As borboletas, panapanás ou panapanãs são insectos da ordem Lepidoptera classificados nas superfamílias Hesperioidea e Papilionoidea, que constituem o grupo informal "Rhopalocera".
As borboletas são o grupo mais popular dos insectos.
Admiradas desde sempre pela sua beleza e elegância, elas foram coleccionadas durante séculos, tendo sido alguns coleccionadores os primeiros a dedicarem-se ao seu estudo científico.
Na classe dos insectos, a ordem das borboletas (Lepidoptera) constitui um dos grupos mais evoluídos e ricos em espécies, com cerca de 165 000 espécies identificadas em todo o mundo (cerca de 5 000 na Europa), número apenas superado pela ordem dos coleópteros (onde se incluem os conhecidos escaravelhos).
Os lepidópteros estão presentes na grande maioria dos habitats naturais, existindo espécies com adaptações próprias às características de cada habitat, sendo o clima o principal factor que determina a área de distribuição das borboletas a nível global. Estão apenas ausentes no Árctico, Antárctico e nas altas montanhas com neves e gelos perpétuos.
A principal característica dos lepidópteros prende-se com o facto de possuírem inúmeras escamas que cobrem o corpo e as asas, dando a estas últimas múltiplos padrões de coloração. A própria palavra Lepidoptera significa literalmente “asas com escamas”.
Outra característica diagnosticante comum à grande maioria dos insectos desta ordem é a presença de um proboscis, isto é, uma tromba de comprimento variável, enrolada em espiral, e que tem como função libar o néctar das flores e a água do orvalho.
Os lepidópteros são vulgar e empiricamente divididos em dois grupos, as borboletas e as mariposas.
De um modo geral, são incluídas no primeiro grupo as borboletas coloridas que voam durante o dia e, no segundo, as borboletas com tons menos apelativos e que voam à noite.
É verdade que em muitos casos estes pressupostos são verificados; no entanto, existem inúmeras excepções, de tal modo que esta é apenas uma divisão de conveniência, sem grande base científica.
As antenas dos lepidópteros constituem uma característica diagnosticante utilizada na sua divisão em dois grandes grupos. A grande maioria das borboletas diurnas, incluindo todas as espécies europeias, têm antenas longas e filiformes, sendo por isso designadas por Rhopalocera.
As mariposas têm maioritariamente antenas denticuladas ou pectinadas (mais raramente filiformes), estando assim incluídas no grupo designado Heterocera.
Como outros insectos de holometabolismo, o seu ciclo de vida consiste em quatro fases:
ovo, larva, pupa e imago (Adulto).
Os fósseis mais antigos conhecidos de borboletas são do meio do Eoceno, entre 40-50 milhões de anos atrás.
As borboletas demonstram polimorfismo, mimetismo e aposematismo.
Algumas, como a Borboleta-monarca, migram longas distâncias.
Algumas borboletas desenvolveram relações simbióticas e parasíticas com insectos sociais tais como as formigas. Algumas espécies são pestes pois enquanto larvas podem danificar culturas ou árvores; porém, algumas espécies são agentes de polinização de algumas plantas e as lagartas de algumas borboletas (e.g. as da subfamília Miletinae) comem insectos nefastos. Culturalmente, as borboletas são um tema popular nas artes visuais e literárias.
"Borboleta" vem de "belbellita", termo este calcado em "belo". "Panapaná" e "panapanã" vêm do tupi panapa'ná. Na língua portuguesa, o termo "panapaná" também é um substantivo colectivo para borboleta.
As borboletas têm dois pares de asas membranosas cobertas de escamas, que apresentam formas e cores variadas, além de peças bucais adaptadas a sucção. Dispõem de um órgão especial, a espirotromba, formada pelas maxilas, no aparelho sugador de insectos lepidópteros, que, em repouso, permanece enrolada, formando uma espiral que se estende quando querem sugar o néctar.
Distinguem-se das traças (mariposas) pelas antenas retilíneas que terminam numa bola, pelos hábitos de vida diurnos, pela metamorfose que decorre dentro de uma crisálida rígida e pelo abdómen fino e alongado. Quando em repouso, as borboletas dobram as suas asas para cima.
A borboleta pode ter o peso mínimo de 0,3 gramas e as mais pesadas podem chegar a pesar 3 gramas; alguns tipos de borboletas podem chegar a medir até 32 centímetros de asa a asa.
O ciclo de vida das borboletas engloba as seguintes etapas:
- ovo (fase pré-larval)
- larva (chamada também de lagarta ou taturana)
- pupa (que se desenvolve dentro da crisálida,também chamado de casulo)
- imago (fase adulta)
Durante a fase de lagarta, elas alimentam-se vorazmente e criam reservas alimentícias.
Quando a larva está pronta para virar crisálida (estado intermediário por que passam os lepidópteros para se transformarem de lagarta em borboleta), penduram-se numa folha por um par de falsas pernas, de cabeça para baixo, assim que a pele de suas costas se abre, a larva se sacode e surge uma crisálida. As adultas vivem dessas reservas e complementam sua dieta absorvendo o néctar das flores e os sucos das frutas.
A fase adulta pode durar de duas semanas a três meses dependendo da espécie.
SIMBOLISMO
Borboleta azul
Faz referência à metamorfose, portanto, da transformação que os seres humanos passam ao longo da vida, não só física (crescimento), como sociais (mudança de trabalho, casamento, nascimento de um filho, entre outros). A borboleta azul é por muitos considerada a borboleta da sorte.
Borboletas Coloridas
As borboletas coloridas são mensageiras de alegrias e felicidade.
Borboletas Pretas
As superstições acompanham as borboletas pretas desde a antiguidade.
Para os egípcios, quando alguém morria o seu espírito abandonava o corpo em forma de uma borboleta preta.
Na Europa, ainda nos dias atuais, muitas pessoas acreditam que a borboleta preta seja a alma de uma criança que morreu sem receber o batismo.
Para outros povos nórdicos, as bruxas se transformam em borboletas pretas.
Borboleta Amarela
Simboliza uma nova vida, numa analogia às flores da primavera, cuja cor predominante é o amarelo.
Borboleta Branca
A borboleta branca simboliza a serenidade, a calma, a paz.
Outros Simbolismos da Borboleta
A borboleta é o símbolo do renascimento para a psicanálise moderna, que é representada com asas de borboleta.
Na mitologia grega, a personificação da alma é representada por uma mulher com asas de borboleta. Segundo as crenças gregas populares, quando alguém morria, o espírito saía do corpo com forma de borboleta.
No Japão, a borboleta é o símbolo da gueixa e representa a figura feminina (mulher), visto que está associada à ligeireza, gentileza e graciosidade.
A felicidade matrimonial é simbolizada por duas borboletas (masculino e feminino) e, muitas vezes, sua figura é utilizada nos casamentos.
Ainda são vistas como espíritos viajantes, e quando aparecem anunciam uma visita ou a morte de uma pessoa próxima.
No mundo sino-vietnamita a borboleta exprime a longevidade ou está associada ao crisântemo. O crisântemo simboliza o outono, ou seja, a renovação, uma vez que no outono ocorre a queda das folhas.
Para os astecas e os maias, a borboleta simbolizava o deus do fogo Xiutecutli (conhecido também por Huehueteotl). Esse deus levava como emblema um peitoral chamado "borboleta de obsidiana", o qual simbolizava a alma ou o sopro vital que escapa da boca de quem está a morrer.
A borboleta no meio das flores representa a alma do guerreiro morto no campo de batalha.
Os Balubas e os Luluas do Kasai, do Zaire central, também associam a borboleta com a alma. Para eles, o homem segue o ciclo da borboleta desde sua nascença até sua morte.
A infância está associada a uma pequena lagarta. Na maturidade, a uma grande lagarta e, à medida que vai envelhecendo, se transforma numa crisálida. O casulo é o túmulo de onde sai a sua alma, cuja forma é uma borboleta.
Além disso, o seu túmulo seria associado ao casulo, de onde a alma sairá sob a forma de uma borboleta.
Os iranianos e alguns povos turcos da Ásia central acreditam que os defuntos podem aparecer de noite na forma de borboleta.
Na mitologia irlandesa, a borboleta simboliza a alma liberta de seu invólucro carnal, da mesma maneira que na simbologia cristã.
O conto Corte de Etain narra a a história do Deus Miter que se casa pela segunda vez com a deusa Etain, e por ciúmes, sua primeira esposa, a transforma numa poça de água. Após algum tempo, a poça dá vida a uma lagarta que se transforma numa linda borboleta.
No Feng Shui, o uso de borboletas é considerado o mesmo que o uso simbólico de pássaros.
Ambos, pássaros e borboletas, estão a voar livremente, e isto comunica com o desejo humano de uma vida livre e feliz perto do Paraíso. Uma vez que o Amor é o sentimento mais significativo que faz as pessoas “voar”, a borboleta é o símbolo mais comum usado como cura para o Amor e Romance no Feng Shui.
A imagem da borboleta também pode ser usada como cura temporária para qualquer área da vida que precise de transformação. Quando se enfrenta dificuldades em áreas especificas da vida, o ideal é tentar trazer a energia da borboleta para a área correspondente da casa ou quarto.
A Borboleta bordada em toalhas é o presente perfeito para casais novos.
"A psicanálise moderna vê na borboleta um símbolo de renascimento. É considerada um símbolo de ligeireza e de inconstância, de transformação e de um novo começo. Não há outro animal que passe por uma metamorfose tão intensa e completa. Este poder de autotransformação é a energia de cura da borboleta dentro da visão xamânica. Mas a borboleta também nos traz outros significados, como liberdade, beleza e auto-estima.
Todos os estágios pelos quais ela passa - ovo, larva, casulo e o novo nascimento como borboleta - são estágios que simbolizam o processo evolutivo da alma. A crisálida é o ovo que contém a potencialidade do ser; a borboleta que sai dele é um símbolo de ressurreição.
Quando a larva penetra em seu casulo escuro, ela representa o processo de autoconhecimento que se dá connosco quando penetramos profundamente em nosso interior. A partir do verdadeiro contato com o nosso íntimo podemos perceber nossas riquezas e beleza pessoal, provenientes de nossa essência. A partir de nossos mistérios aprendemos que podemos criar beleza. Isto nos traz um sentimento de liberdade e auto-estima.
O termo grego "psyche" tinha dois significados: um deles era alma e o outro borboleta, que simbolizava o espírito imortal. Na mitologia grega, a personificação da alma é representada por uma mulher com asas de borboleta. Segundo as crenças gregas populares, quando alguém morria, o espírito saia do corpo na forma de borboleta.
No Japão a borboleta é um emblema da mulher, por ser graciosa e ligeira. A felicidade matrimonial é representada por duas borboletas (masculino e feminino). Essas imagens são muitas vezes utilizadas em casamentos.
No mito do imortal jardineiro (Yuan-ko), sua bela esposa ensina o segredo dos bichos-da-seda, sendo ela própria, talvez, um bicho-da-seda. No mundo sino-vietnamita a borboleta serve para exprimir um voto de longevidade ou é associada ao crisântemo para simbolizar o outono.
Num conto irlandês chamado "Corte de Etain", o deus Miter se casa pela segunda vez com uma deusa chamada Etain. Por ciúmes de sua primeira esposa, transforma-a numa poça de água. Após algum tempo, a poça dá vida a uma lagarta que se transforma numa linda borboleta. Mider e Engus (filho de Dagda) recolhem a lagarta e a protegem. "E essa lagarta se torna em seguida uma borboleta púrpura.(...) era a mais bela que já ouve no mundo. O som de sua voz e o bater de suas asas eram mais doces que as gaitas de foles, as harpas e os cornos. Seus olhos brilhavam como pedras preciosas na obscuridade. Seu odor e seu perfume faziam passar a fome e a sede a quem quer que estivesse perto dela. As gotículas que ela lançava de suas asas curavam todo o mal, toda a doença e toda a peste na casa daquele de quem ela se aproximava."
O simbolismo é o da borboleta, o da alma liberta de seu invólucro carnal, transformada em benfeitora e bem-aventurada.
Para os mexicanos, os guerreiros mortos acompanham o Sol na primeira metade do seu curto visível, até o meio-dia. Depois os guerreiros descem à terra sob a forma de borboletas ou colibris. Essa associação se deve ao fato da analogia da borboleta com a chama. O deus do fogo asteca (HUEHUETEOTL) levava como emblema um peitoral chamado borboleta de obsidiana. Também é o símbolo do sol negro, pois atravessa o mundo subterrâneo durante seu curso. É o fogo oculto, ligado à noção de sacrifício, morte e ressurreição.
Nossa alma está sempre passando pelos estágios da borboleta, repetidamente, numa espiral ascendente dentro do caminho evolutivo, atingindo uma oitava acima quando o ciclo é completado."
Marcelo Dalla
"A Borboleta Azul possui vários significados em diferentes culturas, mas está sempre associada aos processos de: mudança, metamorfose, transformação, viagem, libertação, morte e renascimento.
Ela está relacionada a alma, espírito ao sopro vital - a individualidade que possuímos enquanto seres.
A borboleta nasce lagarta, rasteja pelo chão e conhece o mundo sobe essa perspectiva. Vive dessa forma até que seja chamada pela natureza e compelida a iniciar o processo em busca de si mesma e de seu estado final.
Envolve-se numa pupa, torna-se crisálida e fica alheia ao mundo, voltada para si mesma sofrendo transformações físicas que a prontifique para o momento de saída do casulo e a nova vida a seguir.
Luta para sair do casulo, suas assas ainda enrugada não lhe permite o voo imediato. De repente aprende a voar e passa a ver o mundo sob uma nova perspectiva: vê o chão onde outrora viveu, agora de cima. E aprende novamente a lidar com o seu novo ambiente, já nesse momento apropriada do céu e da terra.
A trajetória de nossa vida pode ser comparada ao processo da borboleta, nascemos com certas características, passamos por situações que nos propiciam aprendizagem e lapidação do nosso estado e estamos sempre em busca de nos tornarmos melhores - voando em todas as direções com asas multicoloridas.
Mas esse processo não é tão uniforme assim, a metamorfose da borboleta possui inicio, meio e fim, a nossa parece cíclica, uma vez que passamos por várias situações em que sentimo-nos lagarta, tornamo-nos crisálidas e depois lindas e livres borboletas, donas de céus e terras.
Aprendemos a conhecer nossas potencialidades, buscamos adaptação em nosso habitat, nos voltamos para nós mesmos, procuramos a reflexão, articulamos ideias, tomamos decisões, partimos para ações, conquistamos mudanças efetivas...
Estamos sempre em transformação, no quotidiano das nossas vidas enquanto espíritos em aprendizagem, enquanto seres humanos que buscam ser melhores na situação e analise de uma vida inteira ou das frases em que vêm e vão o tempo todo.
Estamos a cada instante a nascer e a morrer, olhando para nós mesmos e nos transformando. Trilhando a caminhada da nossa existência com o compromisso de nos tornarmos melhores, livres, com imensas asas coloridas dominando a nós mesmos, céus e terras."
Pri S.
in, Devaneios e Metamorfoses
A lenda da Borboleta Azul
A lenda conta que uma menina curiosa decide colocar à prova o velho sábio, por duvidar que fosse realmente um sábio.
Pegou nas mãos uma borboleta azul, escondeu as mãos com a borboleta para trás.
Foi até o sábio e disse:
Tenho nas mãos uma borboleta azul, ela está viva ou morta?
Antes que o sábio respondesse, tinha preparado o seguinte ardil:
Se ele disser que está viva, eu a esmago e ela estará morta; ele não é um sábio.
Se ele disser que ela está morta, eu a deixo voar; ele não é um sábio.
Mas o sábio, como podíamos esperar de um sábio, foi muito sábio em sua resposta, ele disse:
Ela está em suas mãos, depende de ti.
XAMANISMO
É a medicina da transcendência e da transformação. Para termos consciência e compreendermos nossos sonhos, viagens astrais.
Obtermos inspiração e transformarmos momentos difíceis em momentos de crescimento e evolução.
Evocada para obtermos ajuda para o nosso desenvolvimento espiritual, buscar a transcendência e transformação, liberdade e novas etapas, ir para dentro e transformar-se, clareza mental para encontrar o próximo passo.
Evocar esta medicina para obtermos ajuda em nosso desenvolvimento interno e externo para novas etapas da nossa vida.
Viva cada momento da sua vida ciente do ciclo de autotransformação.
Autotransformação, clareza mental, novas etapas, liberdade, renascimento.
A borboleta representa os ciclos da vida, movimento e mudança.
Elas possuem um período curto de vida.
Elas nos preparam para mudanças e progressos.
Quando se sente estagnado e incapaz de se mover, a evolução entra em cena e lhe dá a força necessária para iniciar as mudanças. O medo é normalmente o maior obstáculo para as mudanças.
A borboleta sai da segurança de seu casulo para se deparar com um novo mundo em sua nova forma confiando em suas asas frágeis em um voo ainda desconhecido.
Insatisfações com sua vida, com relacionamentos e crises lhe forçam a tomar atitudes e promover mudanças radicais.
A borboleta lhe traz a mensagem para você se preparar para as mudanças antes que elas caiam sobre você, sem aviso.
Lembre-se que em todo fim há um novo começo.
A borboleta nos ensina a perceber todas as etapas necessárias a uma verdadeira transformação, interna ou externa.
Ela passa por vários estágios, de ovo para larva, desta para casulo. E finalmente nasce.
Com isso, ela nos ensina que os estágios são importantes, indispensáveis, para que não se salte de fase sem a devida atenção ao que está a ser feito. Devemos ter sempre clara a ideia de eterno ciclo de autotransformação.
Clareza mental, novas etapas, liberdade.
Ela é o símbolo da Transformação, representando uma força vital que supera todos os obstáculos para atingir a sua meta.
Procure situar-se em que posição está no ciclo da transformação.
Para ajudar, faça as seguintes perguntas:
1) Fase do ovo: Esta é apenas uma ideia ou anseio verdadeiro?
2) Fase da larva: Preciso tomar uma decisão?
3) Fase do casulo: Estou a fazer o quê para que meu projecto se torne uma realidade?
4) Fase do nascimento: Estou a compartilhar com os outros o meu projecto que foi completado?
Fazendo estas perguntas, descobrirás como a Borboleta se relaciona contigo neste momento.
Entenderás onde estás posicionada e o que deves fazer para continuar o teu ciclo de transformação.
Ela também nos ajuda a clarear a nossa mente, para organizarmos com minúcia o projecto que estamos a desenvolver.
Ela nos aconselha a deixar que o processo de transformação guie nossos passos, sem preocupação, pois a Borboleta nos preparou para todos os desafios.
A BORBOLETA É A NOSSA ALMA
Alma em transformação é o símbolo da Borboleta
"Originalmente, o termo grego psyche possuía dois significados.
Um deles era a Alma e outro a Borboleta e ambos simbolizavam o espírito imortal humano em que na mitologia grega era personificado por uma mulher que possuía as asas dessa bela criatura. Segundo as crenças gregas populares, quando um indivíduo morria, seu espírito deixava o corpo na forma desse insecto, já os índios americanos têm nas Borboletas um símbolo de alegria porque se alimentam do néctar das flores, ajudam na polinização e, por consequência, disseminam ainda mais beleza.
Animal pequeno e delicado, podem ter o peso mínimo de 0,3 gramas e as mais pesadas podem chegar a pesar 3 gramas; alguns tipos podem chegar a medir até 32 centímetros de asa a asa.
Seus olhos possuem milhares de lentes individuais e isto lhes confere o dom de ver uma única imagem com nitidez. Elas percebem comprimentos de onda de luz ultravioleta, o que simbolicamente sugere habilidades clarividentes para aqueles cuja Borboleta é o seu Animal de Poder.
As antenas, uma de cada lado, funcionam como uma espécie de navegador que as orienta e, no caso de uma delas lhes faltar, a Borboleta irá voar em círculos e será incapaz de encontrar o seu caminho. Para aqueles que possuem esta energia primal como aliada, isso sugere que a pessoa precisa permanecer conscientemente conectada ao espírito em todos os momentos para que possa cumprir seus reais objectivos.
Símbolo da mudança e transformações que trazem liberdade, alegria e cor, seu poder está sob a forma de transformação, da mudança e da evolução da alma.
Elas representam o elemento Ar, mudam rapidamente e estão sempre em movimento graciosamente, pois este é o primal mensageiro do agora, do momento que surge numa ampla gama de cores.
Para aqueles que o têm como Guia Espiritual é imprescindível estudarem a simbologia das cores, pois isso os auxiliará a descobrirem quais são as mensagens trazidas aos seus eleitos.
A Borboleta nos alerta que não devemos levar as coisas demasiadamente a sério, precisamos ter leveza para nos movermos. Ela nos ensina que o crescimento e a transformação não precisa ser uma experiência traumática tampouco dolorosa, ao contrário, qualquer transição pode ser alegre. Borboletas possuem a capacidade de crescer e mudar, deixar a zona de conforto do seu casulo para descobrir um mundo novo em uma nova forma, sem medos, confiar nas suas asas e mentes não testadas e voar sem nenhuma sombra de dúvida. A Lepidoptera passa por etapas importantes para se tornar uma bela criatura e, semelhante a ela, nós também estamos em movimento e passamos por diferentes estágios, cada um igualmente vital e necessário. Isso indica que não é bom apressar um estágio em particular, nem é bom ficar preso numa fase, tornando-a estagnada.
Borboleta é um símbolo poderoso para aqueles que estão ou consideram fazer uma grande mudança em suas vidas. É também um dos símbolos mais inspiradores do mundo animal, pois sua energia sabe precisamente o tempo para deixar o conforto e a limitação de seu casulo e voar livremente para o mundo. Para nós, seres humanos, o casulo dos nossos pensamentos e medos pode ser tão limitantes quanto seguros e familiares. Por isso ficamos com medo do que possa estar fora de nossos pensamentos, do nosso controle e dos sistemas de crenças limitantes, prendendo-nos e nos aprisionando a nós mesmos, o que faz com que sabotemos nossos sonhos e desejos, nos separando de nosso potencial ilimitado.
Devemos aprender a lição da Borboleta, que é a de seguir em frente e aprender como descobrir, crescer e melhorar a situação ou estágio em que nos encontramos.
Seja a fase de ovo, o início – onde uma ideia nasce e não é a realidade ainda ou
o estágio de larva, quando fisicamente obtemos a ideia que vai envolver preparação, tais como planeamento.
Ou pode ser o estágio do casulo que implica no desenvolvimento e amadurecimento das ideias, projectos ou do nosso talento.
Por fim, o último estágio, o da transformação, onde a crisálida morre para que possa nascer a Borboleta. Esta última fase partilha as cores e o êxtase da criação com o resto do mundo, pois devemos nos lembrar de que estamos sempre a evoluir e a crescer num destes quatro estágios.
Descobrirmos em qual deles nos encontramos, se precisamos de mais tempo ou não para completar um estágio antes de estarmos prontos para o próximo é o que este primal nos alerta: o de tomarmos cuidado para não nos apressarmos, tampouco ficarmos presos em qualquer um dos estágios também.
Devemos lembrar, nem toda a mudança deliberada pode ser sentida porque ela pode ser muito subtil, como perder um emprego e, logo em seguida, as circunstâncias nos empurrarem para uma nova direcção.
Pequenas mudanças podem acontecer dentro do subconsciente do indivíduo sem que ele perceba, até que esteja pronto para uma mudança maior que sequer ele próprio identificará. Se uma pessoa se sente insegura e incerta do que está a acontecer na sua vida agora, então basta olhar para trás sobre o que vem acontecendo em sua vida recentemente, ou mesmo há muito tempo.
Alguma vez você já desejou ter um trabalho diferente?
De mudar de carreira?
Você é capaz de verificar, em algum nível, se os seus desejos estão a tornar-se realidade?
Tenho a certeza que você vai se lembrar do bom e velho ditado “tenha cuidado com o que você quer e deseja..” o que você pensar, isso irá se manifestar.
Esse primal nos auxilia a percebermos que a saída do casulo, de repente, pode nos abrir uma nova porta e que, não pode haver poder sem confiança e vulnerabilidade.
Não mais do que faz uma Borboleta saber se ela pode ou não voar, simplesmente ela abre suas asas em perfeita confiança, e descobre que sua delicadeza lhe permite voar e dançar no ar.
Quando entendermos, definitivamente, que a transformação pode ser tão natural quanto respirar, quando nós levarmos o ânimo leve, quando nós confiarmos em nossas próprias asas inexperientes para nos apoiar, nós aprenderemos a ler as mensagens da Borboleta: a própria vida é uma dança alegre. Dançar nos traz a doçura da vida.
Os quatro estágios de crescimento das Borboletas estão em paralelo aos do desenvolvimento humano de nossa primeira formação, de um pensamento para manifestá-la no mundo exterior. Entender que a mudança pode ser tão natural quanto respirar. Não devemos ser tão duros com nós mesmos e sim confiar que as nossas próprias asas inexperientes irão suportar o nosso próprio peso, isto quando recebemos o dom desse totem: saber que a própria vida é extraordinária e surpreendente.
Se você encontrou a Borboleta na sua jornada, tome nota das questões mais importantes da sua vida e verifique o que precisa ser mudado. Se um sistema ecológico torna-se danificado, as Borboletas geralmente são as primeiras a deixá-lo, pois são altamente sensíveis à harmonia da Terra. Se alguém vê uma Borboleta e está doente, ferido ou preso em alguma situação negativa, isto é uma indicação de que se deve parar de perturbar o desenho e equilíbrio natural da vida e fluir com os acontecimentos de uma forma mais suave e natural."
Valter Barros Moura
Amei MUIIIIIIIIIITOO
ResponderEliminarGrata pela visita, Joyce!
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