terça-feira, 7 de fevereiro de 2017

...................depois da morte




Quando morre um ser querido, um parente, um amigo, é natural ter necessidade de se agarrar a recordações: objectos, cartas, fotografias...
Mas isso não é suficiente para preservar a sua presença, pois a sua presença não está nos objectos, mas no seu espírito, e enquanto se ficar às voltas com alguns objectos não se trata de espírito, mas de matéria.
Quanto a ir recolher-se sobre um túmulo, também isso é natural, mas o que está no túmulo é o corpo, não o espírito.
O espírito tem necessidade de liberdade e faz esforços para se libertar do corpo e viajar na imensidão, que é a sua verdadeira pátria.
Aquele que sofre e chora sobre um túmulo, como se o ser que está no caixão devesse aí ficar eternamente, limita-o e perturba-o no seu desejo de libertação. E não o reencontrará ao fazer isso.
Se quiserdes reencontrar verdadeiramente um ser querido, esforçai-vos por ir procurá-lo lá onde ele está, muito longe, nas regiões muito elevadas da luz.


Omraam Mikhaël Aïvanhov




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