sábado, 2 de janeiro de 2016

Deixar-se guiar pela intuição




Quem com paciência foi recebendo todos os empurrões e puxadelas, permitindo que a espuma das ondas os levassem, ora para uma ilha ora para outra, deverá nesta altura estar tranquilo, sabendo que é assim e, não sabendo bem o que fazer, o melhor é deixar-se guiar pela intuição.

Há muitos de nós confusos, não se reconhecendo nesta nova pessoa que tem pensamentos estranhíssimos, mudanças de humor repentinas, crises de tristeza profunda, momentos de choro intenso, reacções desconhecidas a temas conhecidos…
Não é necessário tocar os sinos a rebate.

Recapitulemos!
Entrámos suavemente num novo patamar de frequências…nós e Gaia. O que começou por ser ligeiro foi aumentando de tom à medida que nos vamos aproximando dos valores considerados para o que chamamos de nova dimensão.
É mais do que natural que a estrutura abane, a todos os níveis. 
O que começou primeiro a abanar foi o corpo emocional e daí estendeu-se ao físico. Os desconfortos são tanto emocionais e mentais como físicos.
Mas isto é uma reacção natural!
Não, não é confortável. Não, não acabou ainda. Não, não vai piorar.
Também não…isto não é uma moda que se espalhou para nos irmos distraindo na falta de melhor. Isto é real, está a passar-se com toda a gente a um nível maior ou menor…isto é o nosso acordar, um pouco destrambelhado, mas acabaremos por nos lembrar de onde estamos.

À medida que nos vamos adaptando a tudo isto começaremos a perceber que aquilo que pensávamos que aconteceria no futuro, está aqui e nós estamos a viver esse futuro que tanto se falou.
Não há caminho de volta porque foi assim que designámos. Porém, nada nem ninguém nos obriga a seguir em frente. Quem quiser pode parar e ficar onde está pois não será criticado nem julgado por isso…é uma escolha tão válida como qualquer outra.

Onde estamos e para onde vamos são perguntas com pouco sentido. Estamos onde estamos e iremos para onde é suposto irmos….a racionalização desta fase é totalmente descabida.
Quanto mais tentarmos usar a mente racional para responder às nossas perguntas, mais resistência colocamos ao fluxo natural.

Vivemos imenso tempo na era do tocar para ver e acreditar, transitamos agora para a fase do acreditar para ver, sem tocar.
Quando se fala em perdoar como uma forma de liberdade é de facto um código que reconhecemos como a frequência da energia do coração e é nessa frequência que temos de estar e ser, pois só aí percebemos sem necessidade de  perguntar.

A confiança tem de começar por cada um de nós; não o eu-ego mas o Eu-Sou. A divindade de cada um tem de assumir o veículo físico e, por isso mesmo, este tem de se adaptar. As mudanças físicas que começaram por ser subtis estão agora mais sentidas porque a parte do nosso ADN que se julgava inoperante e sem utilidade está a começar a funcionar e é óbvio que toda a estrutura física é mexida.

Não nos falta ajuda para este processo, é apenas uma questão de pedirmos a quem mais ressoar com aquelas que ainda são as nossas crenças…aos poucos saberemos dirigir as operações a partir do nosso próprio centro.
Ninguém está com problemas mentais, ninguém anda a imaginar coisas….estamos juntos nisto e vamos ultrapassar.

Quem já andou de avião e apanhou zonas de forte trepidação deverá estar mais bem preparado para isto…a atmosfera faz o que lhe é natural, a máquina é que tem de se adaptar aos safanões…..vai passar!

Se for necessário voltaremos de novo a rever esta matéria mas, até lá, descansemos em paz e deixemos que os processos se dêem, falando deles com quem nos sentirmos melhor.

É abundante o apoio que temos…que ninguém duvide mas, se alguém duvidar, estará no seu direito e deverá continuar a viver no seu mundo porque todos têm lugar nas suas esferas próprias.

É de forma serena que devemos permanecer, observando o que se vai passando connosco. De um dia para o outro podemos deixar de gostar de um alimento que sempre comemos, podemos sentir uma vontade enorme de mudar de carreira, de casa, de país….auscultar a intuição e seguir o coração.

Os dramas não são necessários…neste momento é o humor que nos levará colina acima e colina abaixo. É o espírito leve de quem se aceita por inteiro, de quem vê o que não via e já nem acha estranho.

Nestes tempos é a ligação à Natureza, é olhar a beleza das coisas e emocionar-se com isso…é saber que estejamos onde estivermos, somos imensamente amados.

Continuemos…


Alexandre Viegas


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