Sorrer Hardy
Alguns dos sarilhos em que nos metemos, por não sabermos ser observadores de nós mesmos e de tudo o que nos rodeia:
- Incapacidade de lidar com a mudança.
- Não aceitar o que não é possível mudar.
- Não criar condições para alterar o que pode e deve ser mudado.
- Partir de princípios / pressupostos errados.
- Presumir, supor, imaginar, adivinhar (sai caro!).
- Acreditar em tudo o que ouvimos, lemos e vemos.
- Não fazer as perguntas certas.
- Não esperar para escutar a resposta.
- Não ocupar o nosso lugar na vida.
- Não assumir as rédeas da nossa vida.
- Receber uma orientação da alma e não agir de acordo.
- Fazer algo por outra pessoa só para preencher o nosso próprio vazio.
- Querer controlar a experiência que estamos a viver. Exemplos: faço isto se tiver a certeza que o resultado é este (este que me dá jeito, claro); quero que isto suceda desta e daquela maneira (como o habitual é correr de outra completamente diferente, ficamos contrariados, depressivos, irritados, isto na melhor das hipóteses).
Continuo a observar a necessidade que muitas pessoas ainda têm de obter respostas prontas, fáceis, querendo queimar etapas para atingir um glorioso objectivo qualquer que lhes preenche o ego e as torna muito "espirituais".
Lembro e relembro, que o trabalho de despertar interno, de abertura de consciência, de ganho de compreensão é um processo que pode durar 1 segundo (muito raramente), muitos meses, muitos anos, muitas vidas (o mais comum).
Aperfeiçoar as nossas capacidades, dons e qualidades é o trabalho feito ao longo de vidas, quer disso tenhamos consciência e memória ou não, quer concordemos ou não.
Não há retornos, nem garantias de nada.
Não há castigos ou recompensas.
Não há prémios no final, porque não há princípio, logo não há fim.
Quem quer saltar etapas no caminho é aquela parte (ou partes) de nós que não está em verdade, em amor, em paz, em respeito por si mesmo. É aquela parte de nós que não tem vontade real de se comprometer consigo mesma, logo não tem capacidade de se comprometer com os outros ou com alguma coisa. Logo tem dificuldade em concretizar e realizar o seu potencial máximo.
Ninguém se torna espiritual.
Somos todos espíritos encarnados em corpos ou veículos, se quiserem.
Aqui estamos a aprender como é ser-se humano.
Quem é o espírito quando habita este corpo físico, sujeito a diversas limitações?
Como reage?
Como fala?
Como gere os seus desafios?
Como anda?
Como se comporta?
Como lida com as emoções?
E assim por diante.
Isto é trabalho de cientista cósmico.
Mas esquemo-nos ao que viemos.
Confundimos tudo.
Perdemo-nos de nós e da Fonte Suprema.
Cortamos a ligação com o Todo.
E bem assim, com todos os nossos irmãos humanos, irmãos animais, irmãos árvores, irmãos plantas, irmãos pedras...
Voltar a acender a chama do coração, para a religar com as outras chamas é o trabalho que aqui viemos fazer.
Eva Veigas
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