sexta-feira, 6 de dezembro de 2013
Eu e a minha Lilith
Nem todos, nesta vida, passaram pela experiência de serem expulsos.
Literalmente, expulsos.
Ter de fazer a mala e ir embora.
Ir embora para longe, sem saber por quanto tempo, não por querer, mas porque tem de ser.
Eu e a minha Lilith, sempre presente em mim, mais uma vez fomos expulsas por não aceitarmos submetermos-nos aos homens, a este sistema patriarcal podre em que as mulheres vivem.
Mais uma vez, foi uma questão de ser fiel ao meu Código de Honra, ser Leal comigo própria e coerente com aquilo que é importante para mim.
Não foi por querer, mas por não poder trair-me a mim própria.
Expulsas, fazemos a mala e compramos a passagem que nos leva para bem longe, onde poderemos começar de novo, começar uma vida autêntica.
E agora, que ainda carrego comigo algumas marcas da expulsão,tenho força suficiente para fazer nascer as minhas asas de novo, mesmo que sejam vestidas de negro.
E mesmo que me confundam com um ser sombrio,que me julguem e me condenem, que me ponham um selo na testa...estou pronta a vaguear sozinha por muito mais tempo...
O tempo que for preciso...
Quem nos expulsou, em breve saberá que o fez por medo, fraqueza e inveja...e que no calor do sofá, não se descobre o que de melhor tem a vida...
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