domingo, 17 de julho de 2016

Terrorismo Psicológico




O Terrorismo Psicológico 
É A Forma Mais Subjectiva 
De Agressão Contra A Mulher



Segundo dados da OMS (Organização Mundial da Saúde), uma em cada três mulheres é vítima de violência no mundo.
E esta violência, de tão latente, chega a ser classificada entre:
Física, sexual, moral e psicológica.

Por ser subjectiva e, por isso, de difícil identificação, a violência psicológica, na maioria dos casos, é negligenciada até por quem sofre – por não conseguir perceber que ela vem mascarada pelos
ciúmes, controle, humilhações, ironias e ofensas.

Diferente do que se imagina, não é preciso ser agredida fisicamente para estar numa relação violenta.

Algumas palavras e atitudes podem ferir a autoestima de uma mulher tanto quanto.

E isso tem nome: violência psicológica. 
Esta é a forma mais subjectiva e, por isso, difícil de identificar.


Segundo definição da OMS ela é entendida como:

Qualquer conduta que lhe cause dano emocional e diminuição da autoestima ou que lhe prejudique e perturbe o pleno desenvolvimento ou que vise degradar ou controlar suas acções, comportamentos, crenças e decisões, mediante ameaça, constrangimento, humilhação, manipulação, isolamento, vigilância constante, perseguição contumaz, insulto, chantagem, ridicularização, exploração e limitação do direito de ir e vir ou qualquer outro meio que lhe cause prejuízo à saúde psicológica e à autodeterminação.

Esse tipo de violência normalmente precede a agressão física que, uma vez praticada e tolerada, pode se tornar constante. Na maioria das vezes, o receio de assumir que o casamento ou o namoro não está a funcionar ainda é um motivo que leva mulheres a submeterem-se à violência – entre todos os tipos e não apenas a psicológica.

Dificilmente a vítima procura ajuda externa nos casos de violência psicológica.
A mulher tende a aceitar e justificar as atitudes do agressor, protelando a exposição de suas angústias até que uma situação de violência física, muitas vezes grave, ocorra.






O terrorismo psicológico acontece quando ele...


  1. Quer determinar a forma como ela se veste, pensa, come ou se expressa.
  2. Critica qualquer coisa que ela faça; tudo passa a ser mau ou errado.
  3. Desqualifica as relações afectivas dela: ou seja, amigos ou família “não prestam”.
  4. A xinga de “vadia”, “imprestável”, “retardada”, “vagabunda”…
  5. A expõe a situações humilhantes em público.
  6. Critica o corpo dela de forma ofensiva, e considera como uma “brincadeira”.


...entre outras formas de violência que são subjectivas e que, muitas vezes, passam despercebidas no dia a dia.


Andréa Martinelli








Uma em cada três mulheres é vítima de abusos em todo o mundo, indica uma série de estudos divulgados hoje pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

Entre 100 milhões e 140 milhões de mulheres são vítimas de mutilação genital e cerca de 70 milhões casam-se antes dos 18 anos, frequentemente contra a sua vontade.

Os dados indicam que 7% das mulheres correm o risco de sofrer violência em algum momento das suas vidas.

A violência, exacerbada durante conflitos e crises humanitárias, tem consequências dramáticas para a saúde física e mental das vítimas.

“Nenhuma varinha de condão vai eliminar a violência contras as mulheres. Mas a prática revela que é possível realizar mudanças nas atitudes e nos comportamentos, que podem ser conseguidos em menos de uma geração”
Charlotte Watts
Professora na Escola de Higiene e Medicina Tropical em Londres e coautora dos documentos.

Os investigadores apuraram que mesmo nos casos em que existe legislação forte e avançada de defesa das mulheres, muitas continuam a ser vítimas de discriminação, violência e falta de acesso adequado a serviços jurídicos e de saúde.

Os autores sustentaram que a violência contra as mulheres só vai retroceder se os governos colocarem mais recursos na luta e reconhecerem que ela prejudica o crescimento económico.

O documento também sustenta que os líderes mundiais devem mudar legislações e instituições discriminatórias que encorajam a desigualdade e preparam o terreno para mais violência.


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