A quem vou dar a mão
quando a força que move o meu corpo
faltar?
Pra quem vou sorrir
quando o espelho da alma
quebrar
matando as lembranças do tempo distante,
a ternura dos beijos esquecidos
no hiato das memórias cansadas?
A quem contarei meus sonhos
de princesa adormecida
num tempo sem idade?
Com quem partilharei
minhas dúvidas, meus momentos azuis?
Pra quem tocarei na minha harpa
a balada mais doce que inventei?
Ah, este vazio imenso, profundo,
maior que o próprio mundo!
Paula Amaro
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