terça-feira, 17 de novembro de 2015

#WHYSYRIA : A crise da Siria contada em 10 minutos e 15 mapas




O PORQUÊ da GUERRA na SÍRIA:

1. Na Síria não há nenhum Banco Central Rothschild.
2. A Síria proibiu os alimentos geneticamente modificados o cultivo e a importação dos mesmos.
3. A Síria é o único país árabe que não tem dívidas para com o FMI-Fundo Monetário Internacional, com o Banco Mundial ou qualquer outra pessoa ou entidade.
4. A família Assad pertence à orientação Alawi do Islão.
5. As mulheres sírias têm os mesmos direitos que os homens tanto para estudar, como na saúde e na educação.
6. Na Síria, as mulheres não são obrigados a usar a burka. A Xária (lei islâmica) é inconstitucional.
7. A Síria é o único país árabe com uma Constituição secular e não tolera movimentos extremistas islâmicos.
8. Cerca de 10% da população síria pertence a uma das muitas denominações cristãs sempre presentes na vida política e social.
9. Em outros países árabes, a população cristã é inferior a 1%, devido ao assédio sofrido.
10. A Síria é o único país mediterrânico que ainda detém a empresa de petróleo, que não queriam privatizar.
11. A Síria tem uma abertura para a sociedade da cultura ocidental como nenhum outro país árabe.
12. Ao longo da história cinco papas eram de origem síria. A tolerância religiosa é única na área.
13. Antes da Conspiração Mundial, a Síria foi o único país na zona, sem guerras e conflitos internos.
14.Siria é o único país que reconheceu os refugiados iraquianos, sem qualquer discriminação social, política ou religiosa.
15. Bashar Al Assad tem uma aprovação extremamente popular.
16. Sabias que a Síria tem reservas de petróleo de 2.500 milhões de barris, cuja exploração está reservada para as empresas estatais?
17. Síria se opõe ao sionismo e ao criminoso apartheid israelita.
18. As pessoas estão bem informadas e muitas vezes falam e discutem sobre o estabelecimento da Nova Ordem Mundial.
19. A Síria é o último obstáculo para a escravidão da humanidade e da criação do Estado Talmúdico da Grande Israel.
20. Talvez assim percebas melhor porque o Anglo-Sionismo tem tanto intere$$€ na Síria.





O Wikileaks divulgou um telegrama enviado de Damasco onde revela que os Estados Unidos já planeavam destabilizar a Síria em 2006, anos antes da guerra ter iniciado.

Entre os destinatários deste telegrama encontra-se o Departamento do Tesouro americano e a Casa Branca.

Existem várias "teorias da conspiração" em torno do envolvimento dos americanos no ISIS ou Daesh - a criação de um grupo militante para fazer cair Assad e desestabilizar a região. Este documento parece comprovar algumas dessas teorias.

Este telegrama que tem a forma de análise de forças/fraquezas do regime e possíveis acções a serem tomadas, para o derrubar ou fragilizar.


Entre as conclusões deste relatório encontram-se o facto de as decisões estratégicas serem tomadas apenas por um pequeno círculo de pessoas em torno de Assad, fazendo com que essas decisões sejam pouco "pensadas" e muitas vezes tomadas com uma carga emocional muito forte, sendo esta uma fraqueza a explorar, colocando pressão no regime, desequilibrando-o.

Recomenda também apoio mediático a Abdul Halim Khaddam, antigo vice-presiente sírio, descrito como opositor ao regime e alguém que conhece os "esqueletos escondidos", proporcionando-lhe entrevistas e outros eventos mediáticos na região, assim como o encorajamento de rumores de golpe de estado dentro da Síria, nomeadamente de forças até à data leais a Assad, atacando emocionalmente a restrita elite política síria, e criando divisões entre serviços de segurança e militares.

Desta forma, devia também ser amplamente divulgada a presença e força de organizações radicais islâmicas na região, assim como noticiar esforços do regime para os combater, mas descritos de forma a que sejam entendidos como fracassos, ou o apoio à população Curda no Norte da Síria, opositora ao regime.

A Síria é o único país do Mediterrâneo que continua proprietário da sua empresa petrolífera, que não quis privatizar, e é o único país árabe sem dívidas ao Fundo Monetário Internacional.

Não encontramos neste relatório uma única referência a consequências que pudessem afectar, ou de que forma poderiam afectar, a vida das populações sírias.



A área que está a bege é maioritariamente dos curdos


Os Curdos estão a ter um papel fundamental no combate ao ISIS.
Quem são os Curdos e de onde são?

Curdistão é uma região cultural e geográfica maioritariamente populada pelos curdos.
Com cerca de 500.000 km² concentra-se, na sua maior parte, na Turquia, e o restante distribui-se entre Iraque, Irão, Síria, Arménia e Azerbaijão. 
Seu nome, de origem persa, significa "terra dos curdos" e foi cunhado em 1150 pelo sultão seljúcida Sanjar para designar a parte do Irão ocidental povoada pelos curdos.

Actualmente os curdos são a mais numerosa etnia sem Estado no mundo. 
São 26 milhões de pessoas, na sua maioria muçulmanos sunitas, que se organizam em clãs e, em algumas regiões, falam o idioma curdo. Suas maiores cidades são Mossul, Irbil, Kirkuk, Saqqez, Hamadã, Erzurum e Diyarbakır.

Possui relevo acidentado, com o máximo nas montanhas da Alta Mesopotâmia, onde está o Monte Ararate (Büyük Agri) com 5165 metros de altitude, na fronteira Turquia/Arménia, suavizando até os planaltos do norte iraquiano. Há também a cadeia de montanhas Antitauro, na Síria/Turquia.

O seu maior lago é o lago Van, no lado turco, com 3.755 km².
O Alto Tigre e o Alto Eufrates passam aqui.

Somente em 1966 que conquistou autonomia cultural e administrativa pelo Iraque.




Bandeira do Curdistão Iraquiano


Os guerrilheiros, Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK), contam com o apoio do governo sírio, e mantêm bases no Irão e no Iraque.
O conflito entre o governo turco e a guerrilha curda estende-se com frequência ao Curdistão iraquiano.
Após a Guerra do Golfo (1991) foi criada uma zona de segurança no norte do Iraque para proteger os curdos que se rebelaram contra Saddam Hussein.
Forças turcas têm invadido a região com o pretexto de destruir as bases do PKK lá instaladas.

Os curdos são cerca de 15% da população da Síria, o que corresponde a cerca de 1,9 milhão de pessoas. Isto faz deles a maior minoria étnica no país. Eles estão maioritariamente concentrados no nordeste e no norte mas há também populações curdas significativas em Alepo e Damasco.
Os activistas de direitos humanos curdos na Síria são maltratados e perseguidos.
Existem várias proibições do uso da língua curda, recusa em registar crianças com nomes curdos, substituição de nomes de lugares curdos com novos nomes em árabe, proibição de negócios que não tenham nomes árabes, proibição de escolas privadas curdas e proibição de livros e outros materiais escritos em curdo. Com o direito à nacionalidade síria negado, cerca de trezentos mil curdos são privados de quaisquer direitos sociais, violando-se assim as leis internacionais. Como consequência, estes curdos estão efectivamente de mãos atadas dentro da Síria.

Actualmente, Curdos do Iraque, Síria e Turquia unem-se para combater jihadistas.
Os curdos são anti-ISIS, sim, mas... eles são comunistas ateus! 
Em meses recentes, a mídia vive um caso de amor com norte-americanos, britânicos, australianos e outros ocidentais que se estão a alistar nas forças de campo curdas para combater contra o ISIS.
Mas nem tudo são rosas no oeste do Curdistão.
O YPG( "Unidades de Protecção Popular", YPG, que têm base na Síria) é o braço armado do Partido da União Democrática Curda na Síria, que apoia o Partido dos Trabalhadores do Curdistão Turco, que os EUA listam entre os grupos terroristas e que até recentemente tinham o projecto de instalar estado marxista-leninista no Curdistão.

O YPG combate pelos socialistas curdos na Turquia e na Síria; o exército Peshmerga curdo está dividido entre apoiadores do Partido Democrático Curdo e partidários da União Patriótica do Curdistão; o que resta do exército iraquiano são quase todos xiitas, mas são atacados por milícias xiitas independentes, algumas apoiadas pelo Irão.

Já a Turquia, usa o ISIS como pretexto para atacar os curdos, o PKK (Partido Trabalhista do Curdistão).
A Turquia acaba de anunciar que a sua base aérea em Incirlik logo será aberta para as forças de coalizão, supostamente para combaterem o ISIS. Mas quando a Turquia iniciou o bombardeio, ela visou posições curdas no Iraque além de alvejar posições do ISIS na Síria.
Evidentemente a Turquia está insatisfeita com a reaproximação do PKK, que parece estar se formando, com os Estados Unidos e com a Europa. Provavelmente alarmada com as vitórias do PKK contra o ISIS, bem como o fortalecimento de seu status internacional, Ancara, além de alvejar as posições do ISIS na Síria, está também a bombardear as posições do PKK nas montanhas de Qandil do Curdistão iraquiano, onde está localizado o quartel-general do PKK.
O ISIS não se encontra em Qandil.
Lamentavelmente a Turquia prefere não formar "uma aliança turco-curda" para destruir o ISIS.
A Turquia abriu as suas fronteiras para o ISIS, possibilitando o crescimento do grupo terrorista.
Na Turquia, milhões de curdos nativos são continuadamente aterrorizados e assassinados, ao mesmo tempo em que terroristas do ISIS podem viajar livremente e fazerem uso de postos oficiais de fronteira para irem para a Síria e voltarem para a Turquia, e até são tratados em hospitais turcos.
A "compaixão" e a hospitalidade que muitas instituições turcas oferecem aos membros do ISIS nem sequer são ocultadas. O silêncio do Ocidente é desconcertante e decepcionante.





O governo dos EUA coopera com regimes opressores, inclusive o regime terrorista do Irão, sob o qual os curdos são forçados a viver, em detrimento dos curdos, em detrimento de outros povos perseguidos e em detrimento do futuro do Ocidente.

Em consequência dos ataques do ISIS na região, o PKK curdo, bem como seu afiliado curdo-sírio o Partido da União Democrática (PYD) e seu braço armado Unidades de Proteção Popular (YPG), emergiram como os mais eficientes parceiros dos Estados Unidos nos campos de batalha contra o ISIS. Desde que o ISIS se transformou numa força considerável na Síria, os EUA ao que tudo indica, passaram a depender pesadamente do YPG como resistência ao avanço do ISIS.
Os EUA tornaram-se a força aérea do YPG, e o YPG por sua vez se tornou a força terrestre dos Estados Unidos na Síria.

Portanto, as forças curdas são as únicas que estão na verdade a combater o Estado Islâmico.
Mesmo a serem massacrados pela Turquia e pelo Irão!

Se é dessa forma que os curdos são tratados pelos estados que os governam, por que então ainda persiste a dúvida se os curdos deveriam ou não ter seu próprio autogoverno?

Nesse caldeirão de ideologias, é difícil ver de onde sairá alguma resistência unificada efectiva, que ainda não se constituiu, mesmo na luta contra o inimigo universalmente odiado, como é o ISIS.

Mesmo se os degoladores do Estado Islâmico forem despachados, pouco haverá que una entre eles turcos, sírios, curdos e vários iraquianos. 
Mas há muito para encorajar neo-oportunistas a continuar a explorar as divisões religiosas e étnicas que os separam.

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