quarta-feira, 5 de agosto de 2015

Quando acontece...não há como voltar atrás!



Quando alguém começa a "acordar" de séculos de ilusão, desperta em si uma sede de respostas, uma inabalável busca de si próprio e do significado da vida. Geralmente essa busca inicia-se por muita activação mental, muitas perguntas, muita leitura, um tentar perceber a um nível mental a existência de algo Superior e de um propósito e objectivo em toda esta vasta experiência.
A seguir, há uma necessidade de procurar certezas, de perceber na pratica, e recorre-se a muitos terapeutas, terapias, retiros, meditações...

E é aí que se tem a certeza que se está no caminho, que já não há volta a dar. 
Tomamos contacto com a nossa parte Divina mas também com a nossa parte Humana, o nosso lado mais sombrio, pesado, que esconde todos os nossos segredos mais obscuros, aqueles que escondemos até de nós próprios. Abrimos feridas que pensámos estarem curadas, outras que jurámos jamais abrir, encaramos a nossa raiva, os nossos demónios, ficamos lá com eles, tentamos percebe-los, apazigua-los.

Caímos inúmeras vezes mas, com a força que vem da alma, levantamo-nos, quantas vezes forem necessárias. Encontramos lições em todos os eventos e em todas as relações e começamos a perceber e a viver a vida com o objetivo de crescimento, evolução, descoberta. Tornarmo-nos cada vez melhores e, por conseguinte, ajudar a mudar o mundo torna-se um dever e uma forma de vida.

Até que, finalmente, após tantas perdas, tantas dores, desafios e lágrimas mas, também encontros, gargalhadas, abraços, comunhão, partilhas percebemos que, agora, o que nos resta fazer é trazer o Divino à Terra e ensinar os outros a fazer o mesmo!

CJ


Comigo aconteceu tardiamente...aos 29 anos...quando me divorciei...e levou 6 anos a tomar uma atitude radical, de acordo com esse "acordar"...
Só aos 35 anos decidi viver de acordo com o que sentia.
Mais vale tarde do que nunca...

Durante esses primeiros 6 anos, passei por todas estas fases descritas no texto...livros de psicólogos, retiros, meditações em grupo, terapias...
Nos 6 anos seguintes, tive a necessidade de me isolar, de silêncio, para me conseguir ouvir...e foi aí que conheci a minha Sombra, os meus Monstros e os meus Fantasmas.
Só nessa fase comecei a enfraquecê-los...quando tive consciência da sua existência.
E numa fase posterior é que comecei a curar as minhas feridas, a limpar o porão...e só aí me comecei a sentir verdadeiramente livre.

Já passaram 12 anos desde que ajustei a minha rota, e o Caminho ainda é longo...no entanto, a caminhada agora tem menos pedras pelo caminho...já consigo desfrutar da paisagem...

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