terça-feira, 31 de outubro de 2023

.......................................a Lei do Espelho

 






A lei do espelho: 
o que vê nos outros 
é na verdade 
o seu reflexo


Na hora de construir cada passo de nosso crescimento pessoal focamos excessivamente em nosso interior, quando grande parte do que poderíamos aprender está na verdade no exterior ou em nosso entorno, quando de confiança. 

Várias lendas e mitos nos ensinam desde a antiguidade que o que vemos nos outros nos revela informações sagradas sobre nós mesmos: é como um espelho.

Muitos têm sido os estudos sobre psicologia pessoal que afirmam que o exterior atua como um espelho em nossa mente. Um espelho em que vemos refletidas diferentes qualidades, características e aspectos pessoais de nossa própria essência, de nosso ser mais primitivo.

Falamos de situações que frequentemente ocorrem em nosso dia a dia quando observamos algo que não gostamos nos outros e sentimento um certo desgosto, um descontentamento. 
Pois bem, estamos diante da lei do espelho. 
Esta estabelece que de algum modo, esse aspecto que nos causa desgosto em determinada pessoa, existe também em nosso interior. 
Por que isso ocorre desse modo? 



O defeito que percebemos está no exterior ou em nós mesmos?
A lei do espelho estabelece que nosso inconsciente, ajudado pela projeção psicológica que realizamos durante esse momento, nos faz pensar que o defeito ou desagrado que percebemos nos outros existe somente “lá fora”, não em nós mesmos. 

A projeção psicológica é um mecanismo de defesa por meio do qual atribuímos a outras pessoas nossos sentimentos, pensamentos, crenças ou até mesmo ações próprias que são inaceitáveis para nós.

A projeção psicológica começa a atuar durante experiências que nos trazem algum tipo de conflito emocional, ou nos momentos em que nos sentimentos ameaçados, tanto interiormente quando exteriormente. Quando nossa mente entende que existe uma ameaça para nossa integridade tanto física quanto emocional, esta emite um sinal de rejeição para o exterior, projetando essas características e atribuindo as mesmas a um objeto ou sujeito externo que não nós mesmos. 
Assim, aparentemente colocamos a ameaça fora de nós.

As projeções acontecem tanto com as experiências negativas como com as experiências positivas. 
Nossa realidade é colocada para fora sem filtro no mundo exterior, construindo a verdade com nossas próprias características pessoais. 

Uma experiência típica da projeção psicológica acontece quando nos apaixonamos e atribuímos à pessoa amada certas características que na verdade só existem em nós mesmos.



Projetamos no exterior a nossa própria realidade
A lei do espelho se reflete quando afirmamos conhecer muito bem outras pessoas e, na verdade, o que fazemos é projetar sobre elas nossa própria realidade. Quando ocorre essa situação estamos colocando nossa visão projetada de nós mesmos sobre a imagem física da outra pessoa que é captada por nossos sentidos.

Ser consciente daquilo que projetamos nos outros nos permite descobrir como somos de verdade. Quando adquirimos o conhecimento desse mecanismo mental é fácil recuperar o controle sobre o que está acontecendo em nosso interior para que possamos fazer uso disso e trabalhar os aspectos que estão presentes em nós mas que não desejamos manter, ou que queremos transformar de algum modo.

É imprescindível lembrar que tudo o que chega para nós através de nossos sentidos já aceitamos como certo, sem reconhecer que muitas vezes ocorre interpretação e nossa subjetividade influencia a percepção. Vivemos de acordo com essa forma de perceber a realidade, acreditando em distorções negativas ou que nos geram mal-estar na hora de nos relacionarmos com as pessoas a nossa volta, inclusive com nós mesmos.

Se quisermos empregar esse recurso natural da psique – o projetar – de forma saudável e plena para obter um crescimento interior saudável, a meditação nos ajudará a traçar essa fronteira, facilitando o aprendizado de ver as coisas como elas realmente são. 
Sempre recordando a premissa que 
“observar diz mais sobre o observador do que sobre o que está sendo observado”.


in, A Mente é Maravilhosa






Lisa Fotios




É natural sentirmos o apelo da paz e da harmonia, mas tal não se consegue evitando as tensões e os conflitos. O diálogo só é efectivo se conseguirmos sair da sala de espelhos, onde o outro é tela de projeção. A relação só é possível se deixarmos de lado a expectativa de que o outro apenas nos devolva a imagem do que em nós desejamos ver. 

Quando estamos em conflito, quando rejeitamos determinadas emoções, necessidades, desejos, quando não aceitamos ver a inteireza de nós mesmos, com todas as partes desconfortáveis, com as dúvidas, as inseguranças, os medos e as frustrações, tudo isso acaba por nos ser devolvido no espelho das relações. 

E aí surge uma oportunidade, a de consciencializar e integrar. 

A relação com o outro é também a relação connosco próprios.
Quando dialogamos e construímos pontes com aquilo que é diferente e desafiante nos outros, abrimos caminhos para a harmonização interior. 
Quando nos antagonizamos na relação com o outro, julgamos e rejeitamos, acabamos também a construímos muros e a promover a divisão dentro de nós mesmos. 


Jorge Lancinha




O Mito Da Caverna









O que é o Mito da Caverna?

O mito da caverna é uma alegoria criada por Platão para ilustrar a natureza da realidade e a busca pela verdade. 

Na história, Platão descreve um grupo de pessoas que foram criadas e vivem em uma caverna desde o nascimento.

Todos estão acorrentados, com as cabeças viradas para a parede, sem poder mover-se ou ver a luz do sol.

O único mundo que conhecem é aquele que enxergam projetado na parede da caverna.

Ou seja, a única realidade que os habitantes da caverna vivenciam são as sombras dos objetos que passam em frente a uma fogueira. 

Eles não têm conhecimento do mundo exterior e acreditam que a realidade é limitada ao que vêem na parede da caverna.

No entanto, quando um dos prisioneiros consegue se libertar e sair da caverna, ele descobre um mundo completamente diferente.

Primeiro seus olhos doem, até que ele se acostuma com a claridade.

Então, ele vê cores, formas e dimensões até então desconhecidas. 

Gradualmente, ele percebe que a realidade que ele conhecia antes era apenas uma sombra da verdadeira realidade.

 

O Significado do Mito da Caverna de Platão

O mito da caverna simboliza a busca pela verdade e a libertação da ignorância e do engano. 

Platão argumenta que a verdadeira realidade é eterna e imutável.

Por sua vez, a busca pela verdade deve ser a principal preocupação do filósofo. 

A história também destaca a importância da educação e da reflexão crítica para a compreensão do mundo e da vida.

 

A Filosofia por trás do Mito da Caverna

O mito da caverna de Platão é uma alegoria que se tornou um dos textos mais conhecidos da filosofia ocidental. 

Essa história ilustra:
  • A natureza da realidade, 
  • A busca pela verdade, 
  • A relação entre o mundo sensível e o mundo das ideias, 
  • A educação e a política.
Platão acreditava que a realidade que percebemos pelos nossos sentidos é ilusória e passageira.

Para ele, a verdadeira realidade é eterna e imutável. 

Na alegoria, as sombras que os prisioneiros veem na parede da caverna representam essa realidade ilusória. 

Eles acreditam que essas sombras são a realidade porque não têm conhecimento de nada além delas.

No entanto, quando um dos prisioneiros é libertado e sai da caverna, ele descobre um mundo completamente diferente.

Esse mundo representa a verdadeira realidade, que é eterna e imutável.

O prisioneiro que sai da caverna é como um filósofo que busca a verdade e a sabedoria através da razão e do conhecimento. 

Ele percebe que a realidade que os outros prisioneiros conhecem é apenas uma sombra da verdadeira realidade.

Percebe também que a busca pela verdade é a única maneira de alcançar a verdadeira felicidade e realização.

 

Mundo Sensível e Mundo das Ideias
 
Platão também usa essa alegoria para explicar a relação entre o mundo sensível (o mundo que percebemos pelos nossos sentidos) e o mundo das ideias (o mundo eterno e imutável das formas perfeitas). 

Segundo ele, as coisas que percebemos pelo mundo sensível são apenas imitações das formas perfeitas no mundo das ideias. 

Por exemplo, o objeto que vemos na realidade é apenas uma cópia imperfeita (a sombra projetada na parede) da ideia perfeita desse objeto no mundo das ideias (a forma da verdadeira realidade).

 

Como Fugir da Caverna?

Platão também usa o mito da caverna para discutir a importância da educação e da reflexão crítica para a compreensão do mundo e da vida.

Ele acredita que a educação é fundamental para libertar as pessoas da ignorância e do engano, permitindo-lhes buscar a verdade e alcançar a verdadeira felicidade.

Em resumo, o mito da caverna de Platão é uma alegoria complexa e multifacetada que ilustra a natureza da realidade, a busca pela verdade, a relação entre o mundo sensível e o mundo das ideias, a educação e a política. 

Ele continua sendo uma das histórias mais conhecidas e influentes na filosofia ocidental.

 

Vivemos em Algo Parecido com o Mito da Caverna de Platão?

Algumas pessoas argumentam que sim, estamos vivendo em algo parecido com o mito da caverna de Platão. 

Essa ideia é baseada no fato de que muitas vezes acreditamos em uma versão limitada ou distorcida da realidade.

Muitas pessoas vivem sem questionar ou buscar a verdade mais profunda das coisas.

Por exemplo, acredita-se que a tecnologia e as redes sociais, apesar de trazerem muitos benefícios, podem ser responsáveis por criar uma versão limitada da realidade. 

Isso ocorre porque essas ferramentas nos expõem apenas a uma determinada visão do mundo.

Essa visão de mundo, por sua vez, pode ser filtrada e apresentar os conteúdos parciais, e favorecer determinada narrativa.

Isso pode levar a uma perspectiva limitada da realidade, criando um mundo de "sombras”.

 

in, Cadernos Filosóficos








O mito da caverna é uma alegoria muito famosa, feita pelo filósofo Platão (através da voz de Sócrates). Ela fala muito sobre nossa capacidade de nos livrarmos dos grilhões da ignorância e conseguirmos alcançar a luz da Verdade.

Existem diversas perspectivas que podem ser retiradas da metáfora criada por essa parábola, muito exploradas por pensadores ao longo da história da cultura ocidental, influenciando livros, filmes e outras obras de arte.

Pensando nisso, vamos mostrar como é esse tal mito da caverna e como utilizá-lo na prática:


O mito da caverna
Tem como premissa a ampliação constante dos campos mentais e a disposição para o olhar profundo sobre a vida.

Para que isso aconteça, precisamos nos livrar das prisões mentais que nos colocamos, sair da estagnação e focar no que realmente interessa em nossas vidas.

Antes de mais nada, vejamos o que nos diz Platão, através da boca de Sócrates:

A caverna
Imaginemos que alguns homens vivam numa caverna, cuja entrada se abre para toda a sua largura, com um amplo saguão de acesso.

Eles são prisioneiros na caverna, com as pernas e o pescoço amarrados de tal modo que eles não conseguem mudar de posição. Lá, eles podem apenas enxergar a parede do fundo da caverna.

Agora, bem em frente da entrada da caverna, existe um pequeno muro, da altura de um homem. Atrás dele, outras pessoas vêm e vão, carregando estátuas que representam formas variadas, em madeira e pedra.

Finalmente, percebe-se que o sol do lado de fora ilumina as paredes do salão, passando pro cima do muro da entrada. Além disso, a caverna é tão profunda que produz ecos, que reverberam as vozes dos homens que passam pela entrada da caverna.

Nesse cenário, os prisioneiros enxergam apenas as projeções dos homens e suas estátuas, assim como escutam suas vozes. Nada de incomum, certo?

Entretanto, por nunca terem visto outra coisa, eles acreditam que aquelas sombras eram cópias imperfeitas de objetos reais, representando a única realidade. Além disso, o eco das vozes era o som real das vozes emitidas pelas sombras, ressoando pelas paredes da caverna.


O gosto da liberdade
Suponhamos, agora, que um daqueles habitantes consiga se soltar das correntes que o prendem.

Com muita dificuldade e sentindo-se frequentemente tonto, ele se voltaria para a luz e começaria a subir até a entrada da caverna. Com muita dificuldade e sentindo-se perdido, ele começaria a se habituar à nova visão com a qual se deparava.

Habituando os olhos e os ouvidos, ele veria as estatuetas moverem-se sobre o muro. E após formular inúmeras hipóteses, compreenderia que elas possuem mais detalhes e são mais belas que as sombras que antes via na caverna – que agora lhe parecem algo irreal ou limitado.

Digamos que alguém o traga para o outro lado do muro. Primeiramente, ele ficaria ofuscado e amedrontado pelo excesso de luz. Depois, habituando-se, veria as várias coisas em si mesmas. E, por último, veria a própria luz do sol refletida em todas as coisas.

Compreenderia, então, que essas e somente essas coisas seriam a realidade e que o sol seria a causa de todas as outras coisas. Mas ele se entristeceria se seus companheiros da caverna ficassem ainda em sua obscura ignorância acerca das causas últimas das coisas.

Assim, ele, por amor, voltaria à caverna a fim de libertar seus irmãos do jugo da ignorância e das correntes que os prendiam. Mas, quando volta, ele é recebido como um louco que não reconhece ou não mais se adapta à realidade que eles pensam ser a verdadeira: a realidade das sombras.

E, então, eles o desprezariam…


Resumindo o Mito da Caverna
Como você pode perceber, qualquer semelhança com a vida dos grandes gênios e reformadores de todas as áreas da humanidade não é mera coincidência.

O mito da caverna é uma alegoria complexa, mas na qual podemos identificar nossa própria condição de prisioneiros de nossas convicções.

Por isso, o trabalho de transformação interna deve ser libertador, identificando crenças, preconceitos e outros fatores que impedem o nosso desenvolvimento.
Ela pode ser dolorosa e deixá-lo num caminho sem volta. Mas vai valer a pena.


Marcos Wunderlich




A RAZÃO PLATÓNICA









Há uma doutrina da caverna que consiste em 
separar a luz e a sombra. Dizem que, para os que 
vivem na caverna, a luz é um sonho porque só 
conhecem a sombra. Mas dizem outros, como é 
que se pode saber que a luz existe quando nunca 
se saiu da sombra? Os teólogos, porém, acrescentam 
a estas dúvidas que também o homem, que 
nunca conviveu com os deuses, os pôde 
imaginar à sua imagem semelhança; e é 
por isso, acrescentam, que a luz surgiu quando 
o homem a criou à semelhança da sombra. Isto, 
porém, nada tem a ver com a realidade. Quando 
o dia nasce, vemos a luz que surge no horizonte em 
que o sol se anuncia; e aquilo que era a sombra 
que habita a noite dissipa-se quando o céu 
se torna azul. Mas os que acreditam na caverna 
voltam as costas à realidade; e quando o dia nasce 
põem-se à sombra, tapando os olhos à luz,
para concluir que a sua razão é única,
e o mundo a sua caverna.


Nuno Júdice
in, Fórmulas de Uma Luz Inexplicável




What kinds of fights are you having?







 When it comes to most relationship standoffs, there can be many hidden dimensions at play. 
Couples therapy researcher Howard Markman has identified three that have a profound impact on how we fight—and how we move forward: 

 

1. Power and Control 

  • “You undermine me with the kids.”
  • “Because I don’t make as much money as you, I feel like I have to check with you before I buy anything. I know you don’t ask me to, but you don’t have to.”
  • “We only have sex when you want to.”

2. Care and Closeness

  • “Why can’t you support me when I’m anxious rather than make me feel worse about my coping skills?”
  • “Why am I always the one to text or call you? I pursue; you distance.”
  • “Why don’t we have sex anymore?”

3. Respect and Recognition 
 
  • “You go out with your friends without asking me what I’m doing.”
  • “You never acknowledge my professional accomplishments.”
  • “I don’t think you realize how much I do around the house.”



No relationship is free of conflict. 
But pausing to take a closer look at the situation can be as helpful as checking a compass. It shows us where we are, where we’re headed, and what we might need to do differently to get where we want to go.

Take Paul and Damian, for example. 
Paul was occasionally late coming home, which upset Damian—to the point that Paul’s lateness often triggered their biggest fights. 

At first glance, it might appear that Damian was jealous. Perhaps Paul was inconsiderate. But if we look more closely, we can see how Paul’s lateness was a matter of respect for Damian. I can hear the tenor of this argument:
 
“You know how much it upsets me when you’re late. Clearly, you behave this way because you don’t respect me.” 
Meanwhile, Paul undoubtedly had an entirely different view of his lateness: 
“It wasn’t on purpose! The train was stalled!” 

Recognizing these hidden layers of conflict is often enough to change the way we engage with them. Suppose we know our partner is actually fighting for respect. In that case, we can focus on that root issue rather than waste time fighting about lateness. 
We can strive for greater understanding rather than drive ourselves further apart from our partners. 

If you stood on a courtyard balcony and watched a bunch of other couples fighting on their balconies, you would see the same patterns play out over and over again. 
One of the most destructive is called confirmation bias.

Confirmation bias happens when you gather evidence that reinforces your beliefs and disregard evidence that challenges them. For example, if you believe that your partner doesn’t care about you, then you look for proof that it’s true: they didn’t call when they said they would, or they didn’t look up from their book when you walked into the room. Nevermind the fact that their phone died, or that they asked for time alone to read before bed. It’s obvious they don’t care. The end result is a lens through which you view every interaction with your partner—and often, an emotional standoff. 

The good news is, just like the three hidden dimensions, recognizing your biases is often enough to change the way you engage with them when fighting with your partner. 

Next time you recognize yourself slipping into an automatic pattern that makes it difficult to navigate conflict with your partner, pause. By creating a space between the trigger and your reaction, you can begin to create new, more productive patterns.

Now let’s turn the lens on you: 

  1. What are your biases? 
  2. What are the lenses through which you view your relationship with conflict and your partner? 


The lenses through which you view your partner color the way you fight with them. 
If your lens is “He doesn’t value my time,” then you will always be looking for evidence that this is true (and disregard everything else). 
It doesn’t matter that he was on time to pick up the kids yesterday, he was late to dinner today. 

 

But what would happen if you took a pause, took a breath, and took off your lenses long enough to imagine a new way of handling conflict? 
What would the best fight of your life look like, without your current biases?

  1. Maybe it would look like asking your partner for a time-out and taking a walk to clear your head before having a calmer conversation later—instead of blowing up. 
  2. Maybe leaning in and asking questions to better understand your partner's experience—instead of shutting down. 
  3. Or maybe focusing on what’s happening now—instead of dragging up past transgressions. 

When we accept that conflict is inevitable and commit to navigating it as effectively as possible, we begin to find ways to have meaningful fights with our partners rather than avoid the discomfort fighting often brings. We learn to relate better and find peace with each other even when we disagree.

Experiencing conflict in their relationship—whether it looks like a silent emotional standoff, a huge blowout fight, or something in between—isn’t necessarily a bad thing. 
There are plenty of strong yet volatile couples out there.




Remember my check engine light metaphor? 
Conflict is often a signal pointing us toward something else: a lack of trust or closeness, a boundary or dynamic that isn’t working, or feelings of anger, disappointment, or hurt. 

If you’ve joined me learning about conflict and connection, it’s likely that your check engine light has come on. Somewhere in your relationship, there’s something that needs your attention. 


Maybe you’re still trying to figure out what the light is signaling: 
“My partner and I almost never fight. Why do I feel disconnected?”

Maybe you already know what needs to change, but don’t know how to address it: 
“My partner undermines me with the kids. How can I make sure we’re on the same team?”

Or maybe you’ve already tried making a change, but it hasn’t worked: 
“Every time I try to initiate sex, she shuts down. I’ve tried asking her why, but she won’t budge.” 




Esther Perel





quarta-feira, 11 de outubro de 2023

O INFERNO



Pexels







 Debrucei-me na janela do inferno
e não vi nada que me horrorizasse;
pareceu-me um lugar igual aos outros,
cheio de gente e coisas. Alguém
do inferno convidou-me a entrar.
Não me lembro quem era, ou se eram vários,
nem o que me disseram lá de dentro
ou se aquelas pessoas sorriam,
se havia algum que se lamentasse,
nem se desconfiei em algum momento.
Procurei e achei a porta do inferno,
abri a porta do inferno, entrei
e desde então vivo no inferno.
É um lugar igual a outro qualquer
cheio de gente e coisas. Mas
sei que só pode ser o inferno
porque neste lugar não estás comigo.

Amalia Bautista



................................ resolve conflict

 



What is the difference between 
conflict that is productive, 
useful, and restorative 
and 
conflict that is destructive, 
useless, and harmful. 



Everywhere these days, it seems that people are having a harder time finding that difference for themselves. I often hear about situations in which one person, unable to air their grievances, has let a minor crack in a relationship metastasize into a web of fractures. The other person, inevitably, seems to be unaware of the impact of their behavior. Both are left flummoxed at how a misunderstanding or disagreement became a full-blown breakup or breakdown. But, for the life of them, neither really knows how it got so bad. 

And it’s not just those with particularly close relationships. 
My single clients and friends tell me all the time how rare it is to address something they don’t like with a date. Rather than communicate, it’s become all too common to just say nothing at all and let whatever connection could have been fizzle out. 

How conflict-avoidant so many of us have become. 
  1. Is it the social atrophy from pandemic life? 
  2. Is it the polarization we are dealing with as a society? 
  3. Is it our over-reliance on increasingly predictive technologies? 
  4. Has having all the answers in the palm of our hands made us less able to deal with life’s uncertainty and friction? 

  • Are we scared of hurting each other’s feelings? 
  • Are we terrified to let someone we love know that we feel hurt by them? 
  • Do we dread how bad the conversation might get…that something might be said that can’t be taken back? 
  • To all of these questions, I ask: what’s worse—addressing the problem and its potential consequences or losing the relationship altogether because we were afraid of what might happen? 

It is possible to turn conflict into connection. 
It takes empathy and grace, hard work and learning new skills. And it takes a bit of bravery. 
Trust me, just because I’m a relationship therapist does not mean that I don’t have conflict in my life. In my personal life, I fight with my family and, yes, occasionally my friends. 
In my professional life, I help people parse out what they are fighting about versus what they are fighting for. 

Conflict is intrinsic to all relationships. 
The presence of bickering or disagreements doesn’t mean the relationship isn’t good, or that it isn’t worth it. 
Often, it’s an alarm. 
Your relationship needs attention. 
Sometimes the best fight you can have is the fight for each other.

Let’s Turn the Lens on You:

  1. How would you describe your style of fighting? 
  2. What did you learn about fighting in your family of origin? 
  3. What are some of the recurring conflicts you experience?
  4. How do you know the difference between a good fight and a bad fight? 
  5. What is your process of repair?
  6. If you could learn to fight better, what might it look like?

Conflict is intrinsic to every relationship. 
Sometimes, it’s short and harmless. 
But often, it can feel like an endless, destructive loop. 

Over the last 35 years, I’ve worked with countless couples in this cycle. 
I’ve watched again and again as clients arrive for their first session, settle in, and assume their positions:

the sinner and the saint, 
the accountant and the accountable, 
the betrayer and the betrayed. 

But relationship dynamics go much deeper than these binaries. 

There are layers of relational conflict and reflect on your own experiences. 
  1. How do you react when your partner gets defensive? 
  2. Why do you keep fighting about the same things over and over? 
  3. What will it take to stop arguing about your differences and find peace together? 
  4. Do you want to be right or do you want to preserve your relationship?

 Below are a few of the many responses I received when I asked about your struggles with conflict. Notice which ones you relate to most:
  • “Our fights are always the same: he blows up, I shut down. It’s always the same choreography. The more he blows up, the less I have to say, which triggers him blowing up again and me shutting down more.”
  • “In every relationship I’ve ever had, stating my discontent even in a calm and kind way has led to shaming, rejection, yelling, and worse. Because of this, I don’t feel I can speak up for myself in my current relationship. When I try, I feel like I’m going to throw up. I know what I want to say, but I’m unable to say it. The conversations just don’t come naturally to me.”  
  • “I’m at a point in my relationship where I need to make a decision on whether or not to stay. A lot of my concerns are around communication, especially how we deal with conflict.” 

Now think about how you typically engage with conflict. 
  1. Do you escalate or retreat? 
  2. Yell or shut down? 
  3. Push harder or throw up a wall? 
  4. How about your partner?

  • What is the signal that lets you know your disagreement has turned into a full-blown fight? 
  • And how can we begin to think about that signal as a helpful tool rather than a trigger? 
  • What you and your partner are really fighting about. (Hint: It’s often not what you think.) 

Imagine for a moment you’re driving along in your car. 
It’s a beautiful day. You’ve got the windows down, and your favorite song is playing on the radio. 
Life is good.

Then, a bright orange “Check engine!” light flashes on your dashboard. 
You feel your stomach turn.

The light could signal something minor, like that it’s time for a routine oil change. But it could also mean there’s a more serious issue that you need to address immediately.

In our relationships, conflict is like the check engine light. 
It points us toward something that needs our attention. And much like we don’t know what needs to be fixed until we take a look under the hood, we often don’t know what we’re really fighting about at first glance.

  1. Are you arguing with your partner because they left dishes piling up in the sink again, or are you feeling unsupported at home? 
  2. Do you really care how often your partner is on their phone, or do you feel uncared for? 

It’s difficult to have a constructive argument without knowing what you're really arguing about. 

Many of you have written in to share with me your experiences with conflict. 
Below are a few examples. 
Can you identify the signal and underlying issues that might be at play in each scenario? 

  • “Sometimes it’s like he blows up to test my love and boundaries, which is incredibly draining. The more he blows up, the more impatient I become, and the more likely I am to just pack up and leave. It becomes a self-fulfilling prophecy.”  
  •  “I feel stuck between a rock and a hard place. I need connection. She says she needs space. But when I give it to her, she feels completely abandoned. We can’t seem to find the middle ground.” 
  • “Whenever I have feedback or a request for my partner, he gets defensive, like he’s more concerned with explaining himself than understanding my experiences. When he disagrees with my feelings, it feels like he’s writing them off as not his problem. It makes me feel invalidated.”


Now, think about a time when you’ve experienced conflict in your relationship. 
  • What was the argument about? 
  • What might it have actually been about? 
  • Do you think your partner would describe the fight the same way? 


Esther Perel








quarta-feira, 4 de outubro de 2023

Mas afinal o que é Despertar, perguntam ainda muitos?







Durante os últimos 2000 anos da velha Era de Peixes, habituámo-nos a pensar que matar, roubar, trair, mentir, apanhar um ataque de raiva, contradizer ou desobedecer estava errado, era feio ou mesmo proibido, justificações suficientes para castigo, exclusão, punição tanto social, como familiar, como religiosa.
Fez parte deste tipo de educação condicionada levarem-nos também e por contrabalanço a acreditar que bastava ser “bem” educado, obediente, humilde, trabalhador, respeitoso e capaz de seguir regras e ditames externos para se ser aceite, respeitado, integrado, visto como Santo ou Herói ou simplesmente, abençoado por Deus.

Se sabemos alguma coisa sobre a história do mundo, também sabemos que nem sempre os “maus” eram realmente maus e nem sempre os bonzinhos, eram realmente bonzinhos.
Tal como cada um de nós, sabe na sua própria consciência, que somos uma mistura dos dois, que somos capazes tanto do melhor como do pior. 

Ao contrário do princípio Oriental da polaridade sagrada, que tudo integra e harmoniza, este tipo de visão separatista Ocidental, Deus = Céu = Luz = Perfeição vs Homem = Terra = Sombra = Imperfeição, afastou-nos da nossa Essência Divina, do nosso Equilíbrio, da nossa Consciência Interior, impedindo-nos de gerir essas duas poderosas forças dentro de nós, o medo e o Amor.

A consequência de tão ignorante e ingênua visão do mundo e educação ou melhor dito, condicionamento mental a que estivemos sujeitos, levou-nos pelo medo, a rejeitar e a desconectar do nosso mundo interior, da fonte de Amor interna e a subjugar-nos às vontades externas, vindas não raras vezes de abusadores autoritário ditatoriais na forma de Pais, Reis e chefes religiosos.

Foram vidas e vidas vividas em desconexão profunda de nós mesmos e da fonte de Amor interior, numa vibração de medo permanente, de inconsciência da nossa Essência Divina. 
Ou seja, encarnações várias onde sem sabermos, estávamos a anular-nos a nós próprios, a abafar as nossas sombras, a criar variadíssimos desequilíbrios, ou seja, a gerar karma que teremos que limpar, se queremos realmente aproveitar esta encarnação para evoluir. 
Não é por acaso que vemos no tempo presente, a imensa onda de terapias e terapeutas em busca do retorno à sua Essência e Consciência Divina. 

Esta longa Noite Escura da Alma onde estivemos dormentes durante tantos séculos, convida-nos agora a um enorme Despertar. 
Mas afinal o que é Despertar, perguntam ainda muitos?
Despertar implica antes de mais relembrar o verdadeiro propósito da nossa existência, ou seja, reconectar com a nossa Essência Divina, Evoluir Espiritualmente, aceder a um novo patamar de experiências onde o Amor seja o Grande Valor, libertar e resistir às tentações do lado sombra e escolher corajosamente a expressão da luz e do Amor, seja em que ambiente for. 

Despertar não significa então ser bonzinho, obediente, humilde como nos ensinaram a viver em busca do amor externo. 

A Nova Era está a exigir Amor Interno, Amor Próprio, e para o conseguirmos, implica resgatar o Poder Pessoal de dizer sim ou não a tudo o que nos afasta de nós mesmos e da nossa integridade espiritual. 
O Amor passa a ser um estado de SER e não um estado de TER.

Despertar é aprender a viver a partir do centro, como dizia Buda, o Caminho do Meio onde a agenda social e a agenda espiritual, trabalham para o mesmo fim; a nossa evolução pessoal.

Se durante séculos, a fórmula da felicidade era TER uma relação, ter filhos, ter um bom trabalho, ter conforto material, ter reconhecimento social, mesmo que custasse o bem estar e a liberdade individual, a Nova Era convida-nos a descobrir o Indivíduo, a dar prioridade ao SER, a prezar o respeito pela diferença, a recuperar o seu Livre Arbítrio de poder escolher como quer viver de forma a poder SER quem realmente nasceu para ser.

Estamos a viver um tempo de gigante Revolução da Consciência. 
Pela primeira vez em milénios, estamos a ter a oportunidade de revolucionar totalmente a forma como vemos e vivemos no mundo. Principalmente a libertar a prisão do ego onde vivemos apenas para o exterior, para os papéis sociais, profissionais e familiares, para as infinitas tentações do plano material. 

Claro que vamos continuar a ter famílias, empregos, pais e, o dinheiro tem o seu papel, mas não como fins em si e únicas razões de viver como tantos ainda vivem. Precisamos aprender a levar a Alma para a nossa vida, a sacralizar a rotina, a voltar a vermo-nos como irmãos de alma, a ouvir o que esta pede, a respeitar o que lhe faz ou não sentido, que plano ela traçou para a encarnação presente, que lições e aprendizagens se escondem no nosso mapa natal, de que formas a nossa história e patamar de evolução, difere de quem nos rodeia como honrá-la e ser-lhe fiel a cada momento da nossa vida.

Não é um convite fácil nem vai ser conquistado nesta vida. 
Mas num tempo em que assistimos ao fim de Século, fim de Milénio, fim de Era, à transição do primeiro para o segundo milénio, não tenhamos dúvidas que chegou o tempo da mudança e quem não entrar no comboio da transformação pessoal, irá sentir a frustração da sua própria resistência, adiando para uma nova encarnação esta tão extraordinária oportunidade de evolução.

Não desanimes com o estado do mundo actual pois o sofrimento que ainda vemos foi criado e ainda está a ser mantido por seres da velha Era dos abusadores, ainda desconectados da luz, envolvidos em karmas pessoais / sociais que não podemos compreender. 
Se queres fazer parte da mudança do mundo e evoluir como indivíduo, ocupa-te de ti mesmo, leva a paz ao teu mundo pessoal, foca a tua energia no Amor e não dês atenção ou alimentes o medo.

O stress, a ansiedade, a depressão, a resistência à vida são a consequência da desconexão da luz. 
Ou seja, vivemos muito tempo numa literal escuridão espiritual. 
Mas já não tem que ser assim. 
Chegou o tempo de reacender a Luz interna. 
E por mais difícil ou mais trabalho que vá dar, vai valer a pena!


Vera Luz




quinta-feira, 28 de setembro de 2023

Noite de amor sem dormir


Vittorio Natoli





Noite acima nós dois com lua cheia, 
comecei a chorar e tu só rias. 
Teu desdém era um deus, minhas sombrias 
queixas horas e pombas em cadeia. 

Noite abaixo, nós dois. Ar que golpeia, 
pelas fundas distâncias tu gemias. 
Minha dor era um grupo de agonias 
sobre teu débil coração de areia. 

Uniu-nos a aurora sobre a cama, 
as bocas postas no jorro gelado 
de um sangue sem ter fim que se derrama. 

E o sol entrou no quarto bem fechado 
e o coral da vida abriu sua rama 
sobre meu coração amortalhado.


Federico García Lorca



O Humano Feminino

Lady-Photo




Por certo, as mulheres, em quem a vida se detém, permanece e mora de um modo mais imediato, mais fecundo, mais confiado, devem ter-se tornado seres mais maduros e mais humanos do que os homens. 

Este, além de leviano – por não o obrigar o peso de nenhum fruto das suas entranhas a descer sob a superfície da vida – é também vaidoso, presunçoso, confuso, e menospreza, na realidade, a quem crê amar…

Esta mais profunda humanidade da mulher, consumada entre sofrimentos e humilhações, sairá à luz e virá a resplandecer quando as mudanças e transformações da sua condição externa se houver desprendido e libertado dos convencionalismos alheios ao meramente feminino. 

Os homens, aqueles que não pressintam esse advento, sentir-se-ão surpreendidos e vencidos. 
Chegará um dia, que indubitáveis sinais percursores anunciam já de um modo eloquente e brilhante, sobretudo nos países nórdicos, em que aparecerá a mulher cujo nome já não significará apenas algo oposto ao homem, mas sim algo próprio, independente. 

Nada que faça pensar num complemento ou limite, senão somente em vida e em ser: 
o Humano feminino.


Rainer Maria Rilke 
in, "Cartas a um Jovem Poeta"



 




terça-feira, 26 de setembro de 2023

Genética e Epigenética

 






A genética e a epigenética são dois conceitos fundamentais para entender como nossos genes são expressos e como essa expressão pode afetar nossa saúde e bem-estar. Embora ambos estejam relacionados ao DNA, eles têm abordagens diferentes e podem ser influenciados por fatores externos, como estilo de vida e ambiente.

A principal diferença entre genética e epigenética é que a genética é o estudo dos genes que controlam as funções do corpo, enquanto a epigenética é o estudo das alterações hereditárias dos organismos causadas pela modificação da expressão gênica. Os genes são as unidades básicas da hereditariedade que transmitem informações genéticas ao longo das gerações. A estrutura dos genes e suas alterações são estudadas em genética. Na epigenética, estudam-se as modificações da expressão gênica que alteram o fenótipo.




O que é Genética

A genética refere-se ao estudo da hereditariedade e da variação das características herdadas. A hereditariedade é o processo biológico pelo qual um genitor passa sua informação genética para sua prole. Todo indivíduo herda os genes de sua mãe e de seu pai. Assim, o gene serve como a unidade básica da hereditariedade. As formas alternativas de um gene são chamadas de alelos. Muitos organismos têm dois alelos que podem ser homozigotos ou heterozigotos. Alguns alelos são dominantes sobre os outros e determinam os fenótipos de um determinado organismo. Muitos genes são compostos de DNA. O DNA é empacotado no núcleo formando cromossomos.

Os seres humanos têm 46 cromossomos: 22 autossomos e dois cromossomos sexuais. Mais de 20.000 genes estão localizados nesses 46 cromossomos. A herança de genes foi descrita pela primeira vez por Gregor Mendel em 1890. Alguns genes exibem herança mendeliana, enquanto outros exibem herança não mendeliana. Esses padrões de herança são estudados em genética.

Alguns alelos causam distúrbios genéticos. Eles também são estudados em genética. As alterações da sequência de nucleotídeos em genes e cromossomos são chamadas de mutações. Os efeitos de mutações em um determinado organismo também são estudados em genética. As mutações causam a formação de novos alelos. As variações de alelos causam variações genéticas dentro de uma determinada população. Essas variações são estudadas em genética de populações.






O que é Epigenética

A epigenética refere-se ao estudo das mudanças hereditárias dos organismos causadas pela modificação da expressão gênica, em vez da alteração do material genético dos organismos. A modificação da expressão gênica é um processo natural que ocorre dentro da célula para ajustar os tipos e o número de proteínas expressas na célula. Os dois principais tipos de tais modificações são a metilação do DNA e a modificação das histonas. Na metilação do DNA, um grupo metil é adicionado ao DNA tag, ativando ou reprimindo a expressão desse DNA. Na modificação de histonas, os fatores epigenéticos se ligam às caudas das histonas, alterando a extensão do DNA enrolado ao redor dos nucleossomos. As histonas são um tipo de proteínas em torno das quais o DNA pode se ligar durante a formação da cromatina. A extensão do envolvimento do DNA em torno das histonas altera a expressão do gene.

Dois tipos de cromatina são formados dependendo do grau de envolvimento ou condensação cromossômica. As cromatinas frouxamente envolvidas são eucromatina e contêm genes de expressão ativa. A cromatina firmemente envolvida é heterocromatina e eles contêm genes transcricional e geneticamente inativos.

Tanto a metilação do DNA quanto a modificação das histonas podem ser alteradas sob a influência de fatores ambientais, como envelhecimento, dieta, produtos químicos, drogas ou várias doenças. Essas influências e o grau de modificação da expressão gênica são estudados em epigenética.

"Uma das principais implicações da epigenética é que ela pode ser influenciada por fatores externos, como dieta, exercícios e exposição a toxinas ambientais. Isso significa que, embora nossos genes possam nos predispor a certas doenças, nossas escolhas de estilo de vida e ambiente também podem afetar como esses genes são expressos. Essa é uma das razões pelas quais a medicina preventiva, que se concentra na prevenção de doenças antes que elas ocorram, é tão importante.

A vida saudável, que inclui dieta equilibrada, exercícios regulares, sono adequado e gerenciamento do estresse, pode ajudar a promover a saúde epigenética. Por exemplo, alguns estudos sugerem que a dieta pode afetar a metilação do DNA, o que pode influenciar a expressão dos genes relacionados à inflamação e doenças crônicas. 
Além disso, o exercício pode ajudar a promover a saúde epigenética, incluindo a regulação da expressão gênica relacionada ao metabolismo e ao sistema cardiovascular.

Outro aspecto importante da epigenética é sua aplicação na medicina. O estudo da epigenética pode ajudar os médicos a entender como as mudanças epigenéticas podem contribuir para o desenvolvimento de doenças, como câncer, diabete e doenças neurológicas. 
Isso pode levar a novas terapias que visam restaurar a expressão gênica normal, o que pode ser particularmente importante para o tratamento de doenças que atualmente têm poucas opções de tratamento eficazes.

Além disso, a epigenética também pode ser usada como uma ferramenta para diagnosticar doenças. Por exemplo, o teste epigenético pode ser usado para identificar alterações epigenéticas que podem estar associadas a certos tipos de câncer. Isso pode ajudar a identificar a doença em estágios iniciais, o que pode levar a um melhor prognóstico e tratamento mais eficaz.
A medicina preventiva, que se concentra na prevenção de doenças antes que elas ocorram, é particularmente importante à luz das descobertas da epigenética. Isso significa que nossas escolhas de estilo de vida, como a dieta e o exercício, podem ter um impacto significativo na forma como nossos genes são expressos e, portanto, na nossa saúde geral.

No entanto, é importante lembrar que a epigenética é uma ciência relativamente nova e ainda há muito a ser aprendido sobre sua aplicação na medicina. Mais pesquisas são necessárias para entender completamente como as mudanças epigenéticas afetam nossa saúde e como podemos usar essa informação para prevenir e tratar doenças."

Dra. Larissa Diniz





Genética: 
A estrutura, interações, função e alterações dos genes de um organismo particular são estudados em genética.
Genética abrange genômica, transcriptômica, proteômica, hereditariedade, genética evolutiva e doenças genéticas.
A genética é a ciência que estuda os genes e sua hereditariedade. É responsável por determinar nossas características físicas e biológicas, como a cor dos olhos, altura e susceptibilidade a certas doenças. O DNA é composto por uma sequência específica de bases nitrogenadas organizadas em genes. Esses genes são responsáveis por codificar as proteínas que nosso corpo precisa para funcionar.

Epigenética: 
As modificações da expressão gênica de um determinado organismo são estudadas em epigenética.
A epigenética abrange a regulação do gene, as interações do gene e do ambiente e as interações da proteína e do ambiente.
A epigenética, estuda as mudanças na expressão dos genes que ocorrem sem alterar a sequência de DNA. Isso significa que as alterações epigenéticas podem afetar como os genes são lidos e interpretados pelo corpo. Essas alterações incluem metilação, acetilação e outras modificações químicas que podem afetar a estrutura da cromatina e, portanto, a acessibilidade dos genes.


A genética e a epigenética são dois campos que estudam o material genético de um determinado organismo. Na genética, estuda-se a estrutura e a função dos genes. No entanto, na epigenética, são estudados os fatores externos envolvidos nas modificações da expressão gênica, como a metilação e acetilação do DNA e a estrutura da cromatina. Esta é a diferença entre genética e epigenética.

“ Cada vez mais pesquisas nos mostram a influência dos fatores ambientais no nosso cotidiano, que muitas vezes impactam de forma negativa a nossa saúde e o nosso comportamento. A Medicina tenta, dia a dia, combater esses efeitos através de terapias e produção de fármacos. Porém, ainda conhecemos muito pouco sobre esse ramo da epigenética. Quem sabe, com os avanços tecnológicos atuais, poderemos chegar ao ponto de conseguirmos prever e solucionar problemas relacionados a fatores epigenéticos, bem como, através deles, expressarmos ou silenciarmos genes que nos beneficiem de alguma forma, principalmente nos casos de problemas associados às doenças crônicas como o LIpedema. Imagina poder silenciar a parte negativa e manter apenas a positiva…” 

Dr. Daniel Benitti




Gostam dos poemas



Ed Ruscha






Gostam dos poemas colhidos na arca frigorífica tê-los ali em 
porções doseadas com as instruções sobre o tempo médio para 
aquecer no fogão ou no microondas gostam muito de ler o nome 
como a etiqueta pendurada num pé um prego enferrujado sobre a 
passagem deles sumariamente julgada contida um morto já calmo 
metido num saco hermético selado plenamente abraçado pela 
terra e coroado por flores das mais castas gostam de lhe sentir os 
dentes se não puder ferrar quando brincam a pôr a mão no fogo 
sendo certo que não ateará a seara nem lhes deitará uma olhada 
que os faça sentir cercados podem estar descansados ler um
poema é um acto ao abrigo do máximo sigilo sem compromisso 
de qualquer espécie pode sair a meio cavar tirar o que lhe 
apetecer do contexto partilhar como legenda da próxima selfie 
suspendê-lo logo que se torne inconveniente não tem botão mas 
feche os olhos que é como desligar e até pode arrancar a página é 
o mais à vontade do freguês que possa imaginar e sim em breve 
haverá serviço ao cliente e um gabinete para que os utentes 
façam as suas reclamações também já estamos a tratar com as 
entidades competentes para estabelecer um sistema de garantia 
mas sobretudo que esteja já bem frio e o olhar ferocíssimo do 
poeta se detenha a partir daquela segunda data sem 
possibilidade de lhe crescerem unhas ou cabelos nem de 
assombrar seja quem for muito para breve será aprovada ainda 
uma directiva entre Estados para gerar confiança nos 
consumidores: poetas serão sempre servidos mortos



Diogo Vaz Pinto



A verdade Sobre o Sofrimento Humano

 




A vida não é fácil para ninguém e a ignorância é a mãe de todo sofrimento que pode ser curado a partir da verdade (conhecimento).

A negação do sintoma é um obstáculo à cura;

- O que causa sofrimento é a violação dos princípios sistêmicos: pertencimento, compensação e ordem;

- Ao compartilhar segredos com os filhos, os pais violam o princípio da ordem e se enfraquecem;

- Nosso corpo capta e envia informações o tempo todo. Aprendamos a controlar nossos pensamentos e sentimentos;

- “Amadurecer é entender quais tarefas o nosso destino pede de nós e realizá-las”;

- Milagres dependem de nossa submissão, nosso rigor e nossa disciplina;

- Um sintoma é um bom mensageiro. Ele precisa ser ouvido e sua mensagem, atendida;

- Corpo de Dor é a soma da memória traumática com a reação (dispêndio de grande parte da energia vital e criativa) para evitar acessar essas memórias;

- Sendo a morte apenas uma das etapas de existência, nossa contribuição, nosso legado, positivo ou negativo, o que fizemos de bom ou prejudicial, permanece;

- Considerando o tempo sistêmico, passado e futuro se fundem num grande agora onde se manifestam memórias felizes ou traumáticas.


Através dos cinco sentidos comuns – esses que nos ensinam nas escolas – nosso corpo se comunica o tempo todo entre o concreto e o abstrato. Pensamentos e sentimentos nossos circulam como energia no ambiente e influenciam tudo e todos. Manter um ambiente aconchegante, perfumado, minimamente organizado estimula sensações positivas, bem-estar. Da mesma forma,  atentar para as mensagens sonoras, para os ruídos, músicas que promovam calma e paz na alma. 

O que precisa de mudar em nós?
A visão de sofrimento. 
De pensar no sofrimento como vítima e que a solução está numa mudança externa.
Acolher e aceitar o sofrimento com gratidão e perceber nele o movimento que cura.


Olinda Guedes
in, A verdade Sobre o Sofrimento Humano




quarta-feira, 20 de setembro de 2023

Quem ama também desiste








A vida não é um poema!
A vida é para ser respeitada e valorizada de forma justa. 
Mas por vezes o amor não é justo. 

Por vezes é melhor saber desistir em vez de insistir.

O amor só faz sentido se for a correspondido, pois quando é só alimentado por uma das partes o amor pode não passar de um grande sofrimento onde alguém sai sempre magoado. 

A dúvida acompanha sempre todas as certezas. Nunca nada é certo. 
Há que tomar decisões custe o que custar, mesmo que implique perder. 
Perder é muito duro. 
Tentamos ser racionais com a nossa vida e para quê? 
Ser corajoso implica ouvir o coração!

Por vezes lutamos demasiado, fazemos tudo o que podemos, mas mesmo assim não chega. 
Infelizmente existe uma dor que não se controla e é muito triste quando amamos alguém de verdade e temos de escolher entre ir em frente e deixar, desistir desse amor.

Quem ama também desiste! 
Desistimos por amor. 
Desistimos do que dói, do que nos atormenta, do que nos faz chorar mais do que sorrir… não dá para acionar um botão só quando nos apetece, ou desligar quando não nos convém. 

Por muito que se faça para dar certo, ele só pode dar certo se ambas as partes se empenharem muito no que querem, se empenharem pelo mesmo.

Um Conselho: 
Não deixes para depois o que podes resolver agora…


Filipe Miguel



AS ENERGIAS QUE ATRAÍMOS





O mundo está cheio de eventos pessoas e acontecimentos infinitamente variados. Para muitos o mundo é ainda um espaço caótico sem rei nem regras onde domina a lei do mais forte e o espírito de competição.

Muitos no entanto começamos já a perceber que o mundo é um espaço perfeitamente organizado onde circulam energias inteligentes que fazem atrair à nossa realidade a materialização do que nos vai dentro.

Macro teatros dos nossos micro dramas.

Tanto podemos sair a rua e passar um dia feliz cheio de sinais de amor e magia como dar de caras com a violência a dor e a frustração. E o mais natural é até que tenhamos um cheirinho de ambos pois afinal somos seres duais...

Sem a consciência de que ambas as energias fazem parte da experiencia humana e que ambas existem dentro de nós, vivemos desde sempre instintivamente a ansiar apenas as positivas e a tudo fazer para rejeitar e evitar as negativas.

No entanto, quando começamos a estudar as leis universais e a mecânica espiritual do universo, aprendemos que apenas iremos atrair para a nossa realidade, o que está já previsto como essencial à nossa evolução e ao equilíbrio das dividas Kármicas. O que vem a nós é a vivencias das nossas escolhas nas suas vertentes positivas, negativas, elevadas, inferiores para que tenhamos várias perspectivas das mesmas e podermos assim vivencia-las em todas as suas vertentes.

Tal como no processo homeopático, semelhante irá atrair semelhante.

O fenómeno das notícias e o excesso de informação  com que somos inundados fez-nos perder a noção do que é afinal espelho nosso e o que não é.  Do que é afinal um sinal e proposta pessoal de transformação para a nossa história e o que não tem nada a ver connosco, ou com a nossa história pessoal.

A história espiritual e o percurso da nossa alma têm como propósito a evolução emocional e energética.

Somos então cada um de nós, pacotes de energia magnéticos que irão atrair cada um à sua realidade os eventos e as pessoas essenciais para que essa história se cumpra. Logo, como é óbvio, nem tudo o que vemos passar nos meios de comunicação nos irá servir pessoalmente ou fará parte da nossa experiência.

Estamos exageradamente expostos a tudo o que acontece por esse mundo fora 24h por dia, onde somos confrontados com noticias de eventos e acontecimentos que têm o poder de alimentar o nosso medo ao ponto de nos condicionar a nossa acção e passar a temer desfechos idênticos, fazendo-nos perder a intuição do que é de facto uma mensagem para nós e o que não é.

Ninguém nos ensinou a olhar para o que vem a nós como sendo atraído por nós e por isso, mais ou menos consciente, ainda todos temos um enorme nó de medo que nos faz acreditar na sorte e no azar e que nos faz temer o que talvez nunca iremos sofrer. Pior ainda, esse medo que nos é incutido por imagens e histórias que não estão na nossa realidade pessoal, que não foram propriamente atraídas por nós à nossa realidade física vão baixar a nossa frequência para níveis onde aí sim de facto poderemos correr o risco de as materializar!

Lá chegará o dia em que num estado de maior respeito e amor próprio, fazendo consciente uso da escolha de qualidade, iremos recusar qualquer fonte exterior que não vibre já na energia do amor e da sabedoria que queremos manifestar.

Todos já sentimos este impacto e o poder de uma informação exterior nos assustar e fazer vibrar no medo, verdade?

Da mesma maneira podemos passar a escolher dar o poder ao optimismo, à fé total na máquina cósmica inteligente, ao amor e à verdade, concordas?

Como disse ao inicio, iremos estar sempre sujeitos aos dois polos das energias. Apenas temos que dar o devido espaço de sentir, intuir, processar que informações são de facto mensagens sagradas para nós e o que é apenas ruído mundano. Para isso precisamos de silêncio...

Qualquer pessoa que já tenha iniciado a sua busca espiritual e se tenha permitido deslumbrar com uma leitura do seu mapa astrológico, já percebeu que a nossa existência tem propósitos e objectivos muito mais elevados e sagrados do que a nossa limitada mente concebe perceber.

Quer queiramos quer não, acreditemos ou não, estamos condicionados a viver a vida que as nossas energias permitem e os trânsitos convidam. Estamos cá para cumprir a proposta de um espírito que tem propósitos bem mais nobres do que o nosso inferior e materialista ego.

Ganhar dinheiro, encher a barriga, ser perfeito e ter poder é de facto o propósito do nosso ego, mas no que toca ao alimento da alma, estamos agora a começar a ouvir os seus mais discretos e amorosos anseios e a levá-los mais a sério.

Tão habituados que estamos a ver o mundo material, a acreditar que é de facto um espaço caótico, ainda presos à crença da sorte e do azar, incapazes de aceder aos campos energéticos que nos ligam das mais variadas maneiras, vamos levar ainda algum tempo a confiar que cada um de nós individualmente, está a atrair para a sua realidade o que está programado vir como aprendizagem ou resgate Kármico.



Vera Luz