terça-feira, 31 de março de 2015

Dança a tua valsa nos meus cabelos



Dança a tua valsa nos meus cabelos
e permite que as almas se entrelacem,
sem limites nem cadeias.
Ah que anseio de coração,
este ressuscitar...
do Amor que detém a minha alma.
Desse uivo sobreposto
ao clamor do vento em noites de tempestade,
desse sussurro do Espírito
mavioso como vozes de anjos em coro celestial...
Afago-te o rosto distante
com os olhos postos nas silhuetas que dançam também
através dos teus olhos...
jogos de luz e sombra que ensinam
a ilusão do céu como um génio da lâmpada
que brilha só de vez em quando,
como se fossem irmãos, a Lua e o Sonho
cujo feitiço se mantém na noite escura.
Mas a dança continua,
num movimento de mentes e corações
queimando a alma e os sentidos
até ao vácuo absoluto
onde a caneta goteja
e o poeta só tem sede...

Sara Lima

how the dual torus and the Yin Yang are describing the very same dynamics



The I Ching is the geometry / structure, and the Yin Yang is the dynamic. 
The Chinese had the symbology of astrophysics encoded thousands of years prior to "the scientific method" of understanding the universe...

If you wanted to somehow illustrate the complex vorticular dynamics of the dual Torus structure that defines black holes on all scales all in one simple 2-dimensional symbol, you might draw something similar to the ancient Chinese Yin and yang symbol.
This animation, which was created by animators directed by Nassim Haramein for his "Black Whole" DVD, shows how the dual torus and the Yin Yang are describing the very same dynamics through animated graphics.



Animated Yin-Yang symbol

                 


The I Ching encodes the geometry of the universe.
The I Ching and it's 64 hexagrams are an ancient Chinese divination system thought to pre-date recorded history.

From Wikipedia:
"The text of the I Ching is a set of oracular statements represented by 64 sets of six lines each called hexagrams (卦 guà). Each hexagram is a figure composed of six stacked horizontal lines (爻 yáo), each line is either Yang (an unbroken, or solid line), or Yin (broken, an open line with a gap in the center). With six such lines stacked from bottom to top there are 2⁶ or 64 possible combinations, and thus 64 hexagrams represented. The solid line represents yang, the creative principle. The open line represents yin, the receptive principle."


Nassim Haramein looked at the 64 hexigrams of the I Ching and analyzed the simple geometry represented by the lines, taking their meaning more as literal geometric information and less as symbolic.
If you want to build the geometry of the structure of the space that is everywhere in the universe on all scales (an infinite tetrahedral array), you begin with the first octave of what becomes an infinite fractal division of the space in a perfectly balance state: a set of 64 tetrahedrons. At 64 tetrahedrons you have what Buckminster Fuller called the "vector equilibrium" also called the cube octahedron (8 tetrahedrons pointing inward) inside a second cube octahedron that is twice as large made of a total of 64 tetrahedrons: an octave.
To get to 64 tetrahedrons you bring together 8 star tetrahedrons. Each star tetrahedron is made from a tetrahedron pointing up and another polarized pointing downward creating what is also commonly known as a mercaba.

Nassim Haramein noticed the only "3D" geometry you can make with 6 solid lines is a tetrahedron and in order to make the second tetrahedron of a star tetrahedron you would need 6 broken lines to pass through the solid lines of the first tetrahedron. Nassim decoded the I Ching by showing how 6 solid lines and 6 broken lines are both the building blocks of the I Ching and that of a star tetrahedron.

Thus, the I Ching encodes the most fundamental geometric information you need to build the geometry of the universe!


..........a ver se nos entendemos



As pessoas entendem o que eu digo da forma que mais lhes convém!

Acusam-me de falta de coerência quando defendo os animais, e ao mesmo tempo, não sou vegetariana ou vegan.
Que como cadáveres, abortos de pintos, etc...o que lhes vem à cabeça para parecer pior do que na realidade é.
Conversa de vegetariano e de vegan...
Já começo a ficar pelos cabelos com essa conversa mas, aqui deixo mais um esclarecimento da minha posição em relação ao assunto.

Estão a confundir maus tratos a animais, com uma necessidade básica de todos os animais omnívoros e carnívoros (como nós).
Sim, sou contra a criação de animais de forma miserável para nosso alimento.
Mas sim, a carne fica lindamente num bom assado, ou num bom ensopado. E uma massada de peixe é de lamber o beiço...
Tal como um antílope deve ser um mimo para um leão.
Respeito os vegetarianos, mas não aqueles que agem como se os outros é que estão errados, e fossem uns insensíveis ao sofrimento animal.
Como se, defender os animais tivesse obrigatoriamente ligado a ser vegetariano ou vegan.

Sou contra a criação de animais de forma miserável 
para nosso alimento.
Sou a favor do Sistema de Montado em Permacultura.

Montado – ou la dehesa, como se diz do lado de lá da fronteira...
Há que perceber os ciclos e padrões presentes na Natureza, a um calibrar constante das acções humanas com as adaptações da Natureza.
É uma abordagem prudente, pois considera que todos os elementos deverão ser multifuncionais, e deverão estar em rotação.
Esta diversidade de utilizações permitirá maior eficiência, ou seja uma utilização mais eficaz dos recursos.

A minha postura na vida leva-me sempre a olhar para o mundo como um todo com interacções.
Integrando a presença do Homem, necessário à manutenção dos vários elementos mas sem se sobrepor aos elementos naturais presentes (animais, árvores, arbustos…), o montado teve no passado uma sustentação sem um impacto nocivo.
O retomar do montado, num contexto de permacultura, faz todo o sentido para mim, respeitando-se o meio natural, adaptando-o quando necessário, usando tecnologias modernas sem impor uma utilização intensiva ou excessiva de um dado recurso.

É preciso não confundir maus tratos e indiferença por um lado, com as nossas necessidades no outro lado.

Porque têm de pressupor que todas as pessoas 'deviam' adoptar uma dieta vegetariana ou vegan por essas opções serem moralmente mais correctas?
Primeiro, eu não papo grupos, nem essa treta de "devias"...
Depois, moralismos e éticas sociais não são para mim...sou anarquista liberal, lembram-se?

Ser indiferente aos maus tratos dos animais nas fábricas alimentares e acrescento, só porque ficam bem num assado, ou num ensopado, o ênfase está no "só porque", ou seja, precisamente para distinguir entre essas duas coisas.
Uma sendo as nossas necessidades nutritivas, que poderão passar, ou não, por uma alimentação que inclua alimentos de origem animal (a questão das necessidades nutritivas humanas tem sido discutida e estudada cientificamente desde que existe a ciência, e apesar das opiniões fortes dos vegans e dos defensores da 'dieta paleolítica', ainda não há consenso).
E a segunda, sendo uma escolha inconsciente de alimentação com produtos de origem animal, sem consideração pela origem e a história por detrás dessa carne, peixe, ovos, leite, etc.

O facto é que existe 'veganismo' fundamentalista e também existe 'carnivorismo' ou 'omnivorismo' fundamentalista, e também existe uma tendência a simplesmente sermos desleixados acerca das nossas escolhas alimentares, comendo o que é 'conveniente'.

Só chamo a atenção a isso, e não julgo quem acredita que produtos de origem animal são benéficos para a saúde, assim como não julgo aqueles que vivem o vegetarianismo e o veganismo de uma forma fundamentalista, em que separam nós os bonzinhos, dos outros acéfalos e desumanos que comem carne e peixe.
Já o contrário não acontece.
Quem é vegetariano ou vegan, passa a vida a julgar e a condenar quem não é!
Então onde está a liberdade de escolha???
Essa escolha tem é de ser feita em consciência!!
Seja lá ela qual for!

Eu não sou vegetariana.
Já o assumi aqui por várias vezes.
Já fui durante 3 anos...e depois voltei a uma alimentação equilibrada, que inclui cruvidurismo, vegetarianismo, macrobiótica e omnívora.
Como de tudo de uma forma equilibrada!
Como ovos quase todos os dias, mas só compro ovos de galinhas 'do campo', criadas ao ar livre.
Como peixe 2 a 3 vezes por semana, de águas geladas de mar de águas profundas e nada de aquacultura. Dou preferência a peixe que seja de pesca sustentável e artesanal, e evito os peixes das pescas de arrasto que levam à morte de imensos peixes/mariscos que são depois simplesmente descartados para o mar.
Como carne de vaca e de porco só no social, porque a agropecuária, de produção intensiva, está a prejudicar gravemente o planeta.
Como carne de aves e de animais de porte pequeno, 2 a 3 vezes por semana, e procuro que seja de montado, criada ao ar livre, e do pequeno produtor.
Abomino as produções intensivas, seja lá do que for, incluindo produções intensivas de produtos agrícolas, de aquacultura, etc...cheias de químicos, hormonas de crescimento, antibióticos, etc...

Eu sei que não temos todos acesso aos produtos que para nós seriam os produtos ideais, cultivados ou caçados de acordo com a nossa ética, seja ela qual for.
E por vezes, em viagem, não nos é possível levar à risca o que escolhemos para nós.

Mas, se nos questionarmos acerca das escolhas que temos feito inconscientemente, e nos tornarmos consumidores mais conscientes, o mercado passará a reflectir cada vez mais a nossa ética pessoal, que no fundo não é tão diferente de uma pessoa para outra.

Poucos humanos não escolheriam uma refeição sustentável com o mínimo de impacto ambiental e livre de sofrimento desnecessário, se lhes fosse dada essa opção.
E não me refiro a posturas radicais e fundamentalistas, como é o caso do veganismo e do vegetarianismo.

A minha questão é que essa opção tem que ser escolhida activamente, se queremos um mundo mais digno, porque se não escolhermos conscientemente, as indústrias continuarão a fazer o que sai mais barato, reflectindo a nossa indiferença.


Espero ter conseguido esclarecer a minha postura em relação a este assunto, de uma forma clara e objectiva...

segunda-feira, 30 de março de 2015

A minha arte é ser eu.



"Quanto mais aprofundamos, com a vida, a própria sensibilidade, mais ironicamente nos conhecemos.
Aos 20 anos eu cria no meu destino funesto; hoje conheço o meu destino banal.
Aos 20 anos aspirava aos Principados do Oriente; hoje contentar-me-ia, sem pormenores nem perguntas, com um fim da vida tranquilo aqui nos subúrbios, dono de uma tabacaria vagarosa.

O pior que há para a sensibilidade é pensarmos nela, e não com ela.
Enquanto me desconheci ridículo, pude ter sonhos em grande escala.
Hoje que sei quem sou, só me restam os sonhos que delibero ter.
(...) O ridículo é o couce da inteligência; há muito que da inteligência não possuo senão o couce.

Se faço estas análises de um modo lasso e casual, não é senão porque assim retrato mais o que sou.
De uma análise propriamente profunda não só sou incapaz, mas sou também artista de mais para a pensar em fazer; pensar em faze-la seria pensar em dar de mim a ideia de que sou uma criatura disciplinada e coerente, quando o que sou é um analisador disperso e subtilmente desconcentrado.

A minha arte é ser eu.
Eu sou muitos.
Mas, com o ser muitos, sou muitos em fluidez e imprecisão.
Muitos crêem coisas falsas ou incompletas de mim; e eu, falando com eles, faço tudo por deixa-los continuar nessa crença.
Perante um que me julgue um mero crítico, eu só falo crítica.
A princípio fazia isto espontaneamente.
Depois decidi que isto era porque, no meu perpétuo anseio de não levantar atritos,(…).

Fernando Pessoa
in, Inéditos

Liberdade



"Liberdade é não ter limites para se fazer tudo o que não prejudique outras pessoas.
Liberdade é ter respeito pelo espaço alheio.
Liberdade é estar nos braços do meu amor, ainda que presa pelo seu abraço aconchegante.
Liberdade é poder fazer o que se quer, no momento em que quiser, nos lugares e com as pessoas que se pode.
Enfim, liberdade não é viver sem regras ou limites.
Liberdade é saber conviver e não ser esmagado por elas…"


Eliane Azevedo

Confucius Quotes



10 Confucius Quotes That Will Change Your Life


1. “Never impose on others what you would not choose for yourself.”

Remember to follow the “Golden Rule!”

2. “Real knowledge is to know the extent of one’s ignorance.”

Ignorance is the greatest cause of suffering. Enlightenment is our liberation.

3. “I hear and I forget. I see and I remember. I do and I understand.”

Another saying I love: 1000 repetitions answers all questions.

4. “Everything has beauty, but not everyone sees it.”

You really have to open your mind to see the beauty in the world. See the world through clear eyes.

5. “The Superior Man is aware of Righteousness, the inferior man is aware of advantage.”

Another quote is “The object of the superior man is truth.”

6. “Wheresoever you go, go with all your heart.”

This is a great one. It’s important to be all in, all there, wherever you are.

7. “Our greatest glory is not in never falling, but in getting up every time we do.”

We all will fail at some point or another. But true failure is only when we fail to get up.

8. “He who learns but does not think, is lost. He who thinks but does not learn is in great danger.”

There’s more to being well educated than reading books. Remember to think critically.

9. “He that would perfect his work must first sharpen his tools.”

And remember, your mind is one of your most important tools.

10. “If you look into your own heart, and you find nothing wrong there, what is there to worry about? What is there to fear?”

This is one I could benefit from applying more to my own life. My life is good, all things considered. Yet I still feel some anxiety about my life and choices. Maybe that’s normal, but Confucius has a good point. If there’s nothing wrong in your heart, let go of your worry.

domingo, 29 de março de 2015

Águia - simbolismo



A ave é um símbolo de natureza arquetípica, dada a sua presença em todas as tradições e culturas.
Basta pensarmos na pomba, na fénix, na águia, no falcão, etc..
É um dos símbolos mais poderosos da liberdade e da expansão da consciência.
Dado que designa um ser que voa, é um símbolo utilizado para exprimir, de forma privilegiada, a relação entre o céu e a terra, entre o espírito e a matéria, entre o plano horizontal e o plano vertical.

Em grego, por exemplo, a palavra ave é sinónimo de presságio e de mensagem do céu. As aves simbolizam, pois, os estados superiores dos seres, daqueles seres que se libertaram do peso terrestre, e que assim ascenderam ao transcendente. Neste contexto, importa realçar a importância fundamental do voo, enquanto imagem da ânsia de ascensão, de verticalidade e de transcendência.

A mais antiga demonstração da crença em almas-aves está, sem dúvida, contida no mito da Fénix. Designada como a ave de fogo, cor de púrpura (isto é, composta de força vital, solar), representava a alma para os egípcios. Segundo a lenda, após ter vivido muitos anos, a Fénix teve a coragem de se incinerar numa fogueira, regressando à vida mais bela e mais pura.

Os aspectos do seu simbolismo surgem aqui claramente: para que possa haver uma renovação da vida, é necessário que morram os aspectos mais negativos da psique humana. O homem novo só pode surgir quando tiver, em cada um de nós, morrido o homem velho.

É a rainha das aves, encarnação, substituto ou mensageira da mais alta divindade uraniana, e do fogo celeste, o sol, que só ela ousa fixar sem queimar os olhos.



DESCRIÇÃO

A águia é o nome comum dado a algumas aves de rapina da família Accipitridae, geralmente de grande porte, carnívoras, de grande acuidade visual.

Por vezes, dentro de um mesmo género ocorrem espécies conhecidas popularmente por Gavião ou Búteo.
Suas principais presas são: coelhos, esquilos, cobras, marmotas e outros animais, principalmente roedores, de pequeno porte. Algumas espécies alimentam-se de ovos de outros pássaros e peixes.

Costumam fazer seus ninhos em locais altos como, por exemplo, topo de montanhas e árvores de grande porte.


Existem diversas espécies de águias, as mais conhecidas são:
Águia-de-cabeça-branca, 
águia-gritadeira, 
águia marcial, 
águia-malaia, 
águia-dourada-europeia  
águia-imperial-ibérica.

Entre suas características, possui peso de até 6 kg, comprimento de até um metro, com envergadura de até dois metros, põe até três ovos a cada vez, com tempo de incubação de 35 dias, e atinge a velocidade de aproximadamente 100Km/h.
Águias costumam ser utilizados como símbolos em vários contextos e culturas.
A águia vive, em média, de 30 a 45 anos em cativeiro; bem menos se estiver na Natureza.



SIMBOLOGIA

O significado da águia é frequentemente associado a coragem e força.
É chamada de “rainha dos céus” ou de “rainha das aves” pela sua soberania, beleza e imponência.

A águia pode ser encontrada, simbolicamente, representando força, grandeza e majestade.
Foi muito usada em brasões de exércitos, figurando nos estandartes de Ciro, rei dos Persas, e, mais tarde, durante o segundo consulado de Mário, encimando as lanças como insígnias das legiões.
Na simbologia cristã, aparece como possível símbolo de pessoa muito perspicaz, penetrante, que vê longe, superior em inteligência.
É um dos símbolos do Cristianismo, ao lado do homem, leão e do touro.
Esses quatro animais constituem o que a arte sacra chama de Tetramorfos, isto é, que representa os quatro pontos cardeais, os quatro evangelistas, os quatro elementos e o conjunto espaço-tempo.
Por ser símbolo do intelecto claro e da contemplação, já que o olhar da águia fixa a luz do sol, esse pássaro foi escolhido como símbolo de São João e de seu Evangelho.

Representava também Zeus o rei dos deuses na mitologia grega.
Na Mitologia grega, a águia está associada à Zeus (Júpiter), o deus maior do Olimpo;
Na mitologia germânica à Wotan, o deus maior do Válhalla;
No mito cristão, ela é um símbolo de São João e para Jung, um símbolo do pai.
Além disso, era emblema do Deus romano do Sol, Sol Invictus, e representava o imperador.

Na cultura celta é símbolo do renascimento e renovação.
Para os antigos egípcios, era o símbolo da vida eterna.
Na mitologia escandinava e alemã a figura da águia obtém a preferência do Deus Odin, que se esconde na escuridão da noite e nas nuvens tempestuosas.

A águia é um animal solar e celestial, símbolo universal do poder, da força, da autoridade, da vitória e da protecção espiritual. Muito ágil e habilidosa, essa ave guerreira e predadora, conhecida como a “rainha das aves”, está relacionada com os deuses e a realeza, uma vez que a acuidade de seu olhar lhe permite fitar o sol directamente, representando um símbolo da clarividência.

Essa ave mística e mensageira divina é considerada o rei dos pássaros e carrega tanto o desejo de poder quanto o de elevação espiritual, simbolizados pelos altos voos do pensamento e da fantasia.

Na Heráldica, a águia representa o pássaro dos reis e dos líderes, enquanto que no Cristianismo ela simboliza o poder e a inspiração das palavras de Deus.
Para os chineses, a águia simboliza a coragem, a força e a temeridade.
Na cultura Celta, representa o símbolo do renascimento e da renovação.
Para os egípcios é o símbolo da vida eterna.

Considerada um animal Psicopompo, (do grego "psychopompós", união das palavras “psyché” que significa ‘alma’ e “pompós”, guia), ou seja, figura cuja função é guiar nas ocasiões de iniciação e transição, a águia é uma ave mediadora entre os reinos divino e o espiritual, e tal como a Fênix (renasce das próprias cinzas), pode ser considerada um símbolo de regeneração espiritual.

Muitos países adoptaram-na como símbolo da identidade nacional, como é o caso da Alemanha e dos Estados Unidos. Além disso, essa ave imponente foi escolhida como símbolo dos impérios Romano, Santo Império medieval, Russo e Austríaco.

Antigo símbolo solar, utilizada nas heráldicas e nos brasões, a águia de duas cabeças representa os impérios de Roma (ocidentais e orientais), donde uma cabeça está voltada para Roma, a oeste, enquanto a outra está para Bizâncio, à leste. Nas antigas civilizações da Ásia Menor, a águia bicéfala representava o símbolo do poder supremo.

Na alquimia, a águia simboliza a transmutação do metal vil em ouro, ou seja, a transformação da substância impura em substância pura. Assim, para os alquimistas, essa ave mítica, associada aos elementos ar e mercúrio, simboliza a renovação, o nascimento.

A águia simboliza nobreza, majestade, liberdade, agilidade e outras virtudes. Sua figura é usada em tatuagens, brasões, logotipos, equipas de futebol, etc. para representar liderança e destacar o espírito vitorioso.

Uma pessoa com talento, perspicácia, inteligência e com excelente visão de negócios é chamada de águia.
A “visão de águia” é uma expressão usada em estratégias empresariais para definir quem consegue atingir o topo: pessoas com habilidade de ver além do óbvio e com atitudes firmes para agirem diante de qualquer obstáculo.

As mensagens de motivação, confiança e aumento da auto-estima são muitas vezes transmitidas através de analogias com o comportamento soberano e capacidade de renovação dessa ave.
Por ser capaz de altos vôos, a águia representa a proximidade com o Divino, sendo considerada mensageira divina.
Representa protecção espiritual e no Cristianismo representa o poder de Deus.
Para muitas culturas, o animal traz protecção espiritual.
Na Idade Média, a águia foi directamente associada à visão de Deus, pois a oração seria como as asas da águia, que se elevam irresistivelmente na direcção da luz.

Sua figura é usada para representar liderança e destacar o espírito vitorioso.






XAMANISMO

A águia é considerada o Pai do Xamã.
Conta a história que o Xamanismo nasceu na Sibéria, e que houve uma época em que esses povos não se entendiam.
Uns trabalhavam muito, outros viviam em estado de letargia e aconteciam muitas mortes.
Pediram um sinal para o Criador e Ele enviou uma águia, mas ninguém prestou atenção nela.
Então, ela voltou ao céu e falou que ninguém entendia suas palavras.
O Criador pediu que retornasse à Terra e, no retorno, a águia copulou com uma mulher.
Desse nascimento surgiu o Primeiro Xamã, que também foi o primeiro a compreender a linguagem da águia e de outros animais.

Para o Xamanismo a águia é a guardiã do Leste, direcção dos visionários, onde mora o fogo e local onde tudo se inicia. É onde buscamos a Visão. Para os nativos norte-americanos, ela é a Grande Águia Dourada e é o poder do Grande Espírito, a conexão com o Divino, representando a habilidade de se viver no reino espiritual e ao mesmo tempo permanecer em conexão e equilíbrio com o reino terrestre. 
A pena da águia é um grande instrumento de cura.



LIÇÕES PARA OS HUMANOS:

Visão, 
Mensagens espirituais, 
Grandeza, 
Clareza, 
Inspiração  
Novos começos.



Veja mais aqui A ÁGUIA VAI POR CIMA...

Your soul's color




Your soul's color is:

Green

Green souls are naturally determined and awakened. 
As a green soul, you are gifted at doing things that can change you and the world around you for the better. 
You have amazing ideas in your head that can make a huge difference in your community or the world at large. 
People truly look up to you. 
The road has always been paved for you to make the most meaningful impact you can make. 
Changing the world is in your DNA, 
and you'll undoubtedly do it in your lifetime!

SEJA O QUE DEUS QUISER…



Hoje ouvi várias vezes este desabafo:
Seja o que Deus quiser...

"Há palavras que muitas vezes entram no nosso vocabulário diário e que seguimos mais porque ouvimos do que propriamente o real sentido delas.

Nos dias que correm, com cada vez maior fonte de informação e divulgação entre todo o mundo, termos orientais como Karma, Dharma, Namaste, Tantra e tantos tantos outros são utilizados no dia a dia, já começamos a perceber o seu sentido mais do que o seu significado.

Mas não é preciso ir ao Oriente para nos darmos conta de frases que ouvimos e repetimos desde pequenos, bem enraizadas na cultura ocidental e mesmo católica, mas que nem por isso agimos de acordo...

Por exemplo:
"Seja o que Deus quiser"


Independentemente do que Deus é para cada um, e tenho a certeza que se todos os que usam a frase regularmente fossem confrontados com a questão do que é Deus, teria com certeza respostas diferentes, o sentido permanece.

Ou seja, é na impotência, no desespero, na rendição, na exaustão, na frustração que declamamos:
"Seja o que Deus quiser"

Depois de esgotar todas as tentativas de sobrevivência, o nosso ego desiste e entrega a Deus o melhor desfecho...

...e quem já não sentiu esse toque Divino precisamente à beira de grandes precipícios?
Ou quando finalmente se rendeu a solução "mágicamente" apareceu?

A questão fica então, porque afinal afirmamos tão facilmente que "Seja o que Deus quiser" mas, mantemos a força e a resistência que acaba por adiar o tão esperado "milagre".
Será que andamos todos a repetir uma frase com tanto significado e tão transformadora só da boca para fora, sem atenção alguma à sua intenção verdadeira?

Metade da vida é o que nos acontece, a outra metade é como reagimos ao que nos acontece. 

E como diz a oração:
"Senhor, dá-me Serenidade para aceitar as coisas que não posso mudar,
Coragem para mudar as que eu posso,
E Sabedoria para distinguir uma da outra".



Sem dúvida que há momentos que exigem uma atitude ou acção da nossa parte, viemos ao mundo transformar padrões e deles não podemos fugir, apenas adiar.
Velhos comportamentos pedem novas acções.

Mas o que vem de fora, pede antes de mais aceitação e humildade, pois o que nos chega nem é azar nem culpa, seja de quem for. O que nos chega é atraído, faz parte, estava previsto e só irá ser superado quando for alquimizado.

Numa primeira fase lutamos, rogamos pragas, contornamos ou negamos de mil maneiras.

Só depois de esgotadas estas tentativas pela dor, perda e frustração, entramos então na porta certa onde finalmente nos vamos render e confiar que o desfecho será "Como Deus quiser"."



Fica a proposta de estarem mais atentos a estes "desabafos" e a levarem-nos mais a sério!


Eu como pagã, costumo dizer:
O que tiver de ser para ti será!!!
O que for teu virá ao teu encontro...

E hoje, adulta, com plena consciencia de que o que tiver de ser será, independentemente de ser óptimo, ou menos óptimo, porque está lá uma lição a aprender, algo para limpar, equilibrar.
Se há algo em que eu acredito é na vida.
Eu confio nela, no universo.
Deixa a vida te levar!
Flui!


Vera Luz

sábado, 28 de março de 2015

High Energy Liquid Laser Area Defense System



Esta história do Airbus que se despenhou nos Alpes, dá que pensar...

Até pode ser que sim, que o co-piloto estivesse desequilibrado psicologicamente após a namorada ter acabado o namoro, e de não ter comentado com ninguém sobre a gravidez da namorada, da recente descoberta de doença ocular (descolamento da retina, o que o poderia vir a impedir de pilotar...Investigadores encontraram evidências de que Lubitz temia perder a visão, e as suas capacidades visuais estavam limitadas a 30%), que já tinha um histórico de depressão profunda e ataques de pânico durante a formação nos EUA ("Vários anos antes de obter a licença de piloto, o copiloto esteve num longo período de tratamento psicoterapêutico para tendências suicidas notórias", pode ler-se num comunicado do Ministério Público de Düsseldorf, cidade onde vivia Andres Lubitz e para onde seguia o avião), que tenha esperado que o piloto se ausentasse para bloquear o seu acesso de entrada na cabine, que tenha deliberadamente despenhado o Airbus contra a montanha, que após investigação ao seu computador viram que tenha pesquisado na net formas de suicídio e sobre portas de cabine e medidas de segurança  etc...
tudo isso pode ser verdade, até porque já aconteceu outras vezes...

Mas,
Também pode ser algo mais rocambolesco, que as grandes potências não queiram divulgar, e se estejam a aproveitar destes factos, para ocultar o que esteja por trás...

Já ouviram falar na HELLADS?
High Energy Liquid Laser Area Defense System.

"The High Energy Liquid Laser Area Defense System (HELLADS), is a Counter-RAM system under development that will use a powerful (150 kW) laser to shoot down missiles, rockets, and artillery shells. The initial system will be demonstrated from a static ground based installation, but in order to eventually be integrated on an aircraft, design requirements are maximum weight of 750 kg (1,650 lb) and maximum envelope of 2 cubic meters (70.6 feet3).

Development is being funded by The Pentagon's Defense Advanced Research Projects Agency (DARPA).

Liquid lasers that have large cooling systems can fire continuous beams, while solid state laser beams are more intense but must be fired in pulses to stop them from overheating. (However, as long as the heat transfer requirements are met solid state lasers can run continuously.) In the past, both types of lasers were very bulky because of their need for these huge cooling systems. The only aircraft in which they could fit were the size of jumbo jets.

Need for such a system was reinforced during the 2006 Israel-Lebanon conflict. Israel had participated in similar work in the past by funding the Mobile Tactical High Energy Laser (MTHEL). This system was tested on August 24, 2004, and was found to be effective at neutralizing mortar threats under an actual scenario. However, this test was administered with short, 20 km range missiles.

The more powerful version will produce a 150-kW beam capable of knocking down missiles with the weight and size requirements for fitting onto fighter aircraft or a Humvee. In mid 2008, Jane's Defence Review quoted the US military that the program is on schedule to meet this ground test. Phase 4 of the program, involving outdoor testing of a weapon-power laser against tactical targets, was planned for 2010.

Fabrication of the system was planned to be completed in 2012, with power, thermal management, beam control, and command-and-control subsystem integration planned through 2013.
The system has a weight goal of 5 kg (11 lb) per kW of energy.
Both services plan for demonstrations in 2014 and 2015."



Desde que os EUA fizeram o acordo com Cuba, que fiquei com a pulga na orelha...alguma coisa andam a cozinhar contra a Rússia!
E o que é facto é que, as práticas militares com laser por parte de OTAN têm vindo a aumentar.
Pelo que li, a base militar de Aviano, Italia, estava a realizar testes de laser com uma arma laser de Alta Energía (HELLADS), contra um possível ataque por parte da Rússia.
Pode ter acontecido algum erro de cálculo e terem desconectado os radares do espaço aéreo circundante.

Um Ministro de Defesa Russa (MoD) disse hoje que despachos da Frota Norte (NF) parecem mostrar que o desastre do voo 4U 9525 da Germanwings no sul da França foi "RESULTADO DIRECTO" de uma falha no teste da Força Aérea dos EUA do seu Sistema a Laser de Defesa Aérea de Alta Energia (HELLADS) na tentativa de destruir um veículo militar lançador de um ICBM  (míssil balístico intercontinental) e que ao invés, interrompeu os painéis de comando provocando a queda do avião de passageiros com 150 pessoas.

O Caça Submarino russo Severomosk, actualmente a operar no mar mediterrâneo, reportou que foram detectadas enormes anomalias eletro-atmosféricas sobre o sul da França, noroeste da Itália e sul da Suíça.
A área onde foram detectadas essas anomalias é a mesma área de combate operacional da Força Aérea dos EUA (510th Fighter Squadron) que opera na Base Aérea de Aviano (Base militar da Otan no noroeste da Itália).

Curiosamente, esse MoD reportou depois que essas anomalias que ocorreram na área de operação de combate da  510th Fighter Squadron (Força Aérea EUA) no sul da França, aconteceu na mesma hora que os sistemas de radares civis britânicos apagaram, que foi depois confirmado pela Emergência de voos declarando: "Identifiquei no monitor e vi um A380 a passar e nada apareceu no radar."
Esse MoD esclarece que os sistemas de radares EUA-Reino Unido-UE frequentemente apagam na descolagem/pouso de Bombardeiros B1.

O MoD observa ainda que a estrutura militar  EUA-Reino Unido-UE frequentemente coloca em perigo voos comerciais com seus jogos de guerra no continente, eventos como no ano passado quando 50 aviões temporariamente desapareceram dos radares na Áustria, Alemanha, República Tcheca e Eslováquia entre 5 e 10 de junho 2014.

Os serviços de tráfego aéreo da Eslováquia nas suas declarações sobre esse apagão dos radares que aconteceu, admite: 
"O desaparecimento de aeronaves da tela do radar esteve relacionado ao exercício militar planeado que ocorreu em várias partes da Europa...do qual o objectivo era a interrupção de frequências de rádio. Essa actividade causou o desaparecimento temporário de várias aeronaves na tela dos radares, enquanto que durante esse blackout os aviões estiveram em contacto por rádio com os controladores de tráfego aéreo e continuaram com seus voos normalmente.

Foi destacado que em 14 de Março num outro teste da Força Aérea EUA no sul da França, a aeronave da Lufthansa Flight LH1172, um Airbus A321 que voava em condições de atitude normais, de repente despencou de altitude em minutos. Existem registos de gráficos de radares que o comprovam.
Os pilotos agiram rápido e desviaram para o aeroporto mais próximo.
A Lufthansa confirmou ao AirlineReporter.com que o LH1172 tinha 151 passageiros e o capitão decidiu fazer um pouso de emergência em Nantes-França devido ao caso de "emergência médica" (passageiro doente).
Eles confirmaram que não houve pedido de emergência e a aeronave pousou tranquilamente.

Muitos pilotos alemães estão a recusar-se a voar por causa destas acções do jogo de guerra dos Estados Unidos contra a Rússia. 
Este relatório conclui que a probabilidade das pessoas do ocidente serem informadas do que realmente aconteceu com o voo 9525 da Germanwings, é quase o mesmo que o terem dito a verdade sobre a Malaysia Airlines voo MH17, que foi provado por fotos de satélite ter sido abatido por um caça da Ucrânia, é quase o mesmo ... Zero.


Quem sabe, o co-piloto sem experiência de voo, e sozinho na cabine na altura em que aconteceu, tenha entrado em pânico(visto que tinha antecedentes de ataques de pânico durante a formação) e bloqueou...ou,
Por estar sob tratamento psiquiátrico, sob medicação, e sob pressão psicológica pelos acontecimentos pessoais recentes( problemas de visão, gravidez da namorada e final do namoro...) poderia já andar a ter ideias suicidas...e, quando aconteceu a anomalia nos painéis de controlo, ele tenha aproveitado a situação para por fim à vida, impedindo o piloto de tentar desviar o avião para o aeroporto mais próximo, como já tinha acontecido há duas semanas...
Já diz o ditado, " A ocasião faz o ladrão"
Pode ter sido isso...como também pode não ter sido...quem sabe?

Os reactores do avião que normalmente resistem a impactos terríveis até 12 000 metros, não são encontrados. O que aconteceu? 
Ninguém viu as imagens dos motores do avião.
Parece que explodiu por dentro, desfazendo tudo em pedaços pequenos...
O que só pode levar à conclusão lógica que explodiu no ar!
Como já tinha acontecido há pouco tempo antes, a 3 de Fevereiro, quando um teste da Força Aérea dos EUA de seu Sistema a Laser de Defesa Área de Alta Energia (HELLADS) alvejou um dos seus satélites mais antigos do sistema de meteorologia, em que foi completamente destroçado pelo aquecimento de dentro (como microondas) fazendo o satélite explodir, enquanto estava em órbita.

Estranhamente, os dois pilotos do vôo 9525, após a saída de Barcelona, ​​tinham mudado a rota, através dos Alpes, prolongando assim a rota de chegada em Dusseldorf, rota que envolve um voo com duração de 2 horas.

Muito estranho não?

Acabamos de assistir a mais uma demonstração da ORDEM UNIDA que é imposta à imprensa mundial.
Mal haviam passado 48 horas do terrível acontecimento e todos já sabiam quem ou o que derrubou o avião da GERMANWINGS na manhã do dia 24 de Março deste ano de 2015.
Tudo muito rápido, não acham?

A primeira caixa negra, a da gravação do som da cabine, apareceu logo.
A segunda caixa, dos parâmetros de voo da aeronave, apareceu 9 dias depois... resta saber qual vai ser o relatório...

Falta qualquer tipo de prova, só se tem a acusação de um promotor francês.
Acusação a um morto.


From that time on, the world was hers for the reading.



From that time on, the world was hers for the reading.
She would never be lonely again, never miss the lack of intimate friends.
Books became her friends and there was one for every mood.
There was poetry for quiet companionship.
There was adventure when she tired of quiet hours.
There would be love stories when she came into adolescence and when she wanted to feel a closeness to someone she could read a biography.
On that day when she first knew she could read, she made a vow to read one book a day as long as she lived.

 — Betty Smith
in, A Tree Grows in Brooklyn

e sim... como eu gostava de estar perto de ti.



"…sim, o meu corpo chama-te todos os dias e todas as noites
encosta-se à saudade e procura o teu quente
consigo sentir-te muitas vezes
não sei se é de te querer tanto
se é da falta que me fazes 
porque as duas coisas são iguais, são grandes.
será antes de mim e do meu amor.
sabes que já te construí dezenas de vezes, no escuro, 
abraçada à noite como se fosse a ti.
sabes que te construo todos os dias, só para vires dormir comigo abraçado a mim e 
…sim acredito que és tu.
sabes porque é que eu sou capaz de acreditar nisto? 
acho que é por te querer tanto.
ou da falta que me fazes 
ou será antes de mim e do meu amor
porque as três coisas são iguais e são grandes."

Laura Ferreira

Verdades Ignoradas



Na Índia bebem urina da vaca para agradar o seu deus;
Cristãos na África comem grama para agradar o seu deus;
Muçulmanos batem a cara no chão cinco vezes ao dia em oração e apedrejam pessoas para agradar o seu deus;
Evangélicos parecem loucos pululantes dentro das igrejas e dizem que é coisa do Espírito Santo se comportar como insanos acéfalos...pior...até crianças inocentes têm demónios;
Católicos andam quilómetros para se ajoelhar diante de uma imagem de barro que possuía escravos, ou ver defuntos que dizem a eles que são santos e cujos corpos estão incorrúptos e carregam e repetem o rosário inventado pelo assassino da inquisição para converter os Cátaros. O Papa Leão XIII na Carta Encíclica Magnae Del Matris afirma que o rosário foi feito para adestrar os fiéis e inculcar neles os dogmas católicos...e acreditam que este símbolo do horror os livram dos males;
Os espíritas não se sabem quem é o seu deus, o racista Allan Kardec, o plagiador Chico Xavier ou os fantasmas que eles afirmam ser superiores, baseados nos escritos racistas destes mesmos espíritos racistas e inferiores que ditaram a doutrina a Kardec e que eles seguem;

...Ou seja....os "homens de deus" fazem dos tolos o que bem entendem.
Pior!
Cada um acredita que a sua religião é única e verdadeira....
E quem pensa ou questiona é...Satanás...ou...um Ateu.

Ana Burke

sexta-feira, 27 de março de 2015

................meditar

















Trabalhar, Sobreviver, Viver e Ser




FAZ-TE À VIDA, QUE SE DESFAZ EM TI

E vimos a este novo mundo com esta ideia de que a vida é dura, que a vida é escassez e que temos de lutar de sol a sol, trabalhar arduamente para merecer viver.
Que o ser humano, o ser flor e o ser animal são objectos.
Objectos que se medem.
Objectos com uma função e uma utilidade.
Que a sua utilidade e valor mede-se pelo trabalho que prestam, e se não prestam trabalho, então não prestam.
Sem trabalhos somos inúteis, sem valor.

Esta ideia de que vimos à vida não para viver mas para sobreviver.
Lutando e labutando, como no conto que nos enfiaram pela goela, da merecedora formiga trabalhadora e a infame cigarra.
"Faço mais que tu" é a agressão velada de "sou melhor, valho mais que tu"
"Faz isto senão não gosto de ti e és fei@, faz isto senão não vales nada"

Car@ amig@, acorda para a vida, que é um "presente" em ti.


 A propósito, vejam estes dois filmes:

                                                     

La Belle Verte (Coline Serreau, 1996):

Com fina ironia e humor de qualidade, a história gira em torno de um planeta muito evoluído, em algum lugar do Universo, em que os habitantes vivem em plena harmonia.
De tempos em tempos, alguns partem para outros planetas.
Entretanto, curiosamente ou não, há 200 anos ninguém mais quer ir ao Planeta Terra!
Um dia, por motivos pessoais, uma jovem mulher de "apenas" 150 anos decide se tornar voluntária para a viagem e aterra em Paris, onde entra em contacto com os hábitos e costumes dos terráqueos "modernos".


                   


A stranger in the city asks questions no one has asked before.
Known only by his initials, P.K.'s innocent questions and childlike curiosity will take him on a journey of love, laughter and letting-go.

Directed by: Rajkumar Hirani.
19th December, 2014.

OCEAN GRAVITY - Guillaume Néry / Julie Gautier




Ocean Gravity is a short film that rewrite the rules of the underwater world and takes us this time into the world of the weightlessness.

Just like in the space, there isn’t anymore a top or a bottom. There isn’t anymore upside down and wrong side out. The ocean becomes cosmos, the man a satellite, and the bottom of the sea an unknown planet. Welcome in the fascinating universe of Ocean Gravity.

Guillaume: «since ever, my diving propels my imagination in the fantasy of the conquest of space. To touch the sea floor or to set foot on an unexplored planet, here are 2 fascinating adventures which feed my thirst of unknown. The discovery of this quite unique place (Tiputa - Rangiroa - French Polynesia), allowed us to put in image the visual closeness of 2 universes water and air, ocean and space.»

Saturno em Sagitário, a Neptuno em Peixes...



Sobre a quadratura de Saturno em Sagitário, a Neptuno em Peixes...

Estamos a viver momentos de aceitação profunda da dualidade humana...
Ao entrar na energia desta quadratura vi todo o passado da humanidade a ser reorganizado, todas as estruturas a necessitarem de reformas profundas...
À escala micro a reorganização é na aceitação de que não existe mais porta de saída para a paz eterna, para o zen estáctico e a necessidade de ainda manter essa ilusão, de que algures existe uma porta que vai se abrir e vamos deixar de ter desafios...
Essa realidade está desfuncional , cria o esforço para se arrastar a crença de um paraíso a alcançar...

A única verdade é que nós criamos essa ilusão, recusamos mudar o rumo dessa busca sem fim...
Para nos posicionarmos como novos navegantes cósmicos , devemos ser simples , viver a realidade de cada momento e aceitar que a vida tem desafios, eles nos ajudam a fazer novas escolhas...

Neste momento existe uma espécie de bipolaridade no ser humano...
Uns dias vê tudo sob um sol lindo, outros sente-se num nevoeiro autêntico...
Uns dias acredita que é um capitão seguro do leme do seu barco, outros sente-se como um navegante à deriva sem rumo...
Faz parte da nossa evolução...
Não queiram mudar a vossa vida num dia só...
Tudo tem um ritmo, uma cadência ...

ACEITAR a mudança, é aceitar esse ritmo cósmico de evolução...
Não está nada mal, estamos a reaprender a fluir sem esforço...
Se temos dúvidas, então fiquemos quietos para que num ambiente interno calmo, as coisas se possam manifestar na consciência...
Não existe nenhuma verdade absoluta de nada...
Apenas fluir com os acontecimentos, pois eles nos transportaram para novos portos... novos horizontes...
Mas tal como nos velhos tempos de descobrimentos, deveremos rumar para a descoberta...
Conduzir a vida assim trará mais flexibilidade para o presente...
Vontade e energia de Amor...
Essa é a verdade... a direcção...

Ruth Fairfield

quinta-feira, 26 de março de 2015

Porque os Homens odeiam os gatos...



PORQUE ODEIAM OS HOMENS TANTO OS GATOS, COMO AS MULHERES?

Os gatos não têm Ego, porventura o sinal da maior inferioridade humana!

Mas têm uma grande e inalienável dignidade.
Os Gatos são “senhores” o tempo todo de uma impecabilidade que nós não atingimos e por isso os julgamos “implacáveis” porque eles não se deixam manipular pelos humanos, como nós.
Neles não há arrogância nem vaidade.
Neles não há falsa humildade.
Eles tanto perdem como ganham sem afectação.
Neles tudo é tranquilo e doce e mesmo quando brincam ou caçam são desapegados...eles esperam pacientemente tanto a “presa” como o “dono” ou a comida... e eu costumo dizer que o meu gato é que é o meu dono.

Os gatos não atacam as pessoas nem arranham para magoar.
Eles nunca ficam zangados nem cobram nada.
Eles não acusam nem mudam de afectos...
Eles gostam apenas de brincar e quando fazem mal é para se defenderam...os predadores nunca são os animais, mas as bestas humanas!

Por estas e outras razões o meu amor pelos gatos tem aumentado e a minha compreensão alargado, mesmo no campo da minha humanidade natural, na aceitação das coisas, ao ver espelhado nos meus gatos os aspectos do meu ser que eu preciso ainda de integrar.

Os gatos são por excelências alquímicos e foram Mestres nos Templos e por isso companhia privilegiada de sacerdotisas, feiticeiras e poetas...a sua companhia cura e acalma, transforma as energias negativas e limpa o ambiente, carregado de fluxos malévolos...

Eles defendem-nos dos nossos males e do que é estranho e ameaça a nossa vida...até de doenças!
O Gato é um Mestre de incalculável valor dentro de uma casa e um amigo insubstituível...

Quem não tem um gato é menos gente de certeza, e sobretudo as mulheres deviam Ter sempre junto delas esse fiel aliado do feminino e da sabedoria ancestral...

Talvez por isso, sempre que as forças malévolas estão desenfreadas e o poder patriarcal em decadência, os gatos são mortos e perseguidos como o foram conjuntamente com as mulheres e as feiticeiras na Idade Média pela Inquisição.
Os padres e os homens em geral, não gostam de mulheres nem de gatos...eles negam a Natureza e as Forças da Terra que nós mulheres precisamos salvar da destruição.
A seca o fogo e a violência são apanágio das sociedades patriarcais, de um deus vingativo e cruel que mata e condena a raça humana e nos faz Ter medo da VIDA e do SEXO!

Rosa Leonor Pedro

O Amor em Visita



Dai-me uma jovem mulher com sua harpa de sombra
e seu arbusto de sangue. Com ela
encantarei a noite.
Dai-me uma folha viva de erva, uma mulher.
Seus ombros beijarei, a pedra pequena
do sorriso de um momento.
Mulher quase incriada, mas com a gravidade
de dois seios, com o peso lúbrico e triste
da boca. Seus ombros beijarei.

Cantar? Longamente cantar,
Uma mulher com quem beber e morrer.
Quando fora se abrir o instinto da noite e uma ave
o atravessar trespassada por um grito marítimo
e o pão for invadido pelas ondas,
seu corpo arderá mansamente sob os meus olhos palpitantes
ele — imagem inacessível e casta de um certo pensamento
de alegria e de impudor.

Seu corpo arderá para mim
sobre um lençol mordido por flores com água.
Ah! em cada mulher existe uma morte silenciosa;
e enquanto o dorso imagina, sob nossos dedos,
os bordões da melodia,
a morte sobe pelos dedos, navega o sangue,
desfaz-se em embriaguez dentro do coração faminto.
— Ó cabra no vento e na urze, mulher nua sob
as mãos, mulher de ventre escarlate onde o sal põe o espírito,
mulher de pés no branco, transportadora
da morte e da alegria!

Dai-me uma mulher tão nova como a resina
e o cheiro da terra.
Com uma flecha em meu flanco, cantarei.

E enquanto manar de minha carne uma videira de sangue,
cantarei seu sorriso ardendo,
suas mamas de pura substância,
a curva quente dos cabelos.
Beberei sua boca, para depois cantar a morte
e a alegria da morte.

Dai-me um torso dobrado pela música, um ligeiro
pescoço de planta,
onde uma chama comece a florir o espírito.
À tona da sua face se moverão as águas,
dentro da sua face estará a pedra da noite.
- Então cantarei a exaltante alegria da morte.

Nem sempre me incendeiam o acordar das ervas e a estrela
despenhada de sua órbita viva.

- Porém, tu sempre me incendeias.
Esqueço o arbusto impregnado de silêncio diurno, a noite
imagem pungente
com seu deus esmagado e ascendido.
- Porém, não te esquecem meus corações de sal e de brandura.

Entontece meu hálito com a sombra,
tua boca penetra a minha voz como a espada
se perde no arco.
E quando gela a mãe em sua distância amarga, a lua
estiola, a paisagem regressa ao ventre, o tempo
se desfibra - invento para ti a música, a loucura
e o mar.

Toco o peso da tua vida: a carne que fulge, o sorriso,
a inspiração.

E eu sei que cercaste os pensamentos com mesa e harpa.
Vou para ti com a beleza oculta,
o corpo iluminado pelas luzes longas.
Digo: eu sou a beleza, seu rosto e seu durar. Teus olhos
transfiguram-se, tuas mãos descobrem
a sombra da minha face. Agarro tua cabeça
áspera e luminosa, e digo: ouves, meu amor?, eu sou
aquilo que se espera para as coisas, para o tempo -
eu sou a beleza.
Inteira, tua vida o deseja. Para mim se erguem
teus olhos de longe. Tu própria me duras em minha velada beleza.

Então sento-me à tua mesa. Porque é de ti
que me vem o fogo.
Não há gesto ou verdade onde não dormissem
tua noite e loucura,
não há vindima ou água
em que não estivesses pousando o silêncio criador.
Digo: olha, é o mar e a ilha dos mitos
originais.
Tu dás-me a tua mesa, descerras na vastidão da terra
a carne transcendente. E em ti
principiam o mar e o mundo.

Minha memória perde em sua espuma
o sinal e a vinha.
Plantas, bichos, águas cresceram como religião
sobre a vida - e eu nisso demorei
meu frágil instante. Porém
teu silêncio de fogo e leite repõe
a força maternal, e tudo circula entre teu sopro
e teu amor. As coisas nascem de ti
como as luas nascem dos campos fecundos,
os instantes começam da tua oferenda
como as guitarras tiram seu início da música nocturna.

Mais inocente que as árvores, mais vasta
que a pedra e a morte,
a carne cresce em seu espírito cego e abstracto,
tinge a aurora pobre,
insiste de violência a imobilidade aquática.
E os astros quebram-se em luz sobre
as casas, a cidade arrebata-se,
os bichos erguem seus olhos dementes,
arde a madeira - para que tudo cante
pelo teu poder fechado.
Com minha face cheia de teu espanto e beleza,
eu sei quanto és o íntimo pudor
e a água inicial de outros sentidos.

Começa o tempo onde a mulher começa,
é sua carne que do minuto obscuro e morto
se devolve à luz.
Na morte referve o vinho, e a promessa tinge as pálpebras
com uma imagem.
Espero o tempo com a face espantada junto ao teu peito
de sal e de silêncio, concebo para minha serenidade
uma ideia de pedra e de brancura.
És tu que me aceitas em teu sorriso, que ouves,
que te alimentas de desejos puros.
E une-se ao vento o espírito, rarefaz-se a auréola,
a sombra canta baixo.

Começa o tempo onde a boca se desfaz na lua,
onde a beleza que transportas como um peso árduo
se quebra em glória junto ao meu flanco
martirizado e vivo.
- Para consagração da noite erguerei um violino,
beijarei tuas mãos fecundas, e à madrugada
darei minha voz confundida com a tua.

Oh teoria de instintos, dom de inocência,
taça para beber junto à perturbada intimidade
em que me acolhes.

Começa o tempo na insuportável ternura
com que te adivinho, o tempo onde
a vária dor envolve o barro e a estrela, onde
o encanto liga a ave ao trevo. E em sua medida
ingénua e cara, o que pressente o coração
engasta seu contorno de lume ao longe.
Bom será o tempo, bom será o espírito,
boa será nossa carne presa e morosa.
- Começa o tempo onde se une a vida
à nossa vida breve.

Estás profundamente na pedra e a pedra em mim, ó urna
salina, imagem fechada em sua força e pungência.
E o que se perde de ti, como espírito de música estiolado
em torno das violas, a morte que não beijo,
a erva incendiada que se derrama na íntima noite
- o que se perde de ti, minha voz o renova
num estilo de prata viva.

Quando o fruto empolga um instante a eternidade
inteira, eu estou no fruto como sol
e desfeita pedra, e tu és o silêncio, a cerrada
matriz de sumo e vivo gosto.
- E as aves morrem para nós, os luminosos cálices
das nuvens florescem, a resina tinge
a estrela, o aroma distancia o barro vermelho da manhã.
E estás em mim como a flor na ideia
e o livro no espaço triste.

Se te apreendessem minhas mãos, forma do vento
na cevada pura, de ti viriam cheias
minhas mãos sem nada. Se uma vida dormisses
em minha espuma,
que frescura indecisa ficaria no meu sorriso?
- No entanto és tu que te moverás na matéria
da minha boca, e serás uma árvore
dormindo e acordando onde existe o meu sangue.

Beijar teus olhos será morrer pela esperança.
Ver no aro de fogo de uma entrega
tua carne de vinho roçada pelo espírito de Deus
será criar-te para luz dos meus pulsos e instante
do meu perpétuo instante.
- Eu devo rasgar minha face para que a tua face
se encha de um minuto sobrenatural,
devo murmurar cada coisa do mundo
até que sejas o incêndio da minha voz.

As águas que um dia nasceram onde marcaste o peso
jovem da carne aspiram longamente
a nossa vida. As sombras que rodeiam
o êxtase, os bichos que levam ao fim do instinto
seu bárbaro fulgor, o rosto divino
impresso no lodo, a casa morta, a montanha
inspirada, o mar, os centauros do crepúsculo
- aspiram longamente a nossa vida.

Por isso é que estamos morrendo na boca
um do outro. Por isso é que
nos desfazemos no arco do verão, no pensamento
da brisa, no sorriso, no peixe,
no cubo, no linho, no mosto aberto
- no amor mais terrível do que a vida.

Beijo o degrau e o espaço. O meu desejo traz
o perfume da tua noite.
Murmuro os teus cabelos e o teu ventre, ó mais nua
e branca das mulheres. Correm em mim o lacre
e a cânfora, descubro tuas mãos, ergue-se tua boca
ao círculo de meu ardente pensamento.
Onde está o mar? Aves bêbedas e puras que voam
sobre o teu sorriso imenso.
Em cada espasmo eu morrerei contigo.

E peço ao vento: traz do espaço a luz inocente
das urzes, um silêncio, uma palavra;
traz da montanha um pássaro de resina, uma lua
vermelha.
Oh amados cavalos com flor de giesta nos olhos novos,
casa de madeira do planalto,
rios imaginados,
espadas, danças, superstições, cânticos, coisas
maravilhosas da noite. Ó meu amor,
em cada espasmo eu morrerei contigo.

De meu recente coração a vida inteira sobe,
o povo renasce,
o tempo ganha a alma. Meu desejo devora
a flor do vinho, envolve tuas ancas com uma espuma
de crepúsculos e crateras.

Ó pensada corola de linho, mulher que a fome
encanta pela noite equilibrada, imponderável -
em cada espasmo eu morrerei contigo.

E à alegria diurna descerro as mãos. Perde-se
entre a nuvem e o arbusto o cheiro acre e puro
da tua entrega. Bichos inclinam-se
para dentro do sono, levantam-se rosas respirando
contra o ar. Tua voz canta
o horto e a água - e eu caminho pelas ruas frias com
o lento desejo do teu corpo.
Beijarei em ti a vida enorme, e em cada espasmo
eu morrerei contigo.



Herberto Helder

Para que serve a cultura - Sophia


quarta-feira, 25 de março de 2015

De onde vens?





Perguntaram-me, há dias, "de onde vinha?".

Achei graça à pergunta a que prometi responder.
Não logo. Porque venho de muitos mundos, que preciso enumerar.

Venho do ventre materno. De um ventre que foi só meu durante nove longos meses.
Venho da minha mãe, da sua carne, do seu instinto, do seu desejo.
E do meu pai também. Apesar de o ter visto muito pouco ao longo da vida.
Venho dos pais dos meus pais, os meus avós.
Sobretudo maternos, com quem cresci.
Venho do Norte de Portugal, de onde eles eram naturais.
Venho dos tios e dos primos com quem brinquei em criança e me ensinaram a rir.
Venho da casa dos amigos, onde passei noites e dias.
Venho daqui e dali, onde o coração me leva, e que eu gosto tanto de me deixar levar sozinha.
Venho dos amores que tive, dos afectos que dei e recebi.
Venho do Cosmos, do Universo, a minha verdadeira casa.
Venho, enfim, de Ti que me deste, com amor, a vida que não pedi!


"Talvez porque me julguem mais sadia ou mais forte - sabe-se lá o que os outros pensam de nós - a verdade é que muitos me procuram e desabafam as suas mágoas. E ultimamente, várias pessoas conhecidas têm passado por desilusões, doenças, fracassos e perdas e têm vindo ter comigo para conversar.É uma prova de confiança que me dão, mas à qual só posso responder com a minha experiência pessoal. 
Julgo conhecer-me um pouco melhor agora do que antes, mas o sofrimento é, sempre, um domínio profundamente solitário. 
Diria mesmo que é a área mais solitária da nossa vida.
Partilha-lo é, para alguns, uma catarse absolutamente indispensável.
Para outros, ao contrário, é algo de impensável, se a dor for muito profunda.
Chorar talvez seja para esta última categoria, a solução possível.
Só que não chora quem quer, mas sim quem pode.
E, sei-o, nem sempre é fácil, nem sempre é possível.
Porém, há algo que todos podemos fazer.
É rodear de carinho, de interesse pessoal, de solidariedade, todos aqueles que estão em sofrimento.
E não deixar para amanhã um telefonema, um mail, uma visita, enfim, até um pensamento positivo.
O sofrimento dos outros pode ser, também, um dia, o nosso..."


Helena Sacadura Cabral




Quando se perde tudo na vida, por várias vezes, e se tem de recomeçar do zero sozinha por várias vezes, nada do que depois possa acontecer-nos tem grande importância.

E isto vem ao encontro de um tema sobre o qual me tenho debruçado nos últimos sete anos, que é o da necessidade do silêncio dentro de nós.
Este pode vir da meditação, da contemplação ou até do desejo pontual de vazio.
Eles são cada vez mais uma necessidade do ser humano para quem o espiritual não está necessariamente ligado a uma prática religiosa.
Se a meditação me tem acompanhado, com mais ou menos intensidade, ao longo da vida, a contemplação foi uma descoberta recente, de há uma meia dúzia de anos.
Dito de outra forma, ela existia em mim há muito tempo, mas a descoberta da sua real importância só aconteceu muito depois.

Anos de solidão, a viver sozinha, com a família do lado de lá do oceano, haviam-me ensinado a "olhar" para o mundo que me rodeava de forma mais atenta.
Mas não me educaram para o mais importante - que vem muito bem sintetizado na frase de Tolentino de Mendonça -, e que é uma outra forma de conhecimento, despojado, de nós próprios e do mundo que nos cerca.


"A contemplação não é uma sabedoria onde nos instalamos: 
é antes uma forma de exposição desarmada do olhar, 
uma colocação sem reservas, 
uma aprendizagem sempre a ser refeita, 
um despojamento dos porquês".


Quanto mais cresço - e todos continuamos a crescer até morrer - mais consciência tenho de que precisamos ter, no caos do dia a dia, como contra ponto dos momentos reflexivos, uns instantes de pura contemplação porque, sem eles, a vida torna-se algo muito pouco suportável.