segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

A questão das pessoas não comerem carne...


E cá volto eu à vaca fria...

Como sabem, já fui vegetariana, por questões de consciência e também, por questões de saúde.
Passados uns anos, depois de muito pesquisar sobre o assunto, e de descobrir coisas inimagináveis, descobri que é mais um grande negócio, como tantos outros...com os seus "podres" como todos os outros...

Então decidi pensar pela minha cabeça.
Não me deixar influenciar pelas crenças dos outros.
E decidi deixar de ser vegetariana.
Deixar de comprar carne de produção intensiva, passar a comprar ao produtor, comer ovos de galinhas criadas ao ar livre, e no futuro, espero conseguir comer o que produzir.
Porque, na minha opinião, o problema está no fundamentalismo, em tudo o que é levado ao extremo.
Já imaginaram se todos fossemos vegetarianos?
Como ficariam os nossos solos?
Vejam o exemplo real do que está a acontecer com a produção de soja...


Como disse Buda:
"O equilíbrio está no Caminho do Meio"


E dizem os vegetarianos:
Os animais, antes de serem mortos sofrem muito: estão em locais sem condições, sem verem a luz do dia, sem brincarem, sem vida, sem amor por parte de quem está com eles e lhes dá comida.
Os gazes das vacas, poluem o ar e fazem aumentar o efeito de estufa dizem "eles".
Quem come carne, come o que eles comem e que lhes injectam que são alimentos completamente manipulados e substâncias, antibióticos e hormonas etc que só fazem mal.
A carne em si, gera um meio acido no nosso metabolismo o que é favorável ás doenças.

A nível energético (mais para o pessoal espiritual):
- a carne tem uma vibração muito densa, o que faz com que a sensibilidade nas meditações, nas práticas espirituais e no dia a dia seja abafada e diminuída.
- a carne carrega toda uma carga "negativa", derivada do medo e das emoções negativas que o animal sentiu durante a sua vida até ao dia da morte.

Há mais alguma razão para não comer carne?

Solução:
1 . Não comer carne.
2 . Comer carne branca de animais criados no campo, duma forma natural e o mais selvagem possível.

A Grande "questão" é que a poluição emocional que muitas pessoas, que não comem carne, consomem derivada do MEDO, dos seus julgamentos próprios e aos outros, é muito mais prejudicial do que o facto de comerem carne.

Então, é muito mais preferível e até aconselhável comerem carne e deixarem o Medo e os Julgamentos de lado, do que deixarem de comer carne e continuarem com os julgamentos completamente venenosos e perigosos.
Até parece que os que comem carne são os mauzinhos...
E os que não comem carne são os bonzinhos...
Não se deixem levar pelo medo de serem julgados...


Na minha opinião, o que baixa mais a nossa vibração são os julgamentos e emoções de baixa vibração, tipo raiva, inveja, ansiedade... etc.
Se agradecerem a carne que comem, como faziam e fazem os nativos, e a injectares com amor e com a tua energia e luz que emanas, talvez não baixe assim tanto... e especialmente, o MEDO é que baixa a vibração, o resto é treta!

As plantas têm uma vibração muito mais elevada. 
O melhor mesmo para aumentar a vibração é não comer...
Foi este tipo de contradições que me fizeram deixar o vegetarianismo.
E como esta existem muitas mais.

Agora há quem viva de energia cósmica....ou energia solar...
Há os famosos cursos de 21 dias para quem quer viver do ar e da luz.
Há quem faça isso em retiro ou em casa.
Conheço duas pessoas que já fizeram isso.
Só bebem sumos naturais de frutas... e o resto é tudo absorção de energia cósmica...
O mais difícil para esse pessoal é depois a nível social... não dá jeito não comer...
Só se dão com pessoas muito espirituais.... não vão a cafés, restaurantes.....
E não os vejo mais iluminados do que os outros...
São pessoas normais, que quiseram provar a si mesmas que, comer é um programa mental e emocional como outro qualquer, a diferença é que é mais difícil apaga-lo.

"Nas escrituras antigas, a prática não alimentar é muito mencionada pelos santos e mestres e o jejum é aconselhado como forma de purificação espiritual.
Actualmente, existem muitas outras pessoas que já estão começando a experimentar a alimentação prânica, como forma de vida saudável e consciente."
Isto não passa de uma crença!
Se comerem comida, duma forma consciente, consomem mais prana do que se comerem só para encher.
Perspectivas perigosas, a meu ver...
Porque se, a tua consciência não acompanha estas práticas de não comer, ou comer pouca coisa e tal, começas a emagrecer e acabas por ficar doente e morrer... acima de tudo, há que ter consciência dos nossos limites e só depois investir de Coração nestas práticas espirituais, porque se for ao contrário, podes não ficar cá para contar como foi.
É preciso ter muito cuidado com os motivos pelos quais fazemos certas coisas e praticas, porque se não for de Coração/Alma pode dar asneira.
Dizem que o corpo faz parte do Ego, mas essas pessoas esquecem-se que o corpo também é um veiculo da Alma, a questão é que a maior parte de nós ainda não consegue ouvir a Alma através do corpo, só ouvem o Ego que é mais barulhento.

É preciso mais espírito na Matéria, e menos espiritualidade conceptual... mais espiritualidade na vida do dia a dia.

É mais importante o que sai da nossa boca, do que o que nela entra...
Isto, em termos espirituais, claro...que é do que falo aqui...

Provérbio indígena norte americano


"Diga-me e eu esquecerei. 
Mostre-me e eu lembrarei, 
envolva-me eu aprenderei!"

Provérbio indígena norte americano

..........leve e feliz!


Eu demorei para entender que ter alguma sensação familiar com o homem que te enrola há anos não é mágico, é natural e triste. E isso não devia ser usado como uma desculpa confortável para eu esperar mais um ano, deixar escapar mais 365 dias da minha vida. Incrível mesmo é se sentir em casa com alguém que está contigo há pouco tempo, mas está tão contigo que parece que esteve ali a vida toda.

Alguém que faz questão de você e inspire segurança, conforto, afinal, casa é isso, não é? Antes eu morava na rua, descoberta numa calçada, debaixo de muita chuva e pouco sol. Hoje eu sei, mas demorei para entender. Pareciam intermináveis os dias em que eu acreditei poder consertar alguém sem conserto e só acabava me quebrando um pouco mais.

Passei uma eternidade aceitando condições absurdas e implícitas, cuidando, limpando todo o sangue do outro e tendo hemorragia interna. Me doando, me doendo e recebendo partidas ingratas, desculpas não sinceras, falta de consideração. Sempre soube o que eu merecia e o que não, gritei, impus meu valor por inúmeras vezes, até o dia que eu me calei.

Porque tudo que eu sempre fiz questão de explicar, repetir e lembrar pras pessoas, coisas sobre eu ir e não voltar, sobre não me deixar ir então, é o tipo de coisa que o outro só percebe sozinho.

Da pior forma. Não adianta fazer maquete, gráfico, teatro. De alguma maneira louca, a minha felicidade foi mais eficaz do que qualquer cena ensaiada. Qualquer fala improvisada. E eu já não preciso ser atriz... olha só que desfecho, sou leve e feliz.~


Marcella Fernanda

Exupéry


Se quiser construir um navio, 
não convoque homens para juntar madeira, 
dar ordens e dividir o trabalho. 
Antes, ensine-os a se apaixonar 
e desejar o eterno e distante mar.

Antoine de Saint-Exupéry

sábado, 28 de dezembro de 2013

Um punhado de sal



"O velho Mestre pediu a um jovem triste, que colocasse uma mão cheia de sal num copo d'água e bebesse.

- Qual é o gosto? - perguntou o Mestre.

- Ruim. - disse o jovem sem pensar duas vezes.

O Mestre sorriu e pediu ao jovem que pegasse outra mão cheia de sal e levasse junto com ele ao lago. Os dois caminharam em silêncio, e quando chegaram lá o mestre mandou que o jovem jogasse o sal no lago. O jovem então fez como o mestre disse.

Logo após o velho disse:

- Beba um pouco dessa água.

O jovem assim o fez e enquanto a água escorria do queixo do jovem o Mestre perguntou:

- Qual é o gosto?

- Bom! - o jovem disse sem pestanejar.

- Você sente o gosto do sal? - perguntou o Mestre.

- Não. - disse o jovem.

O Mestre então sentou ao lado do jovem, pegou em suas mãos e disse:

- A dor na vida de uma pessoa não muda. 
Mas o sabor da dor depende de onde a colocamos. 
Quando você sentir dor, a única coisa que você deve fazer é aumentar o sentido de tudo o que está a sua volta. 
É dar mais valor ao que você tem em detrimento do que você perdeu. 
Em outras palavras: É deixar de ser copo, para tornar-se um Lago."


Autoprazer


"Uma das necessidades primárias, é a busca de prazer através do sexo, e a masturbação é a primeira actividade sexual natural.
Com a masturbação descobre-se o erotismo, aprende-se a responder sexualmente e adquire-se a confiança e o respeito por si próprio.
A habilidade sexual adquire-se com a prática.
Quando uma mulher se masturba, aprende a aceitar os seus genitais, a desfrutar dos orgasmos e a ser uma especialista no sexo.
Porém, incomoda a muitas pessoas que as mulheres sejam especialistas e independentes".

Betty Dodson




E como diz Woody Allen:


" Não despreze a masturbação 
- é fazer sexo com a pessoa que você mais ama"

Casamento


Um famoso professor se encontrou com um grupo de jovens que falava contra o casamento. Argumentavam que o que mantém um casal é o romantismo e que é preferível acabar com a relação quando este se apaga, em vez de se submeter a triste monotonia do matrimónio.

O mestre disse que respeitava sua opinião, mas lhes contou a seguinte história:
“Meus pais viveram 55 anos casados.
Numa manhã, minha mãe descia as escadas para preparar o café e sofreu um enfarte.
Meu pai correu até ela, levantou-a como pôde e, quase se arrastando, a levou até ao carro.
Dirigiu a toda velocidade até ao hospital, mas quando chegou, infelizmente ela já estava morta. Durante o velório, meu pai não falou.
Ficava o tempo todo olhando para o nada.
Quase não chorou!

Eu e meus irmãos tentamos, em vão, quebrar a nostalgia recordando momentos engraçados.
Na hora do sepultamento, papai, já mais calmo, passou a mão sobre o caixão e falou com sentida emoção:
- Meus filhos, foram 55 bons anos… 
Ninguém pode falar do amor verdadeiro, se não tem ideia do que é compartilhar a vida com alguém por tanto tempo.

Ele fez uma pausa, enxugou as lágrimas e continuou:
- Ela e eu estivemos juntos em muitas crises.
Mudei de emprego, renovamos toda a mobília quando vendemos a casa e mudamos de cidade. Compartilhamos a alegria de ver nossos filhos concluírem a faculdade, choramos um ao lado do outro quando entes queridos partiam.
Oramos juntos na sala de espera de alguns hospitais, nos apoiamos na hora da dor, e perdoamos nossos erros…
Filhos, agora ela se foi e estou contente. 
E vocês sabem por quê? 
Porque ela se foi antes de mim, e não teve que viver a agonia e a dor de me enterrar, de ficar só depois da minha partida. 
Sou eu que vou passar por essa situação, e agradeço a Deus por isso.
Eu a amo tanto, que não gostaria que sofresse assim.

Quando meu pai terminou de falar, meus irmãos e eu estávamos com os rostos cobertos de lágrimas. Nós o abraçamos e ele nos consolava, dizendo:
“Está tudo bem, meus filhos, podemos ir para casa.”

E por fim, o professor concluiu:
“Naquele dia, entendi o que é o verdadeiro amor. 
Está muito além do romantismo, e não tem muito a ver com o erotismo, mas se vincula ao trabalho e ao cuidado a que se professam duas pessoas realmente comprometidas.”

Quando o mestre terminou de falar, os jovens universitários não puderam argumentar, pois esse tipo de amor era algo que não conheciam. O verdadeiro amor se revela nos pequenos gestos, no dia-a-dia e por todos os dias. O verdadeiro amor não é egoísta, não é presunçoso, nem alimenta o desejo de posse sobre a pessoa amada.

“Quem caminha sozinho, pode até chegar mais rápido.
Mas aquele que vai acompanhado, com certeza, chegará mais longe, e terá a indescritível alegria de compartilhar alegria… alegria esta, que a solidão nega a todos que a possuem”.

EL ARTE DE ESTAR SOLO. -Para tener buenas relaciones




La gente se apega, y cuanto más te apegas a la otra persona, más se asusta la otra persona, más ganas tiene de escapar, porque hay una gran necesidad interior de ser libres.
El deseo de libertad es mucho mayor que cualquier otro deseo, es mucho más profundo que cualquier otro deseo.
De ahí que uno pueda sacrificar incluso el amor, pero no pueda sacrificar la libertad, no forma parte de la naturaleza de las cosas.
De ahí que la auténtica dicha sólo pueda ocurrir en tu soledad.
La soledad es un arte, sobretodo el arte de la meditación.
Estar completamente centrado en tu propio ser sin ansiar a la otra persona; estar en tal profundo reposo contigo mismo que no necesitas nada más, eso es la soledad.
Te proporciona dicha eterna.
Si primero estás arraigado en tu ser y luego te diriges a una relación, el fenómeno es completamente distinto.
En este caso puedes compartir, puedes amar y también puedes disfrutar este amor.
Incluso cuando es momentáneo, puedes danzar, puedes bailar, y cuando desaparece, desaparece; no miras atrás.
Eres capaz de crear otro amor, de modo que no hay necesidad de apegarse.
Das gracias a tu amante, das gracias al amor que ya no está ahí porque te enriqueció y te proporcionó algunos atisbos de la vida, te hizo más maduro.
No obstante, esto sólo será posible si estás algo arraigado en tu ser.
Si el amor es todo lo que tienes, sin ninguna base meditativa, sufrirás, cada relación amorosa tarde o temprano se convertirá en una pesadilla.
Aprende el arte de estar solo, y dichosamente solo; entonces, todo será posible.

OSHO


"Peligrosa es la mujer
que seduce con el cuerpo...
Pero es letal, aquella
que es capaz de hacerlo
con la mente..."

Italo Calvino a favor del aborto


Cuando la segunda ola de feminismo se encontraba en su momento de plenitud, en 1975, el escritor Italo Calvino envió una carta al intelectual Claudio Magris, como respuesta a su artículo en contra del aborto llamado “The Deluded”, publicado en el periódico italiano Corriere della sera.

A continuación las palabras de Calvino:

"Traer a un niño al mundo tiene sentido sólo si el niño es deseado consciente y libremente por sus padres. Si no, se trata simplemente de comportamiento animal y criminal. Un ser humano se convierte en humano no sólo por la convergencia causal de ciertas condiciones biológicas, sino a través del acto de voluntad y amor de otras personas. Si este no es el caso, la humanidad se vuelve —lo cual ya ocurre— no más que una madriguera de conejos. Una madriguera no libre sino constreñida a las condiciones de artificialidad en las que existe, con luz artificial y alimentos químicos.

Sólo aquellas personas que están 100% convencidas de poseer la capacidad moral y física no sólo de mantener a un hijo sino de acogerlo y amarlo, tienen derecho a procrear. Si no es el caso, deben primeramente hacer todo lo posible para no concebir y si conciben, el aborto no representa sólo una triste necesidad sino una decisión altamente moral que debe ser tomada con completa libertad de conciencia. No entiendo cómo puedes asociar la idea del aborto con el concepto de hedonismo o de la buena vida. El aborto es un hecho espeluznante.

En el aborto la persona que es vulnerada física y moralmente es la mujer. También para cualquier hombre con conciencia cada aborto es dilema moral que deja una marca, pero ciertamente aquí el destino de una mujer se encuentra en una situación desproporcionada de desigualdad con el hombre, que cada hombre debería morderse la lengua tres veces antes de hablar de estas cosas. Justo en el momento en que intentamos hacer menos bárbara una situación en la cual la mujer está verdaderamente aterrada, un intelectual usa su autoridad para que esa mujer permanezca en este infierno. Déjame decirte que eres verdaderamente responsable, por decir lo mínimo. Yo no me burlaría tanto de las “medidas de higiene profiláctica”, ciertamente nunca te has sometido a rasgarte el vientre. Pero me encantaría ver tu cara si te forzaran a una operación en la mugre y sin los recursos que hay en los hospitales.

Lamento que tal divergencia de opiniones en estas cuestiones éticas básicas haya interrumpido nuestra amistad."

Italo Calvino

sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

No Silêncio Da Noite


No silêncio da noite busco por ti
Incansavelmente
Incessantemente
Procuro por quem me tortura
Quem apenas me invade sentimentos
Provoca-me emoções
Sensações há muito enterradas
Soterradas em memórias
Dolorosas memórias de Alguém
Dores que se esbatem no tempo
Apenas se esfumaçam suavemente
Espaço antes ocupado por dores
Agora, apenas invadido com a tua imagem
Dor dilacerante no corpo
Ardor constante no coração
Sensação de flutuar sobre mim mesmo
Em busca apenas do que nunca tive
Antes esperança, agora certezas
Certezas de ser amado
Certezas do que sempre busquei
Estas longe, sim, partiste assim
Promessas de rápido regresso
Mas como vais regressar para mim
Se nunca sais-te de mim
Como posso encontrar quem nunca saiu de mim
Busco na noite
O teu perfume chega-me na brisa que me envolve
Suave brisa que me acaricia o rosto
Por ela, mando-lhe um beijo meu
Não um beijo, um simples beijo
Mas todo o amor por ti num beijo
Repleto de amor
Soprado por lábios que te esperam
Uma Alma que te deseja
Um coração que chora por ti
Busco por ti na noite….

Carlos L Fonseca

O Inesquecível




“Sou uma pessoa que vive bastante o momento, porque o inesquecível tornou-se para ele muito mais importante do que o eterno.
Pessoalmente, creio que o inesquecível tem um sentido muito mais vasto.
Acima de tudo, tem a particularidade de me provocar a sensação de estar a fazer-me trabalhar e viver intensamente o agora.
E é essa a razão por que defendo sempre que, cada instante é inesquecível, e aquilo que faz toda a diferença é a forma como decidimos vivê-lo.
Podemos escolher não lhe dar qualquer importância, ou transformá-lo naquilo que desejamos que se torne.
Podemos fugir dele, ou abraçá-lo como se nos abraçássemos a nós mesmos.
Podemos temê-lo ou aceitá-lo.
Podemos ter medo de nos envolvermos com ele, ou apaixonar-nos perdidamente dele.
E tudo isto, independentemente do lado que surge, faz-me continuar a acreditar que o inesquecível tem um sentido e um significado únicos, que depende unicamente da maneira como o aceitamos vivenciar, o mesmo sentido e significado que me faz também crer que nada se esquece, mas apenas se transforma naquilo que queremos lembrar.”

José Micard Teixeira

A ABENÇOADA CÓLERA...


"O respeito de si mesmo leva por vezes os indivíduos àquilo a que poderíamos chamar “abençoada cólera”, um movimento habitualmente associado ao aspecto sombra na Terra. Muitos de vocês imaginaram que era preciso ser só amor, paz e doçura para continuar numa via espiritual. Fazendo isto, esqueceram que o vosso lado mais colérico, mais afirmativo e o mais incisivo lhes permitiria em primeiro lugar ter amor para convosco mesmos, ou seja, que vocês são o ser mais importantes da vossa vida. Porque se não se respeitarem, não podem verdadeiramente respeitar os outros.
Respeitar-se a si não é uma incitação para impor a sua visão aos outros. É mais um convite para que várias realidades possam coabitar em paralelo, sem renunciar à sua essência e honrando igualmente a dos outros. Eis um equilíbrio muito nobre a onde se chegar.

A “abençoada cólera” é um elemento autorizado na encarnação. Em nome do amor as pessoas aceitam o inaceitável. E progressivamente, as liberdades individuais foram postas de lado em detrimento do equilíbrio da vida. Pouco a pouco os Seres renunciaram ao próprio fundamento da sua vida, segundo a qual cada expressão do Todo é soberano e livre nas suas escolhas. Este conceito foi tão mal amado no Planeta que trouxe a degradação de muitas formas de vida, que perderam a sua dignidade e o seu direito de existir. As formas minerais, vegetais, animais e humanas foram todas afectadas por esta situação.

O fogo é uma energia que traz equilíbrio aos Seres, convidando-os a respeitar a vida em todas as suas facetas, pouco importando as formas. Se há uma só ordem a honrar na terra, essa é a de respeitar a vida e a liberdade de cada forma de expressão, pouco importa qual. (…)
Por intermédio do vosso fogo interior, podem encontrar e aprender a vossa força e a do vosso poder.”


ASTHAR

A MULHER COMO ANIMA


"A alquimia do amor permite descobrir as várias faces da Anima.
Anima que é, segundo Jung, a mulher que se tem dentro, no caso dos homens (no caso da mulher falar-se-á de Animus).

É a personificação feminina do seu inconsciente.
A personificação de todas as tendências psicológicas femininas na psique do homem, tais como a receptividade ao irracional, a capacidade para o amor, o sentimento pela natureza, e a relação com o mundo inconsciente.

A Anima surge frequentemente como bruxa ou sacerdotisa - alguém que se relaciona com as forças ocultas do outro mundo.
A sua caracterização, benéfica ou maléfica, depende em grande parte da mãe que o homem teve.
É pela mãe que esta forma interior se vem modelar.

As sereias gregas, a Lorelei germânica, conservam o aspecto nefasto que a Anima pode ter, levando o homem à sua própria destruição."

in, A ALQUIMIA DO AMOR  
Y.K.Centeno

Eu e o mar


Quando estou deprimida
Sobrevoo junto ao mar
A espuma é o alimento
A areia, o desejar

Gosto de olhar os pássaros
pela sua liberdade...
Encontro-me com eles no horizonte
Para saltar da minha verdade .

Na verdade a minha vida 
Não tem muito a revelar
Tanto existe lágrimas ,como sorrisos
Tudo o mais ficará para recordar

Esther Andrez

quarta-feira, 25 de dezembro de 2013

Coldplay - Christmas Lights

Nasci no hemisfério certo...



O Natal do Menino Jesus não me diz nada...nunca me tocou especialmente desde pequena.
A Tradição judaica ou cristã também não faz sentido para mim, e não há nada nessas religiões que me sensibilize ou fascine, bem pelo contrário, e nesta época do ano parece que se acentuam mais as suas incongruências.
Mas foi a única que me deram a conhecer, infelizmente, de uma forma imposta.
Lembro-me que sempre fui contrariada à Missa do Galo, inventava estratégias para não ir, fingia que tinha adormecido, etc...

Sou pagã, o Cosmos e a Alma não têm religião nem Deus (se é que existe algum como dizem...) e é por isso que vivo o Yule e o Natal mais como uma altura fundamental do ano para a introspecção.
A paz no mundo começa dentro de cada um de nós.
Não existe o mundo lá fora, e nós cá dentro.
A paz só pode ser individual, e depois de ela ser uma realidade constante dentro de nós, poderemos ter alguma influência positiva sobre os outros.
A paz é um estado de alma, um contacto com o nosso ser profundo, com a nossa essência mais pura.

E como pagã, não faria sentido viver esta altura do ano no Hemisfério Sul, ou seja no Verão.
Esta altura é Yule, é frio e neve para nos fazer recolher, virar para dentro, reflectir, analisar...e preparar um novo ano de sementeiras e colheitas.

Feliz Yule!
Feliz Natal!

Percepções astrológicas – 25/12/2013


Hoje estamos com a Lua em Balança, iniciando a fase lunar minguante, e ela já está envolvida (junto com o Sol, aos poucos) na poderosa quadratura em T Marte-Urano-Plutão (conjunta a Marte).
Ela começa o dia com um quincunce com Netuno, quadratura com Mercúrio, e ao fim do dia fará um quincunce com Quíron (aspecto que Marte já está fazendo no momento). Lembrando que Vênus está em movimento retrógrado no céu, no decanato mercuriano de Capricórnio, enquanto Saturno permanece em franco trígono com Júpiter. 

Aparentemente simpática, porém traiçoeira, esta Lua faz um embate mais forte de constatações sobre as pessoas. Começamos com um dia aparentemente tranquilo, sonolento, mas temos que tomar muito cuidado com o rumo que as conversas do dia podem trazer. 
Temos que lembrar que estamos em um dia de forte apelo emocional, de reencontros familiares e pessoais que nem sempre são tão felizes ou agradáveis, e que a famosa “obrigação por educação” praticamente obriga a dar “sorrisos amarelos” para pessoas que na realidade odiamos, em reuniões que muitas vezes – tanto as bebidas quanto comida em excesso – nos colocam em estados mentais um tanto alterado, instável, e podemos nos ver em situações delicadas, melindres, um certo mal-estar pode se instalar em horas menos previsíveis ou desejáveis.

Muitas amabilidades suspeitas, muitos silêncios que podem dizer muito mais que as palavras, estamos em um momento muito forte de perceber sutilezas, detalhes escondidos em atitudes e palavras educadamente escolhidas, e grande parte das pessoas mais sintonizadas perceberão, com mais clareza, as mensagens subliminares ocultas nas capas de hipocrisia e falsa gentileza.
A questão é que, por trás destes momentos aparentemente tranquilos, uma simples faísca pode incendiar tudo, de maneira rápida.

Este conselho sempre é válido, no entanto, mais do que nunca, hoje ele se torna essencial – um teste à nossa inteligência emocional: não se torne vítima do estado emocional alheio, NÃO REAJA! Definitivamente é um momento em que podemos testar nossa capacidade de estar dentro de nós mesmos, em nossa harmonia interna inabalável e, com isso, recriar esta harmonia ao nosso redor. Uma das maiores “defesas” que podemos ter é a consciência de que podemos escolher o estado em que queremos viver, e este estado será o resultado direto de nossos contextos vividos diária e constantemente. Freie, reconsidere, observe, ouça, pacifique, releve.
O dia, definitivamente, não é o mais adequado para discutir relações, abrir feridas antigas, ceder a provocações venenosas. Mesmo que os estados coletivos observados carreguem aquela conhecida carga de hipocrisia e falsas gentilezas, também é a chance que temos de nos reaproximar de pessoas que a vida e seus contextos nos afastam do convívio mais próximo.
Um tempo para valorizar o afeto, a boa vontade, dar ao outro aquilo que gostaríamos de viver. Enfeitar o cenário feio que encontramos, ainda que seja com uma flor. Outra sintonia se instala.
Que usemos os encontros para o melhor.

Bom dia a todos.

Cividane

terça-feira, 24 de dezembro de 2013

Uma história de natal


Natal sempre marca o solstício de inverno (hemisfério norte).
É nesse período que os xamãs, até hoje, realizam rituais de passagem para um novo ciclo anual.

Muitos povos xamânicos também comemoravam a cerimónia da árvore, representando a "Árvore do Mundo". Será por isso que levamos uma para dentro de nossas casas e a enfeitamos?
Partimos da crença de que a lenda do Pai natal nasceu na Sibéria.
Existia uma tribo na antiga Sibéria chamada O Povo das Renas.

As renas eram para os siberianos o que o búfalo representa para os nativos americanos; eram também consideradas a manifestação do Grande Espírito Rena, invocado pelos xamãs para resolver os problemas do povo.
Nas suas jornadas xamânicas, ele viajava, em transe, num trenó de renas voadoras.

Não eram só os xamãs que usavam amanita, as renas também comiam. Eles até conseguiam atrair renas com a urina, que chegavam a brigar para tomá-la e as laçavam enquanto bebiam. Alguns caçadores davam pedaços de amanita para as renas para aumentar a sua força e resistência física, e assim suportarem melhor as longas distâncias. Se as renas fossem abatidas por alguém nesse momento, quando estavam na manifestação do enteógeno, os efeitos passariam para quem comesse a sua carne.

Caçadores, ao se alimentarem de renas que haviam ingerido amanita, tiveram uma visão coletiva de um homem vestido de vermelho e branco (cor do cogumelo), um xamã que levava presentes para a população. Eles viram o xamã voando num trenó de renas.

Daí, conta-se que Pai Natal foi uma visão de homens que se alimentaram das renas que consumiram amanita.

A roupa do Pai Natal, por sinal, é de origem lapónica.

Tradicionalmente, os xamãs siberianos eram conduzidos nas suas viagens estáticas (jornadas xamânicas) aos mundos profundos (transe) por um trenó de renas.

Isso explica a origem de Pai Natal viajando por um trenó de renas.

Os habitantes sentiam que os xamãs sempre lhes traziam presentes espirituais. Além disso, a fumaça do fogo onde faziam seus trabalhos saía por uma abertura nas casas (chaminés ), e era por ali que entravam e saiam os espíritos, o que também explica a origem de Pai Natal entrando pela chaminé.

O que quero dizer, na verdade, é que nosso doce e querido Pai Natal nasceu na Sibéria e tem sua origem no xamanismo.
O que acham ?
Coincidência?

LÉO ARTESE

BOAS FESTAS!


E cá está o Natal!!!
Hoje é dia de celebrar!

Façam o favor de serem Felizes...
Bora lá ser Felizes...

Como?
dirão alguns...se isto e aquilo e mais aquilo está na minha vida...

Simples:
Aceitar que isso ou aquilo é uma excelente oportunidade de Crescer e Libertar...
Depois da Aceitação virá a consciência, de seguida a integração e por fim a GRATIDÃO da experiência...

Vamos ser felizes desta forma...
Este é o caminho da felicidade...

Muito para lá das festas religiosas, e das obrigações familiares ( que se vivem com gosto e carinho, ou não), gosto muito desta época do ano, de descanso e recolhimento.
Não gosto das festas consumistas, que giram à volta das prendas, e em que se converteu esta altura do ano. No entanto, cada um vive este ciclo como quer, e sente-o à sua maneira.
Para mim, estes dias continuam a manter a força da natureza, que muda o sentido e a direcção de todo o processo, e o que antes mingava, agora cresce e renasce.

Antes, e depois do Natal, as estações mudam, o dia e a noite mudam, as temperaturas mudam e o ano muda!
Vamos mudar também!

Um Natal em Alegria para todos Nós...
Bora lá renascer...
Um novo ano nos espera...vamos encará-lo com força, cheios de vontade de viver, de concretizar e evoluir!

Em profunda Gratidão a todos os que me ajudam a descobrir-Me a cada instante da vida, vos envio um beijo enorme de Amor...

BOAS FESTAS

domingo, 22 de dezembro de 2013

Até dia 24 à meia noite! Um Novo Sol irá nascer...


E depois da noite que passou, Solstício de Inverno...entrámos na obscuridade das nossas entranhas e nela iremos ficar até à meia noite de 24 de Dezembro, hora a que o Novo Sol nasce, e lentamente irá crescer até ao Equinócio da Primavera.

Este momento do ciclo, onde a natureza nos recorda a importância de voltar ao silêncio, às sombras, à eterna noite dos sonhos, leva-nos a reflectir, fazer balanço e renascer, como uma ave do paraíso revigorada e cheia de ideias, propósitos e decisões.

É curioso como se supõe que todos queremos ser felizes, estar em comunhão com a natureza, adoramos as fotos de belos campos verdes, com grandes horizontes e belos por-do-sol,fotos de bosques que vemos nos documentários, adoramos ler textos e poemas que falam da noite, da lua e do silêncio, mas...
Quem caminha por esses campos para ver a fauna minúscula que se move entre as ervas?
Quem entra dentro desses bosques, e salta por cima das raízes, tropeça nas pedras, escorrega na lama e emaranha-se na vegetação como se fosse uma teia?...
E sobretudo, quem penetra na escuridão da noite para ver claramente a Lua, sentir o silêncio e ouvir os nossos anseios e angústias?

Acendem milhares de luzes, de mil cores diferentes, neons florescentes invadem-nos as retinas, não nos deixam ver a obscuridade.
Ouve-se música até altas horas da madrugada, até nascer o sol, e é assim dia após dia, até que acaba o processo obscuro...e quando dão por ela, os dias já são maiores, tiram as luzes das árvores, as músicas desligam-se, a invasão visual acalma...
E assim se passa mais um ciclo da natureza renascedor desaproveitado.

Estratégias sociais e comerciais, crenças criadas que adoramos, e que nos separam dos nossos bioritmos.

Então,como podemos estranhar que, ano após ano, os nossos propósitos de ir ao ginásio, mudar de casa, mudar de trabalho, de ambiente, sermos mais organizados, etc...não cheguem a realizar-se, se somos incapazes de respeitar o ritmo básico que nos é oferecido pela Mãe Terra?

Eu, como pagã que sou, gosto dos costumes e rituais pagãos nesta altura do ano, das músicas, das luzes, das árvores de natal, dos concertos de natal, das reuniões em família,da alegria e do espírito pagão do natal...mas como uma celebração do RENASCER, como faziam os nossos ancestrais.
E para isso, é importante viver profundamente o Solstício de Inverno, na noite de 21 para 22 e acalmar um pouco o ritmo, entrar bem dentro do nosso ser, bem fundo na escuridão do dia mais curto do ano, e até ao dia 24 de Dezembro, desligar as luzes, durante estes 3 dias quando o sol se por...abrandar o ritmo frenético característico desta altura,acalmar para podermos sentir a profundidade e a verdade do que significa este ciclo.

Se não for assim, as palavras perdem sentido, as atitudes ficam desadequadas,os lindos poemas de natal perdem todo o significado...
O que vale é a união deste hemisfério norte, a fazer da NOITE um acontecimento de renascimento, e esperar que o dia nasça para voltar a ver a luz do dia.

Não nos deixemos distrair, com o barulho das luzes e das músicas de natal.
Não nos deixemos distrair com tantas mentiras.
Não nos deixemos separar das nossas sombras, até nascer o dia.





UNDRESS ME NOW - Morcheeba

RIA!!!!!



"Curta coisas simples.
Ria sempre, muito e alto.
Ria até perder o fôlego.
Lágrimas acontecem.
Aguente, sofra e siga em frente.
A única pessoa, que acompanha você a vida toda, é você mesmo.
Esteja vivo, enquanto você viver!
Diga a quem você ama, que você realmente os ama, em todas as oportunidades.
E lembre-se sempre que:
A vida não é medida pelo número de vezes que você respirou, mas pelos momentos em que você perdeu o fôlego: de tanto rir… de surpresa… de êxtase… de felicidade…
Há pessoas que transformam o sol numa simples mancha amarela, mas há também aquelas que fazem de uma simples mancha amarela o próprio sol."

Pablo Picasso

O Som do Silêncio


É neste som que me movo:
o som das mãos e do corpo. 
O som do sangue
que fervilha na vertente da montanha 
e não se ouve.
E no silêncio morto e sanguinário me deito,
durmo as profundezas da alma 
que encontra a finitude nas estrelas.
Porém, quando olho o céu e não te vejo, percebo
que o caminho deixou de ter o sentido exacto
dos meus passos. 
E por ti chamo
a chama que me prende à terra."

Tereza Brinco Oliveira 
in, "Na voragem do tempo" 

sábado, 21 de dezembro de 2013

YULE - Solstício de Inverno e as várias tradições.


Para os nativos norte-americanos, marca o início de um novo ciclo.
Aparentemente, o Sol não se move durante três dias e chamavam a este período de “Regeneração da Terra”.

No antigo Egipto, comemorava-se nesta data o renascimento do deus solar Ra, e a criação do Universo.

Yule, era um Sabbat muito importante para os povos nórdicos e celtas. 
Yule significava em norueguês arcaico ‘roda’ e este Sabbat era considerado o “tempo de mudança”. Marca o início da metade clara do ano, e o fortalecimento da luz.
A Grande Mãe era reverenciada pelos celtas e representada no topo da “Árvore do Mundo”. 
Com o passar do tempo, foi sendo substituída pelo anjo ou pela estrela no topo da árvore de Natal.
A Deusa transforma-se de Anciã velada, guardiã do mundo subterrâneo de Samhain em mãe amorosa dando à luz o seu filho solar.

Na tradição druida, encenava-se nesta data o combate entre o Rei Carvalho - o regente da metade luminosa do ano - e o Rei do Azevinho- regente da metade escura do ano.
Essa luta, vencida pelo rei Carvalho, simbolizava a vitória da luz, da expansão e do crescimento sobre a escuridão, a decadência e a aridez.

Os povos escandinavos e saxões, enfeitavam pinheiros com oferendas para as Divindades e os Espíritos da Natureza, costume este que veio a originar a árvore de Natal.
A figura do Pai Natal surgiu das crenças dos lapões, cujos xamãs, viajando em trenós puxados por renas, levavam dádivas de cura e auxílio às pessoas necessitadas.

Vários deuses solares, de várias culturas, eram celebrados e foi por força dessas comemorações que a Igreja Católica escolheu essa data para celebrar o nascimento de Jesus.

Actualmente, nos círculos de mulheres, celebra-se também o nascimento da criança solar, a Deusa dando à luz, bem como a activação da energia vital e os novos planos.
As mulheres, escrevem num papel todos os seus medos, angústias, receios, monstros e fantasmas, tudo o que querem deixar para trás, o que já não precisam, e põem dentro de uma abóbora, que queimam em seguida numa grande fogueira à meia noite.
Ficam em profundo silêncio durante este momento sagrado.
Assim se começa uma descida, a uma escuridão profunda, até às noites mais longas, a mais solene escuridão e introspecção.

O Yule, tal como os outros Sabbats, celebra também a mudança da natureza.

À medida que a sociedade se foi tornando mais tecnológica, os seres humanos foram-se afastando física, psicológica e espiritualmente do ambiente natural.
Esse distanciamento resultou na actual crise ecológica e planetária.
Comecemos a superar essa cisão, e saibamos honrar a sacralidade da natureza reconhecendo a nossa interdependência com as suas leis, manifestações e ciclos.
Relembremos e recriemos festivais que celebrem a passagem do tempo e das estações.

~Mirella Faur~


O Solstício de Inverno foi celebrado esta noite, de 21 para 22 de Dezembro, à meia noite!
Escuridão feliz.
Feliz nascimento de um novo sol.

A RODA DO ANO E OS SABBATS


Nos primórdios da humanidade, os seres humanos viviam em contacto directo e permanente com a Terra, o Sol, a Lua e as estrelas, sintonizando-se com os ritmos cósmicos.

Para garantirem a sua sobrevivência, em ambientes muitas vezes hostis, observavam cuidadosamente os sinais e as mudanças da natureza ao seu redor.
As suas actividades dependiam dos ciclos do Sol e da Lua, das mudanças das estações, do clima e da interacção com as forças naturais e sobrenaturais.
Os povos antigos consideravam a viagem circular da Terra ao redor do Sol uma roda que representava o eterno ciclo de nascimento e desabrochar, crescimento e florescimento, maturidade e frutificação, envelhecimento e decadência, morte e decomposição e, novamente renascimento. 
Essa ´viagem´ reflectia-se na vida humana e na natureza.

As transformações que ocorriam na natureza ao longo do ano, eram celebradas por meio de festivais. Os Festivais Solares marcavam os solstícios e equinócios.
Os Festivais do Fogo aconteciam em datas fixas, marcavam os pontos intermediários entre os solstícios e equinócios e tinham a ver com o calendário agrícola, marcando a passagem das estações, o plantio e as colheitas.

Estas oito celebrações, chamadas Sabbats, constituem os oito raios da RODA DO ANO.
A palavra ‘Sabbat’, tem origem no étimo grego sabatu que significa descansar.
Eram datas festivas que celebravam as mudanças na natureza, a alegria das pessoas e a reverência às divindades.

Samhain – 31 Outubro;
Yule- solstício de Inverno; 
Imbolc- 1 Fevereiro;
Ostara – equinócio da Primavera; 
Beltane – 30 Abril;
Litha – solstício de Verão; 
Lammas – 1 Agosto;
Mabon equinócio Outono


Mirella Faur

Solstício e Equinócio



«A redenção da Terra, o seu estatuto e a sua função no futuro fazem parte da Obra [alquímica] que compete ao 9.º grau dos Mistérios Menores [9.ª Iniciação Menor]. 
Este grau é celebrado nas noites de Solstício de Inverno, e de Solstício de Verão [meia-noite], pois este ritual não pode ser realizado em nenhum outro tempo. 
Os solstícios marcam o momento em que a vibração terrestre é mais elevada, e em que os Raios Cósmicos da Vida estão a entrar profundamente (Solstício de Inverno) ou a sair definitivamente (Solstício de Verão)» (

Corinne Heline 
in,New Age Bible Interpretation, vol. V,pp. 87-88.

Esta tradição esotérica é confirmada pelos antigos rituais dos Mistérios pagãos, que os Novos Mistérios Cristãos vieram substituir e elevar de grau vibratório. 
Os historiadores costumam invocar um velho almanaque romano chamado Cronógrafo, do ano 354 d. C., da autoria de Philocalus (autor incerto), também conhecido como Calendário Philocaliano , e que cita o ano 336 como o primeiro em que a Igreja festejou a celebração do Natal em 25 de Dezembro. 

Na Igreja arménia o dia 25 de Dezembro nunca foi aceite para data do Natal, mantendo-se a antiga tradição Iniciática de celebrar o dia 6 de Janeiro (Dia de Reis), considerado o «12.º Dia sagrado» da tradição mistérica cristã. 
De acordo com a autora rosacruciana Corinne Heline, o período de 12 dias que decorre após a festividade solsticial do Natal, entre o dia 26 de Dezembro e o dia 6 de Janeiro é um período de profundo significado esotérico e constitui o «coração espiritual» do ano que vai seguir-se: é o lugar-tempo mais sagrado de cada ano que entra, designa-se por «Os Doze Dias Sagrados» e está sob a influência directa das Doze Hierarqias Zodiacais, que projectam sobre o planeta Terra, sucessivamente e durante cada um desses 12 dias, um modelo de perfeição tal como o mundo será quando a obra conjugada das Doze Hierarquias por fim se completar (Corinne Heline, New Age Bible Interpretation, vol. VII: «Mystery of the Christos», 6h printing., New Age Press, 1988,. pp. 8-19).

Segundo alguns historiadores, estaria na associação de Cristo com o «Sol de Justiça» a escolha do Solstício de Inverno para celebrar o «nascimento do Sol invencível», Natalis Solis Invicti, um ritual pagão (Saturnalia) que festejava, com ritos de alegria e troca de prendas, desde o dia 17 de Dezembro e até ao dia 25, o momento em que o Sol «cresce», ou renasce, após o dia ter atingido a sua duração mais curta (21-22 de Dezembro). 
Com efeito, nessa data o Sol atinge a sua declinação-Sul máxima, cerca de 23º 26’, estacionando nela durante três dias e retomando o «caminho do Norte» a partir do dia 24 ou 25.

A data de 25 de Dezembro era igualmente o data do nascimento do deus Mithra, dos Mistérios Iranianos. Mithra era designado por «Sol de Justiça» — ou melhor. «Sol de Justeza» —, provavelmente por alguma influência do antigo Egipto. 
Reza uma antiga lenda que Moisés foi instruído e iniciado na grande Escola de Mistérios de Heliópolis, a cidade sagrada perto de Mênfis a que os Egípcios chamavam On ou Annu. 
Não surpreende, portanto, que o símbolo solar de Râ, o Esplendor Alado, se tenha mantido na tradição hebraica e nas áreas afins do Médio Oriente, como nos testemunha o profeta Malaquias, ao afirmar que «o Sol de Justeza se erguerá com a salvação nas suas asas [ou: nos seus raios]» (Malaquias 3, 20 [4, 2]).

Assim, o percurso solar ao longo do ano marca  as «provas» cíclicas por que tem de passar todo o ser humano na sua via evolutiva :
Quando o Sol em 21 de Dezembro entra em Capricórnio (signo regido por Saturno, daí os Saturnalia), os poderes das trevas de certo modo tomam conta do «Dador da Vida», mas dá-se o renascimento após os três dias de «paragem» (sol-stitium = sol + sistere, suster, parar), ou seja, o dia 25 marca o termo do «ciclo solsticial». 
A partir do dia 26 de Dezembro inicia-se um segundo ciclo de especial significado iniciático: entre o dia 26 de Dezembro (1.º Dia Sagrado) e o dia 6 de janeiro (12.º Dia Sagrado) 
Estes «Doze Dias Sagrados», que acompanham a fase inicial do renascimento do «Sol Invencível», eram como que um resumo do ano zodiacal seguinte, e, tal como já se referiu, estavam sob a protecção das Hierarquias Celestes que tradicionalmente regem os 12 Signos do Zodíaco.

Aproveitemos para mencionar, antes de prosseguirmos, a razão cosmográfica por que fica o Sol «parado» aparentemente, durante três dias por ocasião dos Solstícios. 
Tem a ver com as declinações, e não com as longitudes celestes.

Se consultarmos as Efemérides planetárias verificaremos que de uma forma geral e com pequenas variações de ano para ano, o Sol atinge a sua declinação-Norte, máxima (cerca de 23º 26'-Norte) no mês de Junho entre os dias 20-24, e a sua declinação-Sul, máxima (cerca de 23º 26'-Sul) no mês de Dezembro entre os dias 20-24. 

Como sabemos, a Astrologia funciona em projecção geocêntrica, e a declinação dá-nos a maior ou menor angulação que o astro considerado faz com o Equador, tal como visto da Terra. 
Assim, à medida que os dias se vão aproximando de Junho, a declinação do Sol vai aumentando: passa de 0º em 21-22 de Março até atingir um máximo de 23º 26' em 20-21 de Junho: então parece que fica «parado» cerca de três dias nos 23º 26' (daí o verbo sistere, que compõe «solstício»), uma vez que estamos a vê-lo em projecção geocêntrica contra o fundo da Esfera Celeste, e a partir do dia 24-25 volta «para trás» e os dias começam a diminuir. 

Em Agosto, por exemplo, já está nos 17º e depois decresce para 16º, 15º, etc, até que chega novamente aos 0º, ou seja, o momento em que «cruza» o Equador para passar do norte para o sul. 
Nesta «descida», os 0º ocorrem por volta de 22-23 de Setembro, e neste caso o dia é igual à noite (Equinócio). 

Em Dezembro ocorre o mesmo fenómeno mas em sentido inverso: quando chegamos ao dia 21 o Sol atinge a declinação-Sul máxima, e fica cerca de três dias «parado» nos 23º 26', até que depois começa a «subir» e os dias vão aumentando a pouco e pouco. Ou seja, no momento do Solstício atinge-se o máximo de «nocturnidade», que dura (em projecção aparente) três dias, iniciando-se o renascimento da Luz a partir de 24-25 de Dezembro.

Em seguida o Sol passa por Aquário, ou Aguadeiro (chuvas; saturnino mas também urânico). 
Quando chega a Peixes (regido por Júpiter), por altura sensivelmente do Carnaval, é um período jupiteriano, ou jovial, mas também neptuniano ou de elevação espiritual, pois, segundo a Astrologia Moderna, Neptuno seria regente do signo Peixes ( e Júpiter co-regente), é o planeta da Divindade, da consciência cósmica, das influências de entidades suprafísicas; é a oitava superior de Mercúrio e o seu raio espiritual é o Azoth (termo técnico designativo do 4.º princípio alquímico, o Espírito Todo-Abrangente), e representa todos os Seres Superiores que ajudam a humanidade desde os planos invisíveis.

A passagem do Sol por Carneiro (regido por Marte) simboliza o ferro da lança de Longinus, é o momento do Equinócio da Primavera (21-22 de Março: declinação de 0º) quando o Sol cruza o Equador celeste de Sul para Norte, voltando a alumiar os céus setentrionais, dando-se assim a passagem para Touro (regido por Vénus), símbolo do amor e da subida ao Reino dos Céus, ou regresso à «Casa do Pai». 

Toda isto culmina em pleno no Ritual do Solstício de Verão (21-22 de Junho), que já era celebrado nos antigos Mistérios como festa das messes e das colheitas, e cujo exemplo literário mais conhecido é o clássico de Shakespeare, A Midsummer Night’s Dream, um grande festival esotérico das fadas e dos silfos, em que intervêm o rei das fadas, Oberon, e a rainha das fadas, Titania. 
Celebra-se no primeiro Domingo após a primeira Lua cheia após o Equinócio da Primavera. 
Esta relação, de um ponto de vista esotérico, era importante para simbolizar o significado cósmico desse evento: o Sol e a Lua são igualmente indispensáveis, pois não se trata apenas dum festival solar. O Sol tem de «cruzar» o Equador, como o faz no Equinócio Vernal, mas a sua luz tem de se reflectir na terra através da Lua cheia. 

Dois aspectos têm de ser considerados: o aspecto diacrónico, ou o que se passou historicamente, e o aspecto sincrónico, ou o que se passa na actualidade.

(1) Historicamente: — Os diversos esoterismos que surgiram e se desenvolveram ao longo da história, assentam nos seguintes «corpos disciplinares»: Astrologia, Alquimia (Hermetismo), Magia e Cabala. 
O Sol e a Lua, os sete planetas e as 12 signos zodiacais constituem, naturalmente, uma antiquíssima matriz sobre a qual se construiu todo um sistema vital para os seres humanos, atendendo à importância que tinha (e ainda tem!) o conhecimento das estações, das chuvas, dos degelos, dos calores estivais, dos eclipses, das hibernações, etc. etc., enfim, todos os fenómenos que se repetem ao longo do ano e que afectam o «calendário», que importa conhecer para controlar a continuidade de vida, quer vegetal quer animal. 
Ora as grandes civilizações da história da humanidade desenvolveram-se no hemisfério norte: China, India, Japão, Pérsia, Suméria, Assíria, Babilónia, Egipto, Frígia, Grécia, Roma, Islão, etc., e até, além-Atlântico, os Maias, os Quichés, os Aztecas, etc. (A única excepção é o império Inca, a sul do equador, destruído no século XVI pelos Espanhóis).
As Astrologias daqueles povos eram naturalmente muito semelhantes, e acabaram por ser unificadas, de certo modo, depois das conquistas de Alexandre Magno (menos, claro, as do continente americano que ainda não era conhecido...), passando para o Ocidente por obra do famoso livro de Ptolomeu intitulado Tetrabiblos (séc. II d.C.). 
Não surpreende, portanto, que tenha surgido toda uma ritualização dos fenómenos celestes associada à religião e ao esoterismo: o Natal / Solstício de Inverno, Páscoa / Equinócio de Primavera, etc, bem como os festivais de fertilidade, das sementeiras, das colheitas, etc. associados aos fenómenos celestes, soli-lunares, zodiacais, etc. 

(2) Actualmente: — Antes da saga dos Descobrimentos (séculos XV e XVI), as regiões do hemisfério sul, constituídas por pouco mais do que uma parte da América do Sul, a metade inferior da África, e a Oceânia, eram habitadas por povos proto-históricos com pouco ou nenhum impacto civilizacional nas nossas culturas. 
Com a «colonização» dessas regiões pelos povos do Norte, os mitos civilizacionais destes povos foram naturalmente implantados no Sul, incluindo os ritos e as festividades associados não só à religião, mas também aos mitos e aos ciclos astrológicos correlativos. 
Entretanto, as regiões do Sul que de início eram apenas «extensões» civilizacionais do Norte, foram assumindo progressivamente uma grande importância, com as sucessivas independências e autonomização cultural de países como a Argentina, o Brasil, o Chile, a África do Sul, Angola, Moçambique, Austrália, etc. etc. — Como as estações se apresentam invertidas em ambos os hemisférios — quando no Norte é Verão no Sul é Inverno, quando no Norte é Primavera no Sul é Outono — cria-se uma situação relativamente estranha nesses novos países do Sul, que naturalmente importaram os «mitos» do Norte donde provieram, mantendo as datas, mas com aspectos contrários: o Natal, por exemplo, é igualmente festejado no Norte e no Sul na mesma data, mas as estações são diferentes.

Há no entanto uma coisa que se mantém idêntica no Norte e no Sul, independentemente da inversão das estações: é a DISTÂNCIA, maior ou menor, a que o Sol se encontra da Terra. A Terra percorre uma elipse em torno do Sol, ao longo do ano, e não uma circunferência perfeita, e o Sol ocupa um dos focos dessa elipse. Por altura do Solstício de Dezembro, o foco em que o Sol se encontra está mais PRÓXIMO da Terra, fazendo portanto com que a Terra seja permeada mais fortemente pela aura do Sol Espiritual, com o correlativo aumento do Fogo Sagrado inspirador de crescimento anímico nos seres humanos. Inversamente, no Solstício de Junho, a Terra está no máximo AFASTAMENTO do Sol, o que provoca uma diminuição de espiritualidade com o correlativa intensificação e pujança de vitalidade física. Portanto, é perfeitamente natural que a partir do Equinócio de Setembro, quando a espiritualidade áurica do Sol começa a aproximar-se e a vitalidade física começa a esbater-se, as pessoas sintam, tanto no hemisfério norte como no hemisfério sul, um certo afrouxamento do ponto de vista físico, e, em contrapartida, uma maior propensão para o recolhimento interno, para a introvisão e atracção pelo estudo dos mais profundos mistérios da vida.

Em resumo, tanto no Hemisfério Norte como no Sul, ainda que as estações sejam opostas, os influxos quer físicos quer espirituais, decorrentes da distância focal da Terra ao Sol, são idênticos.

Feliz SOL-stício


21 de Dezembro de 2013
À meia noite!
As noites tornam-se mais longas...o sol mais afastado do Hemisfério Norte.

" A mais longa noite do ano, o momento de quietude antes do movimento, quando o próprio tempo pára e o fôlego da natureza está em suspenso.
Aguardamos o amanhecer, a Grande Roda Cósmica pára e recomeça, e com ela a Grande Deusa dá à Luz o sol criança, iniciando mais uma vez um novo ciclo de aumento dos dias e calor."

"...este é um dia dedicado a todos os deuses, profetas solares e à Luz que nos guia.
Desde o Yule, passando pela Saturnália, a Deusa Mitra e até as celebrações cristãs, dedico um excelente dia para grandes mudanças!"

"Degrau a degrau, cresce a espiral, mais um anel nascendo e morrendo
degrau a degrau, segue a expansão, mais um ciclo iniciando e terminando
degrau a degrau, escadaria de ascensão
a girar a girar
está sempre tudo a mudar
dançando a vida a pulsar
transformação
a vida a espremer o corpo de dor para a alma abrir as asas
para o Ser crescer, para o caminho continuar."


Esta é uma celebração interior.
É que o Inverno convida ao recolhimento, ao permanecer quieto e contemplativo em pleno estado de meditação.
Este recolhimento sucede na Natureza.
Basta observar alguns exemplos flagrantes, como é o caso, dos animais que hibernam durante esta estação, ou das árvores que permanecem nuas, pois perderam toda a sua folhagem e sem ela perderão toda a sua majestade e exuberância de ramos verdes e floridos.
As noites são longas e frias e os dias curtos e cinzentos.
A Natureza parece ficar em stand by.
Tudo isto é um convite, uma proposta da Natureza aos homens e às mulheres para a imitarem neste sono aparente.
Só que o Homem esqueceu-se que faz parte da Natureza – nós somos a Natureza e não algo à parte como muitos pretendem.
É por causa dessa falta de vínculo, desse elo que se perdeu, que a maioria de nós vive em profundo sofrimento e ansiedade, pois deixámos de respeitar os ritmos e os ciclos da nossa Natureza – tantos os grandes, quanto os pequenos.
Vemos a Natureza como algo fora de nós, quando ela está tão intrinsecamente em nós.

Deste modo, convido-vos a celebrar este dia com o coração síncrono com a Mãe-Terra.
Celebrem, mas celebrem serenamente, interiormente.
Sozinhos, ou com um grupo de amigos, mas de forma meditativa e sem “ruído”.
Quem gostar, pode fazer o seu próprio ritual, com música, queimando ervas, meditando, caminhando, sorrindo e acolhendo com todas as células do vosso ser este fantástico dia.


solstício de inverno e o natal...


Momento de festa ao longo da história, ao qual se associou a celebração do Natal, o solstício de inverno ocorre este sábado às 17:11, com o dia a ter menos de nove horas e meia de sol em Portugal.

Na terra, o solstício de inverno no hemisfério norte, e o solstício de verão no hemisfério sul, acontece precisamente às 17:11, quando o sol atinge a zona mais baixa no horizonte, como explicou à Lusa Carlos Santos, do Observatório Astronómico de Lisboa.

Naquele que é o dia mais pequeno do ano, o sol nasce um pouco antes das 08:00 e põe-se às 17:19 (referência a Lisboa).

Carlos Santos lembrou que o solstício é um momento a partir do qual os dias vão de novo gradualmente a ser maiores no hemisfério norte e que tem a ver com a inclinação do eixo da terra e não com a distância entre o planeta e o sol.

Aliás, disse, o momento em que a terra está mais próxima do sol, o chamado periélio, acontece no início de janeiro (em julho é o momento em que está mais afastada, o afélio).

O responsável explicou ainda que o solstício é fácil de observar ("se olharmos para o sol todos os dias, ao meio dia veremos a descida dele no horizonte") e assinalado desde a antiguidade, havendo mesmo "monumentos megalíticos que estão orientados para o solstício".

"O Natal está relacionado com a cristianização de uma festa tradicional que tem a ver com o solstício", lembrou Carlos Santos, acrescentando que o momento simbolizava o renascimento ou o reinício, a festa do sol, o momento em que a luz vencia a escuridão e os dias iam voltar a ser maiores.

Na história não faltam referências à importância do solstício de inverno e ainda em 2012, faz hoje precisamente um ano, sacerdotes maias da Guatemala fizeram uma cerimónia para assinalar a data, considerada pelos maias como o início de uma nova era (21 de dezembro de 2012).

Em Portugal, uma tradição que ainda se mantém na zona de Bragança, dos caretos ou "festa dos rapazes", é uma "festa do solstício de inverno".

As festas pagãs que tradicionalmente se faziam para comemorar o solstício de inverno e honrar o sol terão, a partir do século IV, sido associadas ao Natal, uma festa cristã que assinala o nascimento de Jesus.

O inverno, que hoje começa, dá lugar à primavera a partir de Março.
Com ou sem festas pagãs ou religiosas, os dias vão, a partir de hoje, voltar a crescer, até 21 de junho, quando se assinala a noite mais curta. 
Era na antiguidade o momento de celebrar as colheitas.

quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

FIGHT CLUB’S TYLER DURDEN


Fight Club is not a film about fighting. 
It’s a narrative about life and getting rid of the corporate and cultural influences (or perhaps the confluence of the two) that control our lives. 
These are some of our favorite quotes from the film.

1. The things you own end up owning you.

2. It’s only after we’ve lost everything that we’re free to do anything.

3. You’re not your job. You’re not how much money you have in the bank. You’re not the car you drive. You’re not the contents of your wallet. You’re not your fucking khakis. You’re the all-singing, all-dancing crap of the world. (A note from Joshua: after re-reading this quote, I literally threw away every pair of khakis I owned. There was something about this quote, holistically, that had a real effect on my nerve endings.)

4. Reject the basic assumptions of civilization, especially the importance of material possessions.

5. Fuck off with your sofa units and strine green stripe patterns, I say never be complete, I say stop being perfect, I say let…lets evolve, let the chips fall where they may.

6. The liberator who destroyed my property has realigned my perceptions.

7. Do you know what a duvet is?…It’s a blanket. Just a blanket. Now why do guys like you and me know what a duvet is? Is this essential to our survival, in the hunter-gatherer sense of the word? No. What are we then?…

8. We are consumers. We’re the byproducts of a lifestyle obsession.
We’re consumers. We are the byproducts of a lifestyle obsession. Murder, crime, poverty, these things don’t concern me. What concerns me are celebrity magazines, television with 500 channels, some guy’s name on my underwear. Rogaine, Viagra, Olestra…Fuck Martha Stewart. Martha’s polishing the brass on the Titanic. It’s all going down, man. So fuck off with your sofa units and strine green stripe patterns.

9. Man, I see in fight club the strongest and smartest men who’ve ever lived. I see all this potential, and I see squandering. God damn it, an entire generation pumping gas, waiting tables; slaves with white collars. Advertising has us chasing cars and clothes, working jobs we hate so we can buy shit we don’t need. We’re the middle children of history, man. No purpose or place. We have no Great War. No Great Depression. Our Great War’s a spiritual war…our Great Depression is our lives. We’ve all been raised on television to believe that one day we’d all be millionaires, and movie gods, and rock stars. But we won’t. And we’re slowly learning that fact. And we’re very, very pissed off.

10. What do you want? Wanna go back to the shit job, fucking condo world, watching sitcoms? Fuck you, I won’t do it.

11. [Talking about consumerism] We are all part of the same compost heap.

12. How embarrassing…a house full of condiments and no food. [A synecdoche for modern consumer driven life.]

13. [Narrator, while looking at a Calvin Klein-esque ad on the bus] Is that what a real man is supposed to look like?

14. Fuck what you know. You need to forget about what you know, that’s your problem. Forget about what you think you know about life, about friendship, and especially about you and me.

15. Hitting bottom isn’t a weekend retreat. It’s not a goddamn seminar. Stop trying to control everything and just let go! LET GO!

16. Without pain, without sacrifice, we would have nothing.

17. Only after disaster can we be resurrected.

18. Guys, what would you wish you’d done before you died?

19. [After Raymond Hessel faces death but lives] Tomorrow will be the most beautiful day of Raymond K. Hessel’s life. His breakfast will taste better than any meal you and I have ever tasted.

20. [Talking to himself about himself] Hey, you created me…take some responsibility!

21. [Talking about Fight Club] And the eighth and final rule: if this is your first time at Fight Club, you have to fight.

22. God Damn! We just had a near-life experience, fellas. [Suggesting that most experiences are, by nature, dead.]

23. Sticking feathers up your butt does not make you a chicken.

24. Time to stand up for what you believe in.

25. If you are reading this then this warning is for you. Every word you read of this useless fine print is another second off your life. Don’t you have other things to do? Is your life so empty that you honestly can’t think of a better way to spend these moments? Or are you so impressed with authority that you give respect and credence to all that claim it? Do you read everything you’re supposed to read? Do you think every thing you’re supposed to think? Buy what you’re told to want? Get out of your apartment. Meet a member of the opposite sex. Stop the excessive shopping and masturbation. Quit your job. Start a fight. Prove you’re alive. If you don’t claim your humanity you will become a statistic. You have been warned.

26. This is your life, and it’s ending one minute at a time.


We hope those last two quotes—as well as the preceding 24—will get you to take some action.
After all, this is your life, and it’s ending one minute at a time.
Take some action.
Now.



By Joshua Fields Millburn & Ryan Nicodemus
Joshua Fields Millburn & Ryan Nicodemus write about living a meaningful life with less stuff for 2 million readers. 
They live in Montana by way of Dayton, Ohio. 
As featured on: CBS, ABC, NPR, USA Today, Forbes, Wall Street Journal, Boston Globe, Chicago Tribune, and Toronto Star.

Fight Club


Fight Club,é um filme norte-americano de 1999, do género drama, dirigido por David Fincher. 

A banda sonora foi composta pelos Dust Brothers.
O filme é baseado num romance homónimo de Chuck Palahniuk, publicado em 1996.

O filme é protagonizado por Edward Norton, Brad Pitt e Helena Bonham Carter. 
Norton representa o protagonista anónimo, um "homem comum" que está descontente com o seu trabalho de classe média na sociedade americana.
Ele forma um "clube de combate" com o vendedor de sabonetes Tyler Durden, representado por Brad Pitt, e se envolve com uma mulher dissoluta, Marla Singer, representada por Helena Bonham Carter.

Fight Club não atingiu as expectativas do estúdio nas bilheteiras, e recebeu reacções polarizadas dos críticos. Foi citado com um dos filmes mais controversos e falados de 1999.
O jornal The Guardian viu-o como um prenúncio de mudança da vida política americana, e descreveu o seu estilo visual como inovador.
O filme tornou-se mais tarde um sucesso comercial com o lançamento do DVD, que estabeleceu Fight Club como um filme de culto.

O narrador/Jack (Edward Norton) é um empregado de uma companhia de automóveis em viagem que sofre de insónia.
O médico recusa-se a dar-lhe medicação e aconselha a visita a um grupo de apoio para testemunhar sofrimentos mais graves.
O narrador assiste às sessões de um grupo de apoio para vítimas de cancro testicular e, fazendo-se passar por vítima de cancro, encontra uma libertação emocional que alivia a sua insónia.
Ele torna-se viciado em ir a grupos de apoio e em fingir ser uma vítima, mas a presença de outro impostor, Marla Singer (Helena Bonham Carter), perturba-o, e então ele negocia com ela para evitar o encontro com os mesmos grupos.

Depois de voar para casa após uma viagem de negócios, o narrador encontra o seu apartamento destruído por uma explosão. Ele liga a Tyler Durden (Brad Pitt), um vendedor de sabão que conheceu no voo, e eles encontram-se num bar. 
Uma conversa sobre consumismo acaba com Tyler a convidar o narrador para ficar em sua casa e, depois disso, ele pede ao narrador para lhe dar um soco.
Os dois envolvem-se numa luta fora do bar, com o narrador, posteriormente, a mudar-se para a casa em ruínas de Tyler.
Eles têm outras lutas fora do bar, e estas atraem uma multidão de homens.
Os combates mudam-se para a cave do bar, onde os homens formam um clube de combate.

Marla tem uma overdose de pílulas e telefona ao narrador para ele a ajudar.
E ele ignora-a, mas Tyler responde à chamada e salva-a.
Tyler e Marla envolvem-se sexualmente, e Tyler avisa para o narrador nunca falar com Marla sobre ele.
Mais clubes da luta formam-se em todo o país, e eles tornam-se numa organização anti-materialista e anti-capitalista denominada "Project Mayhem", sob a liderança de Tyler.

O narrador queixa-se a Tyler querendo estar mais envolvido na organização, mas Tyler desaparece repentinamente.
Quando um membro do Project Mayhem morre, o narrador tenta encerrar o projecto, e segue pistas das viagens pelo país que Tyler fez para localizá-lo.
Numa cidade, um membro do projecto cumprimenta o narrador como Tyler Durden.
O narrador chama Marla do seu quarto de hotel e descobre que Marla também acha que ele é Tyler. De repente, ele vê Tyler Durden em seu quarto, e Tyler explica que eles são personalidades dissociadas dentro do mesmo corpo.
Tyler controla o corpo do narrador quando o narrador está a dormir.
O narrador desmaia depois da conversa. Quando acorda, descobre pelos registos do seu telefone que Tyler fez chamadas enquanto ele estava "desmaiado".

Ele descobre os planos de Tyler para apagar a dívida com a destruição de edifícios que contêm registos de empresas de cartão de crédito.
O narrador tenta entrar em contacto com a polícia, mas descobre que os polícias fazem parte do projeto.
Ele tenta desarmar os explosivos em um dos prédios, mas Tyler subjuga-o e muda-se para um prédio seguro para assistir à destruição.
O narrador, mantido por Tyler sob a mira de uma arma, percebe que uma vez que partilha o mesmo corpo com Tyler, ele é que está na verdade a segurar a arma.
Ele dispara para dentro da sua boca, acertando através do rosto, sem se matar.
Tyler cai com um ferimento de saída para a parte traseira de sua cabeça, e o narrador deixa de o projetar mentalmente.
Depois disso, os membros do Project Mayhem trazem a Marla que entretanto tinha sido raptada a ele, acreditando ser ele Tyler, e deixam-nos sozinhos.
Os explosivos detonam, desmoronando os edifícios, e o narrador e Marla assistem à cena, de mãos dadas.


Hoje, aqui o Sr. Brad Pitt faz 50 anos... 
Ricos 50 anos!!! 
Vou ali embrulhar-me numa fita vermelha e já volto!!!