segunda-feira, 2 de maio de 2016

.................uma vontade de um outro eu




Uma vontade enorme demorada de um outro eu ao mesmo tempo igual e diferente em que ela finalmente pudesse dissolver-se.
A unidade mística e sensual a unidade perfeita de um todo noutro todo tranquilidade última de lago. O amor. Sempre a vontade de amar como raiz de vida e de morte, de perfeição e aniquilamento. Amor. Êxtase. Amor.
Todos os caminhos vão lá ter, a esse encontro breve que normalmente acaba em desencontro.
Se há só um tronco na Árvore da Vida como é possível que os seus ramos se ignorem e permaneçam sempre afastados. E se há vários troncos e uma só raiz como é possível que subterraneamente os homens não se encontrem nem a si nem aos outros, como é possível que vivam isolados, divididos em pequenas parcelas de tempo e de espaço.
A procura, percebes o que é?
A procura, tal como dela dão testemunho tantos homens da nossa geração. Geração inquieta. Às vezes o movimento é tão interior que não se dá por ele. Julga-se que o homem em questão está parado. Ou até que retrocede. Mas pode nem sequer ser um movimento. Pode ser uma espera.
Esperar é uma das muitas formas possíveis de procura.
Esperar completamente só, completamente imóvel no silêncio.

Y. K. Centeno
As Palavras Que Pena
in, Três Histórias de Amor


4 comentários:

  1. SAMU!!!!!!!!

    Que surpresa boa!!
    Está tudo bem???

    Beijos
    Com saudades

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  2. Está sim, pantera linda. De tempos a tempos lembrava de ti e dava uma saudade. Quero-te bem

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  3. Que bom saber que estás bem!!!!
    Também te quero muito bem!!

    Temos de matar as saudades!
    Beijo de Pantera

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