quarta-feira, 23 de dezembro de 2015

Sabbat YULE




O termo “Yule” provavelmente derivou 
da antiga expressão indo-européia “Yehwla”, 
que significa “Solstício de Inverno”, 
data em que os antigos pagãos celebravam o ano novo. 



O Yule é uma época de grande escuridão e este é o menor dia do ano (21 de Dezembro, dia em que o Sol entra em Capricórnio, meu Signo solar, a noite mais longa do ano), marcando na natureza a chegada do inverno, Solstício de Inverno.
É impossível discutir as Tradições de Yule sem mencionar o Natal.

Yule é tempo de dar à luz a alma e sobretudo para as mulheres, a sua Alma feminina. 
Tempo de activar a sacerdotisa que habita cada Mulher, tempo de reconectar com as nossas raízes espirituais.Tempo de nutrir as sementes do que queremos ver crescer na primavera, que é também o nosso renascimento para outra vida, e para a eternidade. 
Activar a sacerdotisa interior, abençoar a conexão com a Inteligência do coração e consagrar-nos ao nascimento da nossa Alma e energia espiritual Feminina.

É a festa pagã de culto ao sol.
As guirlandas, o azevinho, a Árvore de Natal, a Tora de Yule (Yule Log) são todos costumes Pagãos.
Pagãos celebram Yule com o festival da Luz, que comemora a Deusa como Mãe que dá nascimento ao Deus Sol, a Criança da Promessa.

Aqui, na noite mais escura e fria do ano, a Deusa dá nascimento à Criança do Sol e as esperanças renascem, e Ele trará calor e fertilidade à Terra. Yule é o tempo de celebrar o Deus Cornífero. Nesse dia, muitas tradições Pagãs se despedem da Deusa e dão boas-vindas ao Deus, que governará a metade clara do ano.


A Tradição da Árvore de Natal tem origem nas celebrações Pagãs de Yule, nas quais as famílias traziam uma árvore verde para dentro de casa para que os espíritos da Natureza tivessem um lugar confortável para permanecer durante o Inverno frio. Sinos eram colocados nos galhos da árvore. Os espíritos da Natureza eram presenteados e as pessoas pediam aos elementais que as mantivessem tão vivas e fortes durante o Inverno como a árvore que recebia lindos enfeites.
O pinheiro sempre esteve associado com a Grande Deusa.
As luzes e os ornamentos, como Sol, Lua e Estrelas que faziam parte da decoração das árvores, representavam os espíritos que eram lembrados no final de cada ano.
Presentes eram colocados aos pés da árvore para as Divindades e isso resultou na moderna troca de presentes da actual festa natalícia.
As cores tradicionais do Natal, verde e vermelho, também são de origem Pagã, já que esse é um Sabbat que celebra o fogo (vermelho) e usa uma Tora de Yule (verde).
Alguns podem pensar que nem precisam ler sobre "como montar uma Árvore de Yule", uma vez que este costume foi absorvido pelo Natal.
Porém, existe uma grande diferença entre esta Árvore e a árvore natalicia.
 Em termos de decoração, as duas são basicamente iguais.
O que muda drasticamente é o facto de ser colocado um pentagrama no topo, as bolas coloridas serem pintadas manualmente e a ausência da figura do "pai natal".
A característica mais importante da árvore de Yule são os presentes colocados aos seus pés.
Estes presentes não são objectos comerciais e não são dedicados a todos os membros da família.
São presentes para os Espíritos da Natureza. 
Enquanto oferecemos protecção a eles na nossa casa casa, eles também nos oferecem protecção.
 Na noite de Yule, no momento em que o Deus está a renascer de 24 para 25 quando o Sol volta ao seu movimento normal, celebremos com alegria, cantando, dançando e contando histórias ao redor da árvore.



A Tradição da Tora de Yule permaneceu até aos dias actuais, em que se fazem três buracos ao longo de um pequeno tronco de carvalho e se colocam uma velas em cada buraco, uma branca, uma vermelha e uma preta para simbolizar a Deusa Tríplice.
A queima da tora de Natal originou-se do antigo costume da fogueira de Natal que era acesa para dar vida e poder ao sol, que, pensava-se, renascia no Solstício do Inverno. Tempos mais tarde, o costume da fogueira ao ar livre foi substituído pela queima dentro de casa de uma tora e por longas velas. Como o carvalho era considerado a árvore Cósmica da Vida pelos antigos druidas, a tora de Natal é tradicionalmente de carvalho. Um pedaço de tronco que tinha sido preservado durante todo o decorrer do ano era queimado, enquanto um outro novo era enfeitado e guardado para proteger toda casa durante o ano que viria.
Os troncos geralmente eram decorados com símbolos que representassem o que as pessoas queiram atrair para a sua vida. Uma vela vermelha, verde e branca (representando o Inverno), verde, dourada e preta (o Deus Sol), e branca, vermelha e preta (a Grande Deusa).
A Tora de Yule simboliza o renascimento do Deus Sol e, ao mesmo tempo, invoca a presença da Deusa para proteger a casa. 
Achatem um dos lados, para o tronco ficar estável, escave 3 buracos para por as velas. Decore o tronco com fitas verdes, vermelhas e douradas, e com velas também verdes e vermelhas. Geralmente são usadas duas velas, sendo duas verdes e uma vermelha no centro. O verde é usado para simbolizar o Deus (lembram-se que um dos nomes dele é Greenman?) e o vermelho é para simbolizar a Deusa e sua energia. Decorem com folhagens verdes (azevinho ou hera), fitas vermelhas e verdes, pinhas, e polvilhe com farinha branca. A Tora de Yule também é decorada com azevinho sempre verde para simbolizar a união da Deusa e do Deus.
Enfeite a tora com ramos verdes e amarre-os com as fitas vermelha, verde e dourada. Enquanto enfeita a tora, peça à Deusa que o seu lar seja protegido e abençoado.
Após decorada, a Tora de Yule deve ser colocada num local de destaque na casa e a protecção da Deusa deve ser invocada. Mesmo após a passagem de Yule, a Tora deve ser mantida no local. No próximo Yule esta Tora deve ser queimada na fogueira, e uma nova Tora deve ser feita com novas intensões.
Eu faço o Tronco de Natal no dia 1 de Dezembro, quando faço a decoração da árvore.
No fim, faço chá e como o primeiro bolo rei das Festas.
No dia 21, no solsticio de inverno, queimo o tronco do ano passado, agradeço toda a protecção divina que recebi durante o ano e queimo na fogueira. Depois, acendo as 3 velas do novo tronco, peço protecção para o novo ano e deixo queimar as velas até ao fim. E fica assim até ao próximo Yule.
Antigamente as cinzas da tora de Natal eram misturadas na ração das vacas, para auxiliar numa reprodução simbólica, e eram espalhadas sobre os campos para assegurar uma nova vida e uma Primavera fértil.



Pendurar visco na porta é uma das tradições favoritas do Natal, repleta de simbolismo pagão, e outro exemplo de como o Cristianismo moderno adaptou vários dos costumes antigos da Religião Antiga dos pagãos.
O visco era considerado extremamente mágico pelos druidas, que o chamavam de "árvore Dourada". Eles acreditavam que ela possuía grandes poderes curadores e concedia aos mortais o acesso ao Submundo. Houve um tempo em que se pensava que a planta viva, que é na verdade um arbusto parasita com folhas coriáceas sempre verdes e frutos brancos revestidos de cera, era a genitália do grande deus Zeus, cuja árvore sagrada é o carvalho. O significado fálico do visco originou-se da ideia de que seus frutos brancos eram gotas do sémen divino do Deus em contraste com os frutos vermelhos do azevinho, iguais ao sangue menstrual sagrado da Deusa.
A essência doadora de vida que o visco sugere fornece uma substância divina simbólica e um sentido de imortalidade para aqueles que o seguram na época do Natal. 
Nos tempos antigos, as orgias de êxtase sexual acompanhavam frequentemente os ritos do deus-carvalho; hoje, contudo, o costume de beijar sob o visco é tudo o que restou desse rito.




As guirlandas de Yule têm um significado bem simples – elas são a porta de entrada dos Deuses e Deusas, razão pela qual, em geral, são colocadas nas portas, como sinal de boas vindas…
Simbolicamente as guirlandas são “adorno de chamamento” e são utilizadas nos solstícios de inverno como convite para que os Deuses venham morar em nossas casas durante o inverno, fazendo-nos companhia, protegendo-nos e abençoando-nos… 
A maior parte dos deuses pagãos do Egipto aparecem sempre com a “guirlanda” na cabeça – mas por outro lado, a Bíblia não faz qualquer menção ao uso de “guirlanda” no nascimento de Jesus. Só existe uma guirlanda na Bíblia, e esta foi feita por Roma para colocar na cabeça de Jesus no dia da sua morte: uma guirlanda de espinhos que é na verdade o símbolo de escárnio (menosprezo, desacato). Para fazer a sua guirlanda, você precisa fazer uso da sua criatividade.
Faça uso de cordas, folhagens, arbustos, pinhas, flores, fitas e laços, folhas verdes, frutas, grãos…


Os alimentos pagãos tradicionais do Sabbath do Solstício do Inverno são o peru assado, nozes, bolos de fruta, frutas da época citrinos e maçãs, bolos redondos, gemada e vinho quente com especiarias.

Incensos: louro, cedro, pinho e alecrim.
Cores das velas: dourada, verde, vermelha, branca.
Pedras preciosas sagradas: olho-de-gato, granada e rubi.
Ervas ritualísticas tradicionais: louro, fruto do loureiro, cardo santo, cedro, camomila, sempre-viva, olíbano, azevinho, junípero, visco, musgo, carvalho, pinhas, alecrim e sálvia.

Actividades: 
• Cantar com a família.
• Decorar a árvore de Yule.
• Pintar pinhas de pinheiro como símbolos das fadas e pendurar na árvore de Yule.
• Tocar sinos para homenagear os Espiritos.
• Colocar guirlandas na porta principal de casa.
• Espalhar visco pela casa.
• Colocar sementes de flores e alpiste do lado de fora para os pássaros.
• Fazer uma Tora de Yule.


No Yule a casa era decorada com azevinho, representando a metade escura do ano, para celebrar o fim da escuridão da Terra.

O tema principal deste Sabbat é a Luz em todas as suas manifestações, seja o fogo da lareira, seja de uma fogueira, de velas, etc.
A Luz neste Sabbat torna-se um elemento mágico capaz de ajudar o Sol a retornar para a Terra, para nossa vida, corações e mentes.
Correspondência de Yule Cores:
Vermelho, verde, dourado e branco.


Yule, pela tradição celta.
Este é comemorado no solstício de inverno, menor dia do ano, mas, justamente por isso, é o momento de renascimento do Sol, ou seja, a partir da celebração de Yule os dias começarão a crescer.

Para os antigos celtas, celebrar o Solstício de Inverno era o mesmo que reafirmar a continuação da vida, pois Yule é o tempo de celebrar o Espírito da Terra, pedindo coragem para enfrentar os obstáculos e dificuldades que atravessaremos até à chegada da Primavera.
É momento de contar histórias, cantar e dançar com a família, celebrar a vida e a união.

Para os povos antigos o clima era algo extremamente importante, uma vez que passavam a maioria do tempo ao ar livre.
Exactamente por isso, o Solstício de Inverno era uma data reverenciada pois anunciava a promessa do retorno do sol, da luz e da fertilização da vida.
O Deus com a Criança da Promessa(o sol nascente e crescente) era celebrado para trazer calor e luminosidade.

Yule assinala a esperança de um novo tempo, abrindo caminho para as inúmeras possibilidades.
Yule representa o retorno da luz, o retorno das esperanças, do calor e da fertilidade à Terra, celebrar o Yule é reafirmar a continuação da vida, pois o tempo é de reverenciar o Espírito da Terra, pedindo coragem para enfrentarmos os obstáculos e dificuldades que virão até a chegada da Primavera, é tempo de pedirmos aos Deuses e Deusas que rejuvenesçam os nossos corações e nos dêem forças para nos libertarmos das coisas antigas ou desgastadas.

Yule é uma celebração do fim de um ciclo natural e o começo de outro, já que nós seguimos os ciclos da natureza, sim, nós devemos comemorar o Yule na data certa do nosso hemisfério devido às nossas estações. Porém nada impede de decorar a sua casa ou fazer uma ceia, será apenas uma festa, é uma parte cultural do ocidente e não é por causa da religião que se deve perder esse contacto com a família (porque muitos deles não vão comemorar o Yule connosco).
A única coisa que temos que ter em mente é que, se comemorar o natal, sem nenhum aspecto religioso, apenas o aspecto festivo.

21 de Dezembro, o sol pára durante 3 dias, antes da Luz dos dias ganhar novo balanço e recomeçar, lentamente, a vencer as trevas em duração....é o dia mais curto do ano...a noite mais longa do ano.
É um novo começo.
E do momento de iniciar um novo movimento a partir da única coisa que sustenta e permite o movimento, e que é o repouso - ou a pausa - antes de retomar a caminhada, uma caminhada que se percorre pela primeira vez, pela única vez, e a cada novo passo.

No dia 24 de Dezembro o sol retorna o seu movimento natural, e os dias começam a crescer.

Os festejos de 2 de Fevereiro, a festa de Candelárias, celebra a força da vida, a luz que já brilha no escuro, mas ainda não o ilumina, a vida que começa a forçar caminho sob a neve e que só é percebida por quem, a partir de sua sabedoria, vê além.
Candelárias (Imbolg, na tradição celta) acendendo VELAS , antiga prática pagã.
Perceber a luz no fim do túnel, de renovar as esperanças em tempos de dificuldade.

Sem comentários:

Enviar um comentário