quinta-feira, 2 de abril de 2015

O Homem e a Mulher...segundo Victor Hugo



O homem é a mais elevada das criaturas;
A mulher é o mais sublime dos ideais.
O homem é o cérebro;
A mulher é o coração.
O cérebro fabrica a luz;
O coração, o amor.
A luz fecunda, o amor ressuscita.
O homem é forte pela razão;
A mulher é invencível pelas lágrimas.
A razão convence, as lágrimas comovem.
O homem é capaz de todos os heroísmos;
A mulher, de todos os martírios.
O heroísmo enobrece, o martírio sublima.
O homem é um código;
A mulher é um evangelho.
O código corrige; o evangelho aperfeiçoa.
O homem é um templo; a mulher é o sacrário.
Ante o templo nos descobrimos;
Ante o sacrário nos ajoelhamos.
O homem pensa; a mulher sonha.
Pensar é ter , no crânio, uma larva;
Sonhar é ter , na fronte, uma auréola.
O homem é um oceano; a mulher é um lago.
O oceano tem a pérola que adorna;
O lago, a poesia que deslumbra.
O homem é a águia que voa;
A mulher é o rouxinol que canta.
Voar é dominar o espaço;
Cantar é conquistar a alma.
Enfim, o homem está colocado onde termina a terra;
A mulher, onde começa o céu.

Victor Hugo

Acho que ele tentou não ser machista...mas não conseguiu.

O homem também é emoção, a mulher também é razão, ambos são tudo e ele dividiu isto como um todo, em todas as frases.
Diz que o homem é o cérebro, a mulher é o coração.
Ou seja, a mulher é burra e sentimental.
Diz que o homem é a mais elevada das criaturas, depois vem a mulher, a mais sublime, porém abaixo do homem (claro, mulher foi uma costela geneticamente modificada para virar gente... Por isso, por mais que a mulher seja, nunca vai chegar à cabeça do homem, no máximo chega "quase").
Diz que o homem é forte pela razão (chamou a mulher de burra mais uma vez...), a mulher é invencível pelas lágrimas. Ou seja, além de burra, a mulher é uma fracota dissimulada (faz chantagem emocional para fazer com que o homem faça o que ela quer ).

É do Victor Hugo e pode ter sido um avanço no século XIX, quando a mulher não tinha valor nenhum e precisava de um homem para tudo, especialmente para ser gente.

Não vêem a pobre da Fantine, nos "Os Miseráveis": morreu só porque foi mãe solteira, enganada por um cafajeste que disse que ia ficar com ela e se aproveitou da ingenuidade e juventude da rapariga?
Ou seja, naquele tempo, mulher sem homem nem era gente.

Pensando melhor...naquele tempo e no nosso tempo... mulher sem homem não é gente...
A minha mãe é que diz isso muitas vezes...que mulher divorciada, tem a vida estragada...
É uma mal amada ... ou frígida, ou má de cama...
No fundo, não passamos de carne para canhão...no Séc. passado, ou no de hoje...

Horrível.
Hoje não dá mais para ver beleza num texto destes...

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