quarta-feira, 17 de maio de 2017

Filhos são do mundo


Ayatullah R. Hiba




Devemos criar os filhos para o mundo. 
Torná-los autónomos, libertos, até de nossas ordens.
A partir de certa idade, só valem conselhos. 

Especialistas ensinaram-nos a acreditar que só esta postura torna adulto aquele bebé que um dia levamos na barriga. E a maioria de nós pais acredita e tenta fazer isso. O que não nos impede de sofrer quando fazem escolhas diferentes daquelas que gostaríamos ou quando eles próprios sofrem pelas escolhas que recomendamos.

Filho é um ser que nos emprestaram para um curso intensivo de como amar alguém além de nós mesmos, de como mudar nossos piores defeitos para darmos os melhores exemplos e de aprendermos a ter coragem.
Isto mesmo!
Ser pai ou mãe é o maior ato de coragem que alguém pode ter, porque é se expor a todo tipo de dor, principalmente da incerteza de estar agindo corretamente e do medo de perder algo tão amado.
Perder?
Como?
Não é nosso, recordam-se?
Foi apenas um empréstimo!

Então, de quem são nossos filhos? 
São deles próprios, donos de suas vidas, porém, um tempo precisaram ser dependentes dos pais para crescerem, biológica, sociológica, psicológica e emocionalmente.
E o meu sentimento, a minha dedicação, o meu investimento?
Não deveriam retornar em sorrisos, orgulho, netos e amparo na velhice?

Pensar assim é entender os filhos como nossos e eles, não se esqueçam, são do mundo!
Volto para casa ao fim do plantão, início de férias, mais tempo para os filhos, olho meus pequenos pimpolhos e penso como seria bom se não fossem apenas empréstimo! Mas é.
Eles são do mundo. O problema é que meu coração já é deles.

É a mais concreta realidade.
Só resta a nós, mães e pais, aproveitar todos os momentos possíveis ao lado das nossas 'crias', que mesmo sendo 'emprestadas' são a maior parte de nós !!!



Autor Desconhecido
(Circula na net como sendo de José Saramago mas,  ele nunca diria isto. Fui confirmar e, segundo a Fundação José Saramago, a atribuição de autoria deste texto é falsamente atribuída a José Saramago)






"Uma notável realidade sobre a atual liderança política da Europa é resumida aqui por Phil Lawler: 
• Macron, o recém-eleito presidente francês, não tem filhos.
• A chanceler alemã Angela Merkel não tem filhos.
• A primeira-ministra britânica Theresa May não tem filhos.
• O primeiro-ministro italiano Paolo Gentiloni não tem filhos.
• Mark Rutte da Holanda,
• O sueco Stefan Löfven,
• O luxemburguês Xavier Bettel,
• Nicola Sturgeon, da Escócia, todos não têm filhos.
• Jean-Claude Juncker, presidente da Comissão Europeia, não tem filhos. 
Assim, um número excessivamente desproporcional de pessoas que tomam decisões sobre o futuro da Europa não tem uma participação pessoal direta nesse futuro".




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