domingo, 7 de fevereiro de 2016

Lua Nova...mais um ciclo que se fecha




Ao entrar neste fluxo contínuo de tomada de consciência e renovação do nosso ser, e qual a nossa intervenção na mudança constante, que é na verdade o que os ciclos lunares nos oferecem como oportunidade, senti a resistência com que nos devemos confrontar interiormente, contactar com essa energia que existe em nós e nos impele a ter a ilusão que vamos controlar o futuro…

Uma coisa é termos objectivos para coisas que queremos vir a concretizar e que nos oferecerão bem estar, alegria e vitalidade, outro facto é a resistência do ego em largar padrões de obrigatoriedade que para podermos um dia nos sentirmos livres e autónomos a realizar esses projectos de vida, temos que continuar apegados a sentimentos de perfeição que envolvem não mudarmos os nossos hábitos em prole da imagem que queremos ter de nós próprios…

Essa resistência está a emergir, e podemos começar a contactar com esses aspectos que estão dispersos no ego, devemos começar a reunir essas polaridades que lutam entre si, pois querem manter a velha imagem de segurança e controle e contrariam a vontade da Alma de se libertar dos mesmos...

Neste momento se não tomarmos consciência desses diálogos internos inconscientes , teremos a tendência a resistir a assumir essa autonomia e vamos deixarmo-nos conduzir por um ego que luta para não mudar, que vai projectar nos outros a “culpa”, ou vai ficar perdido dentro da torre que construiu e onde o ego se prendeu em prole da obrigatoriedade e auto satisfação de mostrar que se sacrifica…

Eu sei que agora sou diferente, mas preciso de mostrar que apesar de estar a mudar não vou contra aquilo que o meu ego se alimenta em termos da imagem que quer que os outros tenham de si…
Como vou resolver isto???
Revolto-me, limito-me não assumindo livremente que já não preciso de alimentar o meu ego mostrando, provando aos outros quem sou, porque no fundo só estamos a tentar provar a nós próprios algo do qual o ego ainda se alimenta, ou por outro lado, entro em contacto com esta realidade que ainda me habita e ouso não ser dominado por ele…

Transcendência de limitações auto impostas e sim, o ego vai dizer estamos a correr riscos e então no centro do comando de nossas vidas fazemos escolhas a cada momento onde ousamos morrer para essas resistências de controle e agimos de uma forma inteiramente nova…

O ego vai ter surpresas, acreditem, se ousarmos ele vai encontrar alegria e vitalidade…
É bom não estar dominado pela satisfação de ser algo já velho, mas sim experimentar ser diferente, novo e encontrar gratificação em apenas responder ao que o momento lhe está a abrir como oportunidade e onde o ego de domínio da imagem já não tem controle...

Saber estar entre duas forças dispersas dentro de Nós, mas onde a determinação da mudança já está consciencializada e AGIR…
Sair do programa da dor, pois ela é só produto da resistência…
Então tomo consciência ao que estou a resistir, e parto para o novo…

Ruth Fairfield


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