Criadores de Deuses
O Cristianismo foi o movimento religioso de maior influência na História da Humanidade. Dispomos de uma maior quantidade de documentos fiáveis sobre as vidas dos imperadores romanos ou dos faraós egípcios, do que dos primeiros cem anos da Igreja. Muitos dos relatos aceites como verdades históricas são meras lendas, boatos intencionalmente propagados. Um exemplo disso é a suposta morte de milhares de mártires cristãos durante o reinado de Nero.
Quando se trata de procurar a figura histórica de Jesus ainda se torna mais complicado.O Jesus Verdadeiro foi sucessivamente um mago, um bastardo, um escrivão, um dissidente de Qumrán, um agnóstico judeu, um homem bem casado e pai de filhos, um bandido e um fanático opositor do Templo de Jerusalém. Esta distorção da verdade terá sido em muitas ocasiões premeditada, conhecida e ocultada.
Existem várias contradições nos evangelhos actualmente aceites como por exemplo, o Evangelho de Mateus afirma que o nascimento de Jesus aconteceu dois anos antes da morte de Herodes, enquanto o Evangelho de Lucas, Herodes já tinha morrido há nove anos aquando do nascimento de Jesus.
A arqueologia não pôde ainda atribuir nenhuma prova conclusiva a respeito da validade do relato bíblico. A história de Jesus seria uma combinação de vários relatos míticos e religiosos. Uma das influências mais obvias é a do deus Atis, do tempo do império romano. O mito deste deus diz que ele nasceu a 25 de dezembro do ventre da virgem Nana. Foi crucificado numa sexta-feira de março e ressuscitou no terceiro dia.Este caso não é único: Se penarmo nas histórias de Buda, Krishna, Mitra, Zoroastro, Dionísio, Hércules, Prometeu, Hórus e Serápis vemos que basicamente nos estão a contar a mesma lenda com pequenas variaçõe de história para história, e com grande semelhanças com os evangelhos cristãos.
Tudo tomou forma na cidade de Alexandria pela mão de uma seita misteriosa chamada "Os Terapeutas", um grupo de visionários egípcios que compilaram a Logia Iesou(Palavra do Salvador), uma antologia de fontes sírias, hindus, persas egípcias, judias e gregas nas quais se encontra boa parte do que mais tarde seriam os evangelhos.
A acrescentar a tudo isto, o facto mais relevante de toda a história do Cristianismo foi a conversão do imperador Constantino e a posterior celebração do primeiro Concílio de Niceia em 325.eta conversão esteve directamente relacionada com a possibilidade de obter um perdão rápido e público para alguns dos seus pecados-como o assassinato de alguns familiares- uma possssibilidade que o mitraísmo, a religião mais popular de Roma, não lhe concedia, uma vez que não considerava a possibilidade de redimir os pecados por meio do arrependimento.. O fim específico deste concílio era criar uma religião de Estado para Roma alicerçada no cristianismo para assegurar uma rápida expansão do Império. Nesse processo de criação da sua religião de Estado, os conspiradores para além de patrocinar e cimentar a maior falsificação histórica de todos os tempos, iniciaram uma campanha de censura em larga escala destinada a silenciar milhões de dissidentes através do assassinato, da queima de livros, da destruição de obras de arte, da dessacralização de templos e da eliminação de documentos, inscrições ou qualquer outro tipo de indício que pudesse conduzir à verdade, processo este que levou o Ocidente a níveis de ignorância desconhecidos desde o nascimento da civilização greco-romana. Bibliotecas inteiras foram arrasadas , escolas, foram confiscados livros de cidadãos particulares por todo o império romano sob o pretexto de proteger a Igreja contra o paganismo. Um dos maiores crimes de toda a história humana foi a destruição da biblioteca de Alexandria em 391.Calcula-se que a perda de informação científica, histórica, geográfica, filosófica e literária provocou um atraso de quase mil anos no desenvolvimento da civilização humana. No lugar em que se erguia aquele templo do saber foi edificada uma igreja em homenagem aos presumíveis mártires das perseguições do imperador Nero. Dada a impossibilidade de demolir as grandes obras da época faraónica, ou de apagar os hieróglifos gravados na pedra, optaram por tapar os textos egípcios com argamassa, o que os concervou em vez de os destruir, o que nos deu a possibilidade de termos um conhecimento do antigo Egipto mais minuncioso. Aqueles hieróglifos preservaram a verdade já que continham a essência e o ritual do mito celeste que tem enormes semelhanças com a história evangélica.
