Requer entrega, transparência, humildade
e partilhar com o outro o que estamos a descobrir de nós,
tem que ser uma interacção de verdade mútua,
se não for passa a ser destrutiva,
pois os egos irão estar a lutar com os corpos de dor...
Este eclipse lunar está-nos a devolver um novo tempo, algo inteiramente novo, é o inicio das correctas relações humanas, um tempo fora da manipulação do ego que não se quer confrontar com a sua sombra, onde o medo de se olhar e sentir já não domina, mas sim uma nova consciência de que é através da vida, dos eventos, dos outros que vamos tendo a oportunidade de tomarmos consciência do que nos move no inconsciente e a partir dessa entrega, criamos um campo de transparência na visão de nós, isso exige saber estarmos em relação com essa criatividade, deixarmos para trás a ilusão de que temos que controlar partes de nós, pois não queremos conflito... esse movimento é o que vive na ilusão e que cria a divisão, a destruição da vida e da partilha de crescimento...
As correctas relações humanas é precisamente o usufruirmos de um trabalho criativo dentro das relações, ou seja uma partilha, uma interacção e crescimento mútuo, sem medo da verdade, isso requer saber estar a reagir sem controle, mas para isso teremos que ir por etapas, observarmo-nos em acção , tomar consciência de que temos muitos medos que vivem na ilusão de que estar em relação com o mundo, com as pessoas é estarmos sempre peace love and flowers, isso é uma ilusão e este eclipse vem dar o inicio deste aprendizado, mas também desestruturar essa ilusão...
Onde estás a viver essa ilusão?...
Onde é que ainda te escondes
na máscara do controle do equilíbrio?
Observem lá bem com os pés na terra, isso é uma utopia, nunca poderíamos evoluir estando tudo na mesma, essa é a memória de um tempo cósmico que deu origem ao movimento no cosmos, o big bang, onde um movimento estático se dividiu, criando duas forças opostas, mas complementares, daqui nasceu a criatividade do movimento e eis-nos num tempo que em evolução de espiral , está a iniciar uma nova frequência na relação dessas duas forças... essas duas forças cósmicas, por embate e nova frequência criam uma nova etapa da espiral...
Como é que na terra, na humanidade estamos a processar o mesmo movimento refractário?
Iniciando uma nova etapa de como nos relacionamos connosco próprios, temos que aprender a humildade, autenticidade a vermo-nos, o que estamos com medo de sentir de nós e onde projectamos a reacção defesa/ataque, que requer ir desestruturando o ego da divisão, ver os acontecimentos como movimentos onde nos vamos ajudando a crescer, mudar a atitude de divisão, da luta para o crescimento mútuo... daqui nascerão as relações de alma...
O apelo a que nasçam essas relações é fortissimo, mas deveremos estar conscientes do que representa viver uma relação de almas em comunhão ...
Requer entrega , transparência, humildade e partilhar com o outro o que estamos a descobrir de nós, tem que ser uma interacção de verdade mútua, se não for passa a ser destrutiva, pois os egos irão estar a lutar com os corpos de dor...
Os dois eclipses deste mês irão estar em interacção um com o outro durante 6 meses, e a dança é esta:
Confronto-me com o meu corpo de dor, sinto e tomo consciência de como ele me move, cria sofrimento, desestruturação emocional e doença quando nos queremos esconder e nos recusamos a sentir a criatividade da nova atitude... essa nova atitude nasce de uma nova forma de me relacionar com as circunstâncias que criei por ser inconsciente da manipulação que havia por de trás do corpo de dor ... ao tomar consciência ( 1º eclipse ) nasço numa nova atitude , mais equilibrada, pois não me defendo , mas sim partilho o que descobri de mim e o outro partilha de si ( 2º eclipse )...
Este é o tempo do nascimento de relações de Alma, onde os embates dos egos começam a ser substituídos por um movimento criativo, através deste momento podemos nos partilhar sem medo, descobrir sem medo a nossa sombra e deixamos de lutar e sim mudar interagindo neste campo de verdade e autenticidade...
Será uma dança mesmo, vamos lá atrás, repetimos o padrão, tomamos consciência do que o move em nós e pela consciência interagimos em transparência, falamos, partilhamos e comungamos da unidade nas relações...
Se na nossa vida houver relações onde não se possa partilhar desta criatividade, pois aí deveremos respeitar a escolha dos outros e fechamos um ciclo onde perpetuámos o sofrimento, pois o ego tinha a ilusão de que podia mudar o outro, deveremos aprender a sentir onde o ego quer actuar dessa forma, pois isso é manipulação e cria auto destruição... sofrimento criado pelo ego... fechar esse ciclo é respeitar a escolha do outro, mas escolher para nós relações criativas... sem medo de descobrir a sombra, respeitar essa vivência de descoberta, mas sem ter que esconder de nós nem do outro...
Relações de Alma nascem desta entrega, verdade e humildade...
Ruth Fairfield
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