É notável ver hoje em dia
que da mesma forma que
muitas mulheres unidas se curam,
outras se ferem.
Precisamos compreender que a sociedade no seu modelo patriarcal nos ensinou a competir, o mundo machista nos coloca em situações aonde vemos uma mulher como a nossa rival, principalmente diante de relacionamentos amorosos.
A ex julga a actual, a actual julga a ex, e o que não é notável que ambas não são responsáveis por nada, são só mais duas vitimas desse sistema que nos ensina sobre a competição em provar quem é melhor.
Precisamos levantar a bandeira, e nós mulheres nos consciencializarmos que aquele que fala, julga e não tem o seu passado resolvido, em breve nos colocará em situações em que seremos a Neurótica, louca, e surtada que fez mal ao pobre mocinho.
O que deixamos de compreender é que nesse jogo de vaidade, duas mulheres se ferem, pois nessa competição entram diversos conflitos da menina interior: ciumes, medo, desamparo, e com isso as feridas começam a abrir-se diante da outra mulher que começa a competir com ela.
Para sanarmos esta sociedade patriarcal, precisamos nós mulheres, de sairmos do modelo automático da competição, precisamos entregar quando vemos que o jogo coloca duas mulheres umas contra as outras, precisamos ter forças para assumirmos para nós mesmas muitas vezes que estamos a ser vitimas de um modelo competidor, e quando não menos esperares, estaremos com pensamentos que nos ferem.
A mídia ensina-nos sobre a vaidade, e a soberba, e a competição para estarmos com um homem, mas não nos ensina que muitas de nós somos vitimas de uma sociedade machista que nos transforma em reféns quando não estamos atentas, entregando as rédeas da nossa vida para um outro alguém.
Precisamos cada vez mais de nos unirmos e mostrarmos umas às outras as nossas historias, e tecermos os nossos fios, para que curemos as nossas relações, e possamos perceber que o Homem que nos faz promessas e fala mal de outra mulher é aquele que um futuro próximo também estará falando mal de nós e nos colocando em situações de competições.
Enquanto as mulheres se verem como rivais, ainda estaremos à mercê de uma sociedade que nos ensinou a competir, e não a nos UNIR.
Pela Cura das Nossas Relações
Carol Shanti
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