terça-feira, 23 de setembro de 2014

.................o infinito se exprime ou não?


"Em nossas relações com os outros,
 é também decisivo saber se o infinito se exprime ou não.” 
Carl G. Jung
in, "Memórias, Sonhos e Reflexões"



É preciso que se diga com clareza: há relações que não valem a nossa atenção.
...Há pessoas que também não valem a pena, o que não quer dizer que não as respeitemos.
Mas nós insistimos, às vezes para além do suportável.
Como podemos saber se esta pessoa ou situação, merece que atravessemos os nossos limites ou o inferno, se tiver de ser?
Qual o critério?

Jung (psicanalista) diz que deveria ser este:
Esta relação exprime o infinito, ou não? 
Isto é, crescemos ou não, na relação.

Se nos deparamos com alguma dificuldade em compreendermos o significado do infinito, talvez se torne compreensível se dissermos que a sua ausência, é o sentimento de que “sou apenas isto” ou, esta relação “é apenas isto”.
Sabe a pouco.

Mas até este despertar, pouco queremos saber do sentido dos dias vividos um a um.
Andamos.
O horizonte está próximo e é um manto espesso.
Mas em muitos de nós, vai crescendo de maneira inusitada um desassossego.
Um desejo de seiva.

Surge então o primeiro momento em que acreditamos que é mais fácil separar as coisas que são fundamentais das futilidades que nos consomem, e das pessoas que não têm nada para nos dar.
O ilimitado torna-se essencial.
O que nos coloca perto do mais íntimo de nós, e do mais natural em nós.

Cristina Simões
in, Incalculável Imperfeição

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