sábado, 24 de janeiro de 2015

A crise foi planeada pelo clube Bilderberg


Já leram este livro?

Cristina Martín Jiménez, a jornalista espanhola e autora do livro «O Clube Secreto dos Poderosos - Os Planos Ocultos de Bilderberg», explica o trabalho desenvolvido há cerca de dez anos sobre o clube «secreto» que pretende «criar um governo mundial único, em mãos privadas» e que «em Portugal, Espanha e Grécia governou através da Troika».

Cristina Martín Jiménez, jornalista espanhola e investigadora sobre o clube Bilderberg, defende que o grupo, criado em 1954, em plena Guerra Fria, como uma «aliança acima dos estados, das democracias e dos governos para travar o expansionismo soviético», é hoje constituído por «elites» que «conspiram, afastam e colocam presidentes» com o objectivo de «subtrair as soberanias nacionais» e de «dirigir o planeta como se fosse um tabuleiro de xadrez».
Para a autora, o «secretismo» em torno das reuniões anuais de Bilderberg, nas quais já marcaram presença Barack Obama, Bill Clinton, Tony Blair, mas também José Sócrates, Durão Barroso ou Cavaco Silva, é «muito diferente de outro tipo de organizações que possam reunir-se em segredo».

Cristina Martín Jiménez, que sublinha ter tido «vários problemas durante a investigação ao clube Bilderberg», sustenta que o grupo, que reúne «políticos, a aristocracia e a realeza europeias, proprietários de grandes bancos internacionais, catedráticos» ou organizações como «a NATO, o FMI, o Banco Mundial e a ONU» dirige os destinos da política internacional «como se fosse um tabuleiro de xadrez».

A sua tese é agora que a crise das dívidas soberanas e a sua solução — o resgate das economias reais — foram forjadas nesse clube restrito que junta os políticos e empresários mais poderosos do mundo. Polticamente incorrecta, avisa para o outro lado da moeda:
"O consenso é uma repartição do poder e, como tal, uma arma contra a democracia".
Hoje os políticos falam muito de consenso.
O consenso, o compromisso é uma repartição do poder.
É uma arma contra a liberdade e a democracia. É uma palavra-chave de Bilderberg, segredo e consenso. Com consenso não há democracia, não há confronto de ideias, não há alternativa.
É a ditadura do pensamento único.

Defende neste último livro que a crise desencadeada depois da falência do Lehman Brothers, em 2008, foi provocada por Bilderberg.
Aí foi quando se anunciou a crise.
Mas tinha havido uma reunião de Bilderberg em 2006, no Canadá, onde o então presidente da Reserva Federal Norte-americana — que mais tarde passa a ser o secretário do Tesouro de Obamadisse que ia haver uma crise, que iam subir as hipotecas e que muita gente ia perder a sua casa. Disse também que os mais vulneráveis iam ser os jovens e as pessoas que não tinham um trabalho fixo. Em meados de Setembro de 2008 cai o Lehman Brothers e 15 dias depois aparece a solução: o resgate. Começa a propaganda: vamos resgatar as economias reais. Não os bancos.
Nacionalizaram os bancos e são os contribuintes que pagam. É parte da engenharia financeira que tinham previsto. Com a crise, surge uma entidade a governar os países que nem sequer aparece no Tratado de Lisboa: a troika. E à frente das três instituições da troika há três Bilderberg.
Os países mais atacados são os do Sul, onde dentro do tecido político há gente muito corrupta, e por isso são mais vulneráveis.
E logo aparecem fundos de investimento estrangeiros a comprar as grandes empresas que, com a crise, ficaram em saldo. 
Ocorreu em Espanha, em Portugal, na Itália: as grandes empresas foram compradas por fundos de investimento que sabiam o que ia acontecer na Europa.

Ela considera que o objectivo de Bilderberg é criar um governo mundial. 
Onde está a liderança, na Europa ou nos Estados Unidos?
É mais forte o poder norte-americano. A alma do Clube é David Rockefeller, que internamente foi premiado com a medalha de planeamento de um mundo feliz. Mas esse governo mundial está lançado de forma propagandística e durante a crise ela esteve atenta a mensagens que vinham da União Europeia e de Bilderberg, que à maioria da população passaram desapercebidas, com tanto ruído em torno do medo e da crise.
Essas mensagens apontavam para que a solução estava no governo mundial.

A ideia da Maçonaria é que não há outra maneira de controlar o mundo senão através da guerra. E vêem a guerra como um negócio.
Bilderberg é uma aliança entre a aristocracia católica, os judeus e os maçons.
Os judeus estão na banca e têm uma cabeça privilegiada para regular a finança mundial. David Rockefeller, Henri Kissinger e outros são de origem e orientação judia.
Há políticos maçons, como Valérie Giscard d’Estaing, promotor da Constituição europeia, Barack Obama, etc...
O que eles fazem é incrementar o ódio que já existe. 
A guerra do Islão contra o Ocidente nunca acabou. O Islão quer recuperar El Andaluz, como o disse o rei da Arábia Saudita. Eles não gostam da nossa cultura, do papel das mulheres, das nossas liberdades, a começar com a liberdade de expressão. Essa é uma guerra bíblica que nunca terminou.

O que Bilderberg quer é dominar todo o planeta, não apenas o Ocidente. 
Há negociações com a China e com os países árabes e a sede dessas negociações é a ONU.
A ONU é uma tentativa de governo mundial.
A primeira tentativa foi feita após a I Guerra Mundial, com a Sociedade das Nações.
Depois com a ONU e agora está, como disse Javier Solana, na Europa, que se converteu num laboratório. É possível que tenha de existir uma nova ONU, aperfeiçoada, que seria um governo mundial, que resolveria tudo e à luz do qual todas as religiões são iguais. Mas não são iguais.
Há religiões com cultura da vida e outras com cultura da morte.
E há políticas que defendem a vida e outras que apontam para a morte.
No auge da austeridade, Christine Lagarde disse que era preciso baixar as pensões porque as pessoas vivem demasiado tempo. O ministro da Economia japonês disse que os japoneses mais velhos tinham de morrer mais cedo, porque implicavam muitos gastos. Isso é uma cultura de morte. As questões demográficas são tratadas com muita atenção, porque há a ideia de que a demografia impede o desenvolvimento.

Dando o exemplo europeu, a autora e jornalista espanhola, que passou por meios de comunicação como a Telecinco, a revista GC, a Cuatro Televisión ou o Canal Sur TV afirma que o Tratado de Lisboa, «que foi promulgado antes da crise», foi desenhado para que «tanto a soberania como o dinheiro dos contribuintes acabassem em instituições supranacionais ou em organismos ou pessoas ou multinacionais».

Cristina Martín Jiménez lança críticas ao «clube secreto», no qual participam «presidentes e funcionários da União Europeia», que se reúnem em segredo e que «não dão conta disso aos cidadãos».

Afinal o que é o Clube Bilderberg?

O Clube Bilderberg foi fundado em 1954 e, desde então, vem realizando suas reuniões como forma de promover o diálogo entre a Europa e os EUA.
Ao todo, participam entre 120 a 150 líderes políticos e influentes empresários nas áreas da indústria, finanças e media; além de académicos, dos encontros anuais para discutir assuntos como política externa, tecnologia, Oriente Médio e África.
É considerado, por especialistas, como o encontro mais secreto do mundo, tamanha é a segurança e os ritos que seguem a tradição do Clube.

A denominação do grupo deriva do Hotel de Bilderberg, situado na província de Gueldres, nos Países Baixos, local onde ocorreu a primeira reunião, em 1954. Muitos participantes são frequentadores regulares, sendo eventualmente referidos como membros de uma sociedade secreta.

O representante português é Francisco Pinto Balsemão.

Entre outros temas em agenda, no encontro anual cercado de mistério e segredos, está a previsão de que a Europa tende a mergulhar, no prazo máximo de um ano, num grande conflito armado.

Segundo Jiménez, o Bilderberg reuniu figuras militares influentes como o secretário-geral da Organização do Tratado Atlântico Norte (Otan), Anders Rasmussen e o ex-diretor da Agência Central de Inteligência (CIA, na sigla em inglês) David Petraeus; o ministro da Economia e secretário do Tesouro Britânico, George Osborne, aliado ao Partido Conservador, e John Olav Kerr, o barão Kerr of Kinlochard, membro da Casa dos Lordes no Parlamento britânico, directamente ligado às esferas de poder na Escócia e integrante do círculo mais fechado do Clube.

Trata-se de um clube de poderosos que tem a pretensão de controlar e dirigir o mundo. 
Entre outras catástrofes que causaram, são os responsáveis por submergir a Europa na pior crise desde a II Guerra Mundial. 
O efeito mais imediato da reunião do clube, que acabamos de conhecer, foi a abdicação do rei espanhol. Não resta mais a menor dúvida de que a renúncia de Juan Carlos foi uma decisão consensual de Bilderber”. 
As conversações deste ano, ainda segundo Jiménez, giraram em torno da possibilidade de conflitos armados na Rússia, China e no Oriente Médio.

“O que foi extraído da reunião deste ano é que daqui a alguns meses, a um ano, deverá ocorrer uma grande reestruturação militar, económica e comercial originado uma transformação importante na História do mundo: 
com um conflito bélico de grandes dimensões”.

Crise militar
A jornalista Cristina Jiménez não foi a única a perceber que a reunião deste ano do Clube de Bilderberg tratou-se de um importante evento militar, previsto para os próximos meses, em escala global.

O jornalista investigador Daniel Estulin, autor do livro «A Verdadeira História do Clube de Bilderberg», disse que na conferência realizada num hotel cinco estrelas de Copenhaga, as mais importantes figuras dos campos económico e militar dos EUA têm realizado um tremendo esforço para manter separadas a Rússia e a China, que reforçaram, recentemente, a aliança contra os norte-americanos.

– Há 50 anos, Richard Nixon e Henry Kissinger persuadiram a China a virar-se  contra a União Soviética e  aliar-se aos EUA. A pergunta que se faz agora é retórica, se a cooperação entre Rússia e China será renovada numa aliança contra a América – disse Estulin, lembrando o tratado de US$ 400 biliões entre russos e chineses na compra do gás da Gazprom.

A questão energética sobre a distribuição do gás produzido na Rússia para as nações europeias, passando pela crise na Ucrânia, foi outras das questões centrais no encontro do Clube de Bilderberg.
– A administração norte-americana tem forçado os países europeus a impor cada vez mais sanções à Rússia, enquanto países, como a França e a Alemanha entendem que, ao impor tais sanções, colocam em risco as próprias economias.

O que franceses e alemães querem é saber dos EUA, exactamente, como os Estados europeus serão abastecidos com o gás que, actualmente, recebem da Rússia.
A Alemanha, em especial, começa a suspeitar que EUA e Rússia têm manipulados os factos, por "debaixo da mesa" e está a tratar sair de cena, com a desculpa de que a Ucrânia está fora de controle – afirmou o jornalista investigador Daniel Estulin


Os integrantes europeus do Clube entendem que a Ucrânia dependerá da Rússia para um possível – ainda que mau – acordo para sua subsistência; e os integrantes norte-americanos do Bilderberg têm tentado tudo para manter russos e ucranianos separados, prolongando a crise na região. 

A preocupação dos europeus, no selecto encontro de Copenhaga, que lhes têm tirado o sono, é o crescimento do Irão e o acordo sino-russo.

– Hoje, Rússia e China têm acertado suas diferenças e estão em vias de formar a maior potência regional na Ásia, o que o Clube entende como ameaça directa ao capitalismo ocidental.

Sem comentários:

Enviar um comentário