sexta-feira, 28 de agosto de 2015

Cincuenta cadáveres de refugiados en un camión....



Pasó ayer, en Austria, pasó y pasa ahora mismo. Y pasará mañana, y seguirá pasando mientras las buenas conciencias de occidente renuncian voluntariamente a su propia condición humana.

Estamos ante la mayor tragedia humana desde la segunda guerra mundial, tragedia anunciada, creada, por la voracidad ocidental y por la irresponsabilidad de los mandatarios, sin excepciones.

¿Alguien se pregunta qué pasó y qué pasa en Irak luego de una invasión sustentada en mentiras? ¿Alguien se pregunta por la razón que llevó a los EE UU y Europa a desestabilizar Siria? 
¿Alguien se pregunta en qué momento dejó de ser " amigo" de occidente Muamar el Gadafi ,el que instalaba su jaima en los jardines de Moncloa, Versalles o Berlín? 
¿Alguien se pregunta si valía la pena desestabilizar Egipto y derrocar a Mubarak? 
¿A cambio de qué?

Si algo quedara de la pobre condición humana esta nos llevaría a las calles y a derrocar a todos los gobiernos irresponsables, a los creadores de esta enorme tragedia humanitaria.

Pero nada de eso ocurre porque hace tiempo que dejamos de ser ciudadanos y tan sólo queremos seguir siendo consumidores.
No defendemos la libertad,la consumimos hasta la extenuación.
No ejercemos los derechos duramente conquistados, los consumimos hasta que desaparecen.
No ejercemos el deber ciudadano expresado en las tres palabras que marcan el punto más alto de la civilización: Libertad, Igualdad, Fraternidad.

Consumimos aún percibiendo que seremos consumidos.
Y el que piensa; pierde.


Luis Sepúlveda





"Entre 20 a 50 pessoas foram encontradas mortas hoje no interior de um camião, estacionado numa área de serviço de uma autoestrada no leste da Áustria. De acordo com o Ministério do Interior austríaco, são refugiados que terão morrido sufocados, por não haver oxigénio suficiente dentro do atrelado.

Os corpos foram encontrados num camião na autoestrada A4, entre o lago Neusiedl e a localidade de Parndorf, no estado federado de Burgenland, na fronteira com a Hungria.

Um porta-voz da polícia disse em conferência de imprensa que ainda não é conhecido o número exacto de vítimas. "Podemos presumir que foram 20 as pessoas que morreram. Mas também podem ser 40 ou 50, disse".

A polícia lançou uma operação para encontrar o motorista do veículo, estacionado durante várias horas na berma da autoestrada.

A ministra do Interior austríaca, Johanna Mikl-Leitner, afirmou numa conferência de imprensa na cidade de Eisenstadt que "os traficantes de pessoas são criminosos" e prometeu que tudo será feito para encontrar os responsáveis.

Dezenas de milhares de refugiados das guerras no Médio Oriente, sobretudo sírios e iraquianos, além de afegãos, cruzaram os Balcãs nas últimas semanas tentando chegar à Europa Ocidental.

A Hungria, que tem fronteira com a Sérvia, é o primeiro país da zona Schengen, de livre circulação comunitária, a partir do qual os refugiados tentam chegar a outros países, sobretudo Alemanha e Suécia.

A Áustria acolhe hoje uma cimeira regional dos Balcãs, centrada na crise dos refugiados, na qual participam, entre outros líderes, a chanceler alemã, Angela Merkel."

Lusa


Camião encontrado na Áustria tinha 71 corpos.
A polícia deteve quatro suspeitos.
O balanço final já foi estabelecido:
Entre as vítimas há quatro crianças, oito mulheres e 59 homens, que terão morrido asfixiados.

A polícia da Hungria anunciou esta sexta-feira que deteve três cidadãos búlgaros e um afegão relacionados com o camião encontrado na Áustria com 71 corpos, na quinta-feira.
Os três búlgaros serão os homens que conduziram o camião, avança a BBC.
O camião que foi encontrado numa auto-estrada austríaca partiu da Hungria.
Segundo a polícia, uma rede de tráfico com raízes na Bulgária e na Hungria.

"Esta tragédia devia preocupar-nos a todos", disse na quinta-feira a ministra do Interior da Áustria, Johanna Mikl-Leitner.
"Os traficantes de pessoas são criminosos que não se interessam pelo bem-estar dos refugiados, apenas pelo lucro", sublinhou. "Desengane-se quem ainda achar que eles ajudam os refugiados", continuou, apelando a que ninguém dê auxílio ao condutor para escapar às autoridades.


Tentam atravessar o mar, fugindo da guerra ou da miséria.
Mas muitos não concluem a travessia.
Só no ano passado, morreram 3400 pessoas em naufrágios.
Outros morrem assim...escravizados por traficantes...

Existem quatro a oito milhões de imigrantes ilegais na União Europeia.

Cada vez há mais crianças a chegar à Europa sozinhas.
Menores que procuram asilo correm mais riscos de serem explorados por traficantes para trabalho forçado, venda de droga ou prostituição, isto depois de sobreviverem a guerras e a viagens perigosas.
Viajaram sozinhos ou com alguém que morreu na viagem. Ou a família desdobrou-se e cada um procurou um país diferente, tentando aumentar as hipóteses de um deles conseguir asilo e os outros poderem apelar à reunificação familiar e juntarem-se todos de novo.

Segundo a organização Save the Children, nos primeiros meses do ano entre mais de 80 mil migrantes que chegaram a Itália, 6000 eram menores, dos quais 3830 chegaram sozinhos.
Em 2014, o número de chegadas de menores sozinhos foi de 13.030, três vezes mais do que no ano anterior, acrescenta a organização.
Na Hungria, segundo o Alto-Comissariado da ONU para os Refugiados (ACNUR), entre os pedidos de asilo feitos na Hungria este ano, 140 mil no total, havia sete mil de menores não acompanhados.

Nunca se sabe se seguiram viagem para o destino pretendido, como Alemanha ou Suécia, ou se ficaram nas mãos de traficantes.
Entre os menores que foram registados em Itália em 2014, 3707 desapareceram.

Muitas nigerianas, diz a Save the Children, são levadas sem pagar a viagem. 
A cobrança é feita à chegada, com trabalho forçado e exploração sexual.

A janela de oportunidade para salvar estes menores é pequena, diz a organização.
“É preciso tentar ter uma relação de confiança, e não se pode fazer tudo logo, porque nessa altura confiam mais nos traficantes do que em nós”, diz a porta-voz Gemma Parkin citada num artigo da agência de notícias Irin, das Nações Unidas.

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