sábado, 21 de dezembro de 2013

YULE - Solstício de Inverno e as várias tradições.


Para os nativos norte-americanos, marca o início de um novo ciclo.
Aparentemente, o Sol não se move durante três dias e chamavam a este período de “Regeneração da Terra”.

No antigo Egipto, comemorava-se nesta data o renascimento do deus solar Ra, e a criação do Universo.

Yule, era um Sabbat muito importante para os povos nórdicos e celtas. 
Yule significava em norueguês arcaico ‘roda’ e este Sabbat era considerado o “tempo de mudança”. Marca o início da metade clara do ano, e o fortalecimento da luz.
A Grande Mãe era reverenciada pelos celtas e representada no topo da “Árvore do Mundo”. 
Com o passar do tempo, foi sendo substituída pelo anjo ou pela estrela no topo da árvore de Natal.
A Deusa transforma-se de Anciã velada, guardiã do mundo subterrâneo de Samhain em mãe amorosa dando à luz o seu filho solar.

Na tradição druida, encenava-se nesta data o combate entre o Rei Carvalho - o regente da metade luminosa do ano - e o Rei do Azevinho- regente da metade escura do ano.
Essa luta, vencida pelo rei Carvalho, simbolizava a vitória da luz, da expansão e do crescimento sobre a escuridão, a decadência e a aridez.

Os povos escandinavos e saxões, enfeitavam pinheiros com oferendas para as Divindades e os Espíritos da Natureza, costume este que veio a originar a árvore de Natal.
A figura do Pai Natal surgiu das crenças dos lapões, cujos xamãs, viajando em trenós puxados por renas, levavam dádivas de cura e auxílio às pessoas necessitadas.

Vários deuses solares, de várias culturas, eram celebrados e foi por força dessas comemorações que a Igreja Católica escolheu essa data para celebrar o nascimento de Jesus.

Actualmente, nos círculos de mulheres, celebra-se também o nascimento da criança solar, a Deusa dando à luz, bem como a activação da energia vital e os novos planos.
As mulheres, escrevem num papel todos os seus medos, angústias, receios, monstros e fantasmas, tudo o que querem deixar para trás, o que já não precisam, e põem dentro de uma abóbora, que queimam em seguida numa grande fogueira à meia noite.
Ficam em profundo silêncio durante este momento sagrado.
Assim se começa uma descida, a uma escuridão profunda, até às noites mais longas, a mais solene escuridão e introspecção.

O Yule, tal como os outros Sabbats, celebra também a mudança da natureza.

À medida que a sociedade se foi tornando mais tecnológica, os seres humanos foram-se afastando física, psicológica e espiritualmente do ambiente natural.
Esse distanciamento resultou na actual crise ecológica e planetária.
Comecemos a superar essa cisão, e saibamos honrar a sacralidade da natureza reconhecendo a nossa interdependência com as suas leis, manifestações e ciclos.
Relembremos e recriemos festivais que celebrem a passagem do tempo e das estações.

~Mirella Faur~


O Solstício de Inverno foi celebrado esta noite, de 21 para 22 de Dezembro, à meia noite!
Escuridão feliz.
Feliz nascimento de um novo sol.

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