sexta-feira, 27 de setembro de 2013

Anima...animus!



O grande estudioso da mente humana, o génio da psicanálise espiritual, Carl Jung, demonstrou que o ser humano é andrógino, o que significa que ele combina em si, os dois elementos, o masculino e o feminino. 
A mulher interior no homem, Jung chamou de anima.
E o homem interior na mulher, animus.
Assim sendo, pode ser que compreendamos os enormes conflitos que, por vezes, e infelizmente, acontecem entre ambos!

Dizia Jung que, as criaturas humanas somente conseguem a sua plena integração se souberem incorporar esses elementos às suas personalidades. 
O homem precisaria assumir o seu elemento feminino, e a mulher o masculino, sem o que não haveria esperanças deles entenderem as suas verdadeiras essências.

"De acordo com Jung, é raro o homem que conheça, ou reconheça, a sua anima, e que consiga manter um relacionamento satisfatório com ela.
Mas, para que isso venha a acontecer, antes é necessário saber empregar o feeling, a percepção intuitiva ou a sensação desprovida de emoção.

É raro o homem que conheça o suficiente sobre seu componente feminino, ou ainda melhor, que tenha um relacionamento satisfatório com esse seu aspecto feminino. 
Sem o feeling, o homem jamais dará o verdadeiro valor à sua anima, insistindo em desconhecê-la, não lhe conferindo o devido valor e não tendo com ela o indispensável envolvimento total.

De um lado desenvolver o feeling, do outro não se deixar tomar pelos humores! 
Quando está tomado por seus humores, é como se o homem se tornasse uma “mulherzinha”, dominado pela parte feminina da sua natureza.
E não vai nesta observação nenhum sentido de julgamento comportamental de carácter sexual.
A mulher que se faz presente na personalidade masculina é uma manifestação do seu inconsciente, diante da reacção de alguns aspectos da sua constituição feminina interior.
Isto observa-se de forma bastante visível, quando o homem é contrariado e se isola num canto, agarrado a um jornal, que finge ler, ou de olhos pregados na televisão, sem dar-se conta do que se passa na caixinha à sua frente.

As mulheres mais sábias costumam dizer que o marido “está de veneta”, e nem é bom chegar perto. Elas têm toda razão de esquecer o seu homem amuado e calado, num canto qualquer da casa, sem tentar insistir na polémica que resultou naquele estado de ânimo.
Domar essas feras interiores é uma espinhosa missão, por serem sensações estranhas em ambientes hostis – o feminino no homem e o masculino na mulher.
Mas, é bom tentar.
Que tal somar as forças, no lugar de dividir?"

Deixo-vos como sugestão final a leitura de duas obras definitivas sobre este tema, ambas escritas por Robert A. Johnson, HE e SHE. 
E se gostarem, eu também vos recomendo o terceiro livro da trilogia, o WE.
Já li estes três livros há alguns anos e, com tudo isto, lembrei-me deles!

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