Em muitos idiomas, como o português, o nome Páscoa deriva-se do hebraico “Pesach” que significa “Passagem” ou “Passover” no inglês, mas as nações de língua inglesa chamam a Páscoa de “Easter”, palavra derivada do nome da deusa teutônica “Ostra” (em escandinavo) ou “Ostern” e “Eastre” (para os nórdicos), que tem sua origem na mitologia desses povos, cuja essência principal era a da fertilidade na primavera.
“Ester” do Antigo Testamento é uma repetição da deusa Ishtar.
Ishtar é a deusa dos acádios,
herança dos seus antecessores sumérios,
cognata da deusa Astarte dos filisteus,
de Isis dos egípcios,
Inanna dos sumérios e
da Afrodite, dos Gregos.
Inanna-Ishtar leva-nos de volta a um tempo onde o Feminino era activo, dinâmico, poderoso, com os dons da paixão, do riso, e da graça envolvente. Os sumérios viam Inana como uma metáfora para o Divino na Matéria, e eu vou mais longe, para afirmar que Inana/Ishtar é alegria, conexão, paixão, entusiasmo e força; a guerreira que mantém sua posição com integridade, como não-vítima.
Ela representa a força e o encantamento
da existência sob a forma feminina,
e para tanto é autocentrada,
auto definida e independente.
Uma pessoa madura e bem integrada não precisa de uma mãe para lhe dizer o que fazer. O que uma pessoa madura precisa é a inspiração de uma guia e musa para ultrapassar barreiras interiores e exteriores em todos os mundos. Isto é o que a Deusa Inana/Ishtar é e faz como a Deusa Dinâmica e Não Materna, e Senhora do Amor e da Guerra.
Na Antiguidade era comum o culto aos deuses através de rituais e Ishtar tinha alguns rituais de carácter sexual, uma vez que era a deusa da fertilidade.
Um ritual importante ocorria no equinócio da primavera, onde os participantes pintavam e decoravam ovos (símbolo da fertilidade) e os escondiam e enterravam em tocas nos campos.
O Equinócio da Primavera marcava, para os antigos, o início do Ano e princípio do ciclo sazonal das Estações. O momento de fertilizar a terra e renovar sua força e vitalidade que seria transformada no inicio do Verão em Abundância e Fartura.
A Páscoa, portanto, simboliza a capacidade
que o ser humano possui de renascer e de renovar-se
a cada ciclo do tempo.
Esta capacidade está associada à condição de
libertar-se de tudo o que é velho
e abrir-se para o novo.
Na simbologia cósmica, significa o renascimento da Terra em sua força de fertilidade (primavera) após um período de morte (inverno).
O Ovo em muitas culturas representa o símbolo da imortalidade, da ressurreição e da abundância da vida que se manifesta na Primavera. É o símbolo representativo da Criação entre os Chineses, os Egípcios, os Gregos, os Romanos, os Persas e outros povos.
A Lebre está, aqui, associada à Lua que é também o planeta regente da Reprodução, da Fertilidade e da Maternidade. A Lebre, pela sua grande fertilidade e facilidade reprodutiva, tem sido objecto dos mais variados mitos populares. A Lebre chega a ter 42 crias por ano e associa-se também a ideia de Longevidade e de Imortalidade.
Nesta data, as vibrações estão centradas na comemoração da “Páscoa – Passagem” e as energias geradas nestas celebrações estão voltadas para os processos de libertação, comunhão com o Sagrado e o renascimento.
Aproveite este momento fazendo uma imersão. Vibre nestas energias, libertando-se do que não tem mais sentido e preparando-se para renascer para uma vida melhor.
Dani Rossi
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