domingo, 22 de dezembro de 2013

O Som do Silêncio


É neste som que me movo:
o som das mãos e do corpo. 
O som do sangue
que fervilha na vertente da montanha 
e não se ouve.
E no silêncio morto e sanguinário me deito,
durmo as profundezas da alma 
que encontra a finitude nas estrelas.
Porém, quando olho o céu e não te vejo, percebo
que o caminho deixou de ter o sentido exacto
dos meus passos. 
E por ti chamo
a chama que me prende à terra."

Tereza Brinco Oliveira 
in, "Na voragem do tempo" 

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