segunda-feira, 4 de julho de 2016

Está na altura de ir à bruxa!




Para as pessoas de há duas ou três gerações atrás e para muitos ainda no momento presente, recorrer ao mundo espiritual ou esotérico para resolução de problemas não era feito de ânimo leve ou à luz do dia.

Só em casos de desespero, frustração, impotência perante as adversidades da vida é que se considerava a ida à bruxa, ler as mãos ou as cartas, consultar um astrólogo, fazer um tratamento espiritual, limpezas de bloqueios, abrir caminhos, fazer trabalhos, mezinhas, etc. Ou seja, era a maneira que tínhamos de “resolver” os desafios que vinham por em causa a segurança, paz e estabilidade das nossas vidas.

Longe estávamos nós há 100 anos atrás de ver as pessoas como entidades de energia, de ver o mundo como um holograma das nossas energias a trazer a cada um as questões pessoais karmicas, de percebermos a dinâmica quântica que já nos mostra como a nossa energia está constantemente a criar a nossa realidade e logo como somos responsáveis por ela e como a teoria das vidas passadas, Karma e da evolução espiritual começa cada vez mais a fazer sentido pelo resgate das antigas filosofias e pelos relatos principalmente das crianças que nascem cada vez mais conscientes.

Antes o foco era manter uma vida estável e previsível e como tal o desafio era rejeitado e evitado a todo o custo. A noção de que esse mesmo desafio era atraído com um propósito não existia e como tal todo o esforço era feito para que ele desaparecesse.

Hoje o desafio já começa a ser visto como uma oportunidade de evolução espiritual e de superação de padrões antigos matemática e karmicamente atraídos pela nossa dança energética para que nos possamos responsabilizar e libertar dos mesmos.

Hoje em dia a informação não falta e o que antes vivia escondido, hoje está à luz do dia na forma de livros e internet, é partilhada nas redes sociais, fala-se de astrologia, tarot, Karma e vidas passadas em programas de televisão trazendo, cada um à sua maneira, a ancestral mensagem da sacralidade não só da vida mas principalmente do regaste da divindade dentro de nós.

Ou seja, está a terminar o tempo em que fomos reduzidos a pobres pecadores, culpados de todos os pecados, desmerecedores de prazer, valor ou amor durante séculos, fazendo-nos acreditar que vivíamos impotentes e à mercê de um Deus injusto e extremamente exigente que pedia de nós nada mais nem nada menos do que a inatingível perfeição.


Os conceitos principais deste novo tempo chamam-se:

R e s p o n s a b i l i d a d e   e   E q u i l í b r i o


Responsabilidade por quem somos, pela qualidade da nossa energia, por tudo o que essa mesma energia faz atrair para as nossas vidas, por sermos capazes de responder a tudo e a todos. Responsavelmente…
Equilíbrio da dualidade Yin e Yang que somos, da nossa sombra e da nossa Luz, das energias femininas e masculinas que circulam em nós…

E o que é afinal ser Responsável?

É muito para além do básico conceito terreno de agir correctamente, fazer a coisa certa, pagar as contas e cumprir horários e tarefas diárias.

Essa simples Responsabilidade terrena não devolverá o retorno e reconhecimento que ansiamos se não incluirmos o conceito de Responsabilidade Espiritual ou Individual.

De nada serve à evolução do Universo uma pessoa que paga contas, é pontual, ajuda toda a gente e está sempre disponível para o mundo mas que depois é submissa, insegura, medrosa e não sabe exercer a sua autoridade ou por limites aos abusos dos outros pois como tal é incapaz de emanar uma energia de qualidade para o Todo.

O Universo precisa de células individuais que se mantenham iluminadas e sejam inspirações de luz para as mais escuras, não precisa de células apagadas que vivem para iluminar outras pois cada célula é já por si autónoma.

A Responsabilidade Espiritual implica então que a nossa prioridade deva ser manter elevada a qualidade da nossa energia e a capacidade que temos de fazer boas escolhas que nos mantenham em frequências de amor e valor elevadas. Só assim a nossa célula pessoal irá vibrar positivamente e como tal emanar e atrair essas mesmas energias positivas.
E quando resgatamos a nossa Responsabilidade pessoal e espiritual, o Equilíbrio surge sem esforço e o Brilho acontece.


Claro que manter a nossa energia positiva é mais fácil dito do que feito!

Manter a nossa energia positiva implica automaticamente e pela lei do equilíbrio abordar as energias negativas que carregamos em nós e esse “simples” processo não é feito de ânimo leve pois implica aceitar e processar todas as sombras que se escondem em nós.

E se para o mundo e para o nosso ego as conseguimos facilmente negar ou esconder, o Universo não se engana tão facilmente..

Para quem está atento, não é difícil identificarmos nem as nossas nem as sombras dos outros. Basta olhar para o estado geral das nossas vidas e qualidade interior e equilíbrio energético e emocional das pessoas que cada um anda a atrair.

A dita Responsabilidade Espiritual mostra então que somos uma entidade de energia feita tanto à imagem do átomo como à imagem do Cosmos.


Como nos ensinou Hermes 
“O que está em cima é igual ao que está em baixo 
e o que está dentro é igual ao que está fora.”


Quanto mais responsabilidade e sabedoria adquirimos menos dependências externas teremos.

Lá chegará o momento em que assumiremos a total responsabilidade pelo estado da nossa célula, tanto da nossa Luz como da nossa sombra e só aí iremos sentir a paz da aceitação interior incondicional que tanto procuramos nos outros.

Lá chegará o tempo em que nós próprios seremos os nossos próprios bruxos capazes de mexer com as energias do mundo através das nossas próprias energias, seremos os nossos próprios astrólogos, os nossos próprios tarólogos capazes de fazermos as nossas próprias limpezas através do manuseamento positivo das energias pois conhecemos já bem as dinâmicas karmicas que nos responsabilizam pelo mal que façamos seja a quem for.

Não há nada mais triste no ser humano do que o grau de inconsciência espiritual em que muitos ainda vivem.
A velha e podre ideia de que somos perfeitos e que o mal vem de fora, a irresponsabilidade de reconhecermos a Lei da Atracção e do que a nossa energia pessoal faz atrair, a arrogância de projectarmos no mundo a nossa sombra, a necessidade de nos vermos como vitimas, enfim, nada mais do que apenas tristes resistências até absorvermos o conceito de mudar as nossas vidas de dentro para fora e não mais de fora para dentro...

Consideremos então se a bruxa que gostaríamos que nos resolvesse os nossos dilemas está algures lá fora no mundo, ou vive afinal dentro de nós?


Vera Luz

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