sexta-feira, 17 de março de 2017

Energia do Campo de Ponto Zero

                     


Li o livro "O Campo: em busca da força secreta do universo", de Lyne McTaggart, para entender melhor esta história sobre campo de ponto zero.
Gostei da leitura, interessante.
Tem boas partes, que partilho aqui, sobre a fronteira.


Ela abre o livro citando a Dorothy, de O Mágico de Oz:
“Agora eu sei que não estamos no Kansas.”





Campo de Ponto Zero

Uma das coisas mais difíceis de explicar são os conceitos de física; piorou bastante se for de física quântica. Na passagem abaixo, gostei muito de uma metáfora para explicar a energia do campo de ponto zero:

“Mas se somarmos todas as partículas de todas as variedades no Univeso que estão constantemente a adquirir vida e a deixar de existir, vemos-nos diante de uma vasta e inexaurível fonte de energia – igual ou maior do que a densidade de energia num núcleo atómico – discretamente posicionado num segundo plano no espaço vazio à nossa volta, como um pano de fundo difuso e sobrecarregado. Foi calculado que a energia total do campo de ponto zero excede toda a energia da matéria por um factor de 1040, ou 1 seguido de 40 zeros. Como descreveu certa vez o grande físico Richard Feynman ao tentar explicar uma ideia desta magnitude, a energia num único metro cúbico é suficiente para ferver todos os oceanos do mundo.” (p. 49)

Podem entender o conceito através desta ideia de “ferver os oceanos” ou imaginar que esta força é como a do cubo Tesseract do filme "Os Vingadores".


50%

Uma das coisas que este livro traz são várias experiências feitas com humanos que conseguiram desviar a probabilidade de 50% de algo ocorrer. Todas estas experiências são muito interessantes, pena que não se fala muito nelas.

“O que a interpretação de Copenhagen (princípios da mecânica quântica que falam da imprecisão da matéria) afirmava era que a aleatoriedade é uma característica fundamental da natureza.” (p. 141)

Conceitos já bem conhecidos por nós, como karma, causalidade, sincronicidade.



O obsevador

“Se o observador humano estabilizava o eléctron num estado definido, em que grau ele influenciava a realidade em grande escala? O efeito do observador sugeria que a realidade só emergia de uma sopa primordial como o campo de ponto zero com o envolvimento da consciência viva. A conclusão lógica era que o mundo físico só existia em estado concreto enquanto estávamos envolvidos nele.” (p. 143)

“Quando desejamos ou pretendemos algo, acto que requer uma grande uniformidade de pensamento, a nossa própria coerência pode ser, em certo sentido, contagiante.
No nível mais profundo, as pesquisas da PEAR também levam a crer que a realidade é criada por cada um de nós apenas pela nossa atenção. No nível mais baixo da mente e da matéria, cada um de nós cria o mundo.” (p. 167)

Um relato de como cientistas outsiders foram construindo experiências para provar que somos um campo que interfere em outros campos.
PEAR é a sigla para um projecto que existiu na Universidade de Princeton, EUA, por volta de 1970, para estudar desvios causados pela intenção humana em máquinas que geravam eventos aleatórios.


Sonhos

Numa das experiências, em que Lynne nos relata, foi avaliada a capacidade de uma pessoa de influenciar os sonhos de outra naquele mesmo instante. Para ilustrar esta experiência, a autora traz uma história sobre os índios Achuar e Huaorani da Amazónia que é muito curiosa:

“Nas profundezas das florestas tropicais do Amazonas, os índios Achuar e Huaorani estão reunidos para um ritual quotidiano. Todas as manhãs, cada membro da tribo desperta antes do amanhecer, e quando se reúnem naquela hora crepuscular, enquanto o mundo explode na luz, compartilham os seus sonhos. Não se trata simplesmente de um passatempo interessante, uma oportunidade para contar histórias: para o índios Achuar e Huaorani, o sonho não pertence apenas à pessoa que sonha, mas ao grupo, e a pessoa que sonha é somente o instrumento do qual o sonho decidiu apropriar-se para ter uma conversa com a tribo inteira. Eles encaram os sonhos como mapas para as horas em que estão despertos. É um prognostico do que está por vir para todos. Nos sonhos, eles entram em contacto com os ancestrais e com o resto do Universo. O sonho é a realidade! A vida desperta é a falsidade"!” (. 169)

Os sonhos vistos desta forma, parecem-me bastante mais interessantes do que as teorias freudianas...



Crianças

“Pesquisas de EEG sobre o cérebro de crianças com menos de cinco anos mostram que ele funciona permanentemente no modo alfa – o estado de consciência alterado no adulto – e não no modo beta costumeiro da consciência amadurecida. As crianças estão abertas a uma quantidade bem maior de informações disponíveis no Campo do que o adulto típico. Na verdade, a criança vive num estado de permanente alucinação. Se uma criança pequena afirma lembrar-se de um vida passada, ela talvez não seja capaz de distinguir as suas experiências das informações de uma outra pessoa que estão armazenadas no campo de ponto zero.” (p. 186)

Não é mais interessante fazermos uma terapia de regressão sabendo que vamos ter acesso a informações do Campo que estão a ressoar em nós, do que simplesmente extractos de vidas supostamente passadas?
Outra coisa: não é hilariante descrever este estado de consciência de crianças menores de 5 anos como alucinação?
Na verdade, se nos lembrarmos disto, fica bem mais fácil não nos stressarmos com a educação deles. Quando eles fizerem algo surreal, que vai deixar-nos de cabelos em pé e com vontade de pô-los de castigo, lembremos-nos: é só alucinação...



Plantas

As plantas sentem:

“Backster (um cientista especialista em polígrafos detectores de mentiras de Nova York citado no livro) experimentou queimar a folha de uma planta e em seguida mediu a reacção galvânica, da mesma maneira como registaria a reacção da pele de uma pessoa que estivesse a ser testada para a verificação de uma mentira. Curiosamente, a planta registou a mesma reacção de stress aumentado que um ser humano exibiria se a sua mão tivesse sido queimada. O que é ainda mais fascinante, no que dizia respeito a Hal (outro cientista que acompanhava esta experiência), era que Backster queimara então a folha de uma planta próxima que não estava ligada ao equipamento. A planta original, que ainda estava conectada ao polígrafo, registou novamente a reacção de ‘dor’ que registara quando as suas próprias folhas tinham sido queimadas.” (p. 192)



Pensamento positivo

Uma das tentativas deste livro é mostrar como cientistas ligados às teorias quânticas estão a querer mostrar que a realidade é interdependente do que achamos que ela é:

“A terceira possibilidade (para explicar a pré e retrocognição), que talvez faça mais sentido, é que tudo no futuro já existe nalgum nível subjacente na esfera de puro potencial, e que quando vemos algo no futuro, ou no passado, estamos a ajudar a dar-lhe forma e existência, exactamente como fazemos com uma entidade quântica no presente no acto da observação.
Uma transferência de informação por meio de ondas subatómicas não existe no tempo ou no espaço, mas está, de algum modo, espalhada e é omnipresente. O passado e o presente são indistintos num vasto ‘aqui e agora’, de modo que o nosso cérebro ‘capta’ sinais e imagens do passado e do futuro. O nosso futuro já existe num estado nebuloso que podemos começar a realizar no presente. Isto faz sentido se levarmos em consideração que todas as partículas subatómicas existem num estado de todos os potenciais, a não ser que sejam observadas – o que incluiria alguém a pensar sobre delas.” (p. 230)



Saúde

“É possível que a doença seja um isolamento: uma falta de ligação com a saúde colectiva do Campo e da comunidade.” (p. 256)
“Em pesquisas sobre a longevidade, as pessoas que vivem mais tempo com frequência são aquelas que não apenas acreditam num ser espiritual superior, mas também as que têm o mais forte sentimento de pertencer a uma comunidade.” (p. 256)
“Isto pode significar que a intenção do agente de cura era tão importante quanto o seu tratamento. O médico agitado que gostaria que o paciente cancelasse a consulta para poder ir almoçar, o médico recém-formado que passou três noites sem dormir e o médico que não gosta de determinado paciente podem exercer um efeito prejudicial. Também pode significar que o tratamento mais importante que um médico pode dar é desejar intensamente a saúde e o bem-estar do paciente.” (p. 256)



Lynne McTaggart is a best-selling author, researcher, and lecturer whose work has rightly been described as "a bridge between science and spirituality". For the past 20 years she has been researching medicine and its shortcomings, and quantum physics and what this means for you and the world we live in. 
http://www.lynnemctaggart.com




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