domingo, 17 de julho de 2016
O momento não é presença, é ausência
Cada vez mais se vive o momento.
Fugimos do passado e temos medo do futuro, o que implica que somos forçados a viver um presente demasiado pequeno.
Os tempos de descanso devem ser ocasião de trabalho interior.
Mas, vai sendo cada vez mais raro encontrar gente com memória, assim com também é raro encontrar pessoas com discernimento suficiente para se comprometerem em projectos a longo prazo.
(...)
Não devemos viver dia a dia, mas sim semana a semana, mês a mês, ano a ano... precisamos de assumir que a nossa vida é tão bela quanto enorme, fugindo à triste lógica de tentar aproveitar cada dia como se fosse o último... não será a nossa vida muito maior e mais profunda que isso?
Sem as referências do passado e sem as responsabilidades do futuro, o momento não é presença, é ausência.
José Luís Nunes Martins
in, "Amor, Silêncios e Tempestades"
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