sábado, 28 de janeiro de 2017

A ORIGEM DO TERMO "VIRGEM"




"Antigas sacerdotisas da lua eram chamadas de virgens.
'Virgem' significava não-casada, não-pertencente a um homem - uma mulher que era UMA EM SI MESMA.
A palavra deriva do Latim, significando força, habilidade, e mais tarde foi aplicada a homens como 'viril'.
Ishtar, Diana, Astarte, Isis eram todas chamadas Virgens, o que não se referia à sua castidade sexual, mas à sua independência sexual.
E todos os grandes heróis de culturas passadas, míticos ou históricos, eram ditos serem nascidos de mães virgens: Marduk, Gilgamesh, Buda, Osíris, Dionísio, Genghis Khan, Jesus - todos eram reconhecidos como filhos da Grande Mãe, a Força Original, e seus enormes poderes provinham dela.
Quando os Hebreus usaram a palavra, no original em Aramaico significava "mulher jovem", "donzela", sem conotações de castidade sexual.
Mas mais tarde tradutores cristãos não puderam conceber a "Virgem Maria" como uma mulher de sexualidade independente; eles distorceram o significado para sexualmente pura, intocada, casta".


Monica Sjöö
in, The Great Cosmic Mother: Rediscovering the Religion of the Earth






Mauro Biglino foi tradutor de hebraico antigo durante anos no Vaticano.
Trabalhou para uma das mais importantes editoras católicas do mundo, Edizioni San Paolo, e afirma que a bíblia não fala sobre Deus.

Ele publicou “A Bíblia não é um livro sagrado” (Livros Horizonte) trinta anos depois de ter começado seu trabalho como tradutor e afirma “A Bíblia não é aquilo que habitualmente se diz. Conta uma outra história, não se ocupa de Deus”.
O tradutor ainda afirma que “não há qualquer referência a Deus nos textos da Bíblia. Há, sim, a um coletivo, chamado Elohim, e a um deles em particular, chamado Yaveh“ e esclarece “as traduções foram sendo adulteradas e foram convertendo Yaveh num Deus único e todo poderoso”. Também diz “Em hebraico nem sequer há nenhuma palavra que signifique Deus”.

Mauro Biglino detalha em seu livro o percurso das traduções oficiais da Bíblia, verifica-se que foram adulteradas para “para inventar o monoteísmo”. Não é à toa que existem mudanças de sentido na versão do Vaticano dado o interesse em se colocar como instrumento de poder e intervir politicamente baseando-se em preceitos religiosos.

“Em 2010, comecei a escrever um livro em que denunciava algumas das contradições que estava a encontrar nas minhas traduções dos textos bíblicos, e desde esse momento, a colaboração foi interrompida, acabaram o meu contrato de trabalho”, diz.

A exemplo de divergências vê-se “A profecia de Isaías, por exemplo, dizia que «a Virgem irá conceber e dará à luz um Filho», mas as bíblias alemãs, depois da aprovação da Conferência Episcopal, já não dizem isso. Já dizem que «a Virgem vai conceber», que é o que verdadeiramente lá está escrito”.





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