quarta-feira, 3 de agosto de 2016

Serpente


Mark Laita
Vogel's Pit Viper



As serpentes, também chamadas ofídios, cobras, mbóis, mboias e malacatifas, são répteis poiquilotérmicos (ou pecilotérmicos) sem patas, pertencentes à subordem Serpentes, ou Ophidia. São bastante próximos dos lagartos, com os quais partilham a ordem Squamata.

Há também várias espécies de lagartos sem patas que se assemelham às cobras, sem estarem relacionados com estas, no entanto.

A atracção pelas serpentes é chamada de ofidiofilia. A repulsão é chamada de ofidiofobia.
O estudo dos répteis e anfíbios chama-se herpetologia (da palavra grega herpéton, que significa "aquilo que rasteja" - em especial, serpentes).

"Cobra" vem do termo latino colubra.
"Serpente" vem do termo latino serpente.
"Mbói" e "mboia" vêm do termo tupi mbói, "cobra".

O esqueleto da maioria das serpentes consiste apenas do crânio, maxilares, coluna vertebral e costelas.

A coluna vertebral possui aproximadamente entre 200 e 400 (ou mais) vértebras. Destas, em torno de 20% (às vezes menos) são da cauda e não possuem costelas. Já as vértebras do corpo possuem, cada uma, duas costelas articuladas a elas. As vértebras também possuem projecções às quais se fixam os fortes músculos que as serpentes usam para se locomover.

A pele das cobras é coberta por escamas. As escamas do corpo podem ser lisas ou granulares. As suas pálpebras são escamas transparentes que estão sempre fechadas. Elas mudam a sua pele periodicamente (num processo conhecido como ecdise ou muda). Pensa-se que a finalidade primordial desta é remover os parasitas externos. Esta renovação periódica tornou a serpente num símbolo de saúde, como por exemplo no símbolo da medicina (o bastão de Esculápio). Nos Caenophidia, as escamas ventrais e as fileiras largas de escamas dorsais correspondem às vértebras, permitindo que os cientistas contem as vértebras sem ser necessária a dissecação.

A visão das serpentes não é particularmente notória (geralmente sendo melhor na espécie arborícola e pior na espécie terrestre), o que não impede a detecção do movimento. Para além dos seus olhos, algumas serpentes (crotalíneos - ou cobras-covinhas - e pítons) têm receptores infravermelhos sensíveis em sulcos profundos chamados de fossetas que lhes permite sentir o calor emitido pelos corpos. Isto é extremamente útil em lugares com pouca luminosidade. Como as serpentes não têm orelhas externas, a audição consegue apenas detectar vibrações, mas este sentido está extremamente bem desenvolvido. A maioria das serpentes usa a sua língua bifurcada para captar partículas de odor no ar e enviá-las ao chamado órgão de Jacobson, situado na sua boca, para examiná-las. A bifurcação na língua dá à serpente algum sentido direccional do cheiro.

O pulmão esquerdo é muito pequeno ou mesmo ausente, uma vez que o corpo em forma tubular requer que todos os órgãos sejam compridos e estreitos. Para que caibam no corpo, só um pulmão funciona. Além disso muitos dos órgãos que são pares, como os rins ou órgãos reprodutivos estão distribuídos ao longo do corpo de modo que um esteja à frente do outro, sendo um exemplo de excepção da simetria bilateral.





Mark Laita
Big Symantec


Todas as serpentes são carnívoras, comendo pequenos animais (incluindo lagartos e outras cobras), aves, ovos ou insectos. Algumas cobras têm peçonha para matar as suas presas antes de as comerem. Outras matam as suas presas por constrição. As cobras não mastigam quando comem, elas possuem uma mandíbula flexível, cujas duas partes não estão rigidamente ligadas. Isso se dá graças ao osso quadrado que funciona como uma peça de encaixe, que quando necessário desarticula sua mandíbula para se adaptar ao tamanho de sua presa (ao contrário da crença popular, elas não desarticulam as suas mandíbulas), assim como numerosas outras articulações do seu crânio, permitindo-lhes abrir a boca de forma a engolir toda a sua presa, mesmo que ela tenha um diâmetro maior que a própria cobra.

As cobras ficam entorpecidas, depois de comerem, enquanto decorre o processo da digestão. A digestão é uma actividade intensa e, especialmente depois do consumo de grandes presas, a energia metabólica envolvida é tal que na Crotalus durissus, a cascavel mexicana, a sua temperatura corporal pode atingir 6 graus acima da temperatura ambiente. Por causa disto, se a cobra for perturbada, depois de recentemente alimentada, irá provavelmente vomitar a presa para tentar fugir da ameaça. No entanto, quando não perturbada, o seu processo digestivo é altamente eficiente, dissolvendo e absorvendo tudo excepto o pelo e as garras, que são expelidos junto com o excesso de ácido úrico.





Mark Laita
Big Python


Normalmente, as serpentes não costumam atacar seres humanos, mas há relatos envolvendo serpentes grandes, como pythons. Apesar de serem dóceis, existem algumas espécies particularmente agressivas, mesmo assim, a maioria não ataca seres humanos, a menos que sejam assustadas ou molestadas, preferindo evitar este contacto.

As cobras usam quatro métodos de locomoção que lhes permitem uma mobilidade substancial mesmo perante a sua condição de "répteis sem pernas".

Todas as serpentes têm a capacidade de ondulação lateral, em que o corpo é ondulado de lado e as áreas flexionadas propagam-se posteriormente, dando a forma de uma onda de seno propagando-se posteriormente.

Além disto, as serpentes também são capazes do "movimento de concertina", ou "movimento de sanfona". Este método de movimentação pode ser usado para trepar em árvores ou atravessar pequenos túneis. No caso das árvores, o tronco é agarrado pela parte posterior do corpo, ao passo que a parte anterior é estendida. A porção anterior agarra o tronco em seguida e a porção posterior é propelida para a frente. Este ciclo pode ocorrer em várias secções da cobra simultaneamente (este método originou a afirmação errónea de que as cobras "andam nas próprias costelas"; na verdade, as costelas não movem para frente e para trás em nenhum dos 4 tipos de movimento). No caso de túneis, em vez de se agarrar, o corpo comprime-se contra as paredes do túnel criando a fricção necessária para a locomoção, mas o movimento é bastante semelhante ao anterior.

Outro método comum de locomoção é locomoção retilínea, em que uma cobra se mantém recta e se propele como se de uma mola se tratasse, usando os músculos da sua barriga. Este método é usado normalmente por cobras muito grandes e pesadas, como pítons e víboras.

No entanto, o mais complexo e interessante método de locomoção é o zigue-zague, uma locomoção ondulatória usada para atravessar lama ou areia solta.

Nem todas as serpentes são capazes de usar todos os métodos. A velocidade máxima conseguida pela maioria das cobras é de 13 km/h, mais lento que um ser humano adulto a correr, excepto a mamba-negra, que pode atingir até 20 km/h.

Nem todas as serpentes vivem em terra; serpentes marítimas vivem em mares tropicais pouco profundos.



Mark Laita
King Cobra



As serpentes usam um vasto número de modos de reprodução. Todas usam fertilização interna, conseguida por meio de hemipénis bifurcados, que são armazenados invertidamente na cauda do macho. A maior parte das serpentes põe ovos e a maior parte destas abandona-os pouco depois de os pôr; no entanto, algumas autores entendem que essas espécies são ovovivíparas e retém os ovos dentro dos seus corpos até estes se encontrarem prestes a eclodir.

Recentemente, foi confirmado que várias espécies de cobras desenvolvem os seus descendentes completamente dentro de si, nutrindo-os através de uma placenta e um saco amniótico. A retenção de ovos e os partos ao vivo são normalmente, mas não exclusivamente, associados a climas frios, sendo que a retenção dos descendentes dentro da fêmea permite-lhe controlar as suas temperaturas com maior eficácia do que se estes se encontrassem no exterior.

Embora apenas um quarto das serpentes sejam peçonhentas - é vulgar chamar erradamente venenosos aos animais que injetam sua toxina -, muitas das espécies são letais aos humanos. Estas serpentes letais são geralmente agressivas e sua peçonha pode matar um adulto saudável, se este não for devidamente tratado no período de algumas horas.

As cobras venenosas são classificadas em quatro famílias taxonómicas:


  • Elapidae - najas, mambas, cobras-coral, cobra-real, etc.
  • Viperidae - cascavel, jararaca, surucucu, víbora-cornuda, víbora-de-seoane, etc.
  • Colubridae - cobra-rateira, nem todas venenosas.
  • Hydrophiidae


Em Portugal, apenas existem espécies de duas destas famílias - Colubridae e Viperidae.
Apenas três espécies merecem referência como perigosas para o Homem: a cobra-rateira, a víbora-cornuda e a víbora-de-seoane. Os casos de mordeduras fatais conhecidos são raros e ocorreram principalmente em indivíduos debilitados, idosos, doentes ou crianças.
Existem antídotos específicos para o veneno destas espécies.




Mark Laita
Mussarana



SIMBOLOGIA

Alguns acreditam que a serpente personifica o mal, outros, que é forte aliada contra as forças mais poderosas que possam nos atacar. As cobras sofrem o processo da troca de pele e esse é um evento que desperta a curiosidade. Essa característica possibilita associá-la ao rejuvenescimento, algo muito desejado pelo homem em todos os tempos.

A ela está associada a imagem do Oroboro, a serpente que morde a própria cauda formando uma circunferência, símbolo da continuidade, da eternidade.
Associada também à Oxumaré, Orixá da Umbanda que rege a renovação. Para saúdar Oxumaré se diz:  "Arroboboi!" ou "Orobobô!"

Na tradição Cristã, Satã, disfarçado de serpente, instiga a queda enganando Eva para desobedecer uma ordem de Deus. Por isso a serpente também representa tentação, demónio, traição e engano.

Os simbolismos positivos da serpente podem ser vistos quando interligada com a Árvore da Vida. Representa bondade, também associada com o renascimento, com poderes curativos, regenerativos sugeridos pela mudança de sua pele. O mito da tentação da serpente no jardim do Éden, refere-se a necessidade de autorealização do homem, o princípio da individuação. É comum que seja apresentada por alguns como a representação simbólica do princípio sedutor da mulher.

No Hinduísmo, está também associada à Kundalini, energia vital e sexual situada na base da coluna e que, se despertada, pode fluir pelo corpo do homem através da espinha dorsal, em forma de uma serpente que enrolando-se, em espiral, sobe até chegar à cabeça. Como resultado, abre-se o acesso à corrente espinhal de energia, permitindo que se tenha contacto com a energia da força vital, que tudo cura. Seu coração entra em contacto com seu Eu Superior e a Consciência Cósmica.

No Xamanismo ela significa transmutação, cura, regeneração, sabedoria, psiquismo, sensualidade. Como as cobras deixam para trás a sua pele, nós podemos deixar para trás as nossas ilusões e limitações, usarmos plenamente a nossa vitalidade e desejos para alcançar a totalidade.



Mark Laita
Pit Viper


Há muito tempo este Animal de Poder representa o emblema da força energética e da sabedoria de diversas escolas de misticismo e ocultismo do passado e da actualidade. Aparece na coroa dos faraós egípcios e demais impérios do passado, representa o Eu Inferior Oculto, que é a mente subconsciente ou inconsciente.

No Xamanismo Ancestral este Animal de Poder é um grande aliado de cura, ela é poderosa e indispensável. Ela tem a capacidade de devorar doenças comendo tumores e outros patógenos virulentos, pois o organismo da Serpente não é vulnerável às mesmas doenças que os nossos. À medida que for desenvolvendo a sua relação com esta nova aliada, pergunte-lhe quando o uso desse poder é indicado. É importante observar que o veneno da Serpente, embora sempre tóxico, é útil à produção de vários tipos de remédios.

Ver uma serpente nos seus sonho pode ser  interpretado como um anúncio de uma etapa de enfrentar com o seu próprio eu. Talvez passe por experiências que possam parecer desagradáveis mas que no final resultarão numa solução de luz e uma sabedoria que dificilmente conquistaria de maneira tão rápida.

O sonho lhe indica que se deve se preparar para viver algo importante como também renunciar a certos prazeres para entrar em contatos com sua verdade superior. Problemas poderão ser solucionados se tiver a tranquilidade para perceber os sinais de sua vivência diária.



Mark Laitan
Blue Malaysian Coral Snake


A Serpente é um signo do horóscopo que confere aos seus nativos as seguintes características: 
fazem mistério do que pensam e sentem, mas são puro charme e parte de sua elegância inata. Apesar de, na maioria das vezes, fazer pose, a Serpente pode ser muito fria e calculista quando precisa. Mas isso não importa para ela, que tem uma moral diferente da que estamos acostumados.
Para ela, "os fins justificam os meios".
As pessoas nascidas sob esse signo também são muito inteligentes e intuitivas, aproveitando-se dessas qualidades para conquistar fãs fervorosos. Sua inteligência vem do seu eterno desejo de sempre saber mais, o conhecimento é o que alimenta a sua alma. É uma óptima conselheira, mas não se abre com tanta facilidade. Prefere construir o seu caminho silenciosamente, por entre as brechas que vão surgindo. Com isso, você ganha tempo e consegue ser mais rápida que as outras pessoas, conquistando o seu espaço com eficiência.


"Vou começar a reflexão sobre este poderoso animal com uma alegoria budista sobre a vida humana: Era uma vez, um homem que remava um barco rio abaixo. Alguém que estava na margem o advertiu, dizendo: “Pare de remar tão vigorosamente nesta suave corrente; logo adiante há corredeiras e um perigoso redemoinho, há crocodilos e demônios à espreita nas rochosas grutas. Você perecerá, se continuar”.
Esta é uma alegoria sobre a luxúria e este rio é a nossa mente. Estamos em um barco, fluindo e em geral sendo levados suavemente por este constante fluxo de pensamentos, com eventuais redemoinhos de prazer, corredeiras turbulentas e outros perigos, e ainda assim este homem se põe em grande risco ao remar a favor desta corrente traiçoeira, pautado pela sede de sensações e pela ilusão de que o fluxo suave perdurará.
Imagine ainda que este homem é tão insano que não reconhece que está sob um rio que flui suavemente, muito menos o seu trágico destino. Está no escuro, apenas com esta atitude desenfreada de remar, de correr atrás, de buscar, de satisfazer os seus desejos infantis. O homem encontra esta serpente pequena de cores vibrantes, inofensiva e sedutora. É incapaz de reconhecer o perigo e logo dança com a serpente neste vai e vem tão natural a ela, tão inevitável. A serpente vai crescendo e o homem, seduzido e absorto, não percebe. Ela se move, dança e cresce até ser capaz de devorá-lo e certamente o fará.
Assim como a natureza do rio é fluir, a natureza da serpente é a predação e o caminhar pela dualidade, do vai e vem, de um extremo para outro; nada há de errado com isso senão a tolice do homem que preferiu não enxergar a verdadeira da natureza dos seus encontros.
Diz-se que depois que Perseu corta a cabeça da Medusa, em seu corpo havia uma veia que jorrava um veneno mortal e uma veia que jorrava o elixir para a vida eterna. A serpente representa a expressão da dualidade sob o íntimo de nosso ser, do masculino e feminino, da sexualidade, da força criadora e destruidora e cabe a nós, como cabia à Medusa, escolher qual secreção invocar.

Caduceu, símbolo do comércio. 
Também representa a união do feminino e masculino no entorno da coluna vertebral, ou da árvore da vida, em busca da ascensão. Este íntimo tão inacessível, que está em constante busca de prazer e em constante guerra contra a dor, é a poderosa serpente. Assim, o poder da serpente só é concedido ao ser humano se este for capaz de dominá-la, como fizeram os grandes heróis e deuses de diversas tradições. Moisés que comanda a serpente-cajado que subjulga os sacerdotes do faraó; a Deusa da sabedoria Atena que frequentemente aparece sob a cabeça de uma serpente; Ananta-Sesha que é a serpente de mil cabeças que Vishnu usa como repouso; Shiva que é representada com uma naja peçonhenta em seu pescoço, representando seu domínio sobre a morte; Krishna que derrota a terrível serpente Kalia; Quetzalcóatl, deus-criador asteca, cujo nome significa “serpente emplumada”.

De repente, cogitei a hipótese:
“Será que sou seduzido e nisso perco a verdadeira oportunidade de aprender a mensagem dela?”.
O tema da sedução é muuuito mais presente em minha vida do que parecia.
E no dia-a-dia: o doce da cantina, a oportunidade de fazer uma piada mediana, o anseio por oferecer algum conselho ou conhecimento inconveniente, a inércia da procrastinação etc.
Seduzidos e absortos pelos prazeres momentâneos e fugazes, perdemos a oportunidade de agir com sabedoria e eficiência. 
A sedução acontece quando compramos a ideia de que precisamos disto ou aquilo, conscientes ou mais frequentemente inconscientes. E o mundo está aí para nos tentarmos, assim como a serpente venenosa que se move para lá e para cá indefinidamente.

Os sentidos da serpente se baseiam no olfato pela língua que capta os cheiros-sabores que sua presa emana; nas vibrações que vem da terra, “ouvida” por cada vértebra, que capta o menor movimento e direção da presa; possuem fossetas que captam variações mínimas de temperatura (da ordem de 0,003 °C) e, portanto “veem” a sua vibração energética. Por sorte da presa, a visão da serpente não é bem desenvolvida e enxergam basicamente elementos em movimento.
Portanto, quando a serpente aparecer, o melhor a ser feito é ficar parado.
Observe o que você emite: se é tenso ou relaxado, se é azedo ou doce, se é quente ou indiferente.
Mas o mais importante é ficar imóvel.
Deixe o fluxo da serpente se manifestar, seu corpo passar pelo seu pescoço, pelos membros e pelas entranhas, sinta o roçar da pele áspera, o eterno vai e vem da manifestação, impermanente e inevitável, e deixe passar.
Se conseguir ficar imóvel no encontro com a serpente, ela não te percebe e segue seu caminho, inevitavelmente."

Leonardo Garcia




O que as cores das serpentes representam:

Mamba negra: é a serpente mais rápida do mundo e a mais venenosa da África. Corre até 20km/h e dá um bote de 2m em movimento. Também conhecida como Sombra da Morte. Durante este encontro, reconheça que a serpente não te satisfaz; é dukkha, imprevisível, sofrimento, insatisfação. Dukkha é uma palavra em páli que vem de “Duk” que significa “eixo”. Quando Buda diz que “A vida é dukkha”, ele quer dizer que a vida é como uma roda fora do eixo que, descentralizada, vai para lá e para cá enquanto gira, indefinidamente, em movimento cíclico, que se repete de uma ponta à outra, num eterno vai e vem.
Não caia na dança do movimento da serpente que por si é exatamente este eterno vai e vem de experiências maravilhosas ou terríveis e necessariamente sem substância, passageiras e insatisfatórias.
Serpente branca:  da transmutação, a visita da serpente é sempre um lembrete de que a pele velha deve dar lugar à pele nova. Toda serpente só troca de pele por que cresce e assim, qualquer pessoa que passa por um processo de amadurecimento, de evolução, deve estar disposta a abrir mão do personagem antigo para dar espaço ao personagem novo, em honra ao processo de morte que traz a vida nova.






Mark Laita
Emerald Tree Boa with babies



Pois é...tantos anos a fugir de fazer este post...
Até que esta Lua Nova me trouxe duas coisas:

  1. Libertei-me das últimas crenças que tinha. Nasceu em mim uma necessidade enorme de me libertar, como Alma, desta teia esclavagista que são as reencarnações, das transferências kármicas, da Dimensão do Planeta Terra e da vivência na dualidade.
  2. Finalmente aceitei a minha Sombra. Aceitei que a Cobra é um dos meus animais do meu Totem Pessoal, apesar da fobia que lhes tenho. 


Em 2003, sonhei várias vezes com cobras...
Resultou no meu Divórcio
E tive a minha Primeira Noite Negra de Alma.

Em Novembro de 2009 tive a minha Segunda Noite Negra de Alma.
Entre o ano de 2009 e 2014, sonhei quase todos os dias com cobras e acordava sempre às 4h30 da manhã a sufocar...
Como os ataques de pânico que tenho quando me aproximo de alguma cobra.
Variava o tamanho e a cor das cobras, e assim eu ia entendendo a mensagem que me era enviada.
Lembro-me ao pormenor do último sonho que tive com cobras: uma cobra enorme preta, a morder-me na mão por várias vezes, até que eu a enfrentei, agarrei nela e mandei-a pela janela fora. Estava num prédio muito alto, e quando olhei para o chão, ela tinha-se transformado em 3 cobras grandes verdes, vivas e a andarem em frente. Uns anos mais tarde, essa mensagem virou realidade...
Para além dos sonhos, via muitas vezes cobras: encontrava cobras todas enroladas em 2009 e 2010, pisei uma sem querer, fui mordida por uma na bota, etc...
Desde o último sonho, nunca mais vi cobras, e nunca mais sonhei com cobras.
Entrou no meu Caminho em 2009, e saiu em 2014.

Sempre fugi muito a aceitar pacificamente que a Cobra era um dos meus Animais Auxiliares do meu Totem Pessoal.
Por isso nunca fiz o post sobre a simbologia da Cobra aqui no blog.
Mas, sempre soube que era...só não sabia identificar qual deles...


Nesta Lua Nova, li um texto que diz assim resumidamente:

A Shadow Totem animal is one of a number of totems sent to us to test us, and will be the one that you initially fear. The Shadow Totem represents your inner fears and weaknesses that you need to overcome. Once you are able to see the fascination or attraction in a previously feared, ‘dangerous’ animal, you have succeeded in learning its lesson, and its power and strength will be open to you. For this reason, facing the fears that the Shadow Totem brings out in you can result in major spiritual growth. Failing to face your fears could result in the Shadow Totem being unable to assist you, and in fact force it to work against your life, holding you back from enlightenment.

A shadow animal is another important animal in our personal and spiritual development.
However, we are not drawn to these animals. They are often the animals that we have nightmares or phobias about.
We will often take the opportunity to kill our shadow animals when we can. Our whole being is deflecting us away from them and that reason is, on the surface, irrational.
Deeper down, however, the phobia isn’t irrational. It is our mind protecting us from a lesson we don’t want to learn. We avoid our shadow animal for as long as possible but its lessons are equally as important as the lessons we learn from our totem animals.
Often, after we have identified our shadow animal, we discover that it has many traits that we despise in ourselves. They are marginalized because they represent that which is marginalized about us. By learning to love and accept our shadow animal we learn to appreciate who we truly are as spiritual beings.

Three common shadow animals:
Spiders
Snakes
Cockroaches


Fiquei imediatamente sem força, com alguma desorientação, e tive de ir apanhar ar...e ali eu soube que a Cobra é o meu Animal Sombra.
Fui pôr a fotografia no meu Totem Pessoal e,
Vim aqui honrá-la, ao fazer este post.
Foi difícil, principalmente a parte de escolher e anexar as fotografias.
Tive de parar por várias vezes.
Os ataques de pânico continuam cá, já deu para ver...mas, continuo a fazer a minha Caminhada.
Com um olhar e um sentir bem diferente em relação às cobras, a partir de hoje...

Aho, Minha Cobra!!
Obrigada por caminhares ao meu lado nas minhas Duas Grandes Noites Negras de Alma!!!!!
VALEU!!!!!



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