terça-feira, 18 de agosto de 2015
Paradoxo Amoroso
"A afirmação de que não precisamos de ninguém vem acompanhada da desoladora constatação de que ninguém precisa de nós, o orgulho da autossuficiência vem acompanhado da angústia de estar só...
Praticar a sedução pela invectiva, mendigar a aprovação dos homens desprezando-os simultaneamente, esconder o desejo desmedido de companhia sob as aparências de afastamento..."
(...)
“Não há nenhuma necessidade de tecer louros ao amor: ele defende-se bem sozinho.
Há progresso na condição de homens e mulheres, há perfectibilidade no indivíduo, não há progresso no amor. Ele sempre pertencerá à categoria da surpresa.
É a boa notícia deste século que começa.
A todos os atormentados pelo medo da decepção ou da zombaria, é preciso repetir: não tenham vergonha de suas contradições ou de serem o que são, ingénuos, sentimentais, fiéis ou frívolos.
Não se deixem intimidar!
Não há um só caminho para a alegria.
Amamos tanto quanto podem os homens amar, ou seja, imperfeitamente.”
in, "O Paradoxo Amoroso – Ensaio sobre as Metamorfoses da Experiência Amorosa"
Pascal Bruckner
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