"A organização patriarcal da nossa sociedade exige que as mulheres, os seus cidadãos de segunda categoria, ignorem ou rejeitem as suas esperanças e sonhos por deferência aos homens e às exigências das suas famílias.
Este sistemático bloqueio, ou negação, das nossas necessidades de auto-expressão e auto-realização, provoca em nós uma enorme dor emocional. Para esconder as suas dores, as mulheres habituaram-se a usar adictivos e desenvolveram comportamentos de dependência que levaram a um ciclo infindável de maus tratos que nós mesmas ajudamos a perpetuar.
Se formos maltratadas, ou se nos maltratarmos, ficaremos doentes. Quando adoecemos, somos tratadas por um sistema médico patriarcal que vai rebaixar os nossos corpos. Muitas de nós não recebemos cuidados médicos eficientes ou, pelo menos..., não recebemos a mesma qualidade de cuidados médicos que os homens recebem para o mesmo tipo de doença. Por isso, frequentemente, ficamos mais doentes ou desenvolvemos problemas de saúde crónicos para os quais a instituição médica não tem respostas ou soluções.
Este é o ciclo que caracteriza os nossos cuidados médicos actuais. E as mulheres estão cada vez mais a aperceber-se de que, esforçarem-se por serem bem sucedidas "como um homem", também põe a sua saúde em risco."
in, "Corpo de Mulher, Sabedoria de Mulher"
Christiane Northrup
Sem comentários:
Enviar um comentário