quarta-feira, 16 de julho de 2014

Yin-Yang


O Yin-Yang é o símbolo do Taoísmo, uma das mais conhecidas filosofias dharmicas.

Tao 道(pronuncia-se tao, mas na grafia chinesa Pinyin escreve-se Dao) significa, traduzindo literalmente, o Caminho, mas é um conceito que só pode ser apreendido por intuição. 
O Tao não é só um caminho físico e espiritual; é identificado com o Absoluto que, por divisão, gerou os opostos/complementares Yin e Yang, a partir dos quais todas as «dez mil coisas» que existem no Universo foram criadas.

Um círculo dividido ao meio por uma linha ondulada; uma metade é negra (yin) e a outra é branca(yang).
Representa o macro e microcosmos e as duas energias que regem o mundo, yin e yang; o feminino e o masculino; o bem e o mal; preto e branco; o escuro e o claro; a noite e o dia; a ordem e o caos; – energias opostas que se complementam e são o fundamento da “totalidade”. 
A força intrínseca do Universo convertendo-se ora em uma, ora em outra.
É o limiar entre os opostos, como se um estivesse contido no outro, em eterno movimento, pois as forças opostas são parte da mesma perspectiva divina.

Cada metade tem também um pequeno círculo da cor oposta, ou seja, a metade branca tem um círculo negro e a negra tem um círculo branco. O círculo menor representa a presença de cada um no outro.

Os chineses acreditavam que todas as pessoas, homens ou mulheres, passam por fases yin e yang. 
A personalidade de cada um não é uma entidade estática, mas um fenómeno dinâmico resultante da interacção entre elementos masculinos e femininos. Essa concepção da natureza humana está em contraste flagrante com a da nossa cultura patriarcal, que estabeleceu uma ordem rígida em que se supõe que todos os homens, machos, são masculinos e todas as mulheres, fêmeas, são femininas.

A moderna interpretação ocidental actual está longe de reflectir o significado original dos termos chineses.
É um símbolo muito presente não só na religião, mas também em toda a cultura do mundo contemporâneo e é conhecido tanto no Ocidente quanto no Oriente.
Um exemplo disso é o brasão de armas do renomado físico de Mecânica Quântica Niels Bohr que tem o símbolo chinês do Tao yin-yang e acima deste a frase, em Latim:
“Contraria sunt complementa” que significa os opostos ou os contrários são complementares.




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