segunda-feira, 9 de março de 2015

Ao que damos um inicio damos um fim



Ao que damos um inicio damos um fim, tudo o resto permanece infinito.
Boas coisas, seres e eventos chegam a um fim, para que melhores possam reunir-se.
Infindáveis fins e começos de um caminho que se desenvolve eternamente.
Não há um fim no caminho, o caminho é o fim... em si.
Profundo e vasto, ilimitado e intemporal, assim é o caminho da qual emana o perfume do amor. Chora, chora sim.
Mas chora como quem ri, chora com o gosto da alegria e não da mágoa.
Sofrimento, mágoa deixa-os ir, liberta-te do sofrido e do perdido, não te aflijas.
Tudo o que perdes regressa noutra forma.
Desapega-te do que foi para receber o que é, liberta-te da forma e abre espaço ao ser.
A luz entra aonde não encontra obstáculos, a forma onde o limite se contém.
Aquilo que guardas pesa-te no peito, o que libertas inunda-te de ser.


Vasco Daniel

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