terça-feira, 13 de dezembro de 2016

O nosso sistema de crenças




É tão subtil e camuflado o nosso sistema de crenças, 
que a maioria de nós nunca se inteirou do mesmo.


Existe uma pergunta clássica que deve ser respondida com toda a sinceridade e para que isso aconteça temos de pensar bem, bem, no assunto, para irmos ao núcleo….que é a seguinte:

“Crê que existem duas forças distintas que se digladiam, 
como o bem e o mal, 
ou crê que existe apenas uma só força, fonte de tudo?”

A partir do momento que começamos a pensar nisto, começa a desenrolar-se o nosso padrão de vida. Se acreditamos na primeira hipótese, veremos sempre a dualidade em tudo e teremos atraído ao longo da vida, circunstâncias de conflito entre o bem e o mal. Teremos visto em todas as oportunidades uma armadilha algures, em todos os relacionamentos uma traição por acontecer, em todos os momentos felizes a sombra de algo mau que a qualquer momento poderia surgir….e toldámos assim a magnífica luz que tudo poderia ter iluminado sem sombra.

As perguntas mais básicas são por vezes as mais profundas, mas temos de ser muito sinceros ao darmos a resposta a nós mesmos.

Por vezes, o nosso sistema contém crenças que não são nossas…dizemos que cremos porque sempre ouvimos pronunciar aquela “verdade” e não pusemos em causa se de facto era nossa ou não.
Acreditamos porque os nossos pais acreditam ou acreditavam…e nós mesmos, acreditamos sem questionar?

A família é o nosso estágio para crescermos socialmente; ali somos confrontados com o melhor e o pior a todos os níveis, aprendemos um método, mas não o melhor ou o nosso próprio método de comportamento social, relacionamento humano, conduta moral, responsabilidade...um conjunto de leis que levaremos vida fora e nos conformará no mesmo padrão se…se não formos revendo o que nos serve como indivíduos, com um percurso próprio, uma aprendizagem pessoal.

Qualquer crença pode ser mudada.
A partir daí e sabendo o que gostaríamos de viver e ser, basta-nos esquadrinhar o nosso sistema em busca do que nos está a impedir e mudarmos. Porém, uma crença não é uma questão apenas de acreditar nisto ou naquilo…é uma certeza profunda, sentida como a nossa verdade e é esse sentimento que faz com que tudo o resto se coadune em ressonância.

A vida, é uma construção pessoal de circunstâncias, vivências, experiências, sentires…num ponto ou em mais que um, estaremos em comunhão com outras pessoas e assim a rede se vai estendendo, brilhando aqui e ali nas harmonias e sintonias…e tudo é vida!



Alexandre Viegas

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