domingo, 4 de dezembro de 2016

Os papéis que representamos na vida





A nossa vida aqui na Terra convida-nos a dar vida e a experienciar variadíssimos papéis diferentes. Por exemplo, o que é ser mãe, o que é ser filho, o que é ser famoso, o que é ser deficiente, o que é sensível ou agressivo ou gordo ou milionário, enfim, basta olhar para o mundo para percebermos que são infinitas as experiências possíveis dentro da dualidade.

Quando olhamos para a nossa vida, percebemos que papéis anda o nosso espírito a representar na nossa realidade pessoal. Temos o papel de filhos perante os nossos pais, irmãos dos nossos irmãos, o papel de marido ou mulher na vida de alguém, somos empregados da empresa X ou talvez patrões e a maior parte já é mãe ou pai dos seus filhos. Temos ainda papéis menores de primos, de vizinhos de, afilhados ou padrinhos de, colegas de...

Importante mesmo é percebermos que são apenas papéis que estamos a representar. Não são quem nós somos. Idealmente deveríamos ter um espaço/tempo onde relembramos que somos um espírito numa maravilhosa viagem de experimentação e evolução pessoal neste planeta. Que cada vida, cada experiência e cada encontro vivido através dos papeis que representamos, faz parte do nosso processo de evolução PESSOAL. 
É através desses papéis que o espírito cumpre a sua proposta. 
Infelizmente a maior parte vive ignorante deste processo pessoal e faz da relação com os outros a sua prioridade, passa a acreditar que ele É os papéis que representa sem noção da sua essência.

Inconscientes da nossa essência, vivemos desresponsabilizados da nossa viagem individual e do nosso processo pessoal e logo deixamos de entender o propósito profundo dos nossos papéis.

Toda a violência, seja ela interior, relacional ou global é fruto da exagerada identificação com os nossos papéis. Esquecemo-nos de que o objectivo final é a nossa evolução e equilíbrio interior. 
E porque nunca retornamos ao nosso interior, à nossa essência, deixamos de perceber o porquê dos papéis .

No momento em que nos desidentificamos com o papel que representamos e retornamos à fonte de criação dentro de nós, resgatamos o poder que temos de mudar a nossa energia.

Temos dentro de nós o poder de resgatar o amor próprio, o equilíbrio interior e a expressão do amor incondicional. Todo o ser humano carrega dentro de si este ponto de poder capaz de transformar a sua energia e por consequência, a sua vida. É a partir desta essência interior que percebemos para que servem os nossos papéis e todas as dinâmicas de acção / reacção que eles activam.

Deixo então a proposta:
Encontra dentro de ti um tempo e um espaço onde podes despir todos os papéis que andas a representar na tua vida. Nesse tempo e nesse espaço algures dentro de ti, não és mãe nem pai, não és filho ou irmão, não trabalhas em lado nenhum como vendedor, engenheiro ou doutor.
És simplesmente um espírito de Luz na viagem de experimentação na Terra.

É a partir desse poderoso ponto que podes então analisar os múltiplos papéis que andas a representar.

  • Se já os entendeste? 
  • Se estás ou não feliz e realizada com cada um deles. 
  • Quais precisam de actualização ou mudança? 
  • Quais precisam de amor e consciência?


Tudo o que vemos lá fora nos nossos papéis, são energias inteligentes em funcionamento. 
São dinâmicas kármicas apenas entendíveis a quem quer de facto compreendê-las.
Cada acção gera uma reacção e só podemos alterar as reacções dos outros, mudando a nossa própria acção.

A Lei do karma lembra-nos que somos responsáveis pelo que a nossa essência anda a plantar através dos papéis que representamos.
Cabe à nossa essência garantir que plantamos o melhor...


Vera Luz



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