segunda-feira, 19 de outubro de 2015
Espelhos
Aparecem na nossa vida para nos trazerem ao de cima a raiva, a zanga, a frustração…é um trabalho de remoção mas, enquanto não percebermos isso, vamos andar numa roda-viva, a entrar e a sair de estados emocionais que nos fazem sentir mal.
A partir do momento em que entendermos que essas almas aparecem para que possamos desfazermo-nos de cargas antigas, deixamos de reagir, não por indiferença…é mesmo porque já não nos afecta, uma vez que aquele que sempre reagiu já não existe. E mesmo que tenham estado na nossa vida por muito tempo, desvanecem-se como brumas à luz do sol.
Não é tanto pelo incómodo que nos causam, é pela inclinação que adquirimos ao saltarmos sempre que ouvimos aquele cornetim. Durante anos e anos saltámos sempre…até que um dia tomamos a resolução de vivermos sem aquele vício, porque acaba por ser um vício; sabemos como determinada pessoa nos vai carregar nos botões e já estamos à espera, e isso é que faz imenso mal.
Lá no fundo de nós mesmos está a verdade nua e crua, ou olhamos com a curiosidade necessária para compreender, ou iremos ficar presos ao ciclo de zangas e frustrações.
Virar as costas só se torna difícil quando achamos que o caminho é por ali que passa, mas não é.
Há muitos caminhos, mas devemos cuidar para não atrair mais do mesmo, o que acabará por acontecer se não reconhecermos que a questão está presa nos dois extremos…na outra ponta estamos nós.
Já não faz sentido andarmos a repetir padrões; temos tudo ao nosso dispor para andarmos mais leves.
Quanto mais enchemos um balão, mais alto ele sobe…quanto mais nos enchermos de amor próprio mais longe vamos.
Alexandre Viegas
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