sábado, 12 de julho de 2014

Rótulos


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“Na realidade actual, diante da desintegração dos antigos costumes, inúmeras pessoas se encontram num estado menos de fusão do que de confusão.
Com o colapso dos modelos sexuais tradicionais, as pessoas ficaram livres para experiências; diversas vezes, porém, acabam se vendo em grandes dificuldades e buscam ajuda para sair do emaranhado labirinto do sexo e da alma.
Muitas das que pretendem estar confortàvelmente instaladas nos papéis heterossexuais convencionais, na realidade não estão.

Há muita confusão em torno de quem pertence a qual categoria sexual.
Uma das questões mais cruciais que qualquer nova teoria da sexualidade deve enfrentar são os rótulos geralmente aplicados à sexualidade – a heterossexualidade, homossexualidade, bissexualidade – e o significado relativo destes termos.
Apresento isso como uma única questão; e não como três questões distintas, porque na minha prática analítica é assim que ela, via de regra, aparece ainda que embrenhada em complicações.

A maioria das pessoas está convencida de que “pertence” a uma destas três categorias, de que são de natureza Heter. Homo. ou bissex.,
E de que têm de aceitar o que são.
Ou caso não consigam se aceitar como membros de uma categoria fixa, atribuem-se a tarefa de se modificarem para que possam se enquadrar numa delas.”
(...)

in, “ANDROGINIA – RUMO A UMA NOVA TEORIA DA SEXUALIDADE” 
June Singer

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