terça-feira, 7 de abril de 2020

Mudança de Paradigma





Um Paradigma é como uma Teoria, 
mas um bocadinho diferente.

Uma Teoria pretende explicar como alguma funciona, 
como a Teoria de Evolução de Darwin.
Deve ser testada, provada ou refutada, 
apoiada ou desafiada pela experimentação e reflexão.

Um Paradigma, por outro lado, é 
um conjunto de pressupostos implícitos 
que não podem ser testados.
De facto, são essencialmente inconscientes.
Fazem parte do nosso modus operandi enquanto 
indivíduos, cientistas ou sociedade.


Um Paradigma nunca é questionado porque ninguém pensa nele. 
É como usar óculos sempre; nós vemos tudo através desses óculos, dessas lentes.
E essa é a nossa realidade em que vivemos.
Todas as nossas percepções passam por essa estrutura., e dentro desse sistema estão todas as coisas que tomamos como certas. Nunca as questionamos - ou sequer estamos conscientes delas - até batermos contra uma parede e  as lentes se partirem e, de repente, o mundo parece diferente.

Outra forma de ver um Paradigma é como um Sistema de Crenças.
Consegue definir o seu Sistema de Crenças?
Aquilo que valoriza,
Aquilo em que acredita.
Talvez alguns dos assuntos em que pensou conscientemente sejam fáceis:
Talvez acredite na importância da família, amizade, exercício físico, alimentação saudável.
Pode ter razões para pensar que a sua afinidade política é a mais sensata.
Pode ter crenças religiosas que segue sem questionar.

Mas, há muitas crenças inconscientes não examinadas que regem a nossa vida a partir de níveis subterrâneos do nosso subconsciente:
Crenças acerca do nosso valor e competência,
Crenças acerca se pode confiar ou não nos outros,
Crenças que foram depositadas durante a nossa infância, e que continuam a determinar a forma como nos relacionamos com o mundo.
São as chamadas Crenças Limitantes na Psicologia.

Os Paradigmas são como um Sistema de Crenças Inconsciente de uma Cultura.
Vivemos e respiramos essas crenças, e pensamos e interagimos de acordo com elas.

O Velho Paradigma Científico Não Está a Funcionar!
Praticamente todos os dias surge nova informação científica que não pode ser explicada segundo o modelo Newtoniano clássico: 
A Teoria da Relatividade,
A Mecânica Quântica,
A Influência dos Pensamentos e das Emoções no Corpo Físico,
"Anomalias" como Percepção Extra-Sensorial (PES),
Curas Mentais,
Visionamento à Distância,
Mediunidade e Canalização,
Experiências de Quase-Morte e Extra-Corporais.

Tudo isto indica a necessidade de um modelo diferente, um novo paradigma que inclua todos estes fenómenos numa teoria  mais abrangente de como o mundo funciona.
Não só o modelo antigo é insuficiente para responder às questões que a nova investigação apresenta, como também é um problema, visto que nada fez para libertar a vida humana do sofrimento, pobreza, injustiça e guerra. Na realidade, muitos destes problemas só pioraram com o passar do tempo, devido ao modelo mecânico que há muito domina a nossa forma de ver o mundo, nos últimos 400 anos.
Esse modelo newtoniano diz-nos que o universo é um sistema mecânico composto por "tijolos", sólidos, materiais e elementares. Declara que é real aquilo que é mensurável. E é mensurável apenas aquilo que conseguimos percepcionar com os cinco sentidos e qualquer uma das suas extensões mecânicas. Presume também que a única abordagem válida para obter conhecimento é banindo todos os sentimentos e subjectividade, e tornar-se completamente racional e objectivo.

Esta forma de nos relacionarmos com o mundo divide o Todo da Vida Humana em Mente e Corpo.
Declara que sentimentos, paixões, intuição e imaginação são desprezíveis.
Objectiva a Natureza e afasta-nos dela.
Segundo este ponto de vista, a natureza torna-se "recursos" a controlar e a explorar, em vez de um sistema orgânico vivo a cuidar e a sustentar.

Ou seja, de acordo com o modelo newtoniano, vivemos num universo mecânico morto.
É um Mundo da Máquina.
Mas, mesmo que o movimento dos planetas seja tão previsível como a queda de maçãs e pedras; mesmo que o comportamento e a relação de objectos no mundo material seja quantificável, dizer que o mesmo é verdade para a vida humana é degradante e ridículo.
Onde irá parar este tipo de vida?
Se não existe liberdade, se o caminho está completamente determinado, o que é a Vida então?
Não há lugar para a Consciência nem para o Espírito.
Não há lugar para a Liberdade nem para a Escolha.

"De um ponto de vista clássico, somos máquinas, e nas máquinas não há lugar para a experiência consciente. Não interessa se a máquina morre; podemos matar a máquina, deitá-la ao lixo...não interessa. Se o mundo é assim, então as pessoas comportam-se assim. Mas há outra forma de ver o mundo, que é...indicada pela mecânica quântica, que sugere que o mundo não é um mecanismo, mas sim um organismo. É uma coisa organísmica altamente interligada...que se estende pelo espaço e pelo tempo. E que, de um ponto de vista muito básico que tem a ver com a Moral e a Ética, a meu ver afecta o mundo. De certa forma é essa realmente a razão pela qual uma mudança da forma de ver o mundo é fundamental.
- Dean Radin

A ortodoxia estabelecida recusa-se a considerar qualquer mudança.
Hoje em dia, em vez das fogueiras da Inquisição e das autoridades eclesiásticas, temos algumas pessoas, não todas, que usam o Poder das Universidades, Instituições Governamentais, e os Media de vistas curtas, que ameaçam a forma de vida.
Fazem-no através do despedimento, negação de promoções, negação de efectivação, recusando subsídios, ridicularizando e descredibilizando.
Recusam-se a apoiar a investigação dos cientistas "hereges" cujas ideias e projectos de investigação não encaixam nas suas.

"A oposicão não necessariamente uma coisa má. Ela tem algo a dizer.
Nunca excluímos as coisas enquanto pensamos que é tudo uma treta, e só um exame superficial irá eliminar a treta. Mas quando as coisas se tornam relevantes e o exame superficial já não chega, tornamo-nos rígidos e queremos excluir o outro. Porque o outro é demasiado perigoso. Assim, a percepção de que os cientistas alternativos estão a utilizar convenientemente os dados que possuem já está a ter impacto no mundo da ciência estabelecida. E é por isso que a polarização é um óptimo sinal de que estamos a chegar a algum lado."

Amit Goswami

Uma das grandes verdades acerca dos Paradigmas é que eles mudam!
Especialmente na ciência, que é uma iniciativa contínua na qual uma geração constrói sobre o trabalho dos que vieram antes, o paradigma do conhecimento evolui à medida que se prova que as velhas visões são incompletas ou incorrectas. Por vezes devagar, por vezes a gritar e a espernear, mas a grandeza da ciência é que ela realmente avança!
a ciência avança, construindo uma nova visão, uma nova estrutura, sobre as fundações da velha.
Por vezes, o modelo actual choca com a marcha do conhecimento e sai magoado desse encontro.
Depois, quer com o apoio ou a oposição dos Poderes instalados, o modelo é substituído por um novo.

"Existem no progresso da ciência várias fases de compreensão, fases de evolução do conhecimento. Cada uma destas fases traz a sua visão do mundo, o seu próprio paradigma, segundo o qual as pessoas agem, os governos nascem, as nações nascem, são escritas constituições, são estruturadas instituições, é criada a educação. Assim, o mundo evolui de paradigma em paradigma à medida que o conhecimento progride. Cada era tem a sua própria visão característica do mundo, o seu paradigma característico, e em última análise, cada um leva ao outro."
Dr. John Hagelin

"A maior parte dos cientistas fechou-se de tal modo no paradigma convencional e na forma convencional de ver a natureza que constrói uma prisão à sua volta.
Se proporcionarmos dados experimentais que violam os seus preceitos, eles tentam afastar-nos, e por isso varrem-nos para debaixo do tapete. Não nos deixam publicar. Tentam bloquear todas as tentativas de comunicação porque se sentem desconfortáveis com isso.
É uma característica humana estar confortável com um certo modo de ver o mundo.
As coisas novas são desconfortáveis; é preciso mudar o modo de pensar.
Não há lugar, no nosso paradigma actual, para qualquer forma de consciência, intenção, emoção ou espírito. E como o nosso trabalho demonstra que a consciência pode ter um efeito bastante poderoso na realidade física, isso significa que, em última análise, tem de haver uma mudança de paradigma; uma mudança que permita que a consciência seja incorporada; a estrutura do universo tem de se expandir para além do que actualmente permite que entre."

William Tiller

A mudança de paradigma em desenvolvimento não está a acontecer apenas na ciência.
Estende-se também para a sociedade e tem um grande impacto na nossa cultura.
Talvez a mudança mais importante esteja a acontecer a nível pessoal. 
Ao longo das últimas décadas muitas pessoas passaram por transformações trágicas no que diz respeito aos seus valores, percepções e formas de se relacionarem com os outros e com o mundo. Porquê?
Porque as pessoas perceberam que no final da sua busca por carros, casas maiores e sapatos a cada dia do ano, o que fica é o vazio, o mesmo vazio que tentaram preencher com posses e sucesso financeiro. A visão materialista do mundo diz: mais dinheiro igual a vida melhor. Mas, ao obter mais e descobrir que o vazio permanece, a conclusão é: a hipótese materialista está errada.
Também porque, se o novo paradigma está correcto, e o universo é um ser vivo do qual nós, os nossos pensamentos e todas as partículas subatómicas fazem parte, então a necessidade de uma nova visão do mundo, irá por si só, fazer com que isso aconteça.

Um organismo com fome procura sempre comida.
Fazemos parte desse organismo, tal como os planetas, os nossos pensamentos e as partículas subatómicas, e procuramos uma nova via porque sabemos que estamos acampados no quintal da morte: água e ar poluídos, sobrepopulação competitiva com fome e armas do tamanho de malas que podem acabar com uma cidade.
Se a nossa realidade, física e não física, é um enorme organismo, então está neste momento a tentar curar-se. E desse impulso surgem novos conceitos do mundo, mesmo que os velhos conceitos lutem por permanecer.

O que está na balança?
A noção de realidade.
Quem é o equilíbrio?
NÓS!

"Acredito que a tendência de maior alcance do nosso tempo é uma mudança emergente na nossa visão partilhada do universo - desde vê-lo como morto até senti-lo vivo. Ao ver o universo como vivo, e a nós como continuamente sustentados dentro dessa vida, apercebemo-nos de que estamos intimamente relacionados com tudo o que existe. Esta visão representa uma nova forma de ver e de nos relacionarmos com o mundo e ultrapassa uma separação profunda que marcou as nossas vidas."
- Duane Elgin






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