"A dor surge quando se está desfasado de uma unidade múltipla.
Quando o ânimo do "outro" significativo, qualquer que ele seja, nos fere, nos amordaça, nos atinge.
Atinge-nos, de repente ou lentamente, impedindo que haja uma resposta que liberte esse sofrimento.
Muitos deixam-se reduzir a seres que sobrevivem, perdendo o seu espaço vital de resistência.
Ou transformando-se também naqueles que os feriram.
Por isso, quem vive dominado pelo exterior activo dá a impressão que sofre menos.
Mas, quando se olha nos olhos, parece que lhes falta a alma, a capacidade de fazer retorno, de sentir os afectos. "
José Pinheiro das Neves
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