sexta-feira, 2 de setembro de 2016

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Poder-me-ão encontrar, trago um rapaz na minha
memória, a casa a uma janela
da qual ele vem como um sabor à boca,
falésias onde o aguardo à hora do crepúsculo.

Regresso assim ao mar de que não posso
falar sem recorrer ao fogo e as tempestades
ao longe multiplicam-nos os passos.
Onde eu não sonhe a solidão fá-lo por mim. 


Luís Miguel Nava
in, 366 POEMAS QUE FALAM DE AMOR
Antologia de VASCO GRAÇA MOURA

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