quinta-feira, 3 de abril de 2014

Gorduras Trans


Eu até hoje não tive de fazer nenhum tipo de dieta...
E confesso que é um assunto que me faz alguma confusão, porque não existe consenso em termos de estudos clínicos.
Uns dizem que a carne vermelha faz mal, outros dizem que faz bem por causa da L-Carnitina.
Uns dizem que enchidos fazem mal, outros dizem que fazem bem.
Uns dizem que as legominosas são imprescindíveis, outros dizem que se tem de cortar.
Uns dizem para comer muita fruta, outros dizem para comer com muita moderação por causa da frutose.
Uns dizem que se deve cortar com os alimentos com glúten, outros dizem que se tolerar bem deve comer.
E a lista continua...

Vivemos sobre um autêntico TERRORISMO ALIMENTAR!!!



Mas, o único cuidado que tenho é com o Açúcar refinado, farinha refinada e Gorduras Trans.
Estas últimas, como são sintéticas, são verdadeiramente prejudiciais à nossa saúde.



As gorduras trans são um tipo especial de que, em vez de ser formado por ácidos graxos saturados ou insaturados na configuração cis, contém ácidos graxos insaturados na configuração trans.
Em outros termos, são um tipo específico de gordura formada por um processo de hidrogenação, quer seja natural (ocorrido no rúmen de animais artiodátilos) ou artificial.

Os ácidos graxos trans não são sintetizados no organismo humano. 
São resultantes de um processo chamado de hidrogenação. O objectivo desse processo é adicionar átomos de hidrogênio nos locais das duplas ligações, eliminando-as. Porém essa hidrogenação é geralmente parcial, ou seja, há a conservação de algumas duplas ligações da molécula original e elas podem formar isômeros, mudando da configuração cis para trans.

Existem dois tipos de hidrogenação:

A bio-hidrogenação, que ocorre quando os ácidos graxos ingeridos por ruminantes são parcialmente hidrogenados por sistemas enzimáticos da flora microbiana intestinal desses animais;

A hidrogenação industrial, processo em que são misturados hidrogênio gasoso, óleos vegetais poliinsaturados e um catalisador, que geralmente é o níquel (Ni,) sob pressão e temperatura apropriadas. Esse processo vai resultar em ácidos graxos com ponto de fusão mais alto, devido à orientação linear nas moléculas trans e ao aumento no índice de saturação, e maior estabilidade ao processo de oxidação lipídica.



As gorduras trans estão presentes em pequenas quantidades em alimentos de origem animal (no leite e gordura de ruminantes como vaca e carneiro), por influência de uma bactéria presente no rumén desses animais.
Quantidades maiores desta gordura estão presentes em alimentos industrializados (processados), como biscoitos, bolos confeitados e salgadinhos.
As gorduras trans formadas durante o processo de hidrogenação industrial que transforma óleos vegetais líquidos em gordura sólida à temperatura ambiente são utilizadas para melhorar a consistência dos alimentos e também aumentar a vida de prateleira de alguns produtos.
Em muitas áreas a gordura trans dos óleos vegetais parcialmente hidrogenados substituiu a gordura sólida e óleos líquidos naturais.

Os alimentos que mais provavelmente contêm gordura trans são fritos, molhos de salada, margarinas, entre outros alimentos processados.
A gordura hidrogenada é obtida através da hidrogenação industrial de óleos vegetais (que são líquidos à temperatura ambiente), formando uma gordura de consistência mais firme.
Por suas características, ela melhora a palatabilidade e textura, e aumenta a vida de prateleira dos produtos, por isso é muito utilizada na indústria.
A gordura hidrogenada também é usada por redes de fast-food e restaurantes para frituras.
Produtos como:
margarinas, 
sorvetes cremosos, 
biscoitos, 
bolos embalados, 
tortas embaladas, 
pães embalados tipo panrico, 
salgadinhos congelados, fritos 
pipoca de microondas, 
bombons,
pizzas congeladas
pronto a comer congelado
todo o fast food
salsichas e todo o tipo de enchidos industrializados 
e tudo mais que contenha gordura hidrogenada, são fontes de gordura trans.

Uma maneira segura de comprovar a adição de gordura trans é a leitura da lista de ingredientes do alimento.
Se contiver gordura vegetal hidrogenada, ou gordura vegetal, certamente contém gordura trans.

Alguns fabricantes estão substituindo a gordura hidrogenada pela gordura interesterificada. Estudos preliminares mostram que esta pode ser mais danosa à saúde do que a gordura hidrogenada.

As gorduras trans (GT) - um tipo específico de gordura formado pelo processo de hidrogenação natural ou industrial - estão presentes em alimentos, como carne e leite, além de alguns produtos industrializados.
Não é possível excluí-las totalmente da alimentação – embora em alimentos industrializados elas possam ser substituídas - porém nem sempre com um resultado satisfatório em relação à textura e ao sabor.

O consumo excessivo contribui para o aumento do colesterol total e do LDL (o colesterol mau) e ainda promove a redução dos níveis de HDL (o colesterol bom), trazendo riscos para o coração e a saúde de forma geral.
Pelas orientações, não se deve consumir mais do que 2 gramas por dia.
É importante ler as informações nutricionais, bem como a lista de ingredientes.
Fique atento a nomes como gordura hidrogenada, gordura parcialmente hidrogenada, gordura saturada e banha, consumindo com moderação estes tipos de alimentos.



Aqui estão 10 sugestões para afastar os riscos da gordura trans de sua dieta:

1. Evite alimentos fritos 
Frango, pastéis, salgadinhos e outras frituras carregam gordura trans e colesterol.
Em vez de fritar, uma opção é usar a frigideira para “saltear” o alimento - método que pode ser considerado uma fritura com pouca gordura. Não se esqueça de usar óleos líquidos, como azeite ou óleo de canola e em quantidade adequada para manter as calorias sob controle.

2. Modere no fast food 
As redes fast food têm fama de cardápios ricos em colesterol, mas muitas cadeias de restaurantes já oferecem opções saudáveis para o coração.
Dica: procure alimentos frescos e evite frituras e molhos com muito queijo e condimentos.
Opte por saladas, peixe ou frango grelhado, batata cozida.
Além disso, pule as sobremesas fritas, biscoitos e tortas recheadas.
“Evite os molhos muito calóricos, mas não precisa ter fobia de molhos.
Um a base de azeite ou do tipo rose dão gosto às saladas, sem comprometer a saúde”, diz Cynthia.

3. Reduza o consumo de preparados instantâneos de sobremesa
Misturas para bolos e doces podem ser convenientes, mas muitas têm quantidades de gorduras trans. Experimente fazer um bolo da forma tradicional, incorporando gorduras saudáveis e polvilhe açúcar de confeiteiro por cima em vez de glacê.
“Use leite desnatado, óleos vegetais ao invés de manteiga.
Outra dica é o iogurte natural desnatado ao invés de chantilly.
Nas tortas doces, troque a ‘massa podre’ (que requer grandes quantidades de gordura) por massa feita com biscoitos ou cereais integrais”, sugere a nutricionista Maria Fernanda.

4. Atenção ao consumo de macarrão instantâneo e sopa em copo 
São coringas numa dieta de quem não tem muito tempo.
Mas a grande quantidade de gorduras trans deve fazer você diminuí-los de seu dia a dia. A alternativa pode ser essa: faça uma panela grande de sopa no fim de semana, divida-a em porções individuais, congele e tenha várias refeições deliciosas e nutritivas.

5. Escolha cuidadosamente os congelados 
Você não tem que evitar o corredor de comida congelada do supermercado.
Só precisa fazer escolhas nutritivas.
Por isso, leia os rótulos e escolha os alimentos mais próximos à sua forma natural e evite os que tenham gordura saturada, trans e colesterol.
Faça um stock de vegetais e frutas congeladas sem molhos.

6. Evite os doces recheados 
Quando se trata de recheios pastosos – com ingredientes de origem animal (como leite, ovos) –, a melhor maneira de reduzir as gorduras é evitar esses alimentos.
Boas opções são doces com grãos integrais, muffins de farelo de trigo ou frutas e iogurtes.

7. Reduza a quantidade de margarina 
Durante anos, as pessoas acreditaram que a margarina era melhor do que a manteiga, que é rica em colesterol.
Descobriram, então, gordura trans nas margarinas.
Mas hoje o problema foi corrigido e você pode mantê-la em sua dieta – ou usar um creme vegetal. Fique atento apenas a quantidade a ser consumida.
“Ainda existe muita controvérsia a respeito dessas substituições. A margarina não contém colesterol, mas contém gorduras saturadas que também promovem o aumento do colesterol. Ou seja, o melhor é optar por aquele alimento que mais agrada em termos sensoriais e usá-lo em pouca quantidade para passar no pão (o mínimo possível).
Costumamos recomendar ‘uma ponta de faca”, diz Maria Fernanda.

8. Não abuse de alimentos pré-prontos 
Eles parecem tão fáceis de preparar...
Mas aqueles pacotes de pães de queijo, pizza, massa, biscoitos, tortas congeladas podem estar carregados de gorduras trans.
Vá para as prateleiras de alimentos de grãos integrais.
Ou, como no caso dos bolos, faça seu próprio alimento.
“Quando preparamos os alimentos em casa, sempre é possível usar menor quantidade de gordura, optar pelos óleos vegetais e preferir ingredientes mais saudáveis, como farinhas integrais, leite desnatado, queijo branco, frutas e pouco açúcar”, reforça Maria Fernanda.

9. Atenção à pipoca de microondas 
Pipoca pode fazer parte de uma dieta saudável para o coração, mas não quando é carregada de sal, colesterol alto, manteiga. “O excesso de sal na alimentação está directamente associado a risco de hipertensão”, lembra Maria Fernanda. Prefira a pipoca “neutra” e adicione você mesmo o sal (pouco) ou outros temperos. Para pipoca doce, acrescente uma pequena quantidade de mel e canela.

10. Prefira café sem chantilly 
É bom o chantilly por sobre o café. Mas as gorduras estão ali a boiar e podem contribuir para níveis elevados de colesterol. Se quiser suavizar no café, tente um pouco de leite desnatado ou apenas aquela espuma de leite.

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