Estava aqui sentada no sofá a fazer o desporto favorito de muita gente - zapping - quando estacionei o dedo num canal...
Pela sala entrava uma cara e uma paisagem familiar.
Reinhold Messner, meio austríaco, meio italiano, inteiramente tirolês, foi o primeiro homem a fazer várias coisas no âmbito da alta montanha.
O primeiro a subir ao Evereste sem oxigénio artificial, o primeiro a subir as catorze montanhas mais altas do planeta, também sem recorrer a oxigénio artificial, e por aí fora…
Não foi no entanto a narrativa das façanhas alpinas que me prenderam ao ecrã.
Ao invés, Messner estava em plena savana africana, acompanhado de três homens da tribo Masai, caminhando e falando da importância e do gratificante que é viajar de forma lenta, a pé.
Dizia ele, que é desta forma que o mundo e as paisagens - físicas e humanas - melhor podiam ser compreendias e apreciadas.
Não podia estar mais de acordo com esta visão do mundo, vindo de um homem que teve o privilégio e a persistência de o subir, a pé, de forma lenta e aventureira.
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