segunda-feira, 22 de setembro de 2014

Biocentrismo de Lanza

Biocentrismo – Robert Lanza (2009)


Para grande parte dos cientistas a ideia de vida após a morte pode parecer algo absurdo, místico e extremamente improvável.

No entanto, uma parcela de cientistas, recentemente, procuram se apoiar em conceitos da física quântica, para demonstrar uma possível existência da vida após a morte biológica.
Na lista se encontra Robert Lanza, médico e fundador do Biocentrismo, que coloca a consciência como fundamental e criadora do universo – ao contrário da ideia clássica, onde o universo cria a vida, e em 2009, publica oficialmente o livro “Biocentrismo: como a vida e a consciência são a chave para compreendermos a verdadeira natureza do universo”.

A recepção negativa da comunidade científica com as suas ideias não foi consensual.
O médico Nobel, já falecido (2012), Edward Donnall Thomas, fez uma declaração positiva para a Revista Forbes, em 2007.
Outros cientistas, como o físico Lawrence Krauss, alegaram que a ideia filosoficamente falando pode ser “interessante”, mas pode não ser testável cientificamente.
Alguns, de forma mais negativa, como Dr. Vinod Wadhawan, acusaram Lanza de pseudocientista e de aproveitador, por fazer uma parceria com o médico Deepak Chopra, com o simples intuito de alavancar suas vendas.


A teoria do Biocentrismo se baseia em 7 princípios:

1. O espaço e o tempo não são realidades absolutas, portanto, a realidade “externa” seria um processo de percepção e de criação da consciência.

2. As nossas percepções externas e internas estão ligadas, de forma profunda, não podendo se divorciar uma da outra.

3. O comportamento das partículas subatômicas está ligado com a presença de um observador consciente. Sem esta presença, as partículas existem, no melhor dos casos, em um estado indeterminado de probabilidade de onda.

4.  Sem consciência a matéria permanece em um estado indeterminado de probabilidade. A consciência precede o universo.

5. A vida cria o universo, e não o contrário, como estabelecido pela ciência tradicional.

6. O tempo não tem real existência fora da percepção humana.

7. O espaço, assim como o tempo, não é um objeto. O espaço é uma forma de compreensão e não existe por conta própria.




É verdade que a física quântica revolucionou o nosso modo de compreender o universo e de pensar cientificamente.
O Biocentrismo é uma teoria que vem acompanhada de outras concepções, desenvolvidas por outros cientistas, como Stuart Hameroff, Roger Penrose e Amit Goswami, que, apesar de serem rejeitadas por boa parte do mainstream científico, representam algo que poderia ser impensável ou inadmissível por algumas pessoas: cientistas de renome que acreditam na vida após a morte.


Quanto a mim, eu acho que as ideias apresentadas por Robert Lanza não são absolutamente novidade.

Quem tem uma noção de esoterismo, tem algum conhecimento de hinduísmo, taoísmo e até budismo, já conhecem tais concepções.

O primeiro princípio hermético fala claramente que o TODO é MENTE; o Universo é Mental.
Até mesmo o católico que leu a Bíblia com atenção, e não se deixou influenciar pelas deturpações da igreja católica apostólica romana, também deve ter percebido que a morte física é apenas um detalhe.

É evidente que o mainstream científico, em sua maioria não aceita tais ideias, até porque nunca aceitaram o esoterismo, e julgam todas as religiões como um bando de idiotas que acreditam num ser mítico que chamam de Deus.

Quanto à ideia da morte física, é fácil verificar que no próprio mundo físico, não existe morte, mas apenas reciclagem.
O mundo físico se recicla e se transforma continuamente.
Os restos ‘mortais’ de todos os seres se decompõem e vão-se agregar e formar outros seres.

Só não entendo como essa comunidade científica tradicional é tão orgulhosa e apegada a conceitos antigos e ultrapassados.

Talvez o artigo que vou linkar a seguir, possa responder parcialmente a esta questão.

Vejam que, de acordo com a própria ciência,
70% do Universo é Energia Escura,
26% Matéria Escura, e apenas
4% é o que SUPOSTAMENTE se conhece.

Então o que se apresenta são apenas 5 perguntas simples para as quais esta ciência não tem respostas.
Vejam aqui:

http://hypescience.com/5-grandes-perguntas-para-as-quais-a-ciencia-ainda-nao-tem-uma-resposta/



Depois vejam como eles se complicam ainda mais aqui:

http://hypescience.com/materia-escura-ainda-mais-obscura-novo-estudo-confunde-cientistas/



Depois, vejam como eles ainda se complicam novamente, aqui:

http://hypescience.com/nao-ha-materia-escura-na-nossa-regiao-do-espaco/



E então?
Dá que pensar, não?

Admitir que existe ‘vida’ após a ‘morte’, é admitir por consequência que existe ‘morte’.
Se a ‘morte’ é apenas uma ilusão, ou melhor, um conceito que inventamos para justificar a transferência da ‘vida’ para outro plano, não se justifica chamar esse processo de ‘morte’.

Parece-me muito mais lógico dizer que existe ‘vida’ após a ‘vida’, ou que a vida é ininterrupta.
Mas como esse é um hábito arraigado temos que ter paciência.
Hábitos são coisas bem difíceis de se mudar.



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