindo, levantando; até que você possa se distanciar dessas subidas e decidas, e só assistir, só assistir, até se tornar uma testemunha de tudo que se passa. 
Aí você está livre de verdade.


Sri Prem Baba
in, Amar e Ser Livre



Mas como fica a responsabilidade de quem é manipulado?

A mesma. Para haver um intimidador, tem que haver um intimidado. 
Para que haja alguém que abusa do poder, tem que ter alguém permitindo que esse abuso aconteça. Para isso, é importante que compreendamos que a distorção do poder na forma da agressividade, da violência, da intimidação, tem o mesmo peso que a distorção do amor, que é a submissão, o vitimismo.

A distorção do poder é distorção do masculino; 
a distorção do amor é a distorção do feminino. 

A distorção do amor é perniciosa, ela destrói sem acreditar que esta destruindo. A pessoa que é o canal desta distorção realmente acredita que ela é pura. Ela não entende como o Universo é tão mau com ela. A vítima tenta dominar o outro através dessa ideia de que ela não dá conta da vida; da ideia que ela é impotente, de que ela é frágil; mas o que ela quer e manipular: “Ou faz do meu jeito ou eu me mato, tomo veneno, pulo a janela”. Às vezes pula mesmo da janela, ou toma veneno, mas compreenda que é uma forma de manipulação. Você se arrasta no chão, arranca os cabelos, mas tudo que você faz é um teatro com a intenção de dominar o outro.

Esse tema foi levantado quando estávamos falando até mesmo do uso intencional da magia sexual, da tão profunda distorção que existe neste mundo a respeito do tantrismo, das pessoas ávidas por poder e que acabam se tornando escravas deste poder distorcido. Acabam desenvolvendo mesmo um magnetismo que domina o outro, porque, no mais profundo, o que você quer é fazer do outro um escravo para atender seus caprichos, que atenda as suas expectativas. Tendo poder adquirido através de técnicas ou não, o facto de ter uma distorção do poder dentro de você faz com que você queira fazer do outro um escravo para satisfazer seus caprichos, suas necessidades; para proteger a ilusão que você criou a seu próprio respeito, para se sentir reconhecido, amado.

E aquele que está aceitando ser esse escravo carrega a distorção do amor.
Ele se coloca no papel do submisso, do escravo e diz: “Me bate que eu gosto”. Essa é também uma estratégia de manipulação, só que mais subtil. Ela vai fazer de tudo para que o agressivo se sinta a pior das criaturas na face da terra porque vai colocar a culpa do mundo nas costas dele. Ela vai o tempo todo tentar dizer: “Você é o culpado pela minha infelicidade. Olha onde eu estou, estou me matando, me destruindo. Eu, uma pessoa boa, pura, estou me destruindo e você é o culpado porque você é mau. Você é mau. Você abusa do poder”. Esse é o jogo.

Quem é mais responsável por esse jogo? 
Será que é um mais responsável que o outro neste jogo? 
Aquele que é manipulado é tão responsável quanto ao que manipula, mas existe uma moral que protege aquele que é manipulado. 

Não me refiro ao abuso de uma criança, são outras leis, é outra história. Tem razões do porque isso acontece, mas essas respostas estão em uma esfera transpessoal e já falamos sobre isso anteriormente.
Agora eu falo da relação entre dois adultos, onde os dois estão disputando pela energia. Onde muitas vezes os dois estão desconectados da fonte, se sentindo impotentes, e a única maneira de se sentir potente é tirando a energia do outro, fazendo o outro se sentir inferior.

Você faz isso usando os recursos que tem, o repertorio que você adquiriu ao longo da vida.
Alguns desenvolveram a distorção do poder e tentam tirar energia através da falsa autossuficiência: “Sou poderoso, estou acima das emoções humanas”. Aí o outro tenta ganhar o que precisa fazendo-se de vítima, de submisso.
O agressivo normalmente tem nojo do submisso, o submisso tem raiva do agressivo; mas geralmente se casam. Geralmente casam porque tem também uma profunda atração, pois são polos opostos e se atraem. É justamente o que percebe que falta nele.

Se esse casal, essa sociedade, essa parceria estiverem atentos, estiverem no caminho do autodesenvolvimento, eles tem grande material de escola nas mãos, até porque, tirando todo o romantismo, relacionamento é material de escola. É importante que você compreenda que tanto os agressivos como o submisso estão querendo a mesma coisa, querendo ser amados. Só que estão buscando esse amor no outro; estão querendo amor exclusivo do outro.
A relação se torna um campo de batalha.
Quer reconhecimento, amor exclusivo do outro, força o outro a te amar, mas amor forçado não é amor. E quando o outro te dá, você fica com raiva, indiferente, porque dentro de você tem uma consciência de que amor forçado não é amor; você quer ser amado de graça.

Mas é exatamente esse cenário que precisa ser transformado nos relacionamentos humanos.
Quando isso se manifesta mais especificamente na vida sexual, se torna ainda mais complexo e mais danoso.

Por exemplo:
O meu orgasmo é diretamente orientado pelas fantasias sexuais bastante sombrias de prostituição e incesto. Não consigo ter firmeza para renunciar a esse prazer e não tenho ideia de como lidar com essa questão. Uma amiga sugeriu que eu tentasse viver essas fantasias na pratica, mas tenho medo de estar apenas dando mais alimento aos meus demónios. O que fazer?
Primeiro lugar, que você reveja seu conceito de amizade. Um amigo não vai te colocar numa fogueira desta. Essa pessoa até pode ser, também, sua amiga – na verdade somos muitos, uma multidão nos habita -, deve ter uma amiga dentro desta pessoa, mas quem te deu este conselho foi a inimiga.
As fantasias sexuais são mensageiras dos aspectos da personalidade que ainda não foram integrados, e que, às vezes, não têm nada a ver com a sexualidade. 
Actuar na fantasia te coloca em situações mais complexas, delicadas; te faz se enredar nas teias do karma. O que você precisa é compreender o que essa fantasia está tentando te dizer. Qual é a mensagem? 
Às vezes a fantasia está conectada a um conteúdo psicológico que não tem nada a ver com a sexualidade, mas ela é um sinalizador. Talvez seja o principal sinalizador, pois ela mostra claramente onde você está. É fácil se enganar, achar que está num lugar diferente de que você está de verdade, e as fantasias sexuais te ajudam a tomar consciência daquilo que precisa ser trabalhado e transformado dentro de você.

Se existe maturidade dentro desta relação para que o assunto seja tratado abertamente, pode contribuir para a elaboração e para o tratamento do que ainda precisa ser curado. 
Há algum tempo venho dizendo que que o casamento, as parcerias sexuais, precisam ser ressignificados.
O casamento é o núcleo da família, que é o núcleo da sociedade. 
Se esse núcleo está contaminado, se não tem verdade, honestidade, transparência e cooperação, não vamos ter uma sociedade justa e equilibrada.

Não é de se admirar que a nossa sociedade seja tão corrupta, mentirosa e destrutiva.
Isso começa no casamento.
Se você não é capaz de ser honesto e verdadeiro com a pessoa que esta dormindo com você, com quem você vai ser honesto?
Temos visto que não é tão simples ser honesto, ser transparente. Porque muitas vezes tem vergonha, tem medo. Você tem medo de ser você mesmo, de ser espontâneo, de mostrar a sua luz e suas misérias para o outro. É o medo de ser rejeitado, não ser aceite, não ser amado.
Com isso você fica escondendo e fica prisioneiro do que você está escondendo.
Aí, a sua evolução fica paralisada, você tem motivos suficientes para ter raiva do outro, porque você o culpa por se sentir prisioneiro.
Mas é você que está se colocando neste lugar, por conta de sua carência, medo de ser rejeitado, de não agradar.

Você tem que ter coragem de se encarar. 
Só quem consegue ficar bem consigo mesmo, 
consegue ficar bem com o outro. 

Se você tem tanto medo de se revelar, claro que a sua relação está fadada a ser um campo de sofrimento. E mais, você também não dá conta de receber a revelação do outro. Percebe que existe aí pouca inclinação para a verdade. Você prefere ficar na mentira, com a ilusão de que está protegido. Você criou uma zona de conforto e tem a fantasia de que está protegido nesta zona de conforto.
É a mentira que mantém essa zona.

Ao mesmo tempo temos que respeitar os limites de cada um. 
Há que se ter estrutura de ego para lidar com a verdade. 

Eu já vi pessoas levantando a bandeira da verdade, contando tudo o que se passa dentro dela, e o outro pirar e só piorar a situação. Há que se ter sensatez, bom senso.
Porém, o caminho é o da intimidade, o novo casamento tem como base a intimidade, a transparência, não há segredo nenhum.
Essa abertura possibilita a elaboração desses conteúdos trancados dentro do sistema.
Conversar com o parceiro sobre essas fantasias pode ajudar, mas se você vê que vai atrapalhar, procure um terapeuta que vai te ajudar a lidar com a situação.


Independente do que está por trás da fantasia sexual, 
com certeza existe bloqueio da energia vital. 
Tudo que é proibido é desejado. 
Eu não tenho dúvida de que a repressão sexual 
é o principal veneno na nossa sociedade.


Certa vez eu vi numa revista americana, não me lembro de qual revista, mas que falava de uma pesquisa sobre as indústrias que mais facturavam no mundo naquele momento.
A segunda indústria que mais facturava era a indústria da pornografia.
A terceira era a indústria da guerra,
a quarta era a das drogas e
a primeira era a Igreja, o Vaticano.
Estou falando só o que eu vi na revista. É algo muito sério.

Se formos estudar esse assunto a fundo mesmo, os cabelos ficam em pé.
Se formos estudar como o jogo da luz e sombras se manifesta neste plano, é de ficar de cabelo em pé. Mas o facto é que a repressão é a mãe da carência afectiva e, consequentemente, de todos esses jogos de ganha e perde; você tem que ter coragem de olhar para isso.

E se você não é amigo do seu parceiro, isso fica muito mais complicado, fica quase impossível escapar desta situação. Aí é melhor ficar sozinho. Pára e vai tratar o que precisa tratar.
Não caia na armadilha de dominar o outro prometendo coisas que não pode dar, dizendo: 
“Eu te amo eternamente”. 
Você está crescidinho para entender que isso não existe. 
A não ser que você tenha acordado e esteja mesmo podendo falar, sabendo do que está falando.


Sri Prem Baba
in, Amar e Ser Livre




Amma



Qualquer pessoa, homem ou mulher, que tenha a coragem de superar os limites da mente pode alcançar o estado da maternidade universal.
O amor da maternidade despertada é um amor e compaixão que se sente não apenas pelos próprios filhos, mas em relação a todas as pessoas, animais, plantas, rochas e rios, um amor que se amplia a toda a natureza, a todos os seres.
Na verdade, para uma mulher (ou homem) em que o estado da verdadeira maternidade se despertou todas as criaturas são seus filhos.
Este amor, esta maternidade é o Amor Divino - e isso é Deus.

Amma
(Mātā Amritanandamayī Devi)


Yoga



O Yoga desprograma os condicionamentos resultantes das ideologias, as tradições ou os valores impostos pela sociedade.
Ensina o indivíduo a ser ele mesmo numa liberdade que está além dos preconceitos e formas de comportamento estabelecidas.
Paradoxalmente, desenvolve ao mesmo tempo uma consciência de solidariedade com a comunidade, em que o indivíduo percebe o planeta e a raça humana como uma unidade.
É uma verdadeira revolução interior.

Pedro Kupfer


Noosphere



The next time you think "seeing is believing", keep in mind that our eyes can only perceive 1/10 billionth of the total information that rides on the electromagnetic spectrum...

 It is time to collectively tune the Noosphere to the resonant frequencies of the universe...



segunda-feira, 30 de maio de 2016

...........................deter o momento





É possível deter o momento, 
fazê-lo entrar na nossa concha, 
falar-lhe ao ouvido e contorcê-lo, 
golpeá-lo no sítio que mais dói, 
só para depois o deixar ir outra vez 
e ficar só silêncio e ausência 
e mais nadinha. 

Rui Costa 
in, A resistência dos Materiais


QUER SER MULHER? Perguntou Deus!




Toda mulher quer ser mulher, porque ser mulher é também contribuir com a ética para o crescimento da Humanidade, principalmente quando ela busca não perpetuar a cultura dominante e secular que impõe padrões preconceituosos na criação dos filhos e filhas.
Toda mulher quer ser mulher por perceber a luta pela igualdade de género e quando ela trabalha para isso na nova sociedade, no quotidiano de sua vida, nas relações com o esposo, filhos/as, irmãos/ãs, parentes e amigos.

Nos dez pontos que escrevi no texto “Quer ser Mulher? Perguntou Deus!”  tive o objetivo de polemizar e chamar a atenção da sociedade para diversas culturas e regimes sócio-político e económicos que impõem uma vida indigna às mulheres.

Temos muitos avanços na classe média ou nos grupos mais esclarecidos, quando mulheres já possuem diversas posições no contexto social e quando seu status no lar atinge patamares respeitáveis, salvo exceções como, por exemplo, em relação aos assassinatos de mulheres jornalistas, artistas e outras profissionais.
No entanto, as mulheres pobres e as altamente miseráveis de todas as etnias sofrem ainda em consequência da violência masculina e discriminação da própria sociedade. E esse fato é um desafio para grupos de mulheres organizadas por seus direitos e um desafio para os governantes no sector da Educação, Trabalho e Saúde, tanto no Brasil quanto nos outros países.

Eu convoco homens e mulheres - cidadãos/ãs do mundo - a refletirem no mês das Mães (maio) sobre a ideia errónea de que as mulheres são exemplos de estereótipos de santas, anjos ou demónios.
A mulher é sagrada, sim!
Porque ela dá a vida, assim como a natureza é sagrada por prover vida.
Mas a mitificação da mulher pelo homem causa estragos, desvios comportamentais, pornografias, culturas dominantes, atos selvagens contra o sexo feminino, como vemos nos outros países e inclusive no Brasil.

No mês das Mães e no todo sempre vamos adorar nossas mães apenas no sentido poético, amoroso, como é o título desse texto, porque a exacerbada veneração leva à mitificação maléfica, que na realidade é um desrespeito à mulher.
Mães querem ser amadas e respeitadas.
Amo a minha mãe pelo que sou, devo a ela respeito e ela está na minha memória, porque foi uma grande iletrada mulher, mas possuía conceitos e lições de uma verdadeira sacerdotisa.
A minha Sacerdotisa das Águas!


ELIANE POTIGUARA



QUER SER MULHER? Perguntou Deus!


DISSE O CRIADOR:
”Seres viventes que quiserem ser mulheres - serão mensageiras - porque 
ser uma mulher é uma missão”. 


As mulheres do planeta Terra serão inseridas em várias categorias.
São As Mulheres do Mundo!
Vejam bem e pensem se aceitam essa classificação, pergunta Deus, porque não fui Eu que criei! Foram os homens no espírito da competição.
Eu criei o Universo e a vida.
Eis a classificação:

1- As Dalits indianas são as “intocáveis”, assim como seus maridos, filhos e gerações. Morarão nas ruas, nos becos ou estações de comboio desativadas. Passarão frio e fome. Quem lhes tocar, cairá em desgraça. Outras indianas, na maioria paupérrimas, sem direitos de mulher, poderão ser queimadas vivas em suas próprias cozinhas, caso contrarie seu homem intolerante e violento. As ricas estarão sob o domínio masculino, assim como as mulheres do mundo. Sofrerão também apesar da riqueza material, cultural e espiritual.

2- Algumas muçulmanas de grupos etnicos de 28 paises terão seus clitóris decepados e nunca sentirão o gozo do amor. Suas peles frescas jamais sentirão os ventos divinos porque homens inseguros e competitivos as esconderão como tesouros perdidos. As que puderem dançar a dança do ventre e exibirem seu corpo escultural, apenas afagarão as fantasias eróticas de seus donos. Mas, ai delas se os contrariarem, serão apedrejadas até a morte! Eles poderão ter mil mulheres. Elas, se o traírem, irão às praças públicas para serem sacrificadas como animais.

3- As esposas coletivas nos desertos africanos ou as esposas dos Sultões no Oriente Médio brigarão entre si pela hegemonia do grupo e pela atenção do marido alienado, um narciso e famigerado, “donos do El Dourado” e do poder. Seus filhos estarão enquadrados em categorias de juízo de valor, como o melhor ou pior, do mais ou do menos, de Deus ou do Diabo.Trabalharão sem parar para dar prazer ao patrão. As mulheres serão sequestradas, objetos de prazer e condenadas ao trabalho braçal.

4- As viúvas das guerras na Europa ocidental e oriental, e consequências dessas políticas em outros países (Guerras Mundiais) tornar-se-ão verdadeiras matriarcas na solidificação das novas sociedades contra o analfabetismo e a submissão ao nazi-facismo.Terão direito ao voto após a luta contra os dogmas das igrejas, das ideologias, das filosofias. Crescerão com o sofrimento das avós e poderão ajudar ao “chamado terceiro mundo”.

5- Na China, nunca mais uma menina terá seus pés amarrados para que não possa
desbravar rumos e estradas. Nunca mais seu bebê será colocado no telhado, para morrer à mingua, por ser mulher. As gueixas se libertarão. A cultura não será mais motivo da exploração e submissão da mulher. As mulheres afegãs sofrerão muito, mas darão uma exemplo de construção de outra sociedade. As mulheres asiáticas mostrarão nova face.

6- As viúvas dos pescadores, dos mineiros das minas preciosas, das construtores de arranha-céus e viadutos, dos astronautas, dos cientistas, dos empresários, dos canavieiros, dos garimpeiros, dos operários e dos campesinos deverão saber que serão viúvas para que se sintam fortes, para que criem seus filhos sozinhas e construam outra sociedade que não essa, desde antes e depois de Maomé, Buda e Cristo. Esses homens viverão a luta de classes em vários níveis e o seu resultado, até que um ponto estratégico seja clarificado pelas mentes iluminadas, HOMENS OU MULHERES guerreiros!
Gente mesmo do povo!

7- Os meio- homens /meio-mulheres ou vice-versa, e alguns homens que assumirem seu lado feminino e vice-versa farão parte da luta contra o sexismo institucional e sofrerão da baixo auto-estima.Serão objetos sexuais e sofrerão estupros mentais. Mas marcarão época!

8- As negras, mulatas e mestiças do passado e do presente, sentirão nas carnes as marcas a sangue e a ferro quente de seus algozes; serão escravas do prazer, do trabalho forçado, no plano moral e espiritual.Verão seus maridos amarrados às árvores no passado, nas cadeias super-lotadas ou entregues ao desemprego, no presente Serão xingadas, amaldiçoadas, maltratadas, humilhadas, racializadas como vermes, inclusive pelos seus próprios pais ou parentes masculinos. Irão parir filhos errantes que poderão vir a ser menores abandonados nos mocambos, nas senzalas, nos desertos, nos cortiços, nas favelas, nos guetos e nas ruas. Muitos de seus filhos serão drogados, violentos, marginais no tráfico das drogas. Muitos estuprarão meninas e as levarão ao caos. Muitas se drogarão com o “ópio”, assim como muitas mães e avós se embriagarão ao sabor do álcool para esquecer sua dor, até que uma e várias delas arranquem as correntes seculares através da força da palavra, da dignidade de mulher e da ação comunitária, num GRITO de BASTA!

9- As mulheres caboclas, seringueiras, quebradeiras de coco, trabalhadoras rurais, empregadas domésticas e faxineiras, catadoras de lixo, papelão e latinhas, professoras primárias mal remuneradas, operárias, quilombolas aprenderão a falar ou a escrever cartas contra as desigualdades sociais e dirão ao mundo que o Ato Institucional nº05 de 1967/68, no Brasil, sequestrou, torturou e assassinou mais mulheres do que se pensa, nas cidades e nos campos! Essas mulheres lutarão contra a destruição do planeta, a poluição das águas e do ar, o desemprego, o vírus do HIV, as hepatites, tuberculoses, abortos clandestinos, mão de obra-escrava, suicídios, agressões físicas, psicológicas,e morais, estupros, fome e miséria humana. Haverá dia em que não terão nada para comer e nem para os filhos. Mesmo assim, serão as VITORIOSAS, porque se organizarão.

10- As mulheres indígenas do planeta terão suas terras roubadas, suas culturas e espiritualidades dilaceradas, suas vidas ceifadas e gerações e gerações de filhos discriminados na sociedade urbana e rural e desprezados pelos políticos e empresários. Terão suas culturas penduradas em Museus ou demonstradas em desfiles de Carnaval, como seres do passado, ou do folclore. Servirão de chacotas em cidadelas e pedirão esmolas. Os homens se embriagarão e ficarão fracos ou loucos. Seus filhos serão frágeis e uma onda de extermínio acobertará tribos inteiras, até que mulheres e homens fortes, como muitos líderes que virão ouçam a voz da ancestralidade, vejam as marcas de jenipapo cravadas nas caras étnicas como uma marca imposta por Mim NHENDIRU, o Criador e que sintam a chama eterna da IDENTIDADE INDÍGENA para ser respeitada e aceita, como um exemplo para o planeta terra. Exemplo de uma etnia humana que sangrou, retomou a voz ancestral e ética e sobreviveu a todo o processo de escravidão do passado e do presente e que realmente possa ensinar a filosofia da igualdade e fraternidade. Porque os povos indígenas são meus filhos primogênitos dos cinco continentes, foram os primeiros que Eu coloquei neste planeta, por conhecerem o princípio ético do equilíbrio na natureza. Povos indígenas devem ser exemplo do BOM CONVÍVIO COM A SOCIEDADE E A NATUREZA. Exemplo de prosperidade ética e espiritual.
E entre os próprios indígenas, a intolerância e o racismo transversos devem acabar. Avós, bisavós, tataravôs devem ser respeitados pelos novos líderes e se desaldeados devem ser considerados no seu processo de imigração compulsória, no desterro. Os descendentes indígenas urbanos ou rurais serão filhos e filhas da terra como ele/ela próprios, sem intolerâncias ensinadas pelo Poder, burguesia ou intrigas pessoais.


Ao finalizar os 10 pontos, DEUS, que muito sabiamente já havia criado o Universo e a vida, concluiu que o Homem, criou a competição e o egoísmo.
Por isso Deus apresentou as opções, porque os homens quiseram competir com o CRIADOR.
O homem egoísta criou o poder, a competição, o dinheiro e a escravidão.
Nesses milhares e milhares de séculos, muitas mulheres têm se destacado, para por fim ao processo histórico, político e social.
Muitos homens bons e dignos vêm à cola na solidariedade às mulheres.
São mulheres de Deus, são mensageiras divinas que devem ser respeitadas.
São verdadeiros anjos milenares que ao serem desrespeitados, a roda da evolução dos seres neste planeta pára.
A sociedade deve reconhecer o papel de cada mulher na natureza e ajudá-la.
A injúria, a mentira, a intriga, a violência contra esse ser de luz, recai automaticamente, pela lei da causa e efeito sob a cabeça de quem o faz, trazendo à tona a infelicidade.

MULHERES DO MUNDO pedem solidariedade, não só ao processo particular, individual, de quem está envolvido com essa luta, como ao processo coletivo em busca de qualidade de vida e felicidade para todos os seres do planeta, pois é na diversidade cultural, étnica, religiosa, linguística que se aprende o respeito entre os seres humanos.
Essa é a caminhada pela PAZ.


ELIANE POTIGUARA




A DENÚNCIA

Ó mulher, vem cá.
Que fizeram do teu falar?
Ó mulher conta aí...
Conta aí da tua trouxa
Fala das barras
Dos calos nas mãos.
O que te faz viver, mulher?
Bota aí teu armamento.
Diz aí o que te faz calar...
Ah! Mulher enganada
Quem diria que tu sabias falar!


ELIANE POTIGUARA


Eckhart Tolle: The Dark Night of the Soul


                                               



The “dark night of the soul” is a term that goes back a long time.
Yes, I have also experienced it.
It is a term used to describe what one could call a collapse of a perceived meaning in life…an eruption into your life of a deep sense of meaninglessness.  The inner state in some cases is very close to what is conventionally called depression.  Nothing makes sense anymore, there’s no purpose to anything.  Sometimes it’s triggered by some external event, some disaster perhaps, on an external level.
The death of someone close to you could trigger it, especially premature death, for example if your child dies.  Or you had built up your life, and given it meaning – and the meaning that you had given your life, your activities, your achievements, where you are going, what is considered important, and the meaning that you had given your life for some reason collapses.

It can happen if something happens that you can’t explain away anymore, some disaster which seems to invalidate the meaning that your life had before.  Really what has collapsed then is the whole conceptual framework for your life, the meaning that your mind had given it.  So that results in a dark place.

But people have gone into that, and then there is the possibility that you emerge out of that into a transformed state of consciousness.  Life has meaning again, but it’s no longer a conceptual meaning that you can necessarily explain.  Quite often it’s from there that people awaken out of their conceptual sense of reality, which has collapsed.

They awaken into something deeper, which is no longer based on concepts in your mind.  A deeper sense of purpose or connectedness with a greater life that is not dependent on explanations or anything conceptual any longer.

It’s a kind of re-birth.  
The dark night of the soul is a kind of death that you die.
What dies is the egoic sense of self.

Of course, death is always painful, but nothing real has actually died there – only an illusory identity. 

Now it is probably the case that some people who’ve gone through this transformation realized that they had to go through that, in order to bring about a spiritual awakening.  Often it is part of the awakening process, the death of the old self and the birth of the true self.

The first lesson in A Course in Miracles says “Nothing I see in this room means anything”, and you’re supposed to look around the room at whatever you happen to be looking at, and you say “this doesn’t mean anything”, “that doesn’t mean anything”.
What is the purpose of a lesson like that?
It’s a little bit like re-creating what can happen during the dark night of the soul.
It’s the collapse of a mind-made meaning, conceptual meaning, of life… believing that you understand “what it’s all about”.
With A Course in Miracles, it’s a voluntary relinquishment of the human mind-made meaning that is projected, and you go voluntary into saying “I don’t know what this means”, “this doesn’t mean anything”.  You wipe the board clean.  In the dark night of the soul it collapses.

You are meant to arrive at a place of conceptual meaninglessness.
Or one could say a state of ignorance – where things lose the meaning that you had given them, which was all conditioned and cultural and so on.  Then you can look upon the world without imposing a mind-made framework of meaning.  It looks of course as if you no longer understand anything.  That’s why it’s so scary when it happens to you, instead of you actually consciously embracing it.  It can bring about the dark night of the soul – to go around the Universe without any longer interpreting it compulsively, as an innocent presence.  You look upon events, people, and so on with a deep sense of aliveness.  Your sense the aliveness through your own sense of aliveness, but you are not trying to fit your experience into a conceptual framework anymore.


Eckhart Tolle




Eu tive a minha primeira Noite Negra de Alma, quando me divorciei em 2003.

Depois, tive a minha 2ª Noite Negra de Alma em 2009
Foi muito mais intensa do que a primeira.
Entrei em colapso com tudo e com todos, o que me fez pedir a demissão do meu emprego, o que provocou o colapso da vida como eu a tinha até ali.
Nada ficou de pé.
Tudo desmoronou.
Sofri grandes perdas a todos os níveis...não restou nada...apenas eu...completamente perdida no escuro.

Senti que tinha caído num poço sem fundo...sem nenhum raio de luz...foi a completa escuridão.

Já tinha caído no fundo do poço, por várias vezes.
Mas nunca num poço sem fundo como aconteceu em 2009.

E tudo mudou daí em diante.



domingo, 29 de maio de 2016

O Vento




É fácil dizer que o vento
tem gatos na voz
enfurecidos.

Que afaga e despenteia,
traz a chuva.

Que levanta as telhas
exercita na noite
os nossos mais pesados
pesadelos.

É fácil ser poeta
à custa do vento.

Fingir que não sabemos
que o vento não é senão
o vazio que muda de lugar.


António M. Pires Cabral


A Saturação da Servidão




Hoje estão em causa, não as paradas, que é tudo em que as multidões são adestradas, ou a guerra, a que se convidam; está em causa toda uma dinâmica nova para criar o habitat duma humanidade que atingiu a saturação da servidão, depois de há milénios ter dado o passo da reflexão.
As pessoas interrogam-se em tudo quanto vivem.
A saturação da servidão não é uma revolta; é um sentimento de desapego imenso quanto aos princípios que amaram, os deuses a que se curvaram, os homens que exaltaram. 
(...)
Mas foi crescendo a saturação da servidão, porque a alma humana cresceu também, tornou-se capaz de ser amada espontaneamente; tudo o que servimos era o intermediário do nosso amor pelo que em absoluto nós somos. Serviram-se valores porque neles se representava a aparência duma qualidade, como a beleza, o saber, a força; esses valores estão agora saturados, demolidos pela revelação da verdade de que tudo é concedido ao corpo moral da humanidade e não ao seu executor. 
Um grande terror sucede à saturação da servidão.
Receamos essa motivação nova que é a nossa vontade, a nossa fé sem justificação a não ser estarmos presentes num imenso espaço que não é povoado pela mitologia de coisa alguma.
Somos novos na nossa velha aspiração: a liberdade é doce para os que a esperam; quando ela for um facto para toda a gente, damos-lhe outro nome.


Agustina Bessa-Luís
in, "Dicionário Imperfeito"

Vitimista Crónico




Num ou noutro momento a pessoa assume o papel de vítima. 
Sofre com uma espécie de “vitimismo crónico”.  
Falsas vítimas e, de forma consciente ou inconsciente, 
simulam uma agressão inexistente apenas para culpar os outros. 
Este proceder é uma maneira dissimulada 
de se livrar da carga de responsabilidade pelo seus erros.


O vitimismo crónico não é uma patologia, mas pode-se transformar num transtorno paranóico quando a pessoa insiste em culpar sempre os demais pelos males que sofre. Esta forma de enfrentar a vida, de “per si”, conduz a uma visão pessimista da realidade. Isto produz mal estar tanto na pessoa que se queixa como a quem recebe a carga de culpa.

Em muitos casos a pessoa que abraça o vitimismo crónico acaba por alimentar sentimentos muito negativos, como, por exemplo, o ressentimento e a ira. Estes se transformam num vitimismo agressivo; um típico caso de quem vive para se lamentar. E ainda ataca e acusa aos outros com intolerância.


Características de uma Vítima Crónica

Deforma a realidade. Este tipo de pessoa crê firmemente que a culpa do que lhe sucede é dos demais, nunca é sua. O problema é que tem uma visão deturpada da realidade. E acredita que tanto as coisas positivas como as negativas que acontecem na sua vida não dependem directamente da sua vontade, sim das circunstâncias externas.

Ademais, o vitimista superdimensiona os aspectos negativos, desenvolvendo um pessimismo exacerbado que o leva a se concentrar somente nas coisas negativas que lhe acontece. Os aspectos positivos têm importância menor para ele.


Encontram consolo no lamento

Crêem que são vítimas dos outros e das circunstâncias. Por isso não se sentem culpadas nem responsáveis por nada que lhe acontece. Como resultado, o que lhe resta é se lamentar. Na verdade, só encontram prazer quando se queixam porque é quando assumem melhor o papel de “pobres vítimas”. Pensam que este agir é o único meio de chamar a atenção dos demais. Elas não pedem ajuda para resolver seus problemas, somente se lamentam. Suas desditas se transformam em ferramenta para encontrar a compaixão e o protagonismo.


Procuram sempre culpados

Desenvolve uma atitude receosa e acreditam que os outros sempre agem de má fé. Por isso geralmente têm uma ânsia quase mórbida para revelar os mínimos agravos. Por este ângulo se sente descriminado e maltratado. É este o seu principal objetivo, o papel de vítima. Assim, terminam por desenvolver uma hipersensibilidade. E se especializam em formar tempestade num copo d’água.


É incapaz de fazer uma autocrítica sincera

Está sempre convencido de que não tem culpa de nada. Não existe nada no seu comportamento que possa ser criticado. Como a responsabilidade é dos outros, não aceita nem a crítica construtiva. E, muito menos, é humilde para fazer um exame de consciência a fundo que lhe permita mudar de atitude.  Os erros e os defeitos dos outros são intoleráveis para este tipo de pessoa. Enquanto que os próprios são simples subtileza. Afinal, a vítima é ele.


Quais são as suas estratégias?

Para que uma pessoa faça o papel de vítima tem de haver um culpado. Para isso desenvolve uma série de estratégias direccionadas para que a outra assuma a culpa. Se não formos consciente destas estratégias é provável que vamos cair nas suas redes e pôr a culpa em nossos ombros.

1 – O Discurso do vitimista

Basicamente, o discurso desta pessoa é no sentido de desclassificar os argumentos de seu adversário. Na realidade, não faz afirmações com argumentos muito claros. Mas o direciona para que a outra pessoa assuma sem se dar conta.

Como ele faz? Simplesmente assume o papel de vítima numa discussão. De forma que a outra pessoa caia na rede como alguém autoritário, pouco simpático e até agressivo. Nesta estratégia o foco, em lugar de refutar as afirmações, é mostrar que o outro é um extremista nervoso e radical. Desta maneira, qualquer argumento do seu adversário será mais uma demonstração de sua má fé.

Por exemplo, se uma pessoa se atreve a contradizer a afirmação com argumento irrefutável ou com base em estatísticas de fontes confiáveis, a vítima não lhe responderá com factos, mas dirá algo assim: “Sempre me ofende, agora diz que sou mentiroso”. Ou “Só você se acha com a razão”.


2 – Fuga vitimista

Em alguns casos a retórica da vítima será de fugir à sua responsabilidade. E, assim, evitar em ter que se desculpar ou reconhecer o seu erro. Por isso, tentará fugir de qualquer situação que a coloque em desvantagem. Para isso sua estratégia é desprestigiar com ironia o argumento do outro, nunca reconhecer que estava errado.

E daí, como ele faz? Uma vez mais assume o papel de vítima. Joga com os dados do seu génio e os manipula à sua conveniência com o objectivo de semear a dúvida. Basicamente, esta pessoa transferirá seus erros ao outro.

Outro exemplo: se alguém responde com um dado comprovado, que nega afirmação anterior da vítima, mesmo assim a vítima não reconhecerá o seu erro. Em todo caso, tentará uma retirada digna e dirá algo assim: “Este facto não nega o que eu falei. Por favor, não faça mais confusão”.  Ou: “Não tem educação, é inútil discutir com você porque não vê a lógica dos factos”. Quando na realidade quem está confuso é ele mesmo.


3 – Manipulação Emocional

Uma das estratégias preferidas dos vitimistas crónicos é a manipulação emocional. Quando esta pessoa conhece bem o seu interlocutor, não deixará de lançar mão da chantagem emocional para colocar o painel a seu favor. O vitimista é muito hábil para reconhecer outras emoções, por isso utilizam qualquer dúvida ou culpa do outro em seu benefício.

Descobre um ponto fraco no seu adversário e explora a empatia que este pode sentir. Desta forma acaba por envolver o outro na sua teia de aranha para que este assuma o papel de mau. Enquanto o outro cai, o vitimista volta ao seu papel de vítima e assim pode se lamentar como gosta de fazer.

Por exemplo, uma mãe que não quer reconhecer os seus erros põe a culpa no filho dizendo coisas do tipo: “Com tudo que fiz por você, é assim que me paga?”. Este tipo de manipulação também é muito comum nas relações do casal, entre amigos, inclusive no trabalho.



Como lidar com este tipo de pessoas?

O primeiro passo é compreender que está diante de uma pessoa que faz o papel de vítima. Logo, deve resistir ao embate e não deixar que lhe envolva no jogo dele.
O mais sensato é dizer que não tem tempo nem disposição para ouvir suas repetidas lamentações. Que, se quer ajuda ou uma solução, com gosto o ajudará. Mas, diga-lhe com firmeza que não está disposto a perder tempo e energia para ouvir sempre as mesmas queixas.

Lembre-se que o mais importante é que esta pessoa não lhe tire a calma descarregando em você as suas doses de negatividade. Sobretudo, não deixe que ela lhe faça se sentir culpado. 


Doracino Naves


sábado, 28 de maio de 2016

Marte em retrogradação entrou em escorpião





Marte em retrogradação 
entrou em escorpião 
... a grande morte ao apego, 
ao controle...


A grande rendição à crença da busca da verdade, 
onde nunca chegamos ao oásis do prazer, 
do bem estar, da realização, 
da plenitude com o nosso Ser...


Marte entrou em retrogradação dia 18 de abril no grau 8 de sagitário e hoje dia 27 de maio entrou em escorpião onde irá estar retrogrado até dia 29 de junho, irá até ao grau 23 de escorpião...

Marte é a energia que impulsiona o desejo, a vontade, em sagitário começou a fazer-nos sentir o desejo de transcender as velhas crenças de hologramas fantasmas, onde havia sempre um impulso de chegar a um estado de pureza, verdade, onde já não existisse punição, retorno de castigo...
Crenças e paradigmas que teríamos que chegar a esse estágio para recebermos o retorno da vida, esse oásis espiritual, onde já nada iria nos retirar o bem estar interior...
A ilusão de que viver em plenitude é ficar num movimento sempre estático, sem nada a perturbar...
Esta grande ilusão da Era do Peixes, que teríamos que atingir o Santo Graal, essa grande verdade de perfeição, para não sermos mais castigados...

Este movimento retrogrado levou-nos a uma crescente vontade latente de rasgar algo que ainda nos prendia, mas um medo ainda de acreditar ser possível sair desse registo...
Marte é o regente da personalidade de escorpião, a personalidade vive o confronto entre o desejo de manter as experiências controladas e o desejo da alma de se libertar desse controle.
Esse controle oprime ao nível do inconsciente, a espontaneidade.
A Lua, os medos inconscientes, estão prisioneiros do desejo de manter a segurança necessária para que não viva o confronto com o exterior, usa a capacidade de percepcionar e calcular como agir, mas velada pelo medo. É aqui que se processa a morte da resistência em mudar de atitude, mas que também se eleva a resistência ao limite...

A personalidade impulsiona o poder do controle, a alma empurra-nos para a libertação em acção desse controle.
Pois Marte também é o regente da Alma de escorpião...
Dois movimentos absolutamente contrários, onde pelo desgaste e pelo cansaço nos rendemos...
Ao nível do inconsciente, a mente racional é a grande armadilha que aprisiona a capacidade intuitiva, a reduz do seu verdadeiro potencial, usando a capacidade de intuir para controlar como agir...
É no signo de escorpião, que se processa a grande Morte/ Renascimento do uso do poder pessoal (Plutão), capacidade de intuir, perceber do que devo desapegar-me mentalmente e renascer para a força natural que nos move sempre na direcção daquilo que nos irá libertar, e por esforço e coragem, nesta rendição mental nos entregamos sem controlo. Só assim, poderemos usufruir de tudo o que poderá fazer parte da experiência na terra, do nosso poder de criar, só em ausência de controlo ele se manifestará livremente...


  • Que crenças ainda estou apegado e que não me devolvem liberdade, nem paz interior???
  • Que não me deixam ser livre de viver sem medo, de ser espontâneo e ter que controlar, pois se não o fizer algo vai-me me castigar???


Este é o grande momento de morrermos para essas crenças, observem onde na vossa vida estão a resistir a largar o controle, pois nas masmorras do ego, ainda existe a crença da punição...
Agora podemos transformar essas crenças, tendo uma acção que está sempre a ser reajustada pela capacidade de sentir-me, onde estou a usá-la por medo e insegurança e onde a liberto e a uso com assertividade, criando limites ao exterior, não permitindo que me invadam ou vampirizem e vice versa...

Afinal apenas estávamos a receber o retorno da crença da punição 
e quanto mais queríamos provar que já éramos puros 
dignos de receber, mais manipulávamos a nossa liberdade...

É um processo que vamos fazendo toda a vida, pois é através da emancipação do medo pela consciência do mesmo que vamos usando o nosso poder de criar equilíbrio e serenidade interior...
Mas chegou o momento de tomarmos consciência de como esse medo nos manipulava a alegria de viver, de receber, de ser autêntico, ter que estar sempre sob vigília perante a vida, as experiências, os outros que interagem connosco...

É uma esfera de sensibilidade que vamos adquirindo onde percepcionamos sensorialmente onde habita o controlo e onde já nasce a liberdade de assumir a responsabilidade do nosso equilíbrio interno... Irmos permitindo-nos viver, simplesmente, aprender, transformar e mudar a nossa vida...
Para isso devemos ir gradualmente tomando consciência de esferas íntimas e muito subtis onde associamos, inconscientemente, essa força a classificações de errado...

A grande transformação é essa entrega total apenas ao momento presente, pois quando iniciamos essa entrega à vida, começamos a intuir que afinal passamos a vida a querer controlar o futuro para que nada falhe e termos o resultado desejado...
Começamos a intuir que afinal esse controlo é uma prisão, pois a ausência de controlo abre-nos portas nunca antes previstas pela mente...

Esse é o grande mistério da vida, que nos devolve tudo o que necessitamos para vivermos as experiências onde teremos oportunidade de transformar e concretizar ... prazer, realização, segurança, paz interior e que se manifestará á escala do que cada um valoriza na vida para viver essa experiência, valorização/realização/concretização...

Rendição à inevitável transformação do controlo/poder que um dia faremos mas que ao longo de toda a vida vamos tomando consciência do medo e libertando o controlo; só dessa forma estamos em consciência no movimento cósmico.
Tudo o que é energia não morre, mas está num constante movimento de transformação...
Este ciclo de Marte irá nos proporcionar tomarmos consciência dos apêgos a crenças que ainda manipulam a nossa alegria de estar a viver, a deixar que tudo se desenrole sem o nosso ego a controlar...
Mas ao tomarmos consciência deveremos ter a coragem de morrer para esse padrão e isso implica ter a coragem de mudar a atitude...
Entrarmos no ciclo natural da vida, esse que o ego tem tanto medo, a transformação ...

Não existe nenhum lugar para chegar, não existe um ponto finito da evolução...
A arte de bem viver, é entregarmo-nos ao momento e não resistir à transformação que nos está a ser dada como oportunidade...

Ruth Fairfield


Jacinta Video Clip - "Redemption Song"

                                           


Old pirates, yes, they rob I;
Sold I to the merchant ships,
Minutes after they took I
From the bottomless pit.
But my hand was made strong
By the hand of the Almighty.
We forward in this generation
Triumphantly.

Won't you help to sing
These's songs of freedom? -
Cause all I ever have:
Redemption songs
Redemption songs

Emancipate yourselves from mental slavery;
None but ourselves can free our minds.
Have no fear for atomic energy,
Cause none of them can stop the time
How long shall they kill our prophets,
While we stand outside and look
Some say it's just a part of it:
We've got to fulfill the book.


What are you?



You are not what you do. You are not what you don’t do.

You are not the job title. You are not a labeled societal sub group.

You are not your personality;

You are not a happy person, a depressed person or an angry person.

You are not a definition of your own qualities.



Who are you? 

You are not who your mother says you are.

You are not who your best friend says you are.

You are not your own descriptions of yourself.



Drop all the labels, titles, designations, descriptions, accomplishments and even failures.



Below the labels, beneath the layers, on the most subtle level…



What do you feel?

What is left?

What is there?



Who are you?



If you are not what you do,

If you are not what other say you are,

If you are not a set of descriptions,

Who are you?

Lets move a little deeper.



You are not defined or confined by the limits of your physical body.

You are not your beating your heart, you are not your breath.

You are not your mind, emotions or thoughts.

If you are not all these “things”…

Who are you?

A better question may be not who are you, but what are you?



Take a deep breath into every cell of your being. As you exhale release all the labels, all the descriptors, titles, both other and self created. Bask in this space.

What are you?

Close your eyes and feel your way to it. Don’t define it, don’t put it into words, but feel it completely.

Do you feel a sense of spaciousness, of limitlessness, of infinite potential?

If you are not all or any of these things, if you can not be defined or put into words, but only felt.

What are you?

Remember who, or better yet, what you really are.

Remember your potential, remember your limitless possibility.

Remember that you can not be defined, by self or other.

Remember what you are, where you come from and why you’re here.

Remember your knowingness, your awareness, remember your truth.

What are you?



You are the awareness of all these things.

You are embedded deep within yet extend far beyond.

You are the driving force of all these things.

You are both the wave and the ocean.

You are both the dance and the dancer.

You are both the creator and the container.

You are me as I am you.



Alexa Torontow


TANTRA, THE SIDDHAS AND YOGA


George Atherton



The Indian Tantric tradition 
contains a unique blend 
of spiritual and sexual wisdom. 


It has fascinated westerners for the last century, and Tantra is increasingly recognized as a powerful system for expanding consciousness and cultivating well-being. But its complexity, and our culture’s fascination with sex has led to many misunderstandings, over-simplifications and distortions.

It is in the Tantric literature that the knowledge of the chakras and nadis (lines of energy flow in the body) have been fully elaborated.
It was the Tantric adepts that discovered through self-knowledge and expansion of consciousness the many insights that gave rise to the Yoga tradition that was systematized and handed down through many generations until today.

Even in a diluted form, we find that Yoga has countless health benefits, and Yoga Therapy has been applied successfully to treat a number of chronic diseases. Still, the common health benefits of modern 'gym yoga' pale in comparison with the effects that a comprehensive Kundalini Tantra practice can have on human consciousness.

Tantra, correctly used, is no less than a science of sacred communion and total transformation.

The genuine Tantric adepts were often known in both India and Tibet as the ‘Siddhas’ – those who had attained to the full power of awareness, or ‘Self-realization’, dissolving into Love.

This, as I see it, is the real goal of Yoga and Tantra, and the essence of all spiritual traditions.


Peter Littlejohn Cook